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ad Dame Or > dé Emulacao Editorial © Desafio das Mudancas... Quais sio os fatores que destroem os seres humanos? ‘Mahatma Gandhi com toda pureza de sua alma, responde esta questo: “A Politica, sem principios; o prazer, sem compromis- 50; a riqueza, sem 0 trabalbo; a sabedoria, sem o cariter; 0s megécios, sem morals a ciéncia, sem humanidade; a Oracao, sem caridade”. Pouco menos de trés meses dos novos mandatos dos nossos governantes, Pre- sidente, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, esté sendo suficiente para se lamentar a triste situac3o econdmica, financeira, moral ¢ ética em que o Brasil esti se encaminhando. Quando se esperava 0 cumprimento das promessas de campa- nha, principalmente, as investigagées e punigdes aos descaminhos praticados, desvios de dinheiro piiblico as escancaras, em detrimento da satide, educacio, seguranga, entre ‘outras vergonhosas deficiencias sociais, nao, adotam medidas a contramio, notoriamente desesperadas, para socorrer ¢ cobrir rombos financeiros causados pela ma administeagao a corrupgio. Destaque para o trabalho, “Magonaria, Ativa, Reativa ou Omissa”, elaborado pelo nosso querido Irmo Vinicius Antonio Couto Esposel, Oriente de Niter6i~RJ, que traga uum perfil das atividades comportamentais dos nossos tempos, conclamando a todos a tum despertar para uma transformagio ativa e positiva do pensamento em agées reais. Realmente necessério para o enfrentamento da lamentével crise, no mais amplo sentido, ‘que se apresenta em nossa Pitria. Preocupacio esta que nos faz lembrar dos ensinamento do nosso inesquecivel Irmao Octacilio Schiller Sobrinho, hoje, no Oriente Eterno, que escreveu em sua obra literdria “0 Desafio das Mudancas ~ Editora “A TROLHA, 2004: “No centro das esperancas e da sensibilidade da ética moderna, esti 1 convicgio de que a verdadeira Maconaria pode ser, a curto espago de tempo, 0 centro gravitacional de toda a humanidade, isto porque, 4s imagens da justica e perfeicao, de liberdade e igualdade, interpelam 40 mesmo tempo interpretam esta crenca, fortalecendo-a seqivente € * exponencialmente...O desafio é colocar 0 vicio e a ignorincia @ con- denagao em uma esfera moral que toca de forma muito débil a esfera das decisoes politicas”. © Brasil conclama a todos a ajudé-lo a cumprir sua Missio, bam. Edenia A TROLHA~ Maxco/2015 EXPEDIENTE Publicar Macénica Mensa com Grcdagontenslonal CrgHo Ofc cs Magonaa Broa Flags 8 ABM socio Basa da nprenss Macénice Esitora Magdniea “A TROLMA” Leda (NPs 78 553.5340001-92 ua Casto Alvos, 254 — Ja. Shang is A~ CEP 66070570 (x. Postal 238 — CEP 86001970, Fone 48) 9997-1982 ~ Fax (43) 3826-0015 Landing Parana rash ‘SOCIAS PROPRIETARIAS. lems Evetes Bia de Carne (cum ans Mara Gar Pesenaa Revista fundada em 104/971 pl im Francia de Aste Conalho (co Troha) EDITOR RESPONSAVEL, lem Eoent Jose Gualban ‘eeie@atroha com br JORNALISTA RESPONSAVEL lim: Salador Fe Olvera Nelo Dar sia4PR, ‘CONSELHO EDITORIAL lim. ent José Gute, Ronaldo Pinto do ores Mou) Annis Augusto Sales Pascnoa, ‘Antonio do Carmo Fees (GERENTE DE PRODUGKO! 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Rito € 0 Ritual de Emulagao— frm. Waiter Celso de Lima TRABALHOS 20 Introdugao a Simbologia e & Ritualistica Maginicas — rm. Joaquim da Silva Pires 24 0 Escocismo: Origens e Histérico do Re. E-. Ar. Av. —lItm-. Benecito Roberto Macedo SiNveira @ Wanderiet de Mattos Tiindade 28 Maconaria ~ Aspectos Histéricos © Consideragdes Sobre o Futuro — im. Paulo Toimatsu 31 A Responsabilidade do Mestre com a Formacéo Macénica ~ m-. Gilberto Rau 36 0 Segredo do Magom — m-. E. Figueiredo 39 0 Que Percebestes ao Adentrar a Loja? him. Eduardo Jucé 39 A Oficina —fim:. Hélio Melo de Lima 400 Perfil do Magom - m-. Cassio Femando Rosa NOSSA CAPA ROOM EMPIRE, MASONIC HALL ‘Grand Lodge of Free and Accepted Masons ‘of he State ofthe New York Aproximadamente 80 Lojas Magénieas, Capitulos e demais corpos paramagGnicos se retnem om 12 alas Bamenteornadas Cada uma das salasrepreentando um estilo arguitetnico AA sala Imperial foi eformada no inicio do séoulo 19 ¢ foi devorada conforme corrente do ‘til neoclssico Francts com influncia greco- “romana. Virios ons de doarado foram usiizados para realga Panis « molduras. Monee Ne ibliografia Diponive em: tsdnemsansoimasonicalshot- silly! 201018 Consultério Magénico José Castellani Esquife © Resp-. Irmao Sidney Jean Correia finde colocar em destaque alguém ou alguma | ‘Teixeira, sidneymacom@hotmail.com, Loj-. coisa. 3. Armagao larga e rasa, em: geral de “Liberdade e Gloria, 4.0337,R- Ee. As. A, madeira, onde se pisa, ou se assenta alguna GOB, Or-. Gléria~BA, solicita os seguintes coisa; tablado, esclarecimentos: O Ritual de Mestre Macom, Re. Ee. Av ESQUIFE ‘Ac em vigéncia (2009), pgina 15, Disposi- 1 ~ Praticamos 0 Rito Escocés Antigo ¢ 20 € Decoragao do Templo, sltimo pardgra- Aceito do GOB e, no Ritual de Mestre Ma- fo: “No Ocidente entre o Paine! do Grau ea gom, em diversos momentos sao citados 0s porta de entrada, haverd um estrado (o grifo fermos ESQUIFE ¢ ATAUDE, mas alguns € meu) acolehoado, baixo e estreto, forrado Irmaos de minha Loja insistem em dizer que de preto em forma de tiimulo on esquifes 0 ESQUIFE ou ATAUDE foram banidos sobre o estrado um pano mortudrio preto e, das Sessoes de Exaltagto do GOB. Isso € por sobre este, wm ramo de acacia verde”. verdade? No mesmo Ritual, pagina 86, aparece 0 2 = Gostaria de saber se a Prancha Painel do Grau de Mestre que simboliza 0 (gangorra) usada nas IniciagGes também foi timulo ou esquife — note que o Paine! nio abolida? representa literalmente o atatide, senéo um 4 Vocé poderia me enviar material de manto que cobre uma sepultura. Dai o termo, estudos sobre as origens do Re. Es. Ac. Ac. felativo 3 pagina 15 acima mencionadsa (..) esdaiegida as Bed em forma de timulo ou esquife, 0 que nao representa literalmente o uso do atatide, se- RESPOSTA: no um “estrado” que representa a sepultura 1 ~ Por definigao conforme Novo Dicio- —coberta nario Aurélio da Lingua Portuguesa, versio Ainda no Ritual citado, pagina 100, no cletrénica explicativo: “Reinando siléncio em ambas Atatde ~ Substantivo masculino. Ver as Colunas o Respeit.. Mestre manda deitar caisao. um pequeno tablado forrado de preto (..)”. Esquife - Substantivo masculino. Ver Assim, o Ritual ao mencionar “tablado” caixao. € “estrado” no prevé literalmente 0 uso do Caixio— Substantivo masculino. 1. Caixa atatide (esquife ou caixio). O procedimento grande. 2. Caixa comprida, geralmente de de conformidade com o costume da Mago- tampa abaulada, para depositar o corpo dos naria francesa ~ origem do R Ev. Ac. Av. mortos e condusi-los & sepultura; caixdo de esti corretissimo, até porque esta de acordo defunto,féretro, atatide,esquife, tumiba, urna com 0 verdadeiro Painel de Mestre do Rito funeréria. em questio (pagina 86 do Ritual). Tablado ~ Substantivo masculino. 3. Es- A titulo de esclarecimento, permaneceu, Inm:. Pedro Juk trado de madeira ¢ infelizmente ainda permanece em alguns panama on) Estrado - Substantivo masculino. 1. Es- _rituais brasileiros, equivocadamente, 0 uso yr. Morretes — PR Z trutura plana construida acima do nivel do literal de um atatide no Re. Es. AZ. A. 2 chao, formando um piso mais elevado, como Essa anomalia tem se dado porque sem se ATROLHA- Manco/2015 aperceber, alguns ainda apregoam o uso enganoso da Tébua de Delinear inglesa no simbolismo do Rito Escocés. Por exemplo: a Tabua de Delinear do trabalho de Emulagio (cambém equivocadamente chamado de York) apresenta no seu conteido um esquife. J4 no Escocesismo (que € francés) o Painel & a representacio de um timulo coberto or um pano, conforme corretamente apresenta 0 Ritual anteriormente mencionado. Como nem tudo que reluz € ‘ouro, muitos gostam de enxertar ainda costumes e proce dimentos de um em outro Rito. © resultado geralmente € confuso ¢ incompreensivel para a verdadeira doutrina Rito. Tlustrando, recomendo a observacio de inimeras gravuras ¢ desenhos verdadeiramente franceses do século XVIII ¢ XIX relatives ao comentado. Facilmente verse- “4 que na Franca as representagdes sugerem sempre um ttimulo simbélico e um protagonista coberto por um pano (mortalha) em lugar de um figurante dentro de um esquife propriamente dito, Daino puro Simbolismo do Rito Escocés Antigo e Aceito, que éfilho espiritual da Franca, éinexistente o uso literal de tum atatide para representar a alegoria da Grande Iniciagio. Portanto endo propriamente um costume banido do Ritual, sendo o retorno A sua pureza ritualistica. 