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1) O documento descreve o Seminário de Araxá de 1967, que teve como objetivo adequar o Serviço Social ao desenvolvimento do Brasil.
2) Os participantes definiram os objetivos, funções e metodologia do Serviço Social de forma a integrá-lo ao contexto econômico e social brasileiro.
3) Foram estabelecidos princípios operacionais como respeito à cultura e autodeterminação das pessoas, visando a mudança social de forma a promover o indivíduo.
1) O documento descreve o Seminário de Araxá de 1967, que teve como objetivo adequar o Serviço Social ao desenvolvimento do Brasil.
2) Os participantes definiram os objetivos, funções e metodologia do Serviço Social de forma a integrá-lo ao contexto econômico e social brasileiro.
3) Foram estabelecidos princípios operacionais como respeito à cultura e autodeterminação das pessoas, visando a mudança social de forma a promover o indivíduo.
1) O documento descreve o Seminário de Araxá de 1967, que teve como objetivo adequar o Serviço Social ao desenvolvimento do Brasil.
2) Os participantes definiram os objetivos, funções e metodologia do Serviço Social de forma a integrá-lo ao contexto econômico e social brasileiro.
3) Foram estabelecidos princípios operacionais como respeito à cultura e autodeterminação das pessoas, visando a mudança social de forma a promover o indivíduo.
A eroso do Servio social tradicional na Amrica Latina.
A crise do Servio Social tradicional, no entanto, esteve longe de configurar-se
como um processo restrito s nossas fronteiras. Em verdade, vindo tona nos anos sessenta, ela um fenmeno internacional. A sua anlise crtica tem sido no casualmente, uma anlise do essencial das vertentes tericas e ideolgicas mais relevantes do sculo XX. Cabe, entretanto, assinalar alguns ncleos problemticos que, especificamente em relao ao Servio Social, podem responder pelos traos gerais da eroso da legitimao das suas formas at ento consagradas, e em escala mundial; no se trata mais que de um mapeamento, cujo objetivo limita-se a acentuar o que indiscutivelmente incidiu sobre a profisso. Em primeiro lugar, a reviso crtica que se processa na fronteira das cincias sociais. Os insumos cientficos de que historicamente se valia o Servio Social e que forneciam a credibilidade terica do seu fundamento com a chancela das disciplinas sociais acadmicas viam-se questionados no seu prprio terreno de legitimao original. Segundo vetor que intercorria no processo era o deslocamento sociopoltico de outras instituies cujas vinculaes com o Servio Social so notrias: as Igrejas a catlica, em especial e algumas confisses protestantes. No caso do credo romano, estas mudanas so flagrantes durante o pontificado de Joo XXIII e afetaro o Servio Social por todos os lados no quadro da formao (sensibilizando setores docentes por outras vias menos vulnerveis s presses sociais), no quadro da ao (mediante a sua relao com as militncias laicas e suas obras sociais). A expresso desse processo erosivo que mais nos interessa, por razes que sero vistas adiante, foi a que se explicou na Amrica Latina a partir de 1965.A evoluo do movimento de conceptualizao, que como tal se exaure por volta de 1975, vai explicar esta heterogeneidade patente na sua elaborao e nos confrontos tericos que pde propiciar, dissipando completamente a iluso de unidade que marcou a sua emerso. O primeiro deles refere-se relao com a tradio marxista. no marco da conceptualizao que, pela primeira vez de forma aberta, a elaborao do Servio Social vai socorrer-se da tradio marxista e o fato central que, depois da conceptualizao, o pensamento de raiz marciano deixou de ser estranho ao universo profissional dos assistentes sociais. No curso das modificaes sociopolticas que se produzem na transio dos anos sessenta ao setenta, mais se explicitam os cortes e as colises no seu interior, distinguindo com fronteiras muito visveis os segmentos profissionais modernizantes, daqueles que apostavam numa ruptura com as prticas e as representaes do Servio Social tradicional. J nos primeiros anos da dcada de setenta, estas fronteiras no podem mais ser veladas e boa parte dos modernizantes, quase todos vinculados ao reformismo desenvolvimentista, se demarcava intencionalmente do outro polo renovador.
As Direes da Renovao do servio Social.
