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soal e direta com que fazer de todos - ns e eles - nativos, loquazes informantes.
A histria da Antropologia ganha um novo brilho observada sob esse ngulo
e a arbitrariedade dos recortes nacionais (certamente uma das fronteiras do
sagrado no mundo desencantado moderno) se revela um foco promissor de
reflexo sistemtica. Seria um filo ulterior explorar, entre o universalismo e
os estilos nacionais, a questo dos grandes paradigmas epistemolgicos que
dividem a tradio metropolitana em linhagens meio nacionais e
atravessam a construo dos campos perifricos em cruzamentos inesperados. No Brasil, afinal, acusaes como a de racionalista francs ou
empirista ingls interagem com o diktat de explicar o pas, to bem examinado pela autora.
Para todos os que acreditam que uma antropologia s pode ser universalista
(apesar ou por causa mesmo das dificuldades e problemas que essa posio
epistemolgica levanta no trato da multivocidade da coisa humana) a
proposta de Mariza Peirano soa afinadssima, por trazer ao centro do palco a
ambio maior desse projeto: produzir um universalismo modificado (cf. L.
Dumont) ou mais genuno (p. 22), aquele em que a sua prpria existncia
social possa ser observada em perspectiva. Um estimulante paradoxo para
cuja compreenso a frmula de um saber no plural certamente faz avanar.