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INTRODUÇÃO
O projeto “Virgem da Lapa: Cidade Educativa” é uma parceria firmada entre o Centro Popular de
Cultura e Desenvolvimento (CPCD), a Prefeitura Municipal, o Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente (CMDCA) e a Petrobras Distribuidora S/A. As atividades acontecem na
cidade (zona urbana) e em três pólos: Lagoa da Manga, Tum-Tum e São João do Vacaria. As equipes
desenvolvem as atividades procurando envolver toda a comunidade e as crianças nas ações.
No Pólo Lagoa da Manga e em São João do Vacaria, dois educadores coordenam o trabalho. No ano
passado, atuaram como agentes comunitários de educação e este ano foram convidadas para fazer
parte da coordenação do projeto. Essa é uma experiência bem-sucedida, e as ações do projeto nesses
locais têm acontecido de forma prazerosa e envolvente. Em breve, estaremos inaugurando a
biblioteca. Os computadores já foram instalados e os livros estão em fase de catalogação.
As atividades da zona urbana aumentaram: atendemos a Escola Estadual Catulo Cearense, os bairros
Ponte, Alto São Vicente, Antônio de Mila, Novo Horizonte e o centro. Iniciamos o trabalho com
adolescentes da Escola Estadual Valdomiro Silva Costa. As ações na escola são realizadas com alunos
da 5ª série, da manhã e da tarde, três vezes por semana.
São ações diversificadas e algumas instituições da cidade nos convidam para participar de eventos
realizados por elas. Nós estamos fazendo da mesma forma: procuramos envolver todas elas em
nossas atividades, de forma que, juntos, possamos fazer de Virgem da Lapa uma “Cidade Educativa”.
Atualmente, atendemos seis comunidades no Pólo Lagoa da Manga, contando com um grupo de 2
agentes comunitários de educação e de 10 mães-cuidadoras, em um trabalho que envolve
aproximadamente 100 crianças. As atividades acontecem de segunda a quinta-feira, em escolas,
jardins de estudos e casas das crianças. Na sexta-feira, nos encontramos no pólo para fazer o
planejamento e avaliar o trabalho da semana.
Os encontros com a comunidade acontecem uma vez por mês, promovendo a troca de saberes,
aprendendo e ensinando. O trabalho acontece em clima de alegria, ânimo e esperança para as
pessoas. Contamos com o apoio e a amizade dos professores e, juntos, estamos conseguindo superar
as dificuldades.
O Pólo Tum-Tum atende quatro comunidades, abrangendo um total de 130 crianças, incluindo escolas
e creches. A equipe é composta de 12 mães-cuidadoras e 9 agentes comunitários de educação. As
crianças gostam do projeto e participam com entusiasmo das atividades, principalmente na escola. A
partir das pedagogias da roda, do biscoito, das placas, dos jogos, passeios, Bornal e Algibeiras de
livros, o projeto está investindo na aprendizagem das crianças e melhorando a convivência uns com os
outros.
Para valorizar o trabalho, acontece o rodízio nas comunidades com a equipe, que realiza atividades
diversificadas, com objetivo de conhecer um pouco mais as crianças e diagnosticar melhor a
aprendizagem.
• Bornal de Jogos
Os Bornais de Jogos da Paz e da Aprendizagem e o Bornalzinho são instrumentos usados pelo projeto
para que as crianças possam se desenvolver. Com eles estamos trabalhando a alfabetização, os
números e as quatro operações. As crianças do bairro Alto São Vicente mostram maior dificuldade na
aprendizagem e um relacionamento difícil. Com os jogos “Duvido de Números”, “Jogo das Sílabas”,
“Dado do Afeto” e “Jogo da Memória”, discutimos com eles questões relacionadas a limite e
trabalhamos a aprendizagem. Notamos que as crianças estão melhorando.
Na Escola Estadual Catulo Cearense, atendemos a crianças da fase introdutória à quarta série. Temos
meia hora com cada grupo de crianças e procuramos ser bem objetivos para ganhar tempo. Reunimo-
nos com as crianças em uma sala cedida pela escola e, de acordo com as dificuldades diagnosticadas,
usamos e adaptamos os jogos para cada uma delas. Os mais usados são: “Corrida numérica”,
“Corrida das frases”, “Juntando Letras” e “Jogo das Sílabas”.
O trabalho na Escola Estadual Valdomiro começou no mês de agosto. Antes, tivemos uma conversa
com os professores de português e de matemática, com a supervisora e a direção sobre as atividades
a serem desenvolvidas. Quando apresentamos o nosso material e as propostas do projeto, eles
consideraram importante desenvolver esse trabalho na escola, pois têm dificuldade com os alunos que
chegam com defasagens escolares a serem corrigidas. O nosso papel é contribuir com os alunos de
uma forma diferente do padrão que eles estão acostumados.
Nossa primeira atividade foi o “Diagnóstico de Aprendizagem”, utilizando para isso os jogos. Para
conhecer os adolescentes, usamos o jogo “Roleta da Amizade”. No primeiro dia do trabalho,
conseguimos falar de valores como respeito, carinho, companheirismo, atenção. Detectamos as
dificuldades das crianças e dos adolescentes que não conseguem ler, interpretar e fazer as quatro
operações e de outros que conseguem ler, mas soletrando.
Em São João do Vacaria, também usamos o Banco de Jogos. Com ele procuramos dar mais ênfase às
nossas atividades. Construímos jogos aproveitando papelão, garrafas PET, tampinhas e outros
materiais recicláveis, como forma de evitar que eles sejam causadores de poluição na comunidade.
Para cada dificuldade há um jogo específico: “Jogo das Sílabas”, “Descobre Cobre”, “Criando
Sentimento em Jogo” e “Coração Leal”. Um dos jogos que as crianças mais gostam é o “Jogo das
Silabas”, que elas levam para casa nos finais de semana e chegam a formar e escrever 160 palavras
diferentes.
Aprender brincando. Esse é um ótimo pretexto para o aprendizado, e é assim que as crianças
aprendem e se desenvolvem no Pólo Lagoa da Manga. O trabalho com os Bornais de Jogos possibilita
o desenvolvimento dos participantes como cidadãos de bem. Trabalhamos com os jogos nas escolas,
nos jardins de estudos e nas casas das crianças, que se divertem e aprendem ao mesmo tempo.
O Bornal de Jogos abrange diversas áreas de conhecimento, e é com esse propósito que estamos
fazendo dessa tecnologia uma atividade lúdica, mostrando que o ‘brincar’ vai além do divertir,
propiciando alegria, estimulando as crianças a serem pessoas questionadoras e ajudando-as na
mudança de comportamento.
Os Bornais de Livros e a Algibeira são utilizados pelas crianças e pessoas das comunidades rurais e da
zona urbana. Quando os livros chegam às casas das crianças, elas procuram lê-los, e isso acaba
contagiando o pai, o irmão, a mãe, que também começam a dar uma olhada e logo se sentem
estimulados a ler também.
Todos os bornais e algibeiras são distribuídos pela cidade. Eles estão também na E. E. Catulo
Cearense em forma de rodízio para leitura. Na Escola Estadual Valdomiro Silva Costa, distribuímos as
algibeiras da 5ª à 8ª série. A professora de português, junto com a mãe-cuidadora e os agentes
comunitários de educação, faz o controle dos empréstimos.
O trabalho desenvolvido na escola com o Bornal e Algibeira de Leitura está cada dia melhor, pois os
professores e alunos se apropriaram desses instrumentos. Ao ler um livro, as crianças soltam a
imaginação e criam poesias, textos, peças de teatros, enfim, reforçam o que foi lido e, assim,
começam a gostar de ler.
Os livros dos bornais e das algibeiras são fundamentais para desenvolver nas crianças e nos
adolescentes o prazer de ler, ensinando-os a compartilhar idéias e opiniões. Instrumentos usados
diariamente nos Pólos Tum-Tum e São João do Vacaria, possibilitam trabalhar interpretação e releitura
de forma criativa, transformando as rodas de leitura em atividades cada vez mais dinâmicas, com
declamações de poesias, jogos de adivinha e versos. Assim, vamos inovando nossas práticas e
percebemos a evolução das crianças.
• Folia do Livro
Fizemos a primeira Folia do Livro no mês de julho, no bairro Alto São Vicente. Contamos com a
participação dos moradores de todos os bairros, o que nos estimulou a fazer posteriormente nos meses
de agosto e setembro. A organização da Folia do Livro necessita de reuniões para combinar as
competências de cada equipe e as formas de mobilização da comunidade como nossos parceiros.
Fizemos biscoito, montamos teatros, confeccionamos camisetas personalizadas e convites. Contamos
com a participação de aproximadamente 300 pessoas. Depois, apresentamos as peças de teatro,
fizemos roda de batuque e finalizamos com uma confraternização.
“A pedra da cachoeira, quando balança, ela bambeia.” Entre os sons dos tambores e pandeiros,
iniciamos o batuque. Possibilidade concedida às pessoas idosas, fazendo-as reviver o passado e se
emocionar, mostrando para as crianças como a cultura é bonita e divertida nos tempos da juventude.
Cantamos e jogamos versos, enquanto as crianças ouviram as cantigas e não esqueceram mais.
Algumas conseguiram criar versos e muitas copiaram nos ensaios e na hora do batuque entraram na
roda e jogaram seus versos, surpreendendo as pessoas da comunidade.
No dia 16 de setembro, aconteceu a primeira Folia do Livro no Pólo Tum-Tum. Esse evento tem como
objetivo aproximar projeto e comunidade, promovendo a educação e o envolvimento de todos. Para a
• Pedagogia do Biscoito
A biscoitada é a atividade que mais chama a atenção e desperta o interesse das crianças para
aprender. É a Pedagogia do Biscoito. As crianças acompanham e conhecem passo a passo o preparo
do biscoito. Enquanto amassam, elas vão descobrindo as palavras e letras, para depois escrevê-las. Ao
final, as crianças podem experimentar o biscoito e fazer uma revisão das letras aprendidas com a
experiência. As que ainda não escrevem desenharam a receita, o que serviu como base para trabalhar
noções de quantidade, coordenação motora e escrita.
