O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAO, no uso da competncia que
lhe confere o art. 87, pargrafo nico, incisos I e II, o disposto no art. 5, da Constituio Federal, e Considerando a Portaria n 223 de 18 de maio de 2010 do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; Considerando os princpios dos direitos humanos consagrados em instrumentos internacionais, especialmente a Declarao Universal dos Direitos Humanos (1948) e a Declarao da Conferncia Mundial contra o Racismo, Discriminao Racial, Xenofobia e Intolerncia Correlata (Durban, 2001); Considerando as propostas de aes governamentais contidas no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 elaborado em 2010 (PNDH 3) relativas ao Eixo Orientador III: Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades; Considerando o Programa de Combate Violncia e Discriminao contra Lsbicas, Gays, Transgneros, Transexuais e Bissexuais e de Promoo da Cidadania Homossexual, denominado "Brasil Sem Homofobia"; Considerando o Plano Nacional de Promoo da Cidadania e Direitos Humanos de Lsbicas, Gays, Bissexuais, Transgneros e Transexuais PNLGBT; Considerando as resolues da Conferncia Nacional de Educao Conae 2010 quanto ao gnero e a diversidade sexual; Considerando a Portaria 233, datada de 18/05/2010, do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto - Mpog, que estabelece o uso do nome social adotado por travestis e transexuais s/aos servidoras/es pblicas/os, no mbito da Administrao Pblica Federal direta, autrquica e fundacional; e Considerando o compromisso deste Ministrio de desenvolver unidades em sua estrutura para o tratamento das questes de educao em direitos humanos, resolve:
Art. 1 - Fica assegurado s pessoas transexuais e travestis, nos termos
desta Portaria, o direito escolha de tratamento nominal nos atos e procedimentos promovidos no mbito do Ministrio da Educao. 1 - Entende-se por nome social aquele pelo qual essas pessoas se identificam e so identificadas pela sociedade. 2 - Os direitos aqui assegurados abrangem os agentes pblicos do Ministrio da Educao, cabendo s autarquias vinculadas a esta Pasta a regulamentao da matria dentro da sua esfera de competncia. Art. 2 - Fica assegurada a utilizao do nome social, mediante requerimento da pessoa interessada, nas seguintes situaes: I - cadastro de dados e informaes de uso social; II - comunicaes internas de uso social; III - endereo de correio eletrnico; IV - identificao funcional de uso interno do rgo (crach); V - lista de ramais do rgo; e VI - nome de usurio em sistemas de informtica. 1 - No caso do inciso IV, o nome social dever ser anotado no anverso, e o nome civil no verso da identificao funcional. 2 - A pessoa interessada indicar, no momento do preenchimento do cadastro ou ao se apresentar para o atendimento, o prenome que corresponda forma pela qual se reconhea, identificada, reconhecida e denominada por sua comunidade e em sua insero social. 3 - Os agentes pblicos devero tratar a pessoa pelo prenome indicado, que constar dos atos escritos. 4 - O prenome anotado no registro civil deve ser utilizado para os atos que ensejaro a emisso de documentos oficiais, acompanhado do prenome escolhido. 5 - Em 90 (noventa) dias devem ser tomadas as medidas cabveis para que o nome social passe a ser utilizado em todas as situaes previstas nesta Portaria. Art. 3 - Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicao. FERNANDO HADDAD
Políticas públicas de regularização fundiária como instrumentos de concretização do direito fundamental à moradia: a implementação de políticas habitacionais no município de Camaçari-BA a partir de 2010