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http://www.jornalw.org/index.php?cont_=ver2&id=832&tem=1&lang=pt
Em carta aberta a todos os catequistas e também aos pais, o pároco de São João de Deus, cónego
Carlos Paes, recorda que a missão fundamental é conduzir as crianças ao encontro com Jesus. Nesta
missiva, este sacerdote considera ainda que a Igreja tem “de voltar à estaca zero” em termos de
evangelização “com cada geração de pais e crianças” que frequentam a catequese.
O facto de nos encontrarmos em tempo de certa forma pós cristão, em que a transmissão
da fé já não pode contar com uma cultura dominante de inspiração cristã, onde a
introdução à fé era concomitante com a educação familiar, traz à catequese novos
desafios.
Falando em termos de evangelização, o que se passa é que temos de voltar à estaca zero,
com cada geração de pais e crianças que aparecem para a catequese. Os pais, que a
Igreja sempre pensou como primeiros catequistas e a quem sempre lembra essa missão
quando baptizam os filhos, raramente estão habilitados para assumir essa missão.
De certa forma e em grande parte dos casos, os pais terão de ser destinatários da
catequese, para depois poderem ser, junto dos seus filhos, agentes evangelizadores e
verdadeiros sacerdotes na sua igreja doméstica.
Daí a importância que têm todas as ocasiões e pretextos que temos para envolver os
pais. Desde logo quando vêm fazer a inscrição, falando-lhes das muitas formas de
participarem na catequese: nas Missas com as crianças; nos ensaios do coro; nas leituras
da Missa; nas actividades de missão e de festa; nas campanhas de solidariedade e
visitas; nas refeições conjuntas; nas celebrações especiais e sua preparação sacramental;
nos encontros com o/a catequista do seus filhos; nos contactos pessoais…
Ao retomar o conceito de iniciação cristã tal como no-lo apresenta Ritual Romano da
Iniciação Cristã dos Adultos, que inclui o Ritual da Iniciação das Crianças em Idade de
Catequese somos confrontados com uma proposta que nos obriga a entender a
Catequese doutro modo.
Estamos assim num processo iniciático que nos faz entrar na intimidade de Amor do
Pai, com o Filho, no balanço do Espírito Santo. Falamos do Pai a propósito do
Baptismo: o sacramento que nos constitui como filhos de Deus e membros da
fraternidade que é a Igreja. Falamos do Espírito a propósito da Confirmação que
estrutura a nossa identidade cristã para assumirmos a nossa vocação e vivermos a nossa
missão. Falamos de Jesus Cristo a propósito da Eucaristia, porque é nela que vivemos
e exercemos o sacerdócio baptismal, o compromisso com a Palavra de Deus e o serviço
da caridade, como Jesus nos ensina e exemplifica.
Iniciada é aquela criança que, tendo percorrido todos os degraus desta caminhada,
atingiu a plena identidade cristã, recebendo os três sacramentos: primeiro o Baptismo,
depois a Confirmação e em terceiro lugar a Eucaristia.
E depois de “iniciados”?
Depois de iniciados começa a grande aventura da vida cristã, em que vão exercer as três
missões de Jesus como “evangelizadores” (profetismo), como
“santificadores”(sacerdócio) e como “servidores na caridade” (realeza pastoral).
Assim se tornarão bem-aventurados, ou seja pessoas que irradiam uma alegria que vem
de dentro e se alimenta nos sacramentos.
Há aqui um segredo que constitui o ponto de partida de todo este processo. É o encontro
com Jesus. A melhor catequese e a melhor catequista não pode substituir este encontro.
Assim não se compreende que vindo as crianças à igreja para ter catequese, não
aproveitem a grande oportunidade para estar com Jesus, nem que seja só uns segundos,
junto dele, numa das suas formas de presença mais forte, que é a „presença real‟ no
sacrário.
Catequistas! Por amor de Deus e das crianças, nunca percam esta oportunidade.
Preparem-nos para viver este encontro durante a reunião de catequese e levem-nas antes
de sair, junto do sacrário. Ensinem-nas a fazer uma boa genuflexão, a benzer-se e a falar
com Jesus e por Jesus a falar também ao Pai e ao Espírito Santo. Depois, e só depois,
podem também ir junto de Nossa Senhora e ainda junto de algum santo de que gostem
mais. Este é também um caminho em que os Pais, ou outros Familiares que trazem a
criança, podem dar uma grande ajuda.
Informação complementar:
Referindo que “muitos jovens passam pela catequese e parece que Deus não marcou as
suas vidas”, a organização pretende que “a formação dos catequistas seja mais cuidada,
para poder responder à realidade cada vez mais complexa do dia a dia dos adolescentes
a nível da fé”. Orientada por dois elementos da equipa de Pastoral do Colégio de São
João de Brito, esta formação vai abordar a “Lectio Divina com adolescentes” e procurar
responder às questões “Como facilitar o crescimento espiritual do adolescente no
contexto cultural da actualidade?” e “Como realizar um dia de retiro com
adolescentes?”.