Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Esta batalha foi um momento alto e importante na luta com Castela, pois
desmoralizou o inimigo e aqueles que o apoiavam, e praticamente assegurou a
continuidade da independência nacional.
Batalha de Aljubarrota (est. 28 a 45)
Tema e divisão em partes:
O texto, cujo tema é a descrição da batalha de Aljubarrota, pode dividir-se em três
partes lógicas. A primeira parte (28 e 29) constitui uma espécie de introdução, em
que o poeta assinala o terrível efeito provocado, na natureza e nas pessoas, pelo
espantoso sinal lançado pela trombeta castelhana para o começo da batalha. A segunda
parte - desenvolvimento (de 30 a 42) é a descrição propriamente dita da batalha
(entrecortada por um comentário emotivo do poeta na estrofe 33), em que se realça a
acção de Nuno Álvares (30, 34 e 35), o movimento terrificamente barulhento e confuso
da refrega (31), a referência aos irmãos de Nuno Álvares que lutavam do lado dos
castelhanos e respectivo comentário do poeta (32 e 33), a acção de D. João I, que, como
chefe e rei, a todos entusiasmava não só com palavras, mas também com o exemplo
(entre as setas dos inimigos corro e vou primeiro).
Finalmente, a terceira e última parte – conclusão (43-45) apresenta-nos a
desmoralização e fuga desastrosa dos castelhanos e a vitória eufórica dos portugueses.
a) horrendo 1. cruel
b) fero 2. enorme
c) ingente 3. pavoroso
d) temeroso 4. medonho
Repara que, de adjectivo para adjectivo, a intensidade da ideia aumenta. A
este tipo de recurso estilístico damos o nome de gradação.
Gradação
De facto, os rios e os montes não ouvem, assim como não são medrosos ou
duvidosos. Estas características são atributos de seres humanos e são aqui usadas
pelo poeta para realçar o efeito do som produzido pela trombeta. A este tipo de
recurso estilístico dá-se o nome de personificação.
Personificação
0 poeta realça logo o tremendo sinal de combate, dado pelos castelhanos, por meio
dos adjectivos horrendo, fero, ingente, temeroso, som terríbil. Com o fim de realçar o
efeito produzido por esse tremendo som da trombeta castelhana, há a personificação de
seres da natureza física (o monte, os rios) que, eles próprios, tremeram frente a esse
terrível sinal de guerra. Associada à personificação surge também a hipérbole: o
Guadiana atrás tornou as ondas de medroso; correu ao mar o Tejo duvidoso. Como
símbolo do medo e terror deste som da guerra aparece a ternura das mães, aos peitos os
filhinhos apertando. O efeito deste sinal de guerra é ainda realçado pelos rostos
macilentos (quantos rostos ali se vêem sem cor). Para realçar este pavor que precedeu a
própria batalha, o poeta afirma, a jeito de conclusão, que nos perigos grandes, o temor é
maior muitas vezes que o perigo.
portugueses castelhanos
Substantivos Verbos
Repara que os substantivos pertencem maioritariamente ao campo lexical da
guerra e que os verbos remetem essencialmente para a ideia de movimento e de
barulho! Nesta estrofe, o poeta quis criar um quadro real, como se estivéssemos, de
facto, a assistir à batalha.
8.1. Como já vimos noutras aulas, as palavras vão evoluindo com o passar do
tempo. A palavra leão é um exemplo disso. Identifica os fenómenos fonéticos
presentes na passagem do latim para o português:
cutiladas tácteis
gustativas
gritos visuais
auditivas
sangue olfactivas
Enumeração
Figura de estilo que consiste na apresentação sucessiva de vários elementos
de um conjunto. O primeiro ou o último elemento pode sintetizar o conjunto.
Terceira parte – Conclusão (est. 43 a 45)
Síntese
Os castelhanos fogem vencidos e encobrem a dor das mortes, a mágoa, a
desonra, maldizendo e blasfemando de quem inventou a guerra ou atribuindo a culpa à
sede de poder e à cobiça. D. João I passa alguns dias no campo de batalha para
comemorar e agradecer a Deus a vitória com ofertas e romarias, mas D. Nuno Álvares
Pereira, que só quer ser recordado pelos feitos bélicos, desloca-se para o Alentejo.
D. João I
10.1. De facto, os castelhanos, aquando da perda da guerra, ficaram com tanto medo e
fugiram com tal rapidez que parecia que tinham asas e não pés, como se voassem.
Que figura de estilo está patente nestes versos?
R.: ____________________
Relembra:
A metáfora é um recurso estilístico que consiste numa comparação, numa
associação de elementos em virtude da sua semelhança sem o uso do elemento
específico de comparação – “como”, “equivalente”, “parecido”, “semelhante”.
11. Associa as figuras de estilo aos versos correspondentes.
Mosteiro da Batalha
Mosteiro da Batalha
Bom trabalho!
Maria Filomena Ruivo Ferreira Santos