2.—Mais um caso de que nao se trata ce uma acio “abo- lida”, iso porque verdadeiramente nao € costume praticado no Rito Escoc8s Antigo € Accito. © Ritual em viggncia do GOB nem mesmo menciona mais essa pritica equivocada que fora por muito tempo enxertado no Rito em questo. Recomendo se compreender o seguinte: voltar as verda- deiras ratzes no significa alterar costumes. Se eles hoje se encontram abolidos, pelo menos no GOB, € porque justi- ficadamente eles nunca fizeram parte da doutrina do Rito Escocés. Nao ha como se tomar velhos Rituais brasileiros, ultrapassados ¢ repletos de vicios, rangos ¢ enxertos como se fossem eles fontes de pureza ¢ nem té-los como elemento, primécio de credibilidade para pesquisa 3 - Verdadeiros rituais simbélicos escoceses devem ser considerados desde o primeiro datado de 1804 no Grande Oriente da Franca ¢ a sua evolucio no século XIX. Sugiro consulta e pesquisa na Magonaria Francesa e particular- mente a0 Grande Oriente da Franca. Consulte para come- car também a bibliografia do livro “Rito Escocés Antigo € Aceito ~ Histéria, Doutrina e Pratica” José Castellani. No Brasil, desde 0 ingresso oficial do Rito em 1832 por Francisco Gé Acayaba de Montezuma, 0 Visconde de Jequitinhonha, em termos hist6ricos eu indico consultar a obra titulada “A Historia do Grande Oriente do Brasil — José Castellani”. Nela existe uma extensa bibliografia confidvel, documentagio primaria que se reporta o ingresso do Rito no Brasil ~ esse livro nao serve para consulta ritualisica Ratifico: a enxurrada de rituais do simbolismo escocés no Brasil na sua grande maioria esté repleta de vicios e enxertos influenciados por costumes de outros Ritos. Nao €a ta que o belissimo Ro. E:. As. As. tem sido as vezes considerado por autores merecedores de crédito como uma verdadeira “colcha de retalhos”. Por fim, recomendo muito cuidado com autores, arti culistas e pseudopesquisadores que se vangloriam de serem grandes conhecedores do assunto alegando, para tal, ser possuidores de uma imensa colegio de rituais brasileiros, do passado. A questio € saber quais desses elementos es- critos so verdadeiramente merecedores de erédito para a pesquisa académica. Quantidade nao significa qualidade e antiguidade nem sempre representa verdade—dai a maxima de que nem tudo que relu2 € ouro. Te Fe A JAN./2018 PARAMENTOS PARA TODOS RITOS GRAUS € POTENCIAS VESTIMENTAS DE USO MACONICO, ARTIGOS PARA TEMPLO E LOUK [MMOs E PRESENTES; CRIADAO E CONFECRAO DE PARAMENTOS PERSONALIZADOS, CCONFECEAO PROPRIA. COM TRIONGULO ATELIER MAC... ‘acesse nossa Nova Loja Viral www.trianguloatelier.com.br meee ra rant eo OBEROI ARBLS Frat, Membre Atvo® 'BORDADOS ELETRONICOS DE [ALTARESOLUGAO E GUALIDADE. Ie: Rogée Feros ‘civ trea GOB Ie. Je Leu cw 3i80-cose fe rebaho 0°25, ja deed 2000, BALNEARIO CANBORIU “SC FONE/FAX: (&7) 3367 5797 - 3367 3692 3367 7330 contato@pedreiralivre.combr ATROLHA-Maxcol2015 7 Atualidades PARANA : SN Banquete Ritualistico A Augusta e Respeitvel Benfeitora Loja Simbélica “Pité- goras N° 28”, do Oriente de Londrina-PR, realizou no dia 9 de dezembro de 2014 seu tradicional Banquete Ritualistico, Sessao também conhecida como Loja de Mesa, para celebrar encerramento das atividades em Loja do ano de 2014. A Sessio foi Comandada pelo Veneravel Mestre Manoel Vini- ius, os Vigilantes Irmaos Carlos Luporini e Marcelo Jiran Queiroz, com o apoio dos demais integrantes da diretoria € de todos 0s Irmios do Quadro, especialmente dos Apren- dizes € Companheiros no desempenho na distribuicio dos materiais ali consumidos. Realmente foi um ano de éxito nas ‘execugdes das metas planejadas e comemorado por todos. Estiveram presentes 0 Hlustre Delegado do Grao-Mestre Irmo Atanaza ¢ 0 Ser‘. Grio-Mestre Adjunto do GOP Inmao Rubens Martins Junior, ambos do Grande Oriente do Patand, abrithantando o excelente trabalho de todos,na arte de construir. Encerrando a Sessio, o Vencravel Mestre desejoua todos boas férias criando grandes expectativas para 2015, ano do Cinguentenério da Loja “Pitéigoras”. ATROLHA— Manco!2015 Atualidades XXXVI Reunido da Excelsa Congregacao Revista Fraterizar Ano XVII N° 189 Setembro/2014 Or-. Olinda — PE Em 20 de setembro de 2014, aconteceu a Solenidade de Posse na Presidéncia da Excelsa Congregacio dos Supremos Conselhos dos Graus Escoceses do 4 a0 33 para o Brasil, do Irmo FERNANDO DE ALBUQUERQUE MELLO. O man- dato seré exercido pelo periodo de umano e tera validade até setembro de 2015, Presenga de representantes de 28 Paises. De Pernambuco, participaram do evento os Irmaos Banhos ‘Moura, Fernando Mello, Valmor Schmoeller, Walter Hisashi ¢ Hamilron Andrade. De Alagoas, se fizeram peesentes 0 So- berano Grio-Mestre Irmao Max Rodrigo Alvim de Melo e a esposa, Cunhada Euridice Miranda Moreira, A solenidade foi realizada na cidade de For do Tguagu/PR. Doravante, até setembro de 2015, a Sede da Excelsa Congregacio sera na capital pernambucana, Recife. A XXXVII Reunio da Excelsa Congregacio ser realizada no més de setembro de 2015, em Recife/PE. Abaixo, fotos do evento. Parabénst!! li amin, Femando Mal © —_ Momento da Pose d ini Femando de Albuquerque tao ds Excoea ‘Cengresara0 Foto Ofci da Posse do rma Fernando Malo a Peeincin a Exc conga ~ 20142015 Componentes Detect de De esa: rm. Max Alvin, Valor Stoel, Water His Banhos Moura, Fernando to e Hamilon Annas A TROLHA- Marcol2015 iit ietenetaiiaeslaeiaeiaelaamanS Raat aiaietialaieantians aakinmimaacadaiabaies costes LUCE eee ek CeCe eee ee CAPA. . Maconaria Ativa, Reativa lim:. Vinicius Antonio Couto Esposel (Or: Niterdi— RU 10 A TROLMA - Marco/2015 ou Omissa Trata-se de uma realidade incomensurdvel predisposta na seguinte afirmagio. “A Maconaria nao € hodiernamente uma Instituicao Secreta Ela se mostra tran- quilamente visivel a tudo € a todos. Tornou-se discre- ta” As Oficinas, © assim so cha- madas devido a0 trabalho que ali é desenvolvido, pos- suem, sem sombra de dividas, caracteristicas proprias € independentes do Rito que pratica. Sao ativas as que pulsam e impul- sionam seus Obreiros ndo somente 20 estudo e reflexio, mas, sobretudo, a fazer a diferenga. Diferenca direcionada a0 bem. Praticam o que chamo de beneficén- cia préxima, por exemplo, as Lojas que se dedicam aos menos afortunados di tribuindo alimentos, ajudando criangas na educagio, ageaciando alguns com medicamentos, consultérios médicos € ‘odontol6gicos gratuitos etantas outras benesses. Esta Oficina é também reati- va indiretamente. Acaba preenchendo lacuna cuja obrigacio est na governan- «a, pois reage & desigualdade. Igualmente ativas so as Oficinas aque extraem ages de seus estudos. Ser- ve de exemplo, pois estio atentos aos desmandos da sociedade corrompida pela ignorincia, Tentam ao menos espalhar conhecimento, descerrando olhos eegos aos desmandos de podero- sos detentores do poder. Preenchem a lacuna da auséncia de conhecimento. ‘Mesmo de modo timido avuleam a.que se faca alguma coisa, por menor que seja, e sempre objetivando melhorar a sociedade como um Todo. Jamais se quedam inertes diante de noradas ¢ fulgurantes questdes sociais. Lutam sem armas. Nao poucas, as vezes até mesmo sangram metaforicamente em nome da verdade e paz social. Cha- ‘mam a todos, quem quer que seja, @ se revoltar contra os que direcionam seus interesses somente pela 6tica de suas préprias contas hancérias em detrimen- to dos desafortunados. Nesta categoria encontramos pou- quissimas Oficinas predispostas a tal empreitada, Fm verdade, quase nenhu- ‘ma. Nao raras vezes, esse sentimento & restrito a um ou outro Irmao que ainda cenxerga na Instituigo Maghnica a luza aclarar a consciéncia de alguns e trazer solugées aos problemas sociais. Infelizmente, na sua grande maioria no ailtimo lugar, encontramos as Ofi- cinas omissas. Nada fazem a nao set Rituais e gapes. Partem para o Ritual semanal sem qualquer conclusio 20 final da Sessio. Os Irmaos esto ali para vesti alfaias ocupar Cargos. Nao estudam, nao praticam a caridade em qualquer de seus aspectos, néo lutam contra as desigualdades, enfim, destro- em ¢ jogam ao largo da ignordncia a ‘oportunidade de fazerem a diferenca. E necessario mudar. Transformar pensamento inato e passivo em agées reais: Seja para qual lado pender a balanga da consciéncia magdnica, devemos nos ater a uma realidade quase que contumaz. Pouco ou nada esta sendo feito. Pergunte-se. Estamos sendo éticos ao praticar Magonaria omissa? Como se houvesse um mundo a parte? Uma espécie de Mundo Paralelo, um mundo de