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  • Marsilio de Padua

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    Luaana Alves
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    Marsilio de Padua . Marsílio Mainardino nasceu em Pádua por volta de 1270. Ele se dedicou ao estudo da medicina e, por um breve período, em 1312, foi reitor da Universidade de Paris. Em 1324, concluiu, com a ajuda de João de Jandum (1275-1328), o Defensor Pacis, uma obra que encerrava severas críticas contra o sistema eclesiástico que prevalecia em sua época e delineava os princípios que deveriam reger uma nova ordem. No Defensor Pacis encontram-se as mais importantes e notáveis reflexões sobre a reforma conciliar, cujas tentativas de implementação só tomaram impulso a partir de 1409. Por razões não totalmente claras, em 1325 ou 1326, Marsílio de Pádua passou a fazer parte da corte de Luiz, o Bávaro atuando como médico do imperador. Ele acompanhou, portanto, muito de perto a disputa entre Luiz e o papa João XXII (1316-1334) acerca dos limites do poder nas relações entre igreja e Estado, demonstrando profunda simpatia pela causa do imperador, ao ponto de João XXII ordenar sua prisão e, numa bula datada de outubro de 1327, chamá-lo de filho da perdição, filho de Belial, indivíduo pestilento e besta do abismo. Sendo também um clérigo, Marsílio foi nomeado vigário de Roma pelo imperador e manteve-se fiel aos seus princípios mesmo quando Luiz, o Bávaro foi forçado a se retratar diante do papa Clemente VI, em 1343, ano em que o paduano morreu. Defensor Pacis – 1324 O livro foi escrito em 1324 para o Imperador Luis da Baviera , na corte de Monique . Sendo concluído em dois meses com a ajuda de João de JaNdum. Seria um tratado em defesa das prerrogativas do imperador contra as pretensões papais. Na onde que o papal se recusava em aceitar a eleição do imperador. Sendo a pretensão do João XXII era atribuir a si mesmo todas as decisões do governo tipo como constituído com o poder universal e oriental, o direito de nomear , controlar e julgar o imperador. Marsílio sustenta uma forma de organização social em que nenhum sacerdote, o papa inclusive, pode invocar sua condição para atribuir-se ou subtrair-se à autoridade política. O povo é, portanto, a fonte de toda autoridade e confere o poder de exercê-la a quem achar por bem escolher. O Defensor Pacis derrubava, assim, a idéia de uma hierarquia absoluta tanto na igreja como no Estado. Para Marsílio, o povo no Estado e os cristãos na igreja detinham a plena soberania e era a partir deles que, por meio de corpos representativos, o imperador e o papa deveriam ser eleitos e, se necessário, depostos. Foi dessa forma que o livro antecipou temas da Reforma Protestante e da democracia ocidental. Inicio da Historia : João XXII (Tiago de Cahors) foi um dos papas do período conhecido como "Cativeiro Babilônico do Papado", que perdurou de 1309 a 1377. Em 1313, três anos antes do início do seu pontificado, morreu o imperador Henrique VII, abrindo a disputa pelo trono entre Luiz, o Bávaro e Frederico de Habsburgo. Assim, quando João XXII subiu ao trono pontifício, ambos os pretendentes à coroa imperial apelaram ao novo papa, esperando o reconhecimento de sua parte. Por outro lado, como tivera cinco dos sete votos dos eleitores, Luiz, o Bávaro fez-se coroar pelo arcebispo de Mainz, independentemente de qualquer aprovação papal. Após a coroação de Luiz, o papa declarou que era o vigário do império enquanto o trono estivesse vago e afirmou não reconhecer a eleição de Luiz, o Bávaro, uma vez que esta não havia sido submetida à aprovação papal. Mesmo enfraquecido pelas lutas contra Leopoldo da Áustria e Carlos IV da França pelo trono alemão, Luiz, o Bávaro não abriu mão de seus direitos imperiais, nem de sua autoridade sobre a Itália para onde marchou em janeiro de 1327 e, refletindo as idéias de Marsílio de Pádua, foi coroado imperador por um representante do povo chamado Sciarra Colonna, obviamente sem o consentimento papal. Philip Schaff destaca que "Luiz foi o primeiro imperador medieval coroado pelo povo". Declarado herético ( 1326 ) Marsilio foi excomungado p