Enquanto amassamos o biscoito, cantamos cantigas de roda, fizemos adivinhações e roda de versos.
Todas tiveram a oportunidade de escrever as iniciais dos nomes, fazer as operações e os desenhos
com a própria massa do biscoito. Quando começamos a pegar em um lápis, parece que nunca
vamos aprender a segurá-lo. Imagine escrever letras e números! Com a Pedagogia do Biscoito, no
distrito de São João do Vacaria, as crianças da fase introdutória e do 1º ano participaram de todo o
processo da atividade. Na oportunidade, trabalhamos medidas e os nomes dos ingredientes.
Promover aprendizagem é o nosso maior objetivo e a Pedagogia do Biscoito é uma técnica que vem
sendo desenvolvida nas comunidades, uma forma lúdica de trabalhar a aprendizagem das crianças.
Exige também organização, pois possibilita envolvimento, participação e aprendizagem. As atividades
acontecem nas casas das crianças, tios, avós e vizinhos
Realizamos reuniões com as pessoas da comunidade e dos bairros, buscando nos aproximar delas,
ganhar sua confiança e resgatar o carinho e a amizade de umas com as outras, trocando idéias,
receitas e experiências. Na zona urbana, os encontros acontecem nos bairros Ponte, Novo Horizonte,
Bela Vista e Alto São Vicente. Fizemos receitas, sabão, doce contra verme, água sanitária, fanta
caseira, doce de mamão, sabão líquido e xarope de beterraba e de umbigo de banana.
• Passeio Ecológico
As comunidades dos pólos São João, Tum-Tum e Barra do Vacaria fizeram um passeio ecológico, com
o objetivo de conhecer e explorar o lugar onde as crianças vivem. Fomos ao córrego, ao lixão, à olaria
(local onde antigamente eram feitos tijolos, telhas, panelas de barro, potes, entre outros artesanatos
produzidos com argila). Conversamos sobre o meio ambiente, conhecemos árvores, pássaros
diferentes, pedras com formas geométricas, lixo nas estradas, árvores cortadas, animais mortos. As
crianças puderam comparar os dois lados: a beleza da natureza e o que o homem está destruindo,
sem pensar nas conseqüências futuras.
Fizeram desenhos e produção de texto e algumas mudas de ervas foram recolhidas, como São
Caetano e mastruz, e plantadas em espirais de ervas. Nessa oportunidade, as crianças conheceram o
lugar onde vivem e analisaram sua realidade. Propiciamos alegria às crianças, conquistando o carinho
• Mutirão de Limpeza
Como no Pólo Lagoa da Manga não existe depósito de lixo, a população joga seus detritos nas valas
abertas pelas enxurradas ou nos córregos, que secam no período das secas. Já na época das chuvas,
as águas correm por esses locais e levam o lixo para o leito do rio.
• Oficina de Beleza
Trabalhar a auto-estima das crianças e das mães é muito importante, pois muitas crianças não têm o
cuidado adequado. Na zona urbana, fizemos oficinas de beleza no bairro Ponte, com as crianças da
turma da fase introdutória da escola. Lavamos os cabelos delas com xampu contra piolho, penteamos
os cabelos, cortamos as unhas e pintamos. O que importa nessa história é o bem que isso faz para as
crianças, pois elas se sentem melhores e mais bonitas.
A escola tem nos apoiado e notamos que vem dando certo, o que nos anima a continuar cuidando e
dando carinho às crianças em nossas atividades. Percebemos que os piolhos têm reduzido e que as
crianças estão mais contentes por estar se sentindo bem. Fizemos xampu contra piolho com as crianças
da chácara, a pedido da coordenadora, mas com o cuidado de produzi-lo numa oficina de beleza,
para que as crianças não ficassem pensando que estávamos fazendo isso só porque elas têm piolho.
Conversamos sobre isso na roda, no início e na avaliação final.
Iniciamos as oficinas com a brincadeira “Você viu o meu carneirinho?” e na seqüência discutimos a
importância de prestar atenção e observar tudo que está ao nosso redor. Conversamos ainda sobre a
importância de cuidar do nosso corpo e escrevemos algumas regras sobre higiene.
Foi muito difícil iniciar a atividade, tendo em vista a resistência das crianças. Depois que falamos sobre
a importância do bem-estar físico e mental, elas começaram a se interessar mais. Notamos que elas
passaram a andar mais limpas, arrumadas e bonitas. Nessa atividade, que acontece quinzenalmente
nas comunidades, usamos textos, livros e teatro para dar mais ênfase ao trabalho.
• Teatro
O teatro é uma forma de linguagem que nos permite discutir respeito, carinho, atenção, cuidado com
o colega e com a escola. Por meio dele, as crianças passam a se interessar pelas histórias dos livros,
enquanto a capacidade de raciocínio e a curiosidade são estimuladas. Podemos discutir o
planejamento da cidade, por exemplo, e essa é a nossa contribuição para o Plano Diretor Participativo.
Apresentamos o teatro criado para o Plano Diretor na audiência pública, com a presença de
aproximadamente 170 pessoas da cidade.
No Pólo Lagoa da Manga, quando encenamos uma peça teatral, nos transformamos em outras
pessoas, pois temos por um momento a oportunidade de realizar um grande sonho. As mães-
cuidadoras e os agentes estão fazendo teatro junto com as crianças para que elas superem a timidez.
Essa atividade é realizada com a utilização de livros, músicas e histórias criadas pelas próprias
crianças.
A comunidade fica mais atenta quando o assunto é tratado em forma de teatro. As pessoas acham
mais interessante e divertido, tornando o encontro bem mais agradável e deixando as pessoas com
curiosidade e desejo de voltar outras vezes. Com isso, estamos contribuindo para que as pessoas
vençam a timidez, descubram capacidades e valorizem as habilidades de cada um.
• Tinta de Terra
Na tentativa de incentivar as pessoas a usar material alternativo, realizamos a oficina de tinta de terra
na maioria das comunidades. Fabricarmos a tinta utilizando a terra de formigueiro, encontrada
facilmente nos quintais, ou a tabatinga, encontrada na chapada, próxima às comunidades. Usando a
tabatinga, encontramos cores bem variadas, dando à tinta uma cor natural.
Para valorizar a atividade, desenhamos nas paredes, fizemos ilustrações de livros, números, letras ou
da natureza local, a partir de temas escolhidos de acordo com as sugestões de cada comunidade e
das crianças. Ao ver os resultados, a comunidade começou a se apropriar da tinta de terra, e com isso
muitas casas foram pintadas.
Fizemos pintura com tinta de terra em paredes de banheiros, na caixa de água do jardim da
comunidade, no muro da escola, assim como em cartões, pedras e telhas. O resultado impressiona as
pessoas da comunidade, deixando-as surpresas e com vontade de fazer o mesmo em suas residências.
As pessoas estão se apropriando das nossas atividades, criando novas alternativas sustentáveis.
A Pedagogia das Placas é uma atividade realizada nos jardins de estudos, nas casas das crianças e
nas escolas. Fazemos uma média de 32 placas por atividade, junto com as crianças, identificando
todos os objetos possíveis. Para iniciar a atividade, trabalhamos com o Bornal de Livros e as crianças
procuram identificar nomes de objetos que estão ao seu redor. Elas lêem e observam as palavras,
depois escrevem os nomes dos objetos. Quando as placas ficam prontas, sentamos e fazemos a
leitura. As crianças que ainda não sabem escrever ficam responsáveis por colá-las em seus devidos
lugares.
Nessas experiências, comprovamos que o aprendizado pode ser facilitado com a pedagogia das
placas, pois as crianças podem visualizá-las o tempo todo e tentar ler as palavras.
As mães-cuidadoras e os agentes da zona urbana foram convidadas por algumas escolas para fazer
oficina de brinquedos. Fizemos brinquedos com aproximadamente 500 crianças e adolescentes. Nas
oficinas, estamos sempre conversando com as crianças sobre a preservação do meio ambiente, sobre
a importância de não jogar lixo no chão, de aproveitar o máximo que puder em casa. As crianças logo
aprendem e querem fazer em casa, ensinando para os pais e irmãos.
Que toda criança gosta de brincar todos sabemos. Mas, se colocarmos uma pitada de incentivo,
criatividade, alegria, atenção e carinho, estaremos no caminho certo, dando à criança a oportunidade
de confeccionar seu próprio brinquedo.
Muitas vezes, estamos realizando os sonhos das crianças que não têm acesso a nenhum tipo de
brinquedo e não são incentivadas a criar seus próprios brinquedos com os recursos de que dispõem.
As oficinas de brinquedo têm como objetivo valorizar, descobrir e despertar maneiras criativas de
conseguir o que se desejamos, contribuindo com o ambiente de forma respeitosa e responsável.
• Rua de Lazer
Realizamos ruas de lazer nas comunidades e na zona urbana com oficina de brinquedos, brincadeiras,
estande de leitura, Bornal de Jogos e gincana no calçadão. Convidamos todas as crianças no período
A gincana aconteceu na E. E. Catulo Cearense e teve a participação de 45 crianças, durante três dias.
As tarefas da gincana estavam ligadas a temas de matemática, escrita e leitura, além de coordenação
motora, solidariedade, companheirismo e socialização.
• Reuniões
Fizemos uma reunião com todos os professores do Pólo Lagoa da Maga, para discutir, avaliar e
planejar nossas ações nas escolas. Foi um momento de avaliação e planejamento. Nas comunidades
do pólo, algumas ações favoráveis estão acontecendo: as mães estão dentro da escola, contribuindo e
ajudando o professor. As crianças têm demonstrado mais interesse para ir à escola e desfrutam de
instrumentos que podem ajudá-las no dia-a-dia. A roda, as conversas com as crianças, os avanços na
aprendizagem de letras e números, o gosto pela leitura, tudo é muito importante no cumprimento do
objetivo do projeto.
• Cantinho de Estudo
O Batucão é uma atividade realizada na última semana de cada mês, envolvendo as comunidades,
observando-se uma elevação do número de participantes a cada mês. Esses encontros incentivam e
valorizam a cultura do lugar, que está incorporada às pessoas do Vale do Jequitinhonha. São
momentos de alegria e festa: cantamos, dançamos, tocamos tambor e estamos trabalhando oralidade,
expressão corporal, socialização, valorização e resgate da cultura, motivando a alfabetização e a
forma de expressão.