fantasia? Irm~. Castellani afirmou em sua obra “Fragmentos da Pedra Bruta”: [uu] premissa afirma que a Mago- aria, como wna Fraternidade, deve ser wma instituigao fundamentalmente ética. O substantivo feminino ética designa a reflexdo filoséfica sobre a moralidade, ou seja, sobre as regras € cédigos morais que orientam a conduta humana; refere-se, também, & parte da Filosofia que tem por objetivo a elaboragio de um sistema de valores e © estabelecimento dlos principios nor- ‘mativos da conduta humana, segundo esse sistema de valores. []. ica na medida em que destoa de Principios 2205 quais nos obrigamos a seguir quan- A omissdo sempre resvala na do da nossa Iniciagzo. Para Aristételes, toda a racionali dade pritica visa um fim ou um bem e a ética tem como propésito estabelecer a finalidade suprema que est acima € justifica todas as outras, e qual a maneira de alcangé-la. Essa finalidade suprema € a felicidade, ¢ nio se trata dos prazeres, riquezas, honras,e sim de uuma vida virtwosa, sendo que essa vir tude se encontra entre os extremos ¢ 86 € aleangada por alguém que demonstre Caravelle Falace Holet + Room servive 4 horas; » Restaurante — coz internacional, > CaP da manta com 5 ites; * Fresitive Verona Bar, > Churrusqueita para 50 pessoas com Videwgué, figubar e TV aeabo; >» 5 saldesparareunides e eventos ‘cm capaci para até 300, 80 © TO pessoas: + Business — internet free; + TV aeabo enm mais de 70 canais, * Aptos, Larsp com wirelles, cia (do Livro intitulado “Erica a maco” — Aristoteles). Vida virtuosa, afirmou. Vieeude que encontra amparo na propria Consti- tuigdio Magénica do Grande Oriente do Brasil, inciso II do artigo primeiro. Afirma o mencionado diploma: “pugna pelo aperfeigoamento moral, intelectual € social da humanidade, por meio do cumprimento inflexivel do dever, da pratica desinteressada da beneficéncia e da investigacdo constante da verdade”. Enquanto submergimos precios tempo em atividades inatas, fica facil perceber que a Magonatia esté realmen- te se rornando secreta ¢, de tio secreta, m Ni esti se apagando do cendrio histrico, sendo esquecida por omissio, tornan- do-se realmente invisivel e, sobretudo, se perdendo de sua fungio social ‘A negocios € um passeio, Apasseio é um bom negécio. rm: Sabpatore ¢ Cunh=-Andréa Tradigao e Conforto ux Cruz Macheco, 282 Centro — Curitiba ~ PR Fone: 41 3505 S57 / Fax: 41 0228 4449 www Wotelcaravelle.com.br * Avéneia de Turismo 24 horas; + Fstacionameato com manobrist; * Canil_animais pequeno pote: * Lavanderie; earavelie@hotelearavelle.com.br ATROLHA-Mancoi2015 11 CAPA Rito e o Ritual de Emulacao “A PALAVRA “RITO” TEM SUA ORIGEM NA LINGUA LATINA: RITUS, -US QUE SIGNIFICA CERIMONIA”” lim. Walter Celso de Lima, KT (Or: Florianépoiis — SC 12 A TROLHA-Maxco!2015 Rito: A palavra “Rito” tem sua origem na lingua latina: ritus, us que significa Geriménia. Rito é um conjunto de Rituais; é uma sucessio de palavras, {estos eatos que, de maneira repetitiva, ‘compdem uma Ceriménia completa. 0 Rito pode ser religioso ou nao. O Ri- tual, apesar de seguir um padro ao ser executado, nao deve ser mecanizado, aucomatizado, Ritual é, entio, a execu- «do de uma Ceriménia, 0 experimentar de sensagées, a motivagao de intentos, de valores, a vivéncia de um Rito, a vivéncia de uma Ceriménia. Um Rito, por exemplo, o Rito Escocés Antigo e Accito (Re. Ei. Ac. Av.), € composto por dezenas de Rituais: 3 dos Graus Simbélicos, 30 dos Altos Graus, Rituais de Iniciacao, de Elevacao, de Exaltacio, de Instalagao e posse de Venerével, reassungao de Veneravel, Ritual de Banquete, Ritual de Bodas, Ritual de Pompa Fiebre, ete. O Ritual é, pois, ‘um conjunto de atividades organizadas, no qual, as pessoas que o executam se expressam por meio de gestos, de simbolos, de linguagem (também, do siléncio) ¢ de comportamentos, que transmitem um sentido coerente com tum objetivo definido. O carater comu- nicativo do Rito é de extrema impor- tincia, pois nao € qualquer atividade corganizada que constitui um Rito. Os Ritos podem ser juridieos, mili- tares, morais, religiosos, diplomsticos, magénicos, ete. Sio empregados sempre «que se pretende impor uma determinada cordem a ser seguida, uma determinada regra, uma diretriz e, por forca de lei, ou de costume ou, ainda, por consensos” deve ser seguiddo, sob pena de infringir ‘sentido, 0 intrinseco, que ele pretende simboliza. A vida é repleta de Ritos que sio seguidos até sem se perceber, de tao arraigados que estio no viver. Fferivamente, vive-se ¢respira-se Ritos diuturnamente. Exemplos: ao se aper- tar a mo, num cumprimento, esta se executando um Rito que, no passado, simbolizaya: “ao apertar sua mao ‘ocupo-a tal que me é impossivel, tam- bém, desembainhar uma espada contra voce”, Vale dizer: “sou amigo, nao sou agressivo”. Ninguém, hoje, pensa em espadas, a0 apertar uma mio. O:beijo € outro Rito: demonstrago deafeto, rinho, Simboliza: “ao pressionar meus labios estou teansferindo um sopro de vida a voce”. Quando voc® beija sua ‘esposa nao pensa em transferir um so- pro a ela. Nao se pensa assim ao beijar. Liturgia (Aerroupyia, “servigo” ou “trabalho piblico”) € composto de “lads” (povo) ¢ = urgia (trabalho, ofi- io). Modernamente, significa celebra- «ao de um Ritual formal ¢ elaborado. A liturgia pode ser religiosa ou nio. Mistico (tworixés, “relative aos mistérios”) significava, originalmente, a crenga que admite a comunicacio do homem com Deus. Hoje, num sentido mais lato, mistico ¢ um Iniciado que alcangou (ou que detém) um segeedo importante. Tem, também, 0 sentido de contemplacao. Uma pessoa mistica écontemplativa. A palavra, entretanto, tem sido usada para todos os tipos de conhecimento esotérico (religioso ou io}, isto é, conhecimento no suscep~ tivel de verificagio, destinado a uns poucos Iniciados. Diferentemente do sentido de exotérico, que € 0 conheci- mento no susceptivel de verificacio, destinado & ampla divulgagao. O esoterismo ¢ o exoterismo podem ser religiosos ou nao. Mitico (relativo a mito, do grego 110005 ~ mythos) € aquilo que pertence a um mito ou que € originado de um mito. Mito é um relato fantéstico, de tradigao oral, que, geralmente, guarda tum fundo de verdade, heroico, narrado com objetivo de pregar um fundamento peter yume? eetrat Os Rituais Magénicos so misticos {porque esotérico destinado a uns pou- Cos Iniciados, em cada Grau), miticos {porque alegérico com fundamenco moral) e nao religiosos. ‘Uma ver definidos estes conccitos, € importante lembrar gue, na Magonatia, ‘num Ritual, cada palavra, cada gesto, cada ago (incluindo o siléncio) tém significado simbélico. Nada é feito no Ritual sem uma razio, sem um senti- do. Na maioria das vezes, nio se sabe © significado de cada uma das agées. Mas, certamente, hi significados sim- bolicos que, aos poucos, se descobre, se desvenda € se revela (isto é, retiram-se 0s véus), em cada execucao do Ritual. Af esté. uma das riquezas do Ritual: a descoberta incessante, continua, de cada significado simbélico. Raramente, absorvem-s integral- AV. Har mente 0s textos dos Rituais, Absorvem- -se, assimilam-se, sempre, imagens isoladas, simbolos isolados, frases € Fragmentos, dependendo dos interesses imediatos ¢ do estado mental de cada um. Estes fragmentos passam como fluidos pelas mentes de quem parti- cipa. Interessante ¢ importante esta observagio: absorve-se, sempre, de forma fragmentéria. Por iss0, talver, 103 Rituais so to repetitivos. A cada execugio do Ritual, a cada repeti¢io, seleciona-se, inconscientemente, aquilo que se absorve. A selecéo € uma escolha de textos benéficos, generosos, isto & ‘tem um viés polarizado pelos interesses imediatos e atuais de cada individuo. Por veres, percebe-se que, a cada vi- véncia do Ritual, encontram-se peque- nas coisas que antes no se havia dado conta. E dé-se conta que estas pequenas coisas sio importantes. F como seo Ri- tual se renovasse, embora permanega o ‘mesmo ha muitos séculos. E como se 0 Ritual se reinterpretasse e se corrigisse a si mesmo. Isio é fantastico e depende 56 da mente, das sensa¢des, dos habitos, da existéncia, do espirito de cada um, Uma afirmagio muito importante: toda coxporagio que usa Rituais littr- gicos,rligiosos ou nao, todo e qualquer Ritual ¢ toda ritualistica é apenas um meio e nunca um firs. Coloca-se, entio, uma questao fundamental: meio para qué? Guise or (ecu ape ute eres lnc ecru (scuba e pase ris Origens do Ritu: © Ritual magénico é muito antigo. Originou-se, provavelmente, no século XIV. Nenhuma pessoa 0 “compés” ou © “inventou” ~ nao existiu um autor. Representava