Renovao da profisso e a eroso das formas Tradicionais As direes intrnsecas do processo de renovao do Servio Social- Direes que sero estudadas particularmente na sequncia da nossa argumentao. Desenvolvimento da reflexo profissional durante o perodo de Vigncia e crise da Autocracia burguesa no Brasil. Na pesquisa deste processo de renovao, no mbito da auto representao do servio Social Submetemos a Cuidadoso exame a parcela mais significativa da literatura profissional. Este exame a partir do qual detectamos as mencionadas direes intrnsecas Revelou o processo de renovao configura um movimento cumulativo, com estgios de dominncia Tericos- Culturais e v poltica distinta, porm entrecruzando- se e sobrepondo-se donde a dificuldade de qualquer esquema para representa-lo. Um cenrio de em que se registram trs momentos No primeiro momento, o impulso organizador praticamente monopolizado pelas iniciativas do CBCISS( Centro Brasileiro de Cooperao e Intercmbio de Servios Sociais) que ento abre a srie dos seus importantes Seminrios de Teorizao no segundo Verifica- se especialmente a Objetivao das inquietudes sistematizada no mbito dos cursos de ps-graduao No terceiro, acresce-se a estas duas fontes alimentadoras a interveno de organismo ligada as agncias de formao (ABESS) Categoria profissional. As direes da Renovao do Servio Social no Brasil. O movimento Global desses momentos parciais oferecem desenho ntido: A Renovao que se inicia Neste processo, rebatem tanto o peso novo que vo adquirindo as agncias de formao de formao de formao postas a sua insero acadmica. Trs direes principais constitutivas precisamente do processo de renovao. A primeira direo conforma uma (perspectiva modernizadora) para as concepes profissionais- Um esforo no sentido de adequar o Servio Social, enquanto instrumento de interveno inserida no arsenal de tcnicas sociais e ser operacionalizado no marco de estratgias de desenvolvimento capitalista. Seus Grandes monumentos, sem duvida so os textos dos seminrios de Arax e de Terespolis Revelar se um eixo de extrema densidade no envolver da reflexo profissional: No s continuara mobilizando energias nos anos seguintes como, especialmente, mostrar-se a aquele vetor de Renovao que mais fundamente vincou a massa da categoria profissional.
A formulao da perspectiva modernizadora.
A perspectiva modernizadora constitui a primeira sob todos os aspectos
expresso do processo e renovao do Servio Social no Brasil, Emergente desde o encontro do Porto Alegre, em 1965, ela encontra a sua formulao afirmada nos resultados do primeiro Seminrio de Teorizao do Servio Social, promovido pelo CBCISS na estncia hidromineral de Arax (MG), entre 19 e 26 de maro de 1967, e se desdobra os trabalhos do segundo evento daquela srie, tambm patrocinado pelo CIBISS e efetivado entre 10 e 17 de janeiro de 1970, em Terespolis (RJ), o Documento de Arax e o Documento de Terespolis podem perfeitamente ser tomados como a consolidao modelar da tentativa de adequar as representaes profissionais do Servio Social s tendncias sociopolticas que a ditadura tornou dominantes e que no se punham como objeto de questionamento substantivo pelos protagonistas que concorreram na sua elaborao. A perspectiva modernizadora ela encontra impostaes e matizes diversificados em inmeros trabalhos de profissionais e docentes cujas reflexes se desenvolveram entre a segunda metade dos anos sessenta e o final da dcada seguinte. A Problemtica elementar no pas, mobilizadora de segmentos burgueses e de lideranas afetas s classes subalternas, cujas projees tanto esfibravam a ao estritamente poltica quanto animavam o erguimento de representaes tericoculturais. A identificao de processo de desenvolvimento e processo de modernizao. esta concepo desenvolvimentista que se conecta a perspectiva renovadora configurada nos documentos de Arax e Terespolis: o processo de desenvolvimento visualizado como um elenco de mudanas que, levantando barreiras aos projetos de e verso das estruturas socioeconmicas nacionais e de ruptura com as formas dadas de insero na economia capitalista mundial. A colagem dos assistentes sociais brasileiros do acervo que herdavam do perodo imediatamente anterior ao golpe do abril das influencias terico- ideolgicas do cenrio internacional que sobre eles incidiam (o suporte das cincias, as prticas dos projetos de ajudas e de assistncia tcnica. Neste sentido pelos seus segmentos (representativos) que construram as formulaes de Arax e Terespolis.