A relação entre os integrantes do grupo também é muito importante. Para isso, em alguns momentos,
combinamos confraternizações na casa das pessoas e criamos o “Anjo da guarda”, em que cada
pessoa protege uma outra. O objetivo é que o grupo possa se cuidar e todos se sintam motivados.
Essa contribuição do grupo com o trabalho torna as pessoas mais atuantes e dinâmicas.
Para conseguir maior aproximação do grupo, todas as vezes que nos encontramos, uma pessoa fica
responsável por coordenar o dia. Geralmente, as mães-cuidadoras e os agentes comunitários de
educação lêem uma mensagem e fazem brincadeiras como incentivo ao trabalho e à vida pessoal.
No dia reservado para trabalhar o grupo, fazemos uma avaliação das situações para os problemas
encontrados naquele mês. O grupo coloca suas sugestões e os problemas são debatidos de forma
• Modelagem
Trabalhamos com argila nas comunidades Boa Vista e Beira Rio. Usamos essa atividade com as
crianças menores, com o intuito de trabalhar coordenação motora, letras e números. No início, as
crianças estavam dispersas, o que dificultou o andamento delas. No decorrer das atividades, elas
desenharam as letras do alfabeto. As que tinham dificuldade recebiam ajuda. Algumas fizeram
bolinhas, panelinhas e flores. Depois, sentamos para avaliar a atividade e percebemos a tranqüilidade
e a concentração das crianças.
Embora a atividade tenha começado de forma dispersa, conseguimos fazer com que as crianças
participassem de forma ativa, proporcionando um clima de respeito. Percebemos que os trabalhos
manuais despertam muito interesse e a criatividade, além de aproximá-las cada vez mais.
• Permacultura
Aconteceu em Virgem da Lapa uma oficina de permacultura, com a participação de 25 pessoas, entre
mães-cuidadoras, agentes, pessoas da comunidade rural e conselheiro tutelar. A oficina aconteceu
durante dois dias, no Sítio Maravilha, em Araçuaí, e ao longo de três dias em Virgem da Lapa. As
pessoas tiveram a oportunidade de conhecer na prática a teoria da permacultura. Sentiram-se
provocadas, porque são coisas simples para preservar a natureza e valorizar a terra.
No sítio, fizemos uma roda para conversar a respeito de permacultura e tirar as dúvidas das pessoas.
Todos anotavam as informações para poder repassá-las a outras pessoas de sua comunidade ou
grupo. Cada pessoa participou com a condição de ser um agente multiplicador, ou seja, cada um
tinha que fazer alguma coisa em sua casa para a sua família, repassar o aprendizado para as outras
mães e agentes, além de intensificar os trabalhos de permacultura na comunidade.
Na comunidade Barra do Vacaria, construímos uma espiral de ervas juntamente com as crianças e a
comunidade, com o objetivo de incentivá-las ao plantio de ervas medicinais, ensinando-as a cuidar da
saúde de forma natural e econômica. Iniciamos o dia com a brincadeira Sintonia das Palmas; depois,
saímos à procura das pedras para a construção da espiral e cada um ajudou da forma que pôde. Em
pouco tempo, a espiral ficou pronta. Cada criança fez o plantio da erva que trouxe de casa, depois
cada uma anotou o nome da planta e contou quantas folhas tinha. Todos os dias, antes da aula, as
crianças molham e contam a quantidade de folhas que sua planta tem. Assim, elas podem observar se
a planta está se desenvolvendo ou não.
Essa atividade é motivo de alegria e orgulho para todos que participaram, além de ser uma técnica
simples e eficaz para utilizar melhor o espaço, a água e multiplicar técnicas novas e velhas, aliando os
conhecimentos já existentes na comunidade.
• Trabalho na Escola
Na E. E. Catulo Cearense, nossas atividades acontecem de terça a sexta-feira. Hoje o trabalho está
sendo feito com as crianças da fase introdutória à quarta série. Para trabalhar cada dificuldade das
crianças, usamos o Bornal de Livros, a Algibeira de Leitura, o Bornal de Jogos, além de teatro e
brincadeiras. As atividades são sistemáticas, pois as crianças têm muita dificuldade. Mas já estamos
percebendo que elas têm melhorado: algumas que atendíamos não estão mais com o grupo de mães
e agentes e já estão acompanhando o ritmo de sua sala.
Na Escola Estadual Valdomiro Silva, as nossas atividades tiveram início com as turmas de 5ª série da
manhã e da parte da tarde, com encontros realizados de terça a sexta-feira. A pedido da professora, a
turma tem um Bornal de Livros e uma Algibeira para trabalhar a leitura e a interpretação, pois os
alunos têm muita dificuldade em ler corretamente. A professora de matemática pediu para ajudar nas
quatro operações fundamentais, considerando que o raciocínio dos adolescentes é bem lento e alguns
não sabem fazer contas ou têm muita dificuldade.
No momento, estamos trabalhando a questão de limites, respeito e socialização. Alguns alunos são
muito agressivos e não têm nenhuma perspectiva de vida. São adolescentes que não têm nenhuma
GERENCIAMENTO DO PROJETO
O projeto “Virgem da Lapa: Cidade educativa” é uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Virgem
da Lapa, o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), o Conselho Municipal dos Direitos
das Crianças e do Adolescente e a Petrobras Distribuidora S.A. O CPCD é a instituição responsável
pela coordenação e execução de todas as ações.
• Zona urbana
O grupo de mães e agentes comunitárias de educação tem uma característica peculiar: elas são
comprometidas com a idéia, fazem por prazer e isso é uma conquista. O grupo é misto, sendo
formado por pessoas que estão no trabalho desde o início e outras que entraram recentemente, mas a
formação permanente é responsabilidade de todas.
• Lagoa da Manga
O grupo passou por um período de adaptação, pois havia problemas de relacionamento e pessoas
com resistência à nova coordenação. Com a convivência diária, a resistência desapareceu. Hoje o
grupo está mais unido e amigável, passando a solucionar os problemas na roda. As atividades têm
sido realizadas com empenho e dedicação da maioria do grupo.
• Tum-Tum
A equipe é envolvida com o trabalho, tem iniciativa e se propõe a ‘fazer a diferença’. A evolução do
grupo é um dos pontos positivos, mas a timidez e a insegurança são desafios que precisamos vencer.
A equipe se divide para se apresentar na escola e nos encontros com a comunidade. Essa forma de
trabalhar possibilita a quebra da timidez de algumas pessoas. Uma vez por semana, nos reunimos
ENVOLVIMENTO DA PREFEITURA
Na medida do possível, a Prefeitura contribui com o projeto nas oficinas de permacultura, na Folia do
Livro e na roda de viola. Isso mostra que a parceria se constrói com a contribuição dos envolvidos,
principalmente com a integração da Secretaria Municipal de Educação.
ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE
• Zona Urbana
A comunidade mostra-se aberta para as atividades do projeto. Percebemos que as pessoas gostam de
participar e querem contribuir. Nos bairros, estamos usando os espaços cedidos por eles. Quando não
é possível usar os salões, fazemos as atividades no quintal de alguém. A abertura em cada bairro se
dá de diferentes formas, obedecendo às características de cada lugar. Ainda há muito a conquistar.
• Lagoa da Manga
As casas na zona rural são geralmente distantes umas das outras. Os homens trabalham nas roças e
as mulheres se encarregam de levar o almoço, além de cuidar dos afazeres domésticos. Essa situação
inviabiliza maior participação nos encontros na maioria das comunidades. Mesmo com um pequeno
Na comunidade do Limoeiro, as pessoas se reúnem e repetem as receitas para as que não puderam
participar. Em muitas casas, encontramos pinturas de tinta de terra e espirais de ervas, resultado que
nos anima e nos incentiva a exercer o trabalho com criatividade, nos estimulando a criar novas formas
de participação.
• Tum-Tum
Ainda não temos uma participação efetiva, mas quem participa acredita e as pessoas nos procuram
para receber a folia, fazer grupos de produção em sua casa, participar de oficinas de permacultura.
Acreditamos que, aos poucos, entenderão a importância da parceria para fazer diferença.
As comunidades do Pólo São João do Vacaria, por sua vez, participam de forma produtiva nas
atividades. As pessoas foram cativadas pelas mães-cuidadoras e agentes comunitários de educação.
IMPACTOS
• Índices quantitativos
Pólo Cidade
- 03 espirais de ervas;
- 10 mães-cuidadoras atuantes;
- 02 agentes comunitários de educação atuantes;
- 08 Bornais de Livros;
- 09 Algibeiras de Leitura;
- 255 livros lidos;
- 06 comunidades atendidas;
- 5 escolas atendidas;
- 04 gincanas realizadas;
- 06 reuniões;
- 01 horta;
- 24 oficinas comunitárias;
- 04 teatros;
- 02 biscoitadas;
- 03 oficinas de brinquedo;
- 02 oficinas de tinta de terra;
Pólo Tum-Tum
- 10 apresentações de teatro;
- 01 folia realizada;
- 04 biscoitadas realizadas;
- 02 ruas de lazer;
- 03 oficinas de brinquedo;
- 32 brinquedos construídos;
- 01 oficina de enfeite;
- 17 enfeites confeccionados;
- 05 encontros com a comunidade;
- 115 jogos reproduzidos;
- 06 gincanas realizadas;
- 06 espirais de ervas construídas;
- 12 mães-cuidadoras atuantes;
- 09 agentes comunitários de educação atuantes;
- 05 comunidades atendidas;
- 01 oficina tinta de terra.
ÍNDICE GERAL
• Índices qualitativos
Pólo Cidade
- Controle do piolho;
- Organização;
- Aceitação do grupo em relação à coordenação;
- Entrosamento dos integrantes do grupo;
- Maior atenção e participação das crianças;
- Maior aprendizagem;
Pólo Tum-Tum
- Atividades diversificadas;
- Crianças participando mais das atividades;
- Apoio dos professores;
- Confecção de brinquedos na comunidade Boa Vista e na escola;
- Representante da comunidade participando da oficina de permacultura;
- Crianças envolvidas na construção de espiral de ervas;
- Parceria com a Aprisco nas atividades desenvolvidas nas creches, facilitando a realização das
atividades, principalmente oficinas de beleza e grupos de produção;
- Crianças com auto-estima elevada a partir do trabalho com higienização.