a perpetuacio das ativi- dades e priticas dos Magons Operativos. (pedreiros ¢ construtores), de seus usos eeaplicagdes de trabalho e de seus coseu- mes, Nao era nem mesmo um Ritual foi simplesmente chamado de “trabalho” ou “work”, Desde 0 século XIV e até hoje, no Reino Unido, & chamado de “work” endo de Ritual. Ritual ¢ Rito so palavras que apareceram, na Maco- naria, em Franga, no século XVII Fo- ram adotadas pelos norte-americanos, alemaes e demais paises continentais, mas nao pelos britinicos. Do que constava esse “sork” dos Magons Operativos ou Macons de Oficio? Um exercicio de imaginacio, baseado em evidéncias, pode-se vi- sualizar um Ritual (“work”). Todo novato que entrava para uma Guilda de Magons Operativos tinha, certamente, ‘que fazer um juramento, promessa ou ‘compromisso. Por qué? Juramento para no revelar os segredos de consteucio, pois nao havia plantas, planejamentos ‘ou calculos, somente segredos, conhe- ‘imento pragmatico, conhecimento que importa 0 éxito prético € desprovido de teorias. Acresce o fato que a grande = wh Eze ATROLHA-Mancor2015 15 maioria dos Magons Operativos era analfabeta. E as catedrais géticas levavam muitas geracdes para serem construidas. A catedral de Notre Dame, em Paris, por exemplo, demandou 182 anos de construgio (seis geragdes & &poca). Uma ideia de como trabalha vam ¢ viviam os Magons Operativos nna construgio de catedrais, pode ser lida num romance de Ken Follet! (Follet, 1992) ~ “Os Pilares da Terra”. Embora romance, as circunstdncias de acontecimentos ¢ a conjuntura si0 bastante verdadeiras. Todo conheci- mento de construgio era pragmatico © esses segredos de como construir eram transmiridos oralmente. Ao novato, INDICADOR PROFISSIONAL Meu Irmao, nd Occ Rea WC) ALG mae preea ree eet Neen ns eee ESS Lat ry r Senna Ren Peta We [ADVOCACIA ANTONIO ERLAN, ‘CARNEIRO DE ALENCAR Tee: 21 2524-5251 7847-7165 “Email antonineron 2009 yao. rrr) JOSE LOPES DESPACHANTES. Ime es Lopes de Ober Tels: (4) 8921-4100 / 30264100 Loni PR "al jcnpeadespachante 0K om tm ey ATROLHA-Manco!2015 ee eee ed Jancis — forneciam-se instrugbes de como tra- balhar; obyiamente, era provido de ferramentas ¢ instrugdes de seu uso. Era ensinado, também, como manter as, ferramentas em boas condigdes de uso instruido sobre as responsabilidades do novato. A Guilda era presidida e supervisionada por um Mestre e seus assistentes. A nomenclatura da época, no Reino Unido, era Master of the Lodge (Mestre da Loja, posteriormente, nomeado Veneravel Mestre) e 0s assis- tentes eram warden {pessoa que cuida de um lugar determinado e assegura que as regras so obedecidas, ou scja, zeladores, guardadores, posteriormente nomeados Vigilantes). Havia, também, 0s “trabalhadores do chao” ou “oficiais do chao” (officials of the ground) que transmitiam Ordens do Mestre da Loja para os Zeladores; esses “trabalhadores do chao” deram origem aos Diéconos, nas Lojas do continente curopeu, es- pecialmente as feancesas, aos Expertos. Um “comunicador” organizava o tr batho; este “comunicador” dew origem a0 Diretor de Ceriménias. © Mestre € seus assistentes, também, davam instragBes aos novatos. Fste grupo de trabalhadores desenvolveu sua prépria terminologia, denominou outros cargos de seus oficiais. Forneceu, também, a cada membro do grupo, modos reserva- dos de identificagao ~ senhas, palavras sagradas ~ para provar sua condico demembro do grupo no estrangeiro ou entre estranhos. Cada Guilda cuidava de seus préprios trajes, aventais de couro para proteger suas roupas que os identificavam e se tornaram seu distin- tivo. Os pagamentos, salarios € as con- tribuigées para uma caixa de previs para 0 futuro, para acidentes (furura previ de morte do Macom (surgiu, entio, 0 Tronco da Viva), consequentemente, precisaram de um Tesoureiro. Analo- igamente, os registros de trabalhos, de sncia}, para as vitivas em caso horirios ete. necessitaram a nomeacio de um seeretario. Estava formada a Loja e, com a perpetuagio de Usos, Costumes ¢ Praticas, estava formado 0 Ritual (“work”) de transmissio oral Toda Guilda tinha suas préprias rogras, também, de transmissio oral Eram listas de deveres e direitos dos . ‘Macons, regras ¢ regulamentos com os {quais 0s trabalhadores foram gover- nados. Algumas dessas regras foram escritas ¢ chegaram aos nossos dias: as Old Charges ou Antigas Obrigagées. Assim, 0 work (Ritual) perpetuou-se, claborado e desenvolvido nio por tra dicZo, pelo estudo em livros ou desen- volvido teoricamente, mas a partir do proprio trabalho didrio na construgio de catedrais ¢ outros edificios. Surgiram alegorias e lendas cujo objetivo era (e é) evidenciar, simbolicamente, a prepara- «fo para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver. ‘Aos poucos, a partir do século XVI, houve um declinio das atividades das Guildas. Por qué? Pelo desenvolvi mento cientifico e desenvolvimento da matematica, as construgdes tornaram: -se viaveis tecnologicamente, bascadas «em cdleulos estruturais, planejamentos € elaboracio de plantas € projetos. O pragmatismo dos Magons Operativos das Guildas tornou-se obsoleto € eco- nomicamente dispendioso em face do descrvolvimento tecnol6gico. Acrescen- ta-se o aparecimento de universidades formando arquitetos ¢ construtores {VALSECHI, 2014). Aos poucos, a Maonaria Operativa transforma-se em Especulativa. Na Escécia, ainda ‘no século XVI, aparecem os primeiros ‘Macons “aceitos”, isto é, Macons que no eram pedreiros ou construtores, mas fil6sofos, aristocratas, cientistas, oriundos das universidades que substi- tuiram as construgées de catedrais pela construgio do seu ser interior, usando toda simbologia e filosofia expressa no work (Ritual). Eee ee eee Re RST A data aceita como marco dessa mudanga foi 1717, em Londres. Ja, nessa época, a Magonaria Moderna, denominada de Especulativa ou dos Aceitos, ja distanciada da influéncia da Igreja Catélica, tinha ainda grande influéncia da Igreja Anglicana e de calvinistas escoceses. © Ritual usado nessa época pela “Loja dos Modernos” cra um Ritual bastante simples e quase deisca. Esse Ritual, introduzido em Franga em torno de 1725, compés 0 entio chamado Rito Francés © poste- riormente denominado Rito Moderno. A partir de 1751, com a fundacio da “Loja dos Antigos”, foi usado um Ritu al de origem irlandesa, bastante teista, de 3 Graus, mais o Arco Real (que no €04° Grau). Este Ritual deu origem ao Rio de York usado especialmente pelos norte-americanos, chamado também de Rito Inglés Antigo, © trabalho de Emulagio tem uma extensio do terceiro Grau, que niio che- 8a ser um novo grau, chamado Arco Real. Nao se trata de um Grau superion mas um Grau adicional. E no mais faz parte do Ritual de Emulagio, mas forma um corpo (agregacéo de Magons) proprio, Nao confundir 0 Arco Real do sistema inglés com o Corpo de Graus Superiores do sistema americano (Rito de York), conhecido como Real Arco. A rivalidade entre “Antigos” € “Modernos” requereu novos regula ‘mentos para 0 governo da Ordem. Por consenso, procurou-se uma nova forma de Ritual. No Ritual dos “Modernos", foram retiradas, em 1723, as oragdes, omitiram os dias santo’ e descristiani- zaram o Ritual. Cortaram a leitura dos Antigos Deveres e retiraram as Espadas nas Iniciagdes. Essa tivalidade entre “Modernos” ¢ ntigos” perdurou até 1813, quando da unificagéo ¢ formagio da Grande Loja Unida da Inglaterra. Procurou-se, entdo, adotar um Ritual que fosse uma fusio entre o Ritual dos “Modernos” € 0 dos “Antigos". Na unificagio, decidiu-se pela perfeita unidade no “trabalho”. Foi formada uma “Loja de Reconciliagdo”, composta de um ni- ‘mero igualitério de Magons “Antigos” © “Modernos”, com a incumbéncia de definir @ forma do Ritual a ser obser- vada permanentemente. Ritual de Emulagio: $6 em 5 de junho de 1816 (30 me- ses depois), a Loja de Reconciliagao aprovou as Ceriménias do Trabalho (“work”) em Sessio presidida pelo Graio-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra, o duque de Sussex’. A Loja de Reconciliagio, havendo cumprido © propésito especifico para a qual foi constituida, deixou de existir em 1816 ea divulgagao e estudo do novo Ritual recaiu nas Lojas de Instrugio que nas- ceram nesse ano. A mais importante dessas Lojas de Instrugio foi a Loja Unida de Perseveranca, fundada em 26 de janeiro de 1818. Essa loja contava ‘com 05 Macons mais instruidos da épo- «ca, dos quais nove foram fundadores da Loja de Emulagio e Aperfeigoamento (Emulation Lodge of Improvement), em 1823. © objetivo dessa nova Loja ra ensinar, de forma precisa, o