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    Marsilio de Padua . Marsílio Mainardino nasceu em Pádua por volta de 1270. Ele se dedicou ao estudo da medicina e, por um breve período, em 1312, foi reitor da Universidade de Paris. Em 1324, concluiu, com a ajuda de João de Jandum (1275-1328), o Defensor Pacis, uma obra que encerrava severas críticas contra o sistema eclesiástico que prevalecia em sua época e delineava os princípios que deveriam reger uma nova ordem. No Defensor Pacis encontram-se as mais importantes e notáveis reflexões sobre a reforma conciliar, cujas tentativas de implementação só tomaram impulso a partir de 1409. Por razões não totalmente claras, em 1325 ou 1326, Marsílio de Pádua passou a fazer parte da corte de Luiz, o Bávaro atuando como médico do imperador. Ele acompanhou, portanto, muito de perto a disputa entre Luiz e o papa João XXII (1316-1334) acerca dos limites do poder nas relações entre igreja e Estado, demonstrando profunda simpatia pela causa do imperador, ao ponto de João XXII ordenar sua prisão e, numa bula datada de outubro de 1327, chamá-lo de filho da perdição, filho de Belial, indivíduo pestilento e besta do abismo. Sendo também um clérigo, Marsílio foi nomeado vigário de Roma pelo imperador e manteve-se fiel aos seus princípios mesmo quando Luiz, o Bávaro foi forçado a se retratar diante do papa Clemente VI, em 1343, ano em que o paduano morreu. Defensor Pacis – 1324 O livro foi escrito em 1324 para o Imperador Luis da Baviera , na corte de Monique . Sendo concluído em dois meses com a ajuda de João de JaNdum. Seria um tratado em defesa das prerrogativas do imperador contra as pretensões papais. Na onde que o papal se recusava em aceitar a eleição do imperador. Sendo a pretensão do João XXII era atribuir a si mesmo todas as decisões do governo tipo como constituído com o poder universal e oriental, o direito de nomear , controlar e julgar o imperador. Marsílio sustenta uma forma de organização social em que nenhum sacerdote, o papa inclusive, pode invocar sua condição para atribuir-se ou subtrair-se à autoridade política. O povo é, portanto, a fonte de toda autoridade e confere o poder de exercê-la a quem achar por bem escolher. O Defensor Pacis derrubava, assim, a idéia de uma hierarquia absoluta tanto na igreja como no Estado. Para Marsílio, o povo no Estado e os cristãos na igreja detinham a plena soberania e era a partir deles que, por meio de corpos representativos, o imperador e o papa deveriam ser eleitos e, se necessário, depostos. Foi dessa forma que o livro antecipou temas da Reforma Protestante e da democracia ocidental. Inicio da Historia : João XXII (Tiago de Cahors) foi um dos papas do período conhecido como "Cativeiro Babilônico do Papado", que perdurou de 1309 a 1377. Em 1313, três anos antes do início do seu pontificado, morreu o imperador Henrique VII, abrindo a disputa pelo trono entre Luiz, o Bávaro e Frederico de Habsburgo. Assim, quando João XXII subiu ao trono pontifício, ambos os pretendentes à coroa imperial apelaram ao novo papa, esperando o reconhecimento de sua parte. Por outro lado, como tivera cinco dos sete votos dos eleitores, Luiz, o Bávaro fez-se coroar pelo arcebispo de Mainz, independentemente de qualquer aprovação papal. Após a coroação de Luiz, o papa declarou que era o vigário do império enquanto o trono estivesse vago e afirmou não reconhecer a eleição de Luiz, o Bávaro, uma vez que esta não havia sido submetida à aprovação papal. Mesmo enfraquecido pelas lutas contra Leopoldo da Áustria e Carlos IV da França pelo trono alemão, Luiz, o Bávaro não abriu mão de seus direitos imperiais, nem de sua autoridade sobre a Itália para onde marchou em janeiro de 1327 e, refletindo as idéias de Marsílio de Pádua, foi coroado imperador por um representante do povo chamado Sciarra Colonna, obviamente sem o consentimento papal. Philip Schaff destaca que "Luiz foi o primeiro imperador medieval coroado pelo povo". Declarado herético ( 1326 ) Marsilio foi excomungado p