DIFICULDADES ENCONTRADAS
Pólo Cidade
BREVE SÍNTESE
“Fazer de Virgem da Lapa uma Cidade Educativa é um desafio de todos os parceiros envolvidos e
empenhados no projeto. Investimos em atividades para envolver as pessoas das comunidades na
leitura, nas brincadeiras, de forma que tenham oportunidade de conhecer, entender e valorizar a
cultura local, além de cuidar dos seus filhos e dos filhos dos outros. Isso sem ferir a ética e a cidadania.
A Folia do Livro, o encontro com moradores para produzir receitas, as Algibeiras de Leitura em
botecos, as brincadeiras nas ruas e escolas, a preservação do ambiente, a roda de viola, os jogos de
“Os resultados obtidos até o momento no Pólo Lagoa da Manga são gratificantes. O grupo está
envolvido com o objetivo do projeto. Os desafios que encontramos são grandes, mas muitos foram
superados. As crianças estão se desenvolvendo, melhorando o grau de aprendizagem escolar e o
comportamento pessoal. A comunidade se apropriou das atividades do projeto, como as rodas de
viola, a tintura de terra e os grupos de produção com receitas alternativas. Isso nos leva a exercer
nosso trabalho com carinho, dedicação e criatividade. Percebo que as comunidades, quando
motivadas, superam os problemas encontrados.”
Patrícia Santos de Almeida
Coordenadora do Pólo Lagoa da Manga
“A equipe está mais dinâmica e, através da convivência de alguns meses com o grupo de mães-
cuidadoras e agentes comunitários de educação, procuramos focar a melhoria nas relações das
pessoas. A demanda de trabalho e os desafios que fazem parte do nosso cotidiano serviram para que
as pessoas ficassem mais ágeis na busca de soluções para seus problemas, através de conversas em
roda. No início do trabalho, era difícil entender o grupo e as atitudes das pessoas da comunidade, que
pensavam apenas em si. Depois de meses de convivência e de conversas em roda, estou com outra
visão em relação às pessoas da comunidade, pois elas estão se esforçando para conviver em grupo e
pensar no bem de todos. A experiência de trabalhar no Pólo de São João foi ótima para a minha vida.
Os desafios que encontrei me fizeram enxergar que tudo, apesar de difícil, tem solução.”
Grecy Valdeane
Coordenadora do Pólo Distrito de São João do Vacaria
Pólo Cidade
Pólo Tum-Tum
Bairro / Responsáveis /
Dia Hora Atividade / Técnicas / Dinâmicas
Localidade Público-alvo
12h às Pólo Tum-Tum Reunião de planejamento e avaliação Mães-cuidadoras e agentes
16h das atividades a partir do PTA. comunitários de educação.
12h30 Pólo São João Reunião para planejamento a partir Coordenadora, 6 mães-cuidadoras e
às16h30 do Vacaria. do PTA. 8 agentes comunitários de educação.
12h30 às Sede Projeto Encontro de planejamento e 10 mães-cuidadoras e 18 agentes
16h30 Cidade avaliação das atividades da semana e comunitários de educação.
Educativa – formação da equipe de mães-
Pólo Cidade cuidadoras e agentes comunitários de
02
educação.
12h às Pólo Tum-Tum Apresentação do teatro Plano Diretor Mães-cuidadoras e agentes
13h e pelas mães-cuidadoras e pelos comunitários de educação - crianças
13h às agentes comunitários de educação na da escola.
16h Escola Municipal Antônio Pinheiro
Jardim, logo após a reunião de
planejamento das atividades para a
semana.
7h às Pólo Lagoa da As atividades dessa semana 10 mães-cuidadoras 02 agentes
11h Manga acontecerão nas escolas e nas comunitários de educação.
de comunidades. Trabalharemos com Crianças e comunidade.
12h às bornais de livros, algibeiras, placas,
02 a
16h contação de história, gincanas e
06
jogos. Teremos também um mutirão
de limpeza na comunidade do
Marimbondo e apresentaremos o
teatro do Plano Diretor na escola da
comunidade do Limoeiro.
As atividades na E. E. Catulo
Cearense acontecem de terça a sexta-
feira.
Brincadeiras, dinâmicas de roda,
Bornal de Jogos, músicas, Algibeira
de Leitura e Bornal de Livros.
17h às Pólo Tum-Tum Jogos, Bornal de Livros e Algibeiras, Crianças da comunidade.
11h e contação de histórias, construção de
12h às jogos, dinâmicas, cantigas de roda,
16h modelagem com argila, pedagogia
das placas e higienização.
10h às Pólo Lagoa da Reunião no pólo para discutir a Coordenadora, 10 mães-cuidadoras,
14h Manga semana, avaliar o grupo e fazer 2 agentes comunitários de educação.
jogos. Crianças da comunidade.
7h30 às Pólo São João Bornal de Jogos e Algibeira de 6 mães-cuidadoras, 8 agentes
03 11h30 do Vacaria Leitura. Na parte da tarde: comunitários de educação. Crianças
e12h30 atendimento às crianças da 5ª série da comunidade.
às16h30 nas casas.
12h às Pólo Tum-Tum Higienização na escola com a fase Crianças da escola.
16h introdutória.
04 a 7h às Pólo Tum-Tum Jogos, Bornal de Livros e Algibeiras, Crianças e adolescentes da
08 11h e contação de histórias, construção de comunidade e professores.
As atividades na E. E. Catulo
Cearense acontecem de terça a sexta-
feira. Brincadeiras, dinâmicas de
roda, Bornal de Jogos, músicas,
Algibeira de Leitura e Bornal de
Livros.
7h às Pólo Tum-Tum Dinâmicas, roda de conversa, jogos, Crianças e toda comunidade.
11h20 caixa de letra, Bornal de Jogos e
e Algibeira de Leitura, contação de
12h15 às história, higienização, gincana e
16h15 grupo de produção com a
comunidade.
Comunidade Encontro com a comunidade – 1 mãe-cuidadora, 1 agente
do Buriti - Pólo comunidade do Buriti. comunitário de educação.
09 13h30
Lagoa da Comunidade.
Manga
12h15 às Pólo Tum-Tum Reunião de planejamento das Mães-cuidadoras e agentes
16h20 atividades para a semana. comunitários de educação.
Casa de João Reunião para planejamento do Coordenadora, 6 mães-cuidadoras e
12h30 às Pretinho – Pólo futebol amarrado. 8 agentes comunitários de educação.
16h30 São João do
Vacaria.
As atividades na E. E. Catulo
Cearense acontecem de terça a sexta-
feira. Brincadeiras, dinâmicas de
roda, Bornal de Jogos, músicas,
Algibeira de Leitura e Bornal de
Livros.
As atividades na E. E. Catulo
Cearense acontecem de terça a sexta-
feira. Brincadeiras, dinâmicas de
roda, Bornal de Jogos, músicas,
Algibeira de Leitura e Bornal de
Livros.
Pólo Lagoa da Reunião no pólo para planejar a Folia 10 mães-cuidadoras, 02 Agentes
10h às Manga do Livro. comunitários de educação
14h Comunidade, crianças, mães e
agentes comunitários de educação.
13h às Bairro Alto São Biscoitada para a Folia do Livro na 2 mães-cuidadoras e mães do bairro.
15h Vicente casa da Gal.
Comunidade Atividades nas casas das crianças: 1 mãe-cuidadora e 1 agente
Tombador - Bornal de Livros e roda de versos com comunitário de educação.
24 7h30 às
Distrito São crianças e pais. Crianças da comunidade.
11h30
João do
Vacaria
8h às Pólo Tum-Tum Rua de Lazer no campo próximo à Crianças da comunidade.
11h creche de Tum-Tum.
São João do Ensaios dos teatros para a festa a 05 mães-cuidadoras, 7 agentes
8h às
Vacaria fantasia. comunitários de educação-
10h30
Crianças da comunidade.
Bairro / Responsáveis /
Dia Hora Atividade / Técnicas / Dinâmicas
Localidade Público-alvo
7h às Pólo Lagoa Passeio ecológico, roda de conversa, 10 mães-cuidadoras e 2 agentes
11h e da Manga placas, contação de historias e comunitários de educação.
das 12h trabalhos com Algibeiras e Bornais Crianças da comunidade
às 16h de Jogos e Bornal de Livros.
Zona Urbana Bairros: Bela Vista, Ponte, Novo 17 agentes comunitários de
Horizonte, Antônio de Mila e Alto educação e 10 mães-cuidadoras.
São Vicente. Crianças da escola e dos bairros.
Bornal de Livros e Algibeiras de
Leitura, Bornal de Jogos (jogos:
Descobre Cobre, Dominó de Letras,
Duvido de Tabelinha, Na Mosca,
Duvido de Nomes, Duvido de
01 a
Vogais, Corrida das Sílabas, Caça-
03 7h30 às
palavras, Corrida Numérica),
11h30 e
histórias, passeios, futebol, cantigas
12h30 às
de roda, visita à casa das crianças.
16h30
Ensaio das músicas para a Folia do
Livro.
Na E. E. Catulo Cearense, as
atividades acontecerão dentro da
sala, junto com os professores.
Bornal de Jogos da Paz e de
Aprendizagem, Algibeira de Leitura,
brincadeiras (coordenação motora e
lateralidade) e contação de histórias.
São João do Bornal de Jogos, Algibeira de Leitura, 5 mães-cuidadoras e 08 Agentes
7h30 às
01 Vacaria- brincadeiras educativas e dinâmicas comunitários de educação. Crianças
11h30 e
Distrito de nas ruas e casas das crianças, oficina da comunidade.
12h30 às
São João do de reciclagem.
16h30
Vacaria.
Bairro / Responsáveis /
Dia Hora Atividade / Técnicas / Dinâmicas
Localidade Público-alvo
Pólo Tum-Tum Passeio ecológico, modelagem 12 mães-cuidadoras e 9 agentes
7h às com argila, roda de conversa, comunitários de educação.
11h e placas, contação de histórias e Crianças da comunidade
das 12h trabalhos com algibeiras, bornais
às 16h de jogos e livros, reuniões e grupo
de produção.
03
Sede Projeto Reunião com o grupo de mães e 10 mães-cuidadoras 18 agentes
a
12h30 às Cidade agentes da zona urbana para comunitários de educação.
06
16h30 Educativa. planejamento e avaliação das
atividades da semana.
7h às Pólo Lagoa da Bornais de Jogos, Bornais de Livros 10 mães-cuidadoras e 2 agentes
11h e Manga e Algibeiras. Teremos também comunitários de educação.
das 12h contação e interpretação de Crianças da comunidade
às 16h história, construção de jogos.
“Com os livros que li, aprendi a fazer poesia. O livro que mais gostei foi ‘Elemento Água’. Ele é muito
bom.’’
Dioclésio Dias de Meireles -10 anos
Comunidade do Buriti
“Gostei muito do dia porque aprendi a ler melhor. Fizemos poesias e as ilustramos, depois falei sobre
o meu livro para meus colegas.”
Claudilene Moreira de Jesus - 9 anos
Comunidade do Buriti
“Eu ainda não sei ler e na minha casa não tem quem leia os livros para mim. Hoje eu ouvi lindas
histórias e gostei muito.”
Delmara Neres Teixeira - 7 anos
Comunidade Lagoa da Manga
“Hoje li dois livros do bornal. O que eu mais gostei foi o livro ‘Brincando com o espelho’. Eu fiz muitos
desenhos e contei para meus colegas a história do meu livro.”
Tatiely Martins Dias - 9 anos
Comunidade do Buriti
“Gostei muito de hoje, porque ouvi a leitura da ‘Menina bonita do laço de fita’. Ela era bonita, tinha os
olhos bem pretinhos e usava tranças, como a Rapunzel.”
José Weder Sandes - 6 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Gostei do livro da ‘Kica Futrica’, mas ela era porca, porque não queria deixar sua avó tirar os
bichinhos de sua cabeça, dizendo que iria destruir a natureza.”
Joyce Miranda da Silva - 8 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Gostei da forma das atividades: são muito enriquecedoras e bastante criativas. A mala de objetos me
surpreendeu, porque cativou os alunos a conhecer palavras, sílabas e frases, usando suas
habilidades.”
Maria Eda - Professora
Distrito de São João do Vacaria
“Uma das coisas que eu achei mais bonitas foi não ter vergonha de ler para meus colegas, coisa que
eu não fiz nem para minha professora. Hoje li o livro ‘Como Nasce uma Floresta’ e fiquei feliz comigo
mesmo.”
Adalto - 5ª série
Comunidade Tum-Tum
“O que mais gosto nos livros são as poesias. Acho muito bonito declamar.”
Rafael Santos - 5ª série
“Hoje achei a atividade especial, porque aprendi uma coisa muito importante: que a leitura é
interessante quando entendemos o seu verdadeiro sentido.”
Roam Lopes de Souza - 6ª série
“Gosto de ler para melhorar meu vocabulário. Li todos livros dessa Algibeira.”
Jéssica Soares - 5ª série
“Nunca fiz teatro. Agora que estou trabalhando com as crianças, tenho acesso a livros e a outras
experiências. Vejo que fazer teatro é uma forma de retratar o sentimento e as emoções. É como brincar
de bola, de jogos. É deixar a imaginação fluir.”
Elizabete Pereira Rodrigues - Agente Comunitária de Educação
Comunidade Tum-Tum
“Não tinha noção de como me apresentar num teatro. Fiquei pensativa, preocupada. Finalmente
posso dizer que é uma coisa séria, mas não ruim, porque estou aliviada e feliz com o resultado.”
Maria Elza Aparecida Silva
Mãe-cuidadora - Comunidade Tum-Tum
“Participar do teatro é uma oportunidade que temos para mostrar nossas criatividades, talentos.
Percebi que somos capazes de vencer o medo e ultrapassar os limites da timidez. Agora, é acreditar
sempre no nosso potencial.”
Valéria Borges da Silva - Agente Comunitária de Educação
Comunidade Boa Vista
“Adorei apresentar a cantiga de roda ‘Terezinha de Jesus’, porque é animada e a carinha de quem
apresentou era de felicidade.”
Gisele Gonçalves - 6 anos
Comunidade Tum-Tum
“O que mais gostei no teatro foi a música, porque aprendi que ninguém vive só, um precisa do outro e
nós precisamos de mais colegas para participar de novos teatros.”
Dayane dos Santos Moreira - 9 anos
Comunidade Tum-Tum
“Adorei fazer parte do teatro! Eu fui a Cinderela e foi muito bom. Apesar dela ser maltratada no
começo, ela teve um final feliz.”
Francieva Luiz - 8 anos
Comunidade Barra do Vacaria
“Vejo como estamos evoluindo cada vez mais no projeto Cidade Educativa. As pessoas estão mais
preocupadas em colocar as dificuldades na roda e aos poucos estamos apropriando da metodologia
do projeto, no qual acredito e admiro.”
Marcos Moreira Oliveira
Agente Comunitário de Educação - Tum-Tum
“O projeto está sendo um grande aprendizado na minha vida. Cada dia é melhor que o outro tudo em
busca do nosso enriquecimento.”
Elizabete Pereira Rodrigues
Agente Comunitária de Educação - Tum-Tum
“Nossas reuniões estão cada vez mais dinâmicas. Fico sempre na expectativa, esperando qual é a
atividade inicial e cada vez me surpreendo, pois percebo que a coordenação se preocupa em
proporcionar momentos descontraídos, tudo em busca do nosso enriquecimento intelectual.”
Elizabete Pereira Rodrigues
Agente Comunitária de Educação - Tum-Tum
“Percebo que as reuniões esta mexendo muito com nossos sentimentos. As pessoas estão falando mais
o que pensam e permitindo que o outro as conheça melhor. Estou até aprendendo a refletir melhor
sobre minhas atitudes.”
Valéria Borges da Silva
Agente Comunitária de Educação - Comunidade Boa Vista
“Para mim, o projeto Cidade Educativa veio para nossa comunidade devolver a alegria para muita
gente. E eu sou uma delas. Minha vida começou a mudar quando tive a oportunidade de participar da
capacitação e de ser escolhida. A partir daí, senti a vida renascer.”
Marizete Gonçalves dos Santos
Mãe-cuidadora - Comunidade Beira Rio
“O projeto é muito importante para mim, não só pela bolsa, mas pela minha valorização e pelo
conhecimento que estou adquirindo.”
Eleonice Soares de Melo
Mãe-cuidadora - Comunidade Beira Rio
“Gostei muito jogo da sílaba. Aprendi a escrever meu nome, o alfabeto e a formar novas palavras.”
Camila Pacheco Martins - 6 anos
Comunidade do Buriti
“Eu adorei o dia de hoje! O jogo que mais gostei foi o ‘Dominó das Letras’, porque eu aprendi melhor
as consoantes e as vogais.”
Isael Caetano - 8 anos
Comunidade do Marimbondo
“Agradeço muito a vocês por ajudar nossos filhos. Os jogos que vocês utilizam são bonitos e as
crianças realmente aprendem com eles. Vocês me ajudam muito, pois nem sempre tenho tempo de
ensinar para meus filhos.”
Maria dos Santos Gomes - 35 anos
Comunidade Limoeiro
“Foi bom jogar os jogos de matemática, pois fiquei mais craque nas continhas de multiplicação.
Quando não estiver aula na escola vou participar das atividades do projeto e irei construir um jogo
para jogar na minha casa.”
Patrícia Teixeira - 11 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Após jogar o jogo ‘Criando’, do Bornal da Paz, aprendi a respeitar mais as pessoas e a ser mais
educada.”
Stephany Akemi de Jesus - 9 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Meu dia foi ótimo! Consegui formar 56 palavras com o jogo das sílabas.”
Gleisimaria Felix - 10 anos
Distrito do São João do Vacaria
“Divertir-me bastante com o jogo ‘Sentimento em jogo’, pois aprendi qualidades boas sobre os meus
colegas.”
Paula Beatriz Rodrigues de Souza - 8 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Para mim, construir jogos é uma arte. É uma maneira gostosa e divertida de fazer a diferença na vida
das crianças. Buscamos sempre novidades para despertar mais interesse em cada uma delas. Percebo
que as crianças estão mais exigentes com a qualidade dos jogos e minha preocupação é estudar bem
as regras, para ver se elas atendem às dificuldade. Por outro lado, avalio também a estética e
concordo com a reação das crianças: os jogos grandes despertam mais o interesse, pois são mais
bonitos e as cores vivas chamam muita atenção.”
Ricarda Pereira Rodrigues
Agente Comunitário de Educação - Comunidade Tum-Tum
“Achei muito interessante o jogo ‘Bingo dos Números’, porque estou não só conhecendo os números,
mas aprendendo também.”
Rayane Rodrigues Jardim - 7anos
Comunidade Beira Rio
“Tenho aprendido muito com os jogos e o que me deixa feliz é poder jogar com outras crianças e
aprender também com elas.”
Raí Aparecido Vaz de Jesus - 12 anos
Comunidade Beira Rio
“Com o jogo ‘Coração Leal’, aprendi a olhar meus coleguinhas com mais carinho e respeito.”
Tereza Vaz de Jesus - 7 anos
Comunidade Beira Rio
“Gostei muito do jogo ‘Direitos e Deveres’, porque tive a oportunidade de conhecer melhor quais são
os meus direitos e deveres.”
Rafaela Santos - 11anos
Comunidade Boa Vista
“Acho muito produtivo o trabalho com jogos. Sempre tive vontade de trabalhar com meus alunos
dentro da sala de aula, mas achava difícil, pois a turma é bastante agitada e necessita de um
acompanhamento maior. Com o apoio do projeto, estou mais animada. Principalmente depois que
acompanhei o trabalho com o jogo ‘Direitos e Deveres’, percebi o quanto é importante criar esses
momentos de aprendizagem, em que um faz pergunta para o outro. Às vezes as crianças acham que
só têm direitos e se esquecem dos deveres. Através do jogo, elas têm a oportunidade de diferenciar um
do outro.”