Ritual acordado pela Loja de Reconciliagéo. Tornou-se, entao, a curadora oficial do Ritual de Emulacao em todo 6 mundo. ‘Curadora é a instituigao que cuida dos interesses ¢ defende a pureza do Ritual de Emulacao. Dat, surgiu 0 termo Emulation (Emulagao), ligado a Loja a “Emulation Lodge of Iniprovement™ (Loja de Emu- lagio e Aperfeigoamento), verdadeita escola de Magonaria onde sio dadas instrugbes por preceptores que ensinam © Ritual aos Irmaos, a qual existe ¢ funciona até hoje. © primeiro © mais importante preceptor da Loja de Emulagio Fg. 4 Peter Win Cakes Aperfeicoamento foi Peter William Gi- Ikes, célebre instrutor magénico, cujo nome esta inseparavelmente unido a0 trabalho de Emulagio. Peter William Gilkes, um humilde verdureiro de Carnaby Market (Soho District), em Londres, nasceu em 1765, cm local nfo sabido e faleceu em 1833, em Londres. Iniciou-se em 1786, na Bri- tish Lodge, agora de n° 8. Foi Membro da Loja de Perseveranga e fundador da Loja de Emulagio e Aperfeigoamento, onde foi escolhido Lider do Comité de Emulagio, em 1825, posicio que ‘ocupou até sua morte em 1833. Foi sucedido por brithantes Irmios e até hoje existe um Lider do Comité de Emulacdo. Gilkes esta enterrado num ‘grande mausoléu magénico no corredor norte, de leste para oeste, da St. James ‘Church, Picadilly, Londres, desde 1834. principio basi que o Ritual nao pode ser alterado em nenhum lugar do mundo, sem que a Grande Loja Unida da Inglaterra nao sancione a alteracio, apés estudos da Loja de Emulagao e Aperfeigoamento. Na verdade, houve, apenas, duas alte- ragdes. A primeira, em 1964, 148 anos p6s. aprovacao do trabalho de Emu- aco, quando foi aprovada uma forma alternativa de penalidade, explicitando 0 de Emulagao é ATROLHA-Maxco/2013 15) serem penalidades figurativas. Isso foi feito por proposta do bispo Herbert, Grio-Mestre Provincial de Norfolk. Em 1986, 170 anos apés a aprovagio do trabalho de Emulacao, as penalidades que envolvem juramentos de sangue (“blood oaths") foram removidas. ‘No Brasil, o Ritual de Emulacao foi modificado, Primeiramente, no nome: traduziram, erroneamente, em 1912 “Craft Masonry” (Oficio Magénico) por Rito de York. O Ritual de Emulagio 1ndo é um Rito e nem de York. Esse erro perdura até hoje ¢ € reconhecido pelo GOB (GOB, 2009 — 0 reconhecimento do erro esta nas pigs. 17 © 21). Ha cerros de tradugio, também, no Ritual de Emulagio em portugués, publicado pelo GOB. Ha uma confusdo entre os termos “templo” ¢ “loja” que nio tém o mesmo significado, Hi, também, a abrevia por trés pontinhos: Vs. Mes, cem lugar de V. M., Nao existe trés pontinhos na Magonaria briténica. © Triponto é de origem francesa, Nao existe, 0 também, na Magonaria bri- tnica, o Triplice ¢ Fraternal Abraco. Em verdade, no existe, no Reino Unido, o Rito de York. © Rito de York éum Rito de 13 Graus sucessivos, que é também chamado de Rito Inglés Anti- £20, muito utilizado nos EUA. No Reino Unido, o sistema inglés é chamado de Craft Masonry (Arte Magénica ou Off: cio Mag6nico). © Ritual de Emulagio {ou Trabalho de Emulacao~ Enulation Ritual ou Emulation Work) faz parte deste sistema de Arte Magdnica. © Ritual de Emulagao ¢ oral e no Reino Unido nao se usam manuais, ex- eto 0 Pe Mo Ie (timo ex-Veneravel ou Past Master Imediato) que funciona como “ponto” (auxiliar que, de ma- neira oculta ou discreta, recorda aos 1.6 ATROLHA- Manco/2015 participantes da Sessio as suas falas, quando necessirio). OP. M-- Ie: pode corrigir até o Veneravel Mestre em suas falas. Esse “pontd” pode ser substituido por aparelhos de gravagio eletrOnica de pequenas dimens6es, usados por todos 6s participantes que devem usar falas de uma Sessio, Em Lojas inglesas, € costume nao entregar Rituais impressos ao Aprendiz © a0 Companheiro, Isso contribui eestimula “emular” o Ritual. Emular significa esforgar-se para a rea lizagao de um mesmo objetivos imitars seguir o exemplos igualar; praticar ape- nas olhando. Ao se lero Ritual, esté-se sujeitando contra a propria ideia, ou seja, ndo se esté emulando. “NO BRASIL, O RITUAL DE EMULACAO FOI MODIFICADO. ” © Ritual de Emulagao nao teve influéncia de qualquer ocultismo, tais como alquimia, rosacrucianismo, mar- tinismo, cabalé, etc. Nao h4, no Ritual de Emulagio, a bateria feita com pal- mas, mas apenas o bater dos Malhetes do Ve. Mz, do 1° 2° Vig A partir de 1871 foi is Ritual “The Perfect Ceremonies of Craft Masonry” (Ceriménias Exatas da [Arte Magénica), publicado pela Lewis Publishers? de Londres. A publicagio desse Ritual teve severa oposicio de Offciais Superiores da Grande Loja Unida da Inglaterra. © Ritual foi im- presso, também, na Nigéria, em torno de 1920 e republicado em 1939, pela presso um Lewis, com forte oposigao da Grande Loja Unida da Inglaterra. Esse Ritual nigeriano distinguiu-se por mostrar comentarios sem restrigoes. Por iss0, foi amplamente disseminado. © Ritual “Ceriménias Exatas” foi traduzido para o portugués em 1920, pelo Irm. Joseph Thomas Wilson Sadler, Membro “ da “Lodge of Unity” de S40 Paulo, Ele uusou corretamente a expresso “Ceri- ménias Exatas da Arte Mag6nica” € no mencionou a expresso “Rito de York”. Em 1976, foi reimpresso o Ri- tual de 1920, eaparecendo a expresso “Rito de York”, inserido por algum in- ventor, que, aids, ja vinha sendo usada hha muito tempo, consagrando assim definitivamente no Brasil, ‘um nome que nao existe no sistema inglés. Sabe-se que na Inglaterra esse trabalho nao temessa denominagio, Como todos os Rituais usados atual mente pelos brasileiros estio baseados nessa tradugio, € como foi mantido, em 1976, 0 termo Rito de York, ainda que de forma incorreta, tornar-se- il, apé anos, desfazer-se desse erro {que ja se tornou corriqueiro fe de uso geral, Deve-se repetir que © Ritual de Emulagio nem é de York € muito menos é um Rito. A Grande a muito difi muitos Loja da Inglaterra peemitiu imprimie 0 Ritual de Emulacao somente em 1969, com a chancela da Emulation Lodge of Improvement. © Ritual de Emulagio nao é de York, mas € de Londres e ndo € um Rito, mas um Ritual. Nao é um Rito estruturado, como 0 Re. Eo. Ac Asi, ‘mas um Ritual, pois é composto apenas das Ceriménias de abertura ¢ fecha- mento da Loja (ineluindo o fechamento dda Loja no descanso), da Iniciagao, da Passagem (Elevaco a Companheiro) ¢ Elevacio (Exaltagao a Mestre) € Instalagao do Mestre da Loja. Todos os demais procedimentos nao fazem parte do Ries apeow: ortejos, meditagao, leitura e “io de Atas, Ordem do Dia, os 3 levantamentos, 0 Tronco de Benefi- céncia, etc. Todos esses procedimentos no pertencentes ao Ritual de Emulagio poderio ser feitos em Loja fechada, 0 Trabalho de Emulacio € o Ritual mais antigo na Maconaria Britinica e predominante (cerca de 85%). A Grande Loja Unida da Inglaterra, no entanto, reconhece outros tipos de trabalhos (t0- dos derivados do Ritual de Emulacio),a saber: Taylor Working, Bristol Working, Lewis Working, West End Working, Sta- bility Working, Universal Working, além de outros tipos de trabalhos menos di- vulgados. Todos esses tipos de teabalhos so muito parecidos com o Emulation Working. O mais diferenciado é 0 Bristol Working, no qual o Venerével usa um tipo de chapéu chamado “cocked hats” ‘muito usado na Marinha inglesa. Nesse trabalho as Ceriménias também sao um pouco diferentes A Loja de Emulagio e Aperfcigo- amento manteve por quase 200 anos um padrio uniforme do Ritual de Emulagio, sem alteragées. Hé algumas -Ni Loja, exceto na Iniciagio, na Pas- goes que devem ser feitas: se esquadra © piso mosaico da sagem e na Flevagio, (Esquadrar é tum neologismo no sentido de fazer a esquadria (dispor em angulo reto) nos 3 cantos do piso mosaico durante perambulagio; é mais correto usar esquadrar do que enquadrar). ~O Ritual de Banquete Ritualistico, Festive Board Ritual, nao é Ritual de Emulagio, mas é um Ritual britinico, diferente dos Rituais de Banquete do Re. Ev Av. Ax, pot exemplo, que € baseado nas Lojas militares napo- leOnicas. O Festive Board Ritual & baseado na aristocracia britanica com influéncias hebraicas ¢ celtas. = Os Sinais e Palavras Sagradas dos 3 Graus sio proprios ¢ caracteristicas dlo Ritual de Emulagio. = Os cinco pontos de'companheirismo do 3° Gran €a caracteristica do Ritual © €0 Sinal composto do Grau. =Nenhum sinal, de qualquer Grau, deve ser feito com o Ritual (o manu- all; nfo se deve ter nada nas mios, exceto 05 Disconos ¢ Diretor de Ce rim@nias com seus bast6es. Isso inclu © Sinal composto de 3° Grau (os cinco pontos de companheirismo} que no deve ser feito com o Ritual na mao. ~Em Loja