Documento de Arax
Seminrio que ocorreu de19 a 26 de maro de 1967 em Arax (Minas Gerais)
Contou com a participao de 38 profissionais, foi promovido pelo CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperao e Intercmbio de Servios Sociais). Tema: a Metodologia do Servio Social. Essa preocupao vem da necessidade de adequar o Servio Social ao desenvolvimento. Para se integrar a esse desenvolvimento tem que redefinir os objetivos, as funes e a metodologia, na tentativa de adequar-se ao contexto econmico social da realidade brasileira. No encontro se opta por todos os participantes em discutirem o mesmo roteiro sobre conceitos bsicos e estudar a metodologia sob um prisma genrico. Quanto aos objetivos: Objetivo remoto: valorizao e melhoria das condies do ser humano tendo como referncia a Declarao Universal dos Direitos Humanos. Objetivos operacionais: identificar e tratar problemas ou distores residuais que impeam as pessoas de alcanarem padres econmicos compatveis com a dignidade humana. Funes do Servio Social Poltica Social, Planejamento, Administrao do Servio Social, Servios de atendimento corretivo, preventivo e promocional. Carter corretivo: remoo de causas que impedem ou dificultem o desenvolvimento do indivduo, grupo, comunidade. Carter Preventivo: interveno que procura se se antepuser s consequncias de um determinado fenmeno; Carter Promocional: interveno que possibilita o indivduo, grupo, comunidades realizar plenamente suas potencialidades. Metodologia de ao do Servio Social Inicialmente os participantes definem que o Servio Social tem postulados (pressupostos ticos e metafsicos) e princpios operacionais (norteiam a atuao do agente profissional e as normas de ao de validade universal). Postulados: dignidade da pessoa humana; da sociabilidade essencial da pessoa humana e perfectibilidade humana. Princpios Operacionais: estmulo ao exerccio da livre escolha e da responsabilidade das decises, respeito s valores, padres e pautas culturais, enseja a mudana no sentido de autopromoo e do enriquecimento do indivduo, grupo, comunidade, atuao dentro de uma perspectiva de globalidade na realidade social.
Ao longo do documento percebemos um conflito entre o tradicional (conservador) e
os novos princpios. Tentativa de ultrapassar o tradicional problemas sociais (individuais) para um olhar da globalidade. Adequao da metodologia s funes do Servio Social Peculiar ao servio social no o atendimento de caso, grupo, comunidade e sim o enfoque orientado por uma viso global de homem integrado em seu sistema social. Globalidade: perspectiva estrutural funcionalismo relaes sistmico integrativas de indivduo e sociedade. A atuao do Servio Social se dar em dois nveis: micro atuao (nvel da administrao e prestao de servios) e macro atuao (integrao das funes do Servio Social ao nvel da poltica e planejamento para o desenvolvimento). Integrao: planejar, implantar e utilizar a infraestrutura social. Infraestrutura social: facilidades no campo politicas sociais e distingue-se da infraestrutura econmica e fsica. Mostra a fragmentao em subsistemas prprias do positivismo, e a integrao desses subsistemas como possvel forma de harmonizar a sociedade. Servio Social e Realidade Brasileira Confirma-se a perspectiva da modernizao atravs do desenvolvimento: O Servio Social tem em mira uma contribuio positiva ao desenvolvimento, entendido este como um processo de planejamento integrado de mudana nos aspectos econmicos, tecnolgicos, socioculturais e poltico-administrativos (NETTO apud CBCISS 1986: 41). Refora-se nesse item a importncia do Servio Social conhecer a realidade brasileira para que possa se inserir nela adequadamente. Documento de Arax: teorizao operacional em funo do modelo bsico de desenvolvimento, este posto como no problemtico tem como referencial terico: estrutural-funcionalismo concepo da dinmica social onde a natureza autorregulada da ordem social. As disfunes colocam-se como objeto de interveno justamente porque o equilbrio dinmico do sistema guarda potencial para corrigi-las. As dessincronizas no ritmo de mudanas nos vrios subsistemas, ainda que no totalmente previsveis e controlveis, mostram-se equacionveis como campos de processos que so passveis de programao corretiva. (NETTO: 2009: 177).
IESMT- INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR
DE MATO GROSSO
3SEMESTRE
DEPARTAMENTO
SEMINARIO SERVICO SOCIAL NA AMERICA LATINA
IESMT CUIAB 2015
IESMT- INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR
DE MATO GROSSO
Celso Dos Anjos
Jssica Naiara R Lenize Aparecida Marcos Martins Priscila Cristhian
Trabalho apresentado disciplina
Servio Social sob orientao da Professora Elizabeth Leite Oliveira Teodoro, como requisito Obrigatrio para aprovao do 3 semestre.