Joanete - Professora
“Quanto sento para construir jogos, penso logo na aprendizagem dos meninos.”
Vanuza Pereira da Silva - 28 anos
Mãe-cuidadora - Comunidade Tum-Tum
“Procuro estudar bem as regras para entender, ver se é interessante para as crianças e de que forma
isso vai contribuir na aprendizagem delas.”
Ricarda Pereira Rodrigues
Agente Comunitária de Educação - Comunidade Tum-Tum
“O que me chama atenção são os jogos de matemática, principalmente quando adapto de acordo
com a necessidade dos meninos. Agora percebi o porquê da estética, da aparência e da criatividade.
Quando o jogo tem todas essas características, consegue manter os meninos com mais entusiasmo e
interesse em jogar.”
Ana Paula Aparecida P. de Oliveira
Agente Comunitária de Educação - Comunidade Tum-Tum
“Aprendemos o nome das plantas e das frutas e achei as coisas muito bonitas. Gostei também de fazer
o teatro, pois aprendi que devemos cuidar e proteger a natureza.”
Lucas de Souza Martins - 10 anos
Comunidade do Buriti
“O passeio é muito importante, porque os alunos têm uma visão maior sobre a natureza e tudo que
nos rodeia e a diversidade de seres que nela existe.”
Argentina - Professora
Comunidade do Buriti
“Eu gostei muito do passeio ecológico, porque conversamos e entendemos como nossa natureza está
mal tratada por nossa causa. Temos que agir, trabalhar esse problema e ensinar para todos o que
aprendemos.”
Danilo Gonçalves - 14 anos
Comunidade Barra do Vacaria
“O meu dia foi ótimo, porque plantamos mudas de plantas no jardim, dentro de uma mandala de litro
descartável, e desenhamos e produzimos textos sobre a plantação.”
Nilo - 8 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Ajudei a carregar pedras para fazer a espiral de ervas em forma de caracol e plantei uma mudinha
de doril.”
Marilene Pereira Gomes - 10 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Eu já tenho costume de fazer horta, mais desse jeito é diferente e mais bonito e parece que não gasta
muita água. Quando eu vi riscando o chão, imaginei logo que era uma coisa que eu não conhecia.”
Inês Alves de Jesus - Mãe de Daniela Alves
Agricultora - Comunidade Tum-Tum
“Hoje me lambuzei toda, mas gostei porque fiz as vogais com o barro.”
Audrey Borges - 7 anos
Boa Vista
“Encontrar para fazer sabão é muito bom, pois a comunidade fica mais unida e participativa; além de
ser rápido e econômico.”
Domingas Souza Santos - 58 anos
Comunidade do Buriti
“Gostei de aprender a fazer o doce contra vermes com as ervas que vocês usaram. Dá para perceber
que vai resolver mesmo o problema. Meu filho estava com muitas manchas no rosto e, depois da
primeira vez que vocês fizeram, ele melhorou um pouco. Agora tenho certeza que os vermes vão
acabar de vez.”
Dona Carmem - 42 anos
Comunidade do Marimbondo
“Aprendi a fazer sabão líquido, não sabia a receita. Quando chegar em casa, vou fazer mais, pois
esse sabão é bom para lavar banheiro.”
Maria Ilma - 44 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Achei o xarope de umbigo de banana ótimo: é econômico e é feito daquilo que iria jogar fora.”
Dozanjo - 37 anos
Distrito de São João do Vacaria
“É a primeira vez que participo do grupo de produção, por incentivo de uma comadre. Adorei, pois
aprendi a fazer o doce contra vermes.”
Maria Dias - 30 anos
Distrito de São João do Vacaria
“A idéia do grupo de produção está sendo muito importante para termos conhecimento de que hoje
nem tudo precisa ser comprado. Se, em cada casa, uma pessoa doar um pouco de tempo para
aprender, as coisas podem melhorar aqui na comunidade.”
Suely Pereira - Agricultora
Comunidade Beira Rio
“É uma pena que poucas pessoas percebem o valor e a riqueza de aprender coisas novas.”
Maria dos Anjos Gomes - Mãe de Jorge
Comunidade Beira Rio
“Acho que temos que aproveitar a oportunidade que o projeto nos dá e aprender tudo que ele ensina.
É uma forma de economizar o nosso bolso.”
Eleonice Soares - Mãe-cuidadora
Comunidade Tum-Tum
“No meu tempo, tudo era diferente: o povo levava uma vida sofrida. Quando ia para a cidade, levava
farinha e trazia sabão. Ele era escuro e cheirava muito mal, passava na roupa e não saía. Era o
mesmo que passar uma pasta preta. História triste de contar. Quem não podia fazia sabão mais claro
– os mais fracos – juntava cinzas, ossos e animais mortos, levava até um mês para fazer aquele sabão
preto.”
Dona Sebastiana Araújo - 76 anos
Comunidade do Limoeiro
“Eu gostei muito de participar do mutirão de limpeza juntamente com vocês. Na minha casa, o lixo
ficava esparramado no quintal e meus filhos brincavam no meio dele. Agora eu tenho lugar para
colocá-lo.”
Eunice Caetano de Jesus - 28 anos
Comunidade do Marimbondo
“Estou participando do mutirão de limpeza porque acho muito importante. Quero que vocês façam em
minha casa também. Tendo um lugar certo para colocar o lixo, evita muitos tipos de doenças. Eu
aprendi a não jogar fora o que ainda tem utilidade. Agora posso aproveitar. Gostei mesmo da idéia.”
Etelvina Caetano - 34 anos
Comunidade do Marimbondo
“Eu gostei muito do trabalho ter sido em minha casa. Com esse mutirão, podemos evitar a poluição no
rio, que é tão próximo de nossas casas. Sempre que chove, a enxurrada carrega todo o lixo e joga
dentro do rio. Agora, com o buraco que abrimos, vamos evitar isso, pois temos que jogar todo o lixo
dentro dele.”
Vilma Caetano - 29 anos
Comunidade do Marimbondo
“Eu adorei os brinquedos que fizemos! Meu porta-jóias foi um pouco difícil, mas, com ajuda das mães-
cuidadoras e dos meninos, ficou bonito e bem feito.”
Mayara de Souza Teixeira - 7 anos
Comunidade do Tamanduá
“Hoje aprendi que a gente se diverte não é só com brinquedo de loja. Podemos pegar uma meia
furada, encher de pano e fazer uma bola.”
Cleosom Borges da Silva - 11 anos
Comunidade Boa Vista
“Minha mãe fala que, quando ela era pequena, adorava brincar de queimada, tinha várias bolas.
Hoje ela me ensinou a fazer aqui no projeto e eu aprendi que a diversão está dentro de nós, depende
de como divertir.”
Rafaela Santos da Silva - 10 anos
Comunidade Boa Vista
“Com a dinâmica ‘boneco de mola’, consegui relaxar: parecia que estava deitada numa rede, confiei
em quem me conduzia. O ruim foi ficar de olhos vendados, sentir como um cego, mas meus guias
foram excelentes. Quando fui guiar, senti-me insegura e não acreditei em me mesma. A preocupação
foi maior, tive medo de não dar conta de segurar o boneco de mola.”
Maria do Carmo Campos
Agente Comunitária de Educação - Comunidade Tum-Tum
“Através das brincadeiras estamos trabalhando a socialização, a timidez das crianças e temos
alcançado bons resultados. Lucas e Cassiano não falavam nada na roda, por causa da timidez. Hoje
eles participam das atividades. Percebo também que as brincadeiras de abraçar, falar uma palavra
amiga ou um elogio desinibem as crianças.”
Ana Paula Aparecida P. de Oliveira
Agente Comunitária de Educação - Tum-Tum
”Eu adorei o dia de hoje, porque fiz um carrinho que usa mangueira, solado de sandália e pau. Foi
muito legal, porque brinquei muito.”
Leandro Teixeira Neto - 6 anos
Comunidade do Buriti
“Estou gostando muito do trabalho de vocês com a higiene. É muito importante para as crianças. Se
Deus quiser, no final deste ano não existirá mais piolho na cabeça de nossos filhos.”
Osmarina Magalhães
Comunidade Limoeiro
“Estou gostando muito das oficinas de beleza na escola. Minha mãe gostou muito de me ver chegar
em casa com as unhas limpas e cortadas. Vou sempre cuidar delas.”
Eva Maria Magalhães - 9 anos
Comunidade do Limoeiro
“Observei que as crianças estão muito entusiasmadas com a oficina de beleza, pois se divertem e
cuidam da saúde ao mesmo tempo.”
Josiel Gonçalves - Agente Comunitário de Educação
Distrito de São João do Vacaria
“Eu achei interessante e diferente a maneira de trabalhar, porque tem muitas crianças que precisam de
cuidados especiais e, através do projeto, elas têm.”
Maria Aparecida - Agente Comunitária de Saúde
Distrito de São João do Vacaria
“Eu fico muito feliz pela a oportunidade que o projeto dá aos meus netos, como aprender a escrever
com biscoito. Eu sempre faço biscoito, mas nunca tive a idéia de deixá-los escrever com a massa.”
Dona Severiana - 64 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Gostei do dia porque aprendi que a terra pode virar tinta e trazer mais vida para nós através do
colorido.”
Geremias Santos Silva - 10 anos
Distrito de São João do Vacaria
“Fiquei muito feliz da Folia do Livro sair da minha casa. Nunca vou esquecer das cenas! Parecia festa
de casamento: muita gente e muita animação.”
Maria Lúcia Santos - 67 anos
Comunidade Beira Rio
“A Folia do Livro tem suas qualidades, tem uma maneira encantadora de interagir com as pessoas,
unindo diversas pessoas de culturas diferentes.”
Luiz Gustavo Pereira Barbosa - 17 anos
Virgem da Lapa
“Achei a folia interessante, principalmente os teatros. Gostei de ver as crianças envolvidas, pois elas
ficam mais criativas e expressivas. Tomara que as pessoas percebam a importância da atividade e se
apropriem dela, pois é uma maneira de explorar mais a leitura.”
Íris Jardim Viana
Professora
“Sinto-me uma pessoa completamente realizada por estar no projeto. Aprendi a ser dedicada e
companheira em todos os momentos da vida. Ensino o que posso e aprendo várias coisas importantes,
que vão fazer de mim uma pessoa especial. Tive muitas dificuldades, mas nada se consegue de graça
e sem problemas. Com os problemas encontramos formas de fazer um trabalho limpo e honesto.
Espero que no próximo ano as coisas fiquem bem melhores, com mais desempenho, e dedicação. Ser
uma mãe-cuidadora é uma das partes mais importantes, pelo que representamos na nossa
comunidade. É uma referência. O projeto me ajudou e me ajuda muito, com uma aprendizagem que
nos ajuda a crescer. O que eu realmente queria é que todas as famílias da comunidade se
envolvessem no projeto, pois ele é a melhor coisa que temos aqui.”
Zilda Moreira Gonçalves dos Reis
Mãe-cuidadora - Tum-Tum
“Depois que estou participando do projeto como mãe-cuidadora, minha vida mudou muito. Acho que
esse projeto veio para melhorar minha vida, pois é tão bom fazer algo que nos deixa contente! É uma
grande satisfação participar de um projeto tão interessante, que tem objetivos comunitários, que visa a
aprendizagem e o bem estar de todos os participantes. Por isso, sou uma integrante feliz: por saber
“Acho muito importante a cooperação ente as pessoas da equipe, porque uns ajudam a quem tem
dificuldade, principalmente as crianças. Em relação ao nosso serviço, as pessoas cooperam umas com
as outras, de forma que ajudam na hora de consertar as dinâmicas, para animar a roda e na
construção de jogos. Quando tem uma criança com dificuldade no dever de casa, nós ajudamos e
tiramos suas dúvidas.”
Marizete Gonçalves dos Santos - Mãe-cuidadora
Comunidade Tum-Tum
“Com a chegada do projeto na comunidade, muitas pessoas, assim como eu, tiveram a oportunidade
de mostrar sua capacidade e ao mesmo tempo de aprender coisas novas. Através dessa oportunidade,
tenho aprendido muito. Tirei lições de liberdade, de amizade e de coisas boas que contribuíram para o
meu crescimento pessoal. Tive oportunidade de aprender a fazer a espiral, o detergente e como lidar
com crianças. Tudo isso trouxe muitas transformações para as minhas atividades, ações e a maneira
de lidar com as coisas. Essa é a importância da oportunidade de conhecer e obter novos
conhecimentos.”
Ana Paula Aparecida Pereira
Agente Comunitária de Educação - Comunidade Tum-Tum
“Os encontros que temos são muito bons e relaxantes. Às vezes, saio da minha casa com muitos
problemas e, através das dinâmicas e conversas que acontecem no grupo, sinto-me melhor e motivada
a resolvê-los.”
Maria Elizete da Silva - 35 anos
Comunidade do Marimbondo
Tradição da Comunidade
Esta é a historia da bandeira do Senhor Bom Jesus, na pacata comunidade Tum-Tum, que contagia
todos os moradores locais e comunidades vizinhas. No mês de agosto, os festeiros viram celebridades:
seu destino é mobilizar as pessoas para participar dessa festa, que é organizada pelo dono da
bandeira, o dono do mastro, o festeiro e a festeira. Geralmente, a bandeira é hasteada na véspera do
dia 06 de agosto. A grande festa é realizada na casa do dono da bandeira.
Antigamente, a festa era mais animada, o número de participantes era bem maior e os festeiros
faziam muito biscoito e bolo. Hoje, com a falta de emprego na região, muitos vão para a colheita do
café, o corte de cana ou para cidades vizinhas para trabalhar, o que dificulta reunir todos para essa
festa tão querida na nossa comunidade.
Com a modernidade, hoje quase não se usa fazer biscoitos e bolo e sim jantares ou uma farofa com
carne ou frango caipira. As pessoas pouco participam, não têm a mesma animação, como acontecia
há 10 anos atrás. Depois dos comes e bebes, todos rezam o terço e a bandeira é conduzida em
procissão de uma comunidade a outra. Ela é colocada no mastro, ao som de uma sanfona, e todos
rezam e cantam até o momento de ser levantada. Após hastear a bandeira, anuncia-se o nome do
dono da festa do próximo ano.
O dono da bandeira é o responsável por enfeitá-la e o dono do mastro fica com a responsabilidade
de procurar o pau para o mastro e enfeitá-lo, devendo ainda enfeitar o lugar onde a bandeira é
erguida. Cabe ao festeiro providenciar a fogueira e rodear o local de piquetes de pau para colocar
velas à noite, servindo de luminárias. A festeira enfeita o ambiente com papéis coloridos e flores. O
dono da bandeira, os festeiros e o dono do mastro compram foguetes artificiais para encantar ainda
mais a nossa festa.
A bandeira fica erguida por sete dias. Depois, ela é retirada do mastro e vai para a casa do novo
dono. E assim se encerra a festa do Senhor Bom Jesus, que é uma tradição muito importante na nossa
comunidade.
Alimentação alternativa
Amassa, amassa,
amassa, amassa, amassa ...
Tempera, tempera,
tempera, tempera, tempera,
Assa, assa
assa, assa, assa, assa
.
Depois da torta assada
Esperamos esfriar
Brincamos um pouquinho
Para depois experimentar
Experimenta, experimenta,
experimenta, experimenta, experimenta.
Thiago tinha um cofrinho, onde ele juntava todas as moedinhas que ganhava, para um dia conhecer o
mar. Ele imaginava que o mar era grande e muito bonito, com várias praias, muitas crianças tomando
água de coco e sorvete e construindo castelos de areia. Vendo as figuras de grandes ilhas, ele
imaginava que lá também tinha muitos peixes e que, junto com eles, ele descia até o fundo do mar
para pegar estrelas do mar.
Certo dia, Thiago fugiu de casa, levando uma mochila de roupas e seu porquinho. Na estrada, ele
encontrou um menino chamado Pedro. Os dois se tornaram amigos e decidiram fugir juntos. Eles
andaram muito, até encontrar um ponto de ônibus. Mas, ao quebrar o cofrinho para comprar as
passagens, perceberam que o dinheiro não dava para viajar. Eles ficaram muito tristes e decidiram
voltar para casa. Mas eles haviam se perdido, era noite e eles estavam com muito medo. Então,
acenderam uma fogueira para espantar os bichos e se aquecer do frio.
Quando o dia amanheceu, eles saíram em busca do caminho de casa. Depois de muito tempo de
caminhada, eles encontraram os pais de Thiago, que estavam à procura dele. Eles se abraçaram e
Thiago prometeu nunca mais fugir. Como Pedro não tinha pai nem mãe, os pais de Thiago resolveram
adotá-lo.
O pai de Thiago o aconselhou e disse a ele que esperasse que eles crescessem e trabalhassem. Assim,
teriam dinheiro e conheceriam o mar. Os dois seguiram o conselho. Thiago e Pedro cresceram,
trabalharam e juntaram dinheiro. Depois de muito tempo, eles conheceram o mar. Thiago fez tudo
que ele sempre sonhou: construiu castelos de areia, tomou sorvete e nadou muito. Ele até encontrou
uma estrela do mar, que ficou pendurada na porta de seu quarto. Eles gostaram tanto da aventura,
que resolveram morar lá. Conseguiram um emprego em uma fabrica de pranchas. Para Thiago e
Pedro ficarem mais felizes, eles trouxeram seus pais para morar com eles e todos os dias eles
brincavam na areia.
O autor conta a história das coisas erradas que fazemos e que não admitimos. Isso porque sentimos
medo, vergonha, ficamos assustados e sem saber o que fazer. Então, sempre dá vontade de colocar a
culpa no irmão, no bebê ou no cachorro.
Só que, quando isso acontece e nossos pais acreditam na gente, eles dão uma lição na pessoa em
quem colocamos a culpa. Nós ficamos tristes e com a consciência pesada e perdemos a confiança das
pessoas e dos amigos dos nossos pais. Ficamos sozinhos, isolados e tristes. Uma mentira, segundo o
autor, cresce como uma bola de neve, rolando montanha abaixo. É como um pingo de tinta numa
toalha de mesa.
Às vezes, contamos mentira para impressionar os amigos. Mas, mesmo que no começo eles acreditem,
fazemos papel de bobos quando descobrem as nossas mentiras.
O autor afirma ainda que a mentira tem pernas curtas e que até mesmo os adultos mentem quando
têm medo de magoar alguém se contarem a verdade.
Ele termina o livro dizendo que, quando a gente mente, seja qual for o motivo, ainda é tempo de
consertar o erro: basta sermos honestos e responsáveis e contar a verdade, sem esconder nada. Se
houvesse troféus para a honestidade, seria bom que todas as pessoas os recebessem durante a vida
toda.
• Versos
A folha da bananeira
de verdinha amarelou,
a boquinha do meu bem
de docinha açucarou.
Plantei um pé de coco
tomou conta da cidade,
meu amor está distante
estou morrendo de saudade.
Subi na serralheria
para ver quem me convém,
vi a casa do meu sogro
e a fazenda do meu bem.
Subi no pé de lima
com sapato de algodão,
o sapato pegou fogo
eu desci de avião.
• Receita
Xarope de Mel
Ingredientes:
Casca de angico vermelho, hortelã pimenta, casca de araçá, cravo, canela, casca de laranja e mel.
Modo de preparo:
Coloque as ervas para ferver durante 15 minutos. Após tirar do fogo, deixe esfriar e em seguida é só
coar e misturar o mel.
Dissolva a soda num litro de água, depois coloque o óleo e o álcool, mexendo sempre para o mesmo
lado. Na seqüência, acrescente os vinte litros de água quente. Todo processo deve ser feito em vasilha
de plástico grande e com colher de pau.
Quando tudo estiver terminado, espere o detergente esfriar um pouco e coloque-o nos litros.
Rendimento: 25 litros.
Agora que você já sabe como fazer, não perca tempo e nem gaste muito dinheiro: experimente fazer o
detergente caseiro.
Esta matéria foi feita a partir do experimento do detergente caseiro feito na comunidade Tum-Tum
pelas mães-cuidadoras e agentes comunitários de educação.