aberta, nio pode haver discusses ou debates e, portanto, no podem ser tratadas assuntos administrativos. Os assuntos administrativos devem ser tratados em reunido administrativa, fora do templo. Algumas simbologias: No Ritual de Emulagio, ha vérios procedimentos que, a0s poucos, des- cobre-se seu significado e 0 porqué Algumas questdes: por que 0 uso do cortejo inicial e final (que nfo pertence a0 Rirual de Emulagio)? Por que néo existe um Oriente, ou sea, o Leste, mais clevado como nos outros Ritos? (O Rito de Schrider, alemao, também nio tem Oriente (Leste) mais elevado).Por que o [ Ritual de Emulacio é,ritualisticamente, mais simples se comparado, por exem- plo, 20 R-. Ee. As: Ac.? Por que se usa Tetnos escuros (dark suit) e nao se usa Balandrau? Por que ha trés levantamen- tos? Por que no encerramento da Loja, © capelio (ou 0 PML) promete, por trds vezes, fidelidade e g segredos em lugar seguro? Por que 0 Sinal composto de 3 Grau sio os cinco iardar nossos pontos de companheirismo, falado? Os Macons cumprem os cinco pontos de ‘companheirismo? Os Macons cumprem ‘osjuramentos dos 3 Graus? Por que nao se deve fazer Sinal de nenhum Grau com © Ritual na mao? Por que o Ritual de Emulagdo, tradicionalmente, ha quase 200 anos, € oral ¢ nao lido? Por qué? Por qué? Ao se procurar respostas a estas questées, se instrui, se aprende; 0 Ritual se revela (retira seus véus). Na verdade, a resposta a cada uma destas questdes pode dar origem a toso trabalho. Os significados dos Simbolos, na um provei- Maconaria, tém uma limitada flexibi- lidade, chegando a ter interpretagies quase pessoais. Exemplo: 0 esquadro: Simbolo da retido e que outros dizem Simbolo da moral; outros, ainda, Sim- bolo da virtude, ow da justica, ou do dever, ou da probidade, etc. Ha, por tanto, certa flexibilidade, elasticidade, clegiincia de entendimento simbélico. WWHOTEL FOZ Da ete Nae) CN eee once Cash cra eee ela ATROLHA- Manco/2015, Na verdade, 0 significado de um Sim- bolo depende da pessoa e da ocasiao, do tempo, do momento. E convenience, sempre, questionamento sobre o sig- nifcado de eada Simbolo. Um exemplo de interpretagao Sim- bélica do Ritual de Emulagio: ao abrir a Loja, 0 1° Vigilante levanta sua Coluna (Coluna Dérica, da forca) © 0 2° Vigilante abaixa sua Coluna (Coluna Corintia, da beleza). O V-. Mc. permanece, sempre, com sua Coluna levantada (Coluna Jonica, da sabedoria). Durante o chamado para © descanso € ao encerrar a Sessio, 0 procedimento dos 1° e 2° Vigilantes & © oposto da abertura da Loja. Por qué? 1° Vigilante, ao levantar a Coluna da forca, indica que, a0 abrir a Loja, os trabalhos tomam forca € vigor”. (© 2° Vigilante, 2o levantar a Coluna da beleza no fechamento da Loja (ou quando do descanso), indica que 03 Inmios apreciario a beleza da frater- nidade no Agape ou na apreciagio de algum trabalho a ser debatido. E praxe uma rotina antiga, apés a fala de alguém, num dos 3 levanta~ mentos: com a mao direita, bate-se na coxa dircita, todos ao mesmo tempo, comandados pelo V-. M-: ou pelo Diretor de Ceriménias. Trata-se de um Sinal de agradecimento britinicos nao €um aplauso, como bater palmas. Esse costume tem origem, provavelmente, no Parlamento Britanico‘. Mas ha quem diga que esse costume tem origem na Magonaria Operativa ou Magonaria de Oficio e foi, depois, introduzido no Parlamento Britinico. Esse Sinal de agradecimento nao faz parte do Ritual de Emulagio, mas é costume em toda a Maconaria Britinica. Consideragoes finai Os Rituais si0 muito ricos ¢ extremamente eficientes quando se uestiona 0 porque dos procedimentos. ‘18 A TROLHA-Marcol2015 © Ritual de Emulagio é, igualmente, rico ¢ fértil em emular valores ¢ virtu- des, Ha que se questionar 0 porqué de cada agio, de cada Simbolo e de cada palavra. Mui € facil descobrir as respostas. Hi, tam- bém, aqueles que teorizam rentando S vezes, niio é imediato responder questionamentos, baseados no subjetivismo pessoal; sio os que praticam o achismo”. Hi que se es- tudas, ler, obter respostas confiveis em boas fontes. $6 assim os Rituais tornam-se eficientes para o principal propésito: aprimorar o ser interior praticar virtudes, melhorar sua vida ou simbolicamente: construir seu Templo interior. Por isso, existem Macons, Em seguida, adapta-se um texto de “Zohas, O Livro do Esplendor”. Zohar (72) em hebraico significa esplendor, Iuminosidade intensa. Zohar foi es- crito, provavelmente, por Moisés de Leén', possivelmente em 1260 (Scho- lem, 1963). 0 texto de Zohar trata da Ieitura da Tord. Zohar pode ser lido na internet: Manhar, 2005; Zohar. 2004. “Pessoas sem entendimento veem os textos dos Rituais apenas como vestimenia, a roupa. Os mais argutos vveem, também, 0 corpo. Mas os verda- deiros sibios, 0s que absorvem, mesmo, © Ritual, penetram todo o texto do Ritual até 0 amago, até a alma, até 0 verdadeiro objetivo original.” Para terminar: como, depois deste texto, se vé o Ritual? Uma roupa, um corpo ou seu verdadeiro amago? Notas * Kenneth Martin Folle, Ken Folle,fldsofo, jomalist eeritor gales, nasceu er 1943, em. (Canfas de Gales. Farmadoem filosofa peta University College of London, tomvon-s jor. nals e eritor Pablicou 29 romances, roios ‘nom contexto da histor medieval, moderna ‘ouconternpornen. “Os Piares da Tera” (The Pillars ofthe Earth) fo editaco em 1989 em 2010, eransormourse em série de TV. Folie € ‘membro da Yr Academ! Grmreig (Acadsmis Galesa)e membro da Royal Society of Ars * © Dugue de Sussex, em 1816, foo principe ‘Augustus Frederic (nascido em 1773 fale do em 1843), 6 lho do rei George Ill do Reino Unido e Geio- Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra de 1813, at sua moree em 1843.0 Geio Mestre da GLUT tem cargo vitalicio eo chefe do Estado Magnico;0chefe do Governa Magénico € 0 Pré-Gedo-Mestre, clea a cada 4 anos. Lewis Publishers € uma editors magénica britinia, fandada em 1801, portanto, amas” antiga editora magdaica do mundo, Hoje, dita, ofcalmente, os Rituais para a Grande Loja Unida da Inglateea © para os capitulos dd Sagrado Arco Real O Parlamento do Reino Unido fo a assembleia legislaiva do Reino da Inglaterra, fundado fem 1056 quando William da Normandiain- ‘roduzia 0 sistema feudal enecessitow de um conselho de "iagailinos” tenant ou holding, algo como inquilinos de cerra arrendada) © tlesssicos anes depromalgarles. Em 15 de Junho de 1215, 0 *conselheiros™ garanicam & Magna Carta (Constiuicle) feta pelo eet Joao, Na epoca, 0 Parlamento era formado Somente por Lordse dlesssticns. La sien dda Unio (Act of Union) de 1707 fundiv a Parlamento da Inglaterra com o Patlamento da Escoeia,formando 0 Parlamento da Gra ‘retanha Em 1801, quando o Parlamento da Ielands foi abolido © fandido, o Parlametto ‘da Gri-Beetanha passou a chamsar Parliament (of the United Kingdom of Great Britain and Northern tela Em 1999, reconstiuit-se 0 Parlamento da Eset * Moisés de Lei (Mosie ben Shem Tov = p> nao 12 wwe ot Moisés de Guadalajara), flésofo e rabino judeu sefardita, que nasce provavelmente cmt 1240 falesea entre 1290 © 1305 idatasincertas), autor de Zohay, veo ‘ental da Cabal, Referéncias Bibliograficas: BARNES, M, Peter William Gilles, Promi- rent Teacher of Emulation. Quatuor Coro- ‘nati Transactions, 1973. V. 86, pp. 166-167 DEFLEM, M. Ritual, anci-structure, and religion: a discussion of Victor Turner's processual symbolic analysis. Journal for the Scientific Study of Religion, 30 (1): 1-25, 1991. FOLLET, K. Os Pilares da Terra, Rio de Janeiro, Rocco, 1992. 