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co) DETCIOMac KTR CRS DIVAS) Daniel Sarmento Direito Constitucional Direito Constitucional Teoria, histéria e métodos de trabalho MICO et bier eos eas nc CU Un Cnr ev CORIO parse MCS NC) BiG es eta a2 | Cada uma das dimenstes acima mencionadas envolve complexidades e sutilezas proprias, que nfo teriamos como desenvolver neste momento. A enunciagio acima serve como indicagio de uma agenda para futuras pesquisas. De todo modo, observa-se que a razoabilidade tem um grande potencial como princi voltado ao combate & injustica e & arbitrariedade, Nao obstante, 0 razoabilidas smo 0 da proporcionalidade, deve ser empregado com mode ragio e comedimento pelo Judiciavio, que nao deve ter a pretensio de substituir as vvaloragées legislativas e administrativas pelas suas préprias. A razoabilidade, pela sua extrema fluidez, deve ser manejada de forma atenta as exigéncias postas pela ‘democracia e pelo principio da separacio de poderes, evitando-se o risco de ela se ‘convole em instrumento de consagracio de um “governo dos juizes” CAPITULO 12 COLISAO ENTRE NORMAS CONSTITUCIONAIS 12.1 Introdugao _Asnormas constituconais podem colic entre si. Emborapolémica na teoria lanto no Brasil como no Direito Comparado. Se, por exemplo, de comunicacio social anuncia que iré expor fat vida amorosa ce uma celebridade que se apoe a esta divulgacs centre a liberdade de imprensa e 0 dieeito & tem-se um contflito mas que eonsagram 0 smparam a divulgagio dono quado de constituigdes extensas, de natureza compromisséria, e compostas ‘por muitos preceitos positivados em linguagem aberta. Com efeito, a extensio da Constituicdo amplia a possibilidade de conflites, pois quanto mais normasexistirer, compromissério da Constituicio tem o mesmo ef constitucional de normas inspixadas em ideologias ‘aumenta a chance de atritos entre elas, ido de 88, como se sabe, possui todas essas caracteristicas: contémn jue a presenga na ordem 's de mundo divergentes ¢ostenta uma indscut 'tados em distintas concepstes ce mundo. Por isso, no Brasil, o tema {a colo entre normas consttacionai é de extrema elevancia, no s6tesrica, mat também prtica. E natura, portanto, que ele tenha araido grande atencio de parte da nossa doutrina” 494 | Saummetremocne © tépico &, por outro lado, bastante complexo. Em primeiro lugar, ele se entrelaca com varios outros debates intricados no campo ‘pela separacio de poderes,* o da possibilidade de comparacao racional entre bens € valores muito heteragéneos? e o da justa medida para equacionar a tensio entre 1s direitos do individuo e os interesses da coletividade.* O dinamismo e riqueza cdo campo empirico sobre o qual incide a Constituicio e o cardter eminentemente ico ