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Ivonil Parraz *
Resumo: O eu penso solitrio de Descartes fonte inspiradora para Pascal.
Mantendo-o em sua solido, o autor ressalta a dificuldade de, pela razo,
estabelecer algum vnculo entre Deus e o homem. As cesuras entre o eu e Deus,
resulta, em Pascal, na impossibilidade de estabelecer objetivamente a existncia do
eu no tempo. Nosso objetivo neste artigo sublinhar tais questes.
Palavras-chave: Contingncia, Deus, Existncia, Eu penso
Rsum: Je pense solitaire de Descartes est source inspire pour Pascal. En le
maintenant dans sa solitude, l'auteur rejaillit la difficult de, pour la raison, tablir
quelque lien entre Dieu et l'homme. Les cesuras entre moi et Dieu, rsultent, dans
Pascal, dans l'impossibilit d'tablir objectivement l'existence de moi dans le temps.
Notre objectif dans cet article est souligner telles questions.
Mots-cl: Contingence, Dieu, Existence, Je pense
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idia para ser como que a marca do operrio impressa em sua obra
(Descartes, 1973, p. 120).
Embora o eu que pensa, absorto em si mesmo, experimenta
a si sem sucesso, para existir no interior do tempo, necessita do
Deus criador. Posto ser criatura e, portanto, necessitar daquele que
para ser ou existir, o eu contingente. Mas essa contingncia,
Descartes a estende no instante da criao. Neste momento Deus
assinala sua criatura com a idia de perfeio/infinitude: nica via
de acesso a ele. Ora, sendo Deus perfeito/infinito, de uma infinitude
atual, uma vez que perfeito, somente ele necessrio, eterno e
infinito, ou melhor: sendo Deus o que , Ele existe necessariamente.
O eu que comea sua trajetria na solido da escolha de
duvidar; que num primeiro momento descobre o seu ser na solido
do pensar a si e somente a si, descobre-se, logo em seguida, devido
exigncia de um tempo de contnua fluidez, que no existe sozinho
no mundo. A descoberta que o uso da razo lhe propicia que para
ser (existir), o eu necessita daquele que . Com efeito, o prprio ato
de pensar em si remete o eu a pensar em Deus.
Pelo simples fato de Deus me ter criado, bastante crvel que ele, de
algum modo, me tenha produzido sua imagem e semelhana e que eu
conceba essa semelhana (na qual a idia de Deus se acha contida) por
meio da mesma faculdade pela qual me concebo a mim prprio.
(Descartes, 1973, p. 120).
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