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No anterior Capitulo, vimos que, no ano de 1834, por iniciativa particular, a “Typ Imp. ¢ Const. de Seignot-Plancher & C'.”, que estava localizada na Rua do Ouvidos, n° 96, Rio de Janeiro, imprimiu 0 primeiro Ritual do Rito Escocés Antigo ¢ Aceito, do Brasil. Vimos, também, que, embora fosse, inequivocamente, um Ritual, ainda nao tinha essa denominagio especifica. Era denominado “Guia dos Magons Escossezes ou Regula- dores dos Trez Gréos Symbolicos do Rito 2.0 a TROLHA- Mancoi2015, Antigo e Aceito” (conforme grafia original) Porém, na parte que nos interessa de modo conereto, que € concemnente $6 aos Aprendi- ze (pelo fato de que noss0s comentarios nao ultrapassam esse Grau), esta escrito “Guia dos Macons do Rito Escossez” (segundo a sgrafia original). ‘Acrescentemos, agora, por meio de um ‘oportuno desvio dissertativo, que, no Grande Oriente do Brasil, 0 primeiro Ritual (mas, com nossa ressalua de que foi adotada aquela ‘mesnia denominagao que acabamos de ver), do mencionado Rito, s6 veio a ser impressa vinte e trés anos depois, ou seja, em 1857, na “Typographia Menezes”, da entio Rua do Cano (depois Rua Sete de Setembro), n® 165, Rio de Janeiro!. Naquele referido Capi- tulo anterios, vimos, com minticias, que, no ‘mencionado Rito, citada Poténcia Magdnica uusou a expresso Ritual, pela primeira vez, em 1898. Segundo esté escrito em sua capa, ele teria sido impresso (ndo é verdade) na * Typ. do Grande Oriente do Brasil”. Porém, antes do normal prosseguimento do presente Capitulo, perguntas formuladas a este articulista, pela via telefonica, por Res peitéveis Irmaos Leitores, todos interessados em expungir diividas, exigem que, antes, alguns esclarecimentos sejam apresentados. Por exemplo: Para evitar possiveis confus tre os estudiosos, é imperioso deixar saliente que nao houve, nos Rituais do Rito Escocés Antigo e Aceito, um biato entre os dois apon- tados Rituais, o de 1834 (aquele impresso por iniciativa da propria e jd referida tipografia) € 0 de 1857 (aquele impresso especialmente para 0 Grande Oriente do Brasil}, porque, em 1834, a referida “Typ. Imp. e Const. de Seignot-Plancher & C*.” edicou uma segunda + mesmo en- ‘uma terceira edigdes daquele primitive Ritual. A segunda e a terceira edigées no decorreram de iniciativa propria, pois tudo indica que a segunda edicio teria sido proveniente de encomenda feita pelo Supremo Conselbo do Gr 33 para o Brasil”. A terceira edigio devorreu de encomenda feta, sem divi- da, pelo “Grande Oriente Brasileiro”. Sobre essa Poténcia Magénica, releia-se © Capitulo V. Que fique bem esclarecido: em 1834 ‘existiram, em nosso Pais, ts edigies de Rituais do Rito Escocés Antigo e Acei- 10, que nao cram do Grande Oriente do Brasil, pois este 6 teve (insistamos!) seu primeiro Ritual, do citado Rito, em 1857. Considerando que no Capitulo IX, isto , no Capitulo anterior, transcre- vyem05 0 texto introdutério do primitivo Ritual de 1834, ou seja, do primeiro Ritual do Rito Escocés Antigo e Aceito impresso no Brasil, jé podemos passar para o que consta de sua “Abertura dos ‘Trabalhos” Nao havia cortejo. Nao havia a formacio do palio, que, infelizmente, a a existir muito depois, e que nao passa de lamentével arremedo copiado, com deturpacao, de uma significativa pratica da Magonaria da Inglaterra’. Nao havia a leitura de texto biblico ou de quaisquer outros textos. O Veneravel Mestre néo fazia as duas determinagées iniciis que faz hoje no Grande Oriente do BrasiP nem o Mestre de Ceriménias fazia a comunicagao que faz hoje na Grande Loja Magénica do Estado de Sao Paulo*. O Veneravel Mestre, sem consideragdes anteriores, dava um 00 de Malh.,e dirigia uma primeira pergunca ao Primeiro Vigilante, que determinava ao Cobridor a correspon dente providéncia, Respondendo a uma segunda pergunta do Venervel Mestee ¢, dele, recebendo uma determinasio, 0 Primero Vigilante, em tom imperativo, comunicava a todos os Iemios (das Colunas, & Sbvio) que deveriam ficar de P:. €8 Ord. © Veneravel Mestre, sem quaisquer consideragdes anterigres, dava um go. de Malh-- edirigia uma inicial pergunta a0 Primeiro Vigilante, que determinava 20 Cobridor a correspondente provi- déncia. Respondendo a uma segunda pergunta do Venersivel Mestre e, deste, recebendo uma determinagzo, 0 men- cionado Vigilante ordenava que todos os Irmaos do Ocidente ficassem na mesma posigao que todos conhecemos, porque isso nao foi modificado. Sem sair de seu lugar, o Primeiro Vi- gilante pronunciava o esperado aniincio a0 Veneravel Mestre, e este, sem fazer qualquer referéncia aos Irmaos do Oriente, dava, outra vez, um go-. de Malh.:e, iniciando uma segunda série, enderegava mais perguntas, sendo tres 0 Segundo Diécono, duas a0 Primeiro Didécono, duas ao Segundo Vigilante ¢ quatro ao Primeiro Vigilante. © Chan- celer € 0 Mestre de Ceriménias nao participavam, Brant onze as perguntas, ue, todavia, com o passar do tempo, receberam injustificaveis acréscimos, principalmente no Ritual da Grande Loja Macénica do Estado de Sao Paulo. Depois que o Segundo Vigilante respondia & tiltima pergunta da série, a mesma pergunta que permanece até hoje, sobre 0 horério, o Venerével Mestre, s6 ee, dava um go-: de Malh.. Imediatamente apés, 0 Primeiro Dig- ‘cono subia os Degraus do Altar da Sabedoria. Fle © o Veneravel Mestre ficavam frente a frente e faziam o Si- Gute. Sag-., dada ao Primeiro Diécono. O Ritual nao esclarece qual o ouvido € de que modo havia a transmiss40 20 Primeiro Vigilante nem de que modo tltimo, por meio do Segundo Dis ccono, fazia a retransmissio a0 Segundo Vigilante, que dava um go’. de Mal e afirmaya que tudo estava —e-. A Havia a transmissio da Pa-- primeira palavra era diferente; no comecava por “i”, mas por “e”. Depois, 6 Primeiro Vigilante repetia o gesto do Segundo Vigilante, porém, naquele se~ gundo momento, as duas palaveas nao discrepavam das atuais, porque, ai sim, a primeira palavra comecava por *", e nao por “c. No proximo Capitulo, veremos que a Loja era aberta “ent nome de Deus ede. Notas "No Grande Otiente do Brasil, os textos do Ritual de 1857 permancceram quaseiguais, 20 longo de 34 anos. Depo, com a elorma de 1 de jutho de 188, foram introduzidas cexplicagbes sobre Templo, sobre sua decora- lo esobre a Ordem dos Trabalho, Ea over Inovasio, ficou estabelecido que as Iniiagdes -as Fliages seriam realizadas em Sesbes Magnas. 2 No liveo"O Primero Degrae do Rito Escocts Antigo e Accito de autoria deste arciculista, Baitors Magi "A TROLHA® Le ano de 2003, pigina 197, 0 assunto foi desenvalvido com 0 sobttulo “Uma Estanba AbSbade Triangular” * Areferénciaéa0 Ritual doR-- Be. Ac. Av. do GOB, aprovado pelo Decreton® 1.102, de 16 ddemnaio de 2008, impressoem editors propria, localizada no SGAS ~ Avenida WS, Quadra 913, Conjunto "H™, Beast. DE A referncia €a0 Ritual do Re Bos Ax A da GLESE,#*edicao, anode 2013, Administragio 20132016, Nao consta o nome da editora! tipogcafalgrifica que o mpsimia, Fle de FX Duransaet ikesizs “odo Rt, Ss eas tenk Koning ATROLHA-Maxco/2015 21 Com a edigio em portugués do ritual do liltimo dos Graus de Cayalaria e dos rituais dos Graus Simbélicos das Blue Lodges americanas, 0s Magons brasileiros podem agora galgar toda a escada do Rito de York, de Aprendiz Magom a Cayaleiro Templirio Alusiracao de Sate Reigate basis treba 29 in. Everett Henny, pulled Ceicbse gts esnanhol dans im 1958 ‘je, sdo mais de 60 Capitulos de Macons do Real Arco, mais de 30 Conselhos de Magons Cripticos e trés Comanderias Templérias em quase todos os estados brasilei- ros. Se considerarmos que o iltimo grande Rito, 0 Rito Brasileiro, foi introduzido no Brasil em 1914, podemos ter uma ideia do quanto significa a chegada do Rito de York, agora completo em todos os seus, segmentos. Por exemplo, 0 General Grand Chapter of Royal Arch Masons International 6a maior organizagao masonica mundial. Em outras palavras, podemos dizer que nosso esforco, ao buscar a unio e ‘o conyivio fraterno entre as diversas Poténcias brasileiras, temo endosso da maior e mais representativa Magonaria do mundo, aquela que congrega dois em cada trés Magons, A Coordenadoria do Rito de York no Brasil convida-o para conhecer esse imenso e presti- gioso universo. Visite nossos sites, aqui e no exterior. pe tradicionalissima da maior Maconaria do mundo, 6s Allos Corpos do Rito de York estao, no Brasil, em estreita amizade com os Corpos Filos6ficos brasileiros: Supremo Conselho do Grau 33 do Ritos Escocés Antigo e Aceito da Magonaria para a Repiiblica Federativa do Brasil, Excelso Conselho da Maconaria Adonhi- ramita, Supremo Conselho do Rito Moderno e Supremo Conclave do Rito Brasileiro. Empenhado na unido dos ‘Magons brasjleiros, os segmentos do Rito de York recebem em seus quadros, estatutariamente, Irmaos das trés Poténcias Capos de Magar do Real Aco regulares brasileiras: 0 Grande Oriente do Brasil (GOB), as Grandes Lojas (CMSB) e os Grandes Orientes Independentes (COMAB). ‘Também reconhece, no Brasil, 0 Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a Repiiblica Federativa do Brasil, filiado ao DeMolay International ites, tinhamos apenas os degraus do Rito Escocés Antigo e Aceito, porém hoje temos, agora completa, a famosa escada da Maconaria americana disponibilizada para os Irmaos brasileiros — da Ordem DeMolay a0 topo da piramide.