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    Marsilio de Padua . Marsílio Mainardino nasceu em Pádua por volta de 1270. Ele se dedicou ao estudo da medicina e, por um breve período, em 1312, foi reitor da Universidade de Paris. Em 1324, concluiu, com a ajuda de João de Jandum (1275-1328), o Defensor Pacis, uma obra que encerrava severas críticas contra o sistema eclesiástico que prevalecia em sua época e delineava os princípios que deveriam reger uma nova ordem. No Defensor Pacis encontram-se as mais importantes e notáveis reflexões sobre a reforma conciliar, cujas tentativas de implementação só tomaram impulso a partir de 1409. Por razões não totalmente claras, em 1325 ou 1326, Marsílio de Pádua passou a fazer parte da corte de Luiz, o Bávaro atuando como médico do imperador. Ele acompanhou, portanto, muito de perto a disputa entre Luiz e o papa João XXII (1316-1334) acerca dos limites do poder nas relações entre igreja e Estado, demonstrando profunda simpatia pela causa do imperador, ao ponto de João XXII ordenar sua prisão e, numa bula datada de outubro de 1327, chamá-lo de filho da perdição, filho de Belial, indivíduo pestilento e besta do abismo. Sendo também um clérigo, Marsílio foi nomeado vigário de Roma pelo imperador e manteve-se fiel aos seus princípios mesmo quando Luiz, o Bávaro foi forçado a se retratar diante do papa Clemente VI, em 1343, ano em que o paduano morreu. Defensor Pacis – 1324 O livro foi escrito em 1324 para o Imperador Luis da Baviera , na corte de Monique . Sendo concluído em dois meses com a ajuda de João de JaNdum. Seria um tratado em defesa das prerrogativas do imperador contra as pretensões papais. Na onde que o papal se recusava em aceitar a eleição do imperador. Sendo a pretensão do João XXII era atribuir a si mesmo todas as decisões do governo tipo como constituído com o poder universal e oriental, o direito de nomear , controlar e julgar o imperador. Marsílio sustenta uma forma de organização social em que nenhum sacerdote, o papa inclusive, pode invocar sua condição para atribuir-se ou subtrair-se à autoridade política. O povo é, portanto, a fonte de toda autoridade e confere o poder de exercê-la a quem achar por bem escolher. O Defensor Pacis derrubava, assim, a idéia de uma hierarquia absoluta tanto na igreja como no Estado. Para Marsílio, o povo no Estado e os cristãos na igreja detinham a plena soberania e era a partir deles que, por meio de corpos representativos, o imperador e o papa deveriam ser eleitos e, se necessário, depostos. Foi dessa forma que o livro antecipou temas da Reforma Protestante e da democracia ocidental. Inicio da Historia : João XXII (Tiago de Cahors) foi um dos papas do período conhecido como "Cativeiro Babilônico do Papado", que perdurou de 1309 a 1377. Em 1313, três anos antes do início do seu pontificado, morreu o imperador Henrique VII, abrindo a disputa pelo trono entre Luiz, o Bávaro e Frederico de Habsburgo. Assim, quando João XXII subiu ao trono pontifício, ambos os pretendentes à coroa imperial apelaram ao novo papa, esperando o reconhecimento de sua parte. Por outro lado, como tivera cinco dos sete votos dos eleitores, Luiz, o Bávaro fez-se coroar pelo arcebispo de Mainz, independentemente de qualquer aprovação papal. Após a coroação de Luiz, o papa declarou que era o vigário do império enquanto o trono estivesse vago e afirmou não reconhecer a eleição de Luiz, o Bávaro, uma vez que esta não havia sido submetida à aprovação papal. Mesmo enfraquecido pelas lutas contra Leopoldo da Áustria e Carlos IV da França pelo trono alemão, Luiz, o Bávaro não abriu mão de seus direitos imperiais, nem de sua autoridade sobre a Itália para onde marchou em janeiro de 1327 e, refletindo as idéias de Marsílio de Pádua, foi coroado imperador por um representante do povo chamado Sciarra Colonna, obviamente sem o consentimento papal. Philip Schaff destaca que "Luiz foi o primeiro imperador medieval coroado pelo povo". Declarado herético ( 1326 ) Marsilio foi excomungado p

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    Marsilio de Padua .

    Marslio Mainardino nasceu em Pdua por volta de 1270. Ele se


    dedicou ao estudo da medicina e, por um breve perodo, em 1312, foi
    reitor da Universidade de Paris. Em 1324, concluiu, com a ajuda de
    Joo de Jandum (1275-1328), o Defensor Pacis, uma obra que
    encerrava

    severas

    crticas

    contra

    sistema

    eclesistico

    que

    prevalecia em sua poca e delineava os princpios que deveriam


    reger uma nova ordem. No Defensor Pacis encontram-se as mais
    importantes e notveis reflexes sobre a reforma conciliar, cujas
    tentativas de implementao s tomaram impulso a partir de 1409.
    Por razes no totalmente claras, em 1325 ou 1326, Marslio de
    Pdua passou a fazer parte da corte de Luiz, o Bvaro atuando como
    mdico do imperador. Ele acompanhou, portanto, muito de perto a
    disputa entre Luiz e o papa Joo XXII (1316-1334) acerca dos limites
    do poder nas relaes entre igreja e Estado, demonstrando profunda
    simpatia pela causa do imperador, ao ponto de Joo XXII ordenar sua
    priso e, numa bula datada de outubro de 1327, cham-lo de filho da
    perdio, filho de Belial, indivduo pestilento e besta do abismo.