Conhecimento de verdade,
Na algibeira eu encontrei,
E se você quer também,
Pegue um livro e leia.
Boi Encantado
Refrão
Nessa algibeira de livros
Tem muitos livros para ler
Nos bornais também
Vamos chegando pra ler
Versão (Ferreiro)
Versão (Aquarela)
Refrão
Fazendo folia de livros
Vai ajudar na aprendizagem
De toda criança
E de todo povo da comunidade.
• Poesias
Menininha bonitinha
Cinturinha de boneca
O seu nome é Kaiany
Engraçadinha e sapeca
Criei uma boneca
Reciclando jornais
Isso me ajuda
A reciclar e aprender mais
A minha bonequinha
Criança limpinha
Joga verso
Pisa na flor, pisa na flor, pisa na flor, na flor do meu amor (bis)
(continua jogando verso)
Ingredientes:
- 01 rapadura
- 01 maço de mastruz
- 01 maço de alfavaca
- 01 maço de mentraz
- 02 colheres de semente de abóbora torrada e moída.
Modo de fazer:
Raspe a rapadura e leve ao fogo, mexendo sempre. Na seqüência, bata as ervas no liquidificador com
um copo de água, apure o sumo e acrescente na rapadora. Mexer até dar o ponto. Por último,
acrescente o pó das sementes de abóbora. Despeje em uma forma e, ao esfriar, corte em pedaços
pequenos.
Sabão líquido
Ingredientes:
- 03 litros de óleo
- ½ quilo de soda
- 01 litro de álcool
- 20 litros de água.
Modo de fazer:
Dissolva a soda em um litro de água fria, depois coloque o óleo e o álcool, mexendo somente para um
lado. Depois, jogue os 20 litros de água quente e guarde em vidros.
Ingredientes:
Modo de fazer:
Rale o sabão de coco e vire a água quente sobre o mesmo. Depois, acrescente o sumo das ervas que
foram batidas no liquidificador, mexa e coloque nos vidros e está pronto para ser usado.
Modo de usar:
Passe o xampu na cabeça, coloque uma sacola plástica e deixe durante 10 minutos. Depois, enxágüe
a cabeça, passe um pouco de creme ou condicionador e por último o pente fino.
Água sanitária
Ingredientes:
- 01 litro de cloro puro
- 03 colheres de soda
- 08 litros de água morna.
Modo de fazer:
Dissolva a soda em um pouco de água dos oito litros e em seguida coloque o cloro e o restante da
água. Misture bem e guarde em vidros.
Ingredientes:
- 01 sabão ralado (200 gramas)
- 03 colheres (de sopa) de açúcar
- 03 colheres (de sopa) de vinagre.
Modo de fazer:
Misture todos os ingredientes, levando ao fogo baixo para obter consistência de uma pasta. Armazenar
em vasilhas de plástico.
• Regras de jogos
Material: um tabuleiro com as indicações para se escrever o nome, idade, fruta, cor, brinquedo; as
letras do alfabeto (5 vezes) e os números de 0 a 9 (6 vezes).
Regra: neste jogo, cada um joga na sua vez. Cada jogador deve formar com as letras e números o
nome, a idade, a fruta e o brinquedo preferido. O vencedor é quem conseguir formar todos os dados
que se pede em menor tempo.
Exemplo:
Nome:__________________________________
Idade:___________________________________
Fruta:___________________________________
Cor:____________________________________
Brinquedo:_______________________________
Você me conhece?
Material: várias cartas com as letras do alfabeto escritas de um lado e do outro os números.
Regra: podem jogar vários jogadores ao mesmo tempo. As cartas são dispostas com as letras do
alfabeto com a face para baixo e os números com a face para cima. Assim que conhecer a letra, o
Cruzadinha de português
Objetivo: foi desenvolvido para que crianças de 6 a 8 anos possam treinar a formação de palavras, a
ortografia e a escrita.
Regra: duas ou mais crianças participam deste jogo. Para começar, as peças devem ser embaralhadas
e colocadas com a face para baixo. O jogador sorteado deve pegar uma carta para encaixá-la no
espaço vazio do desenho. Caso não se encaixe, voltará com a carta para o monte e passará a vez, e
assim por diante. Para cada carta certa no lugar certo, o jogador ganhará dois pontos. Aquele que
colocar a última letra e completar a palavra, terá 5 pontos. Vencerá o jogo aquele que fizer o maior
número de pontos.
Vencendo obstáculos
Objetivo: despertar nas crianças a partir de 8 anos o interesse por matemática e português, a partir de
operações matemáticas e de perguntas, de acordo com a dificuldade de cada um.
Material: um tabuleiro com o desenho de uma pista e as perguntas, um dado tradicional, marcadores
de cores diferentes
Tente Adivinhar
Material: um tabuleiro com os sinais e o resultado final, espaços vagos para colocar os números, que
correspondem à soma correta e ao resultado. Cartas com números, de acordo com os sinais e o
resultado.
Regra: Podem participar de 3 a 4 crianças. Para iniciar, faz-se um sorteio e o primeiro a jogar
preencherá os espaços vazios da primeira operação. Caso erre, voltará com as cartas para a mesa e
contará com a ajuda dos colegas. Aqui o objetivo não é vencer, não havendo vencedor no jogo.
Brincando e Multiplicando
Objetivo: aprender a multiplicar fica muito mais fácil utilizando este jogo. Ele permite que as crianças a
partir de 8 anos desenvolvam o raciocínio na resolução de pequenas operações.
Material: cartas com os números de 0 a 9 de cada e uma carta com o sinal de multiplicação.
Regra: jogam duas pessoas. Ficarão do lado de cima 10 cartas e mais 10 na parte de baixo, com a
face para baixo, e o sinal fica no meio. O jogador sorteado deve pegar duas cartas, uma do lado de
cima e outra do lado de baixo. Resolvendo a operação, se acertar, marca um ponto; no caso de errar,
voltará a carta para o lugar e passará a vez. Será vencedor aquele que resolver mais contas
corretamente.
Brincando e Dividindo
Material: cartas com números divisores e dividendos e uma carta com o sinal divisor.
Palavra-chave
Material: um tabuleiro com carta e quadrinhos correspondentes aos resultados, cartas com as letras
que encaixam nos quadrinhos, tampinhas ou sementes para facilitar a contagem.
Regra: podem jogar duas ou mais pessoas. Faz-se um sorteio para escolher quem inicia. O primeiro a
jogar resolverá a primeira operação e assim sucessivamente. Cada criança terá que responder as
pergunta, formando palavras diferentes. Vencerá o jogo a criança que responder corretamente o
maior número de contas.
Regra: pode jogar a quantidade de pessoas referente ao número de cartas. O representante pegará de
dentro do pacote uma carta e dirá o que está escrito. Os participantes deverão marcar na cartela.
Vencerá quem preencher toda a cartela primeiro.
Contando e Completando
Regra: podem jogar duplas ou equipes. O primeiro a jogar tentará completar os primeiros quadrinhos
contando os desenhos e colocando o resultado de acordo. Para cada acerto, terá um marcador. O
vencedor será aquele que tiver mais marcadores.
Jogos criados por: Ana Paula Aparecida Pereira de Oliveira – Agente Comunitária de Educação
Ricarda Pereira de Oliveira Rodrigues - Agente Comunitária de Educação
2. Quanto tempo gastamos ou necessitamos para realizar a atividade e/ ou o módulo? Foi suficiente?
7 meses
480 horas de capacitação.
Mães-cuidadoras, agentes comunitários de educação, educador social e oficina de Bornal de Jogos.
Em algumas comunidades, as mães têm que andar muito para chegar até as crianças. Então, acabam
ficando de uma hora e meia a duas hora com o menino. Na cidade, as atividades acontecem nas
casas, usando três ou duas horas. Na Escola Estadual Catulo Cearense, o atendimento acontece meia
hora em cada turma. Na E. E. Valdomiro, estamos atendendo a turma da 5ª série, de manhã e à
tarde, durante 50 minutos.
Total: 40h/semana.
3- Quantos produtos e/ ou materiais de apoio e/ ou de instrução foram feitos? Eles atendem aos
objetivos do projeto?
60 Bornais de Jogos para os professores,
12 Bornais de Jogos para os agentes comunitários de educação e as mães-cuidadoras,
48 Bornais de Livros, 95 Algibeiras de Livros, 5 tambores,
10 tecnologias de aprendizagem,
300 jogos reproduzidos,
16 músicas adaptadas para a Folia do Livro.
Todo o material está sendo bem usado pela equipe de mães e agentes comunitários de educação. Eles
Inovar é o que estamos sempre buscando, as mães e agentes comunitários de educação estão sempre
buscando coisas novas para envolver as crianças e a comunidade.
As atividades têm contribuído com o aprendizado das crianças e com o envolvimento da comunidade,
dando oportunidade a todos de terem um contato com coisas novas e interessantes.
6. O que pode ser sistematizado? É possível construir já uma “teoria do conhecimento”?
-
7. O que necessita ser ainda praticado para alcançar os objetivos?
Envolvimento de alguns pais e professores nas atividades. Maior participação das crianças nas
atividades feitas nos bairros. Ter um tempo maior com as crianças nas atividades. Incentivar cada vez
mais as pessoas a trabalharem juntas. Acabar com a inimizade entre as famílias nas comunidades.
Precisamos fazer com os adolescentes um trabalho mais próximo, gerando mais oportunidade para
eles, com uma formação profissionalizante.
8. Se o projeto encerrasse hoje, ele estaria longe ou perto do objetivo?
O projeto já conseguiu muitos avanços, mas ainda estamos longe. Temos que envolver as pessoas da
comunidade no processo de aprendizagem das crianças. Algumas comunidades ainda não se
apropriaram do projeto. Temos que trazer mais pessoas para a nossa roda.
9. Há necessidade de “correções de rumo” nas atividades? E na metodologia?
Não. As nossas ações vêm acontecendo e muitos avanços estão sendo observados. Porém, em alguns
pontos, temos que trabalhar mais, aplicando a metodologia para as pessoas novas que entraram no
grupo. Em alguns bairros trabalhados, está havendo pouca participação das crianças e comunidade.