* General Grand Chapter General Grand Council Grand of Royal Arch Masons ‘of Cryaic Masons Encampment of International Inierational Knights Templar Funda om 1797 Fada or 1889 Fundado em 1816 ‘Supromo Grande Capitulo Supromo Grande Conselho ide Magons do Real ‘de Magons Crips Brasiiras de ‘Arco do Brasil Jo Brasil. Cavaleires Tempiarios Faro an 2001 Fudan 2008 ns 208 Paulo Roberto C Grande Ohl neat * Maiores deals acerca as Graus Captures do Rito de York podem se ‘eacontradosnolivea OWoss0 Lado da Fade, do Companheio Jodo Guilherme, Ps, 1, O Escocismo: Origens e Histérico do R.. E.. A-. Ae. lirm-. Benedito Roberto Macedo Silveira e Wanderlei de Mattos Trindade (Or-. Sao Carlos ~ SP 24. A TROLHA-Maxco/2015 © “Escocismo” é uma forma de Magonaria antiga, que existia € entrou em Franga ainda antes da eriagio da Grande Loja da Inglater- ra, a qual é denominada a casa mi da Magonaria Moderna, ¢ 56 admite os Graus Simb6- licos (Aprendiz, Com- panheiro ¢ Mestre) No entanto, 0 Rito Escocés nada tem a ver com o Estado da Escécia, pois na época do seu apa recimento, as Lojas de 1 trabalhavam no Rito de York, como em toda a Gra-Bretanha Cabe ressaltar que este € 0 mais prati- cado mundialmente, no entanto, no Brasil © Rito Escocés Antigo € Aceito é mais praticado do que aquele. Neste sentido, ico Trolha, em sua obra Cargos em Loja, 8* edigio, Editora Magonica “A TROLHA”, pé- gina 15, afirma que, “O Rito Escocés Antigo € Accito € praticado no Brasil, pela maioria das Lojas. As grandes Lojas, por exemplo, com rarfssimas cexcegdes, $6 trabalham no Rito Escocés, © Grande Oriente do Brasil, das suas, mil e cem Lojas, mil trabalham no Rito Escocés; no Colegio de Grao-Mestres a proporeio é de 93% de Lojas brasileiras que elegeram e adotaram 0 Escocecismo como Rito de Trabalho.” ‘Como © préprio nome informa, trata-se de um Rito antigo que poste- aceito” pelos Magons franceses. Originalmente seu nome era “Rito Antigo € Aceito” e sua no- menclatura “escocés” surgiu de um movimento dos Magons franceses que, criando 0 Grau de “Mestre Escocés”, pretenderam dar & Magonaria de seu pais, uma reforma moral. Vale ressaltar que nao é tarefa das mais faceis discorrer sobre a origem e a histéria deste Rito, principalmente estabelecer uma correlacao direta com riormente foi 0 “escocismo”, pois, como explica José Castellani, em sua obra O Rito Escocés Antigo. Aceito, 3* digo, Editora Ma- gonica “A TROLHA”, pagina 13, “Na realidade, o Rito Escocés ¢ sui generis, sob varios aspectos, a comegar pelas suas origens: enquanto outros Ritos tém a sua origem bem estabelecida, 0 escocismo ainda suscita divides € dis- cussbes, inclusive quanto a sua origem ca, em territério francés, como se vyerd no desenvolvimento des obra; 0 proprio fato de ser escocés, mas nascido nna Fran do Rito. Decerto que o Rito Escocés Antigo € Aceito germinou do denominado “Fscocismo”, Endo menos verdade que , Teitera o conceito de atipia cle surgi da influéneia de varios per- sonagens hist6ricos, dentre eles, o mais famoso e polémico é0 Cavaleiro André Michel de Ramsay que foi alijado da Escécia, em virtude de tentar implantar Gaus Cavalheitescos na Magonaria, 0 qual produziu o texto de um discurso, em 1737, pois almejava demonstrat (0 seu agradecimento, por ter passado de plebeu a nobre, depois de se tornar cavaleiro da Ordem de S. Lazaro. No entanto, Ramsay nao conseguiu pronuncié-lo por proibicao do Cardeal Fleury, mas que foi publicado no ano seguinte, Em seu contetido ele discorre sobre as origens da Francomaconaria, interligando-a aos reis ¢ principes das Cruzadas. Todavia, existe muita con- trovérsia sobre a influéncia deste Cavaleiro André Michel de Ramsay, por isso adverte 0 autor Xico Trolha, em sua obra Cargos em Loja, 8* edicao, Edi- tora Magonica “A TROLHA”, gina 15, que “Ha especulagies sobre a sua origem. Ha os que acreditam que o Rito reve como idealizador 0 Cavaleiro Michel de Ramsay, a partir do seu Dis- curso (contestado por muitos historiadores mag6nicos) que ele proferira entre os anos de 1736/1738 ~ nao se tem certeza do ano —na Franca. O Cavaleira Michel de Ramsay era escocés € jacobita ¢ os jacobitas eram adeptos partidarios dos Stuarts, exilados da Inglaterra na Franca. Talvez a intromissdo desses personagens tenha influido no nome do Rito. Nao em sua estrutura, em sua liturgia”. Este cavaleiro nasceu em Ayr, Esc6- cia, em 1686, e faleceu em Saint- main, Franca, em 1743, Embora tenha afirmado que era filho de um baronete escocés ¢ reclamado 0 titulo quando foi recebida em Oxford, em 1730, na realidade, seu pai era um padeiro; essa sua origem foi esclarecida num pantfleto intitulado “La Ramsayade”. Mas a sua caracteristica principal é que ele foi um fervoroso defensore servidor da destro- nada familia Stuarts, ¢ por efeito um dos jacobinos mais “fansticos”. Deve ser mencionado aqui, confor- me opiniao do autor Kurt Prober, em sua obra Frederico, o Grande ea Maco- nnaria que muitos escrtores do passado, ¢ ainda alguns “copistas” dos nossos dias, costumam citar 0 nome do Bario ANDRE MICHAEL RAMSAY (nascido em 1686, Iniciado na HORN LODGE, de Londres, em margo de 1730 (Ref. F-1973,937}, e falecido em 6 de maio “O CAVALEIRO MICHEL DE RAMSAY ERA ESCOCES E JACOBITA E OS JACOBITAS ERAM ADEPTOS PARTIDARIOS DOS STUARTS, ..” de 1743), como “inventor” do Rito Escocés dos “Altos Graus”. Entretanto, basta a leitura de seus discursos como Gre. Orador que era da Gr-. Loja de Franga, ¢ especificamente o pronun- ciado em 21 de margo de 1737, para termos a prova da incongruéncia de tal afirmacao, pois disse textualmente o seguinte: ... A atividade da Maconaria, resumida nos TRES Graus (... Eviden- temente 05 simbélicos...), € s6 estes reconhecemos, pode ser considerada erfeitamente suficiente. Na realidade, os primeiros ageupa- ‘mentos magénicos de feicio moderna dos Magons Aceitos na Franga sur- siram em virtude da primeira queda dos Stuarts, a partir de 1649, quando Henriqueta de Franga ficou vidva do rei stuartista inglés Carlos 1, que fora preso e decapitado apés a vitéria da revolugio puritana de Oliver Cromwell Ea partir de 1688, quando da segunda ‘queda dos Stuarts, com Jaime Il, depois da restauragio de 1660. Os Stuarts, que, a partir do século XIV, com Alan Fiteflaald, haviam ocupado os tronos da Escécia e da Inglater- 1a, cram reis catdlicos ¢ os seus seguidores, os jacobitas, cram chamados de “escoceses”, por sua feigio partidaria stuartista endo pela sua origem nacional. José Castellani, em sua obra © Rito Escovés Antigo e Aceito, 3" edigao, Editora Magénica “A TROLHA”, pagina 15, explica que, “STUART era 0 sobreno- me de uma das familias, cujos membros, por diversas vezes, ‘ocuparam 0s tronos da Escécia eda Inglaterra. Seu fundador, no século XI, foi Alan Fitzflaald, um bretdo que havia imigrado para Norfolk, na Inglaterra. sexto descendente de Alan, Walter, casou-se com Marjorie, filha de Roberto de Bruce, e seu filho Roberto If ascendeu ao trono na Esc6- cia em 1371”. Vale sublinhar que principal carac- teristica de correlagao do “eseocismo” a0 Rito Escocés€ a influéncia no campo dos Altos Graus, 0s ditos Graus Filo- s6ficos. Nesta esteira, 0 autor citado ro pardgrafo anterior, na mesma obca, pagina 14, ensina que, “A sua caracte- ristica principal, rodavia, e a que mais distingue dos outros Ritos, é represen- tada pelos altos Graus, que desde a sua criagio, em 1748, tém despertado polémicas acirradas, além de criticas ATROLHA-Maxco/2015 2. oriundas das Obediéncias que nio 0s reconhecem. Desde o seu nascedouro,a inovacao tem deixado perplexos os seus analistas que vinculam as suas origens, ora a razdes de ordem politica, ora a razdes de ordem espiritual, filosofica e de complementacao doutrinéria, ora de satisfagdo das vaidades e dos inceresses pessoais”, Por isso, é importante para explicar a influéncia histérica do escocismo no Rito Escdces Antigo e Aceito, mesmo ‘que brevemente, citar que 05 Cavalei 10s Templarios, os quais desde 1307 penetraram nas Lojas da Escécia, ou seja, mais de quatrocentos anos antes a constituigao da Grande Loja da In- laterra, que se vin nascer na Escécia ‘nome de Magom Adotado, pelo qual entenderam os Membros das Lojas que no pertenciam profissio de pedreiros € cOngeneres (carpinteiros, latociros, pintores, etc.), os quais pertenciam a denominada Maconaria Operativa. E foi nessa época que houve a fusio da Magonaria Operativa com as Ordens da Cavalaria, que se operou somente na Esc6cia, € nao em outras regides da Inglaterra. Isto explica, portanto, a origem escocesa dos Graus, outros, que no eram conferidos pela corporagio dos pedreitos de outros paises — Apren- diz, Companheiro ¢ Mestre. Assim, o Rito Escocés Antigo e Acei- to € 0 “Escocismo” renasciam de suas

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