    Sendo tambm um clrigo, Marslio foi nomeado vigrio de Roma pelo


    imperador e manteve-se fiel aos seus princpios mesmo quando Luiz,
    o Bvaro foi forado a se retratar diante do papa Clemente VI, em
    1343, ano em que o paduano morreu.

    Defensor Pacis 1324

    O livro foi escrito em 1324 para o Imperador Luis da Baviera , na corte de Monique . Sendo
    concludo em dois meses com a ajuda de Joo de JaNdum.
    Seria um tratado em defesa das prerrogativas do imperador contra as pretenses papais. Na onde
    que o papal se recusava em aceitar a eleio do imperador.
    Sendo a pretenso do Joo XXII era atribuir a si mesmo todas as decises do governo tipo como
    constitudo com o poder universal e oriental, o direito de nomear , controlar e julgar o
    imperador.
    Marslio sustenta uma forma de organizao social em que nenhum sacerdote, o papa inclusive,
    pode invocar sua condio para atribuir-se ou subtrair-se autoridade poltica. O povo ,
    portanto, a fonte de toda autoridade e confere o poder de exerc-la a quem achar por bem
    escolher. O Defensor Pacis derrubava, assim, a idia de uma hierarquia absoluta tanto na igreja
    como no Estado. Para Marslio, o povo no Estado e os cristos na igreja detinham a plena
    soberania e era a partir deles que, por meio de corpos representativos, o imperador e o papa
    deveriam ser eleitos e, se necessrio, depostos. Foi dessa forma que o livro antecipou temas da
    Reforma Protestante e da democracia ocidental.
    Inicio da Historia :
    Joo XXII (Tiago de Cahors) foi um dos papas do perodo conhecido como "Cativeiro
    Babilnico do Papado", que perdurou de 1309 a 1377.
    Em 1313, trs anos antes do incio do seu pontificado, morreu o imperador Henrique VII,
    abrindo a disputa pelo trono entre Luiz, o Bvaro e Frederico de Habsburgo. Assim, quando
    Joo XXII subiu ao trono pontifcio, ambos os pretendentes coroa imperial apelaram ao novo
    papa, esperando o reconhecimento de sua parte.
    Por outro lado, como tivera cinco dos sete votos dos eleitores, Luiz, o Bvaro fez-se coroar pelo
    arcebispo de Mainz, independentemente de qualquer aprovao papal. Aps a coroao de Luiz,
    o papa declarou que era o vigrio do imprio enquanto o trono estivesse vago e afirmou no
    reconhecer a eleio de Luiz, o Bvaro, uma vez que esta no havia sido submetida aprovao
    papal.

    Mesmo enfraquecido pelas lutas contra Leopoldo da ustria e Carlos IV da Frana pelo trono
    alemo, Luiz, o Bvaro no abriu mo de seus direitos imperiais, nem de sua autoridade sobre a
    Itlia para onde marchou em janeiro de 1327 e, refletindo as idias de Marslio de Pdua, foi
    coroado imperador por um representante do povo chamado Sciarra Colonna, obviamente sem o
    consentimento papal. Philip Schaff destaca que "Luiz foi o primeiro imperador medieval
    coroado pelo povo".
    Declarado hertico ( 1326 ) Marsilio foi excomungado pelo Joo XXII devido as teses defendias
    no livro, teve de fugir de Paris e refugiou-se na corte do Imperador Lus IV o Bvaro, a quem
    continuou servindo como conselheiro poltico.
    No Brasil qualquer material ( Bibliografia e Fontes ) de Marsilio Padua so restritos para
    estudos sobre a idade media ,as informaes que contem so de Bibliografias especificas
    sobre Padua escritas por Floriano Jonas Cesar e Jose Antonio de C.R.Souza entre outras
    pessoas.
    Outras obras mas conhecidas so Defensor Menor ( Tratado sobre o Regima e o Governo da
    cidade de Florena , De Translation Imperri e Sobre a jurisdio do Imperador em questo
    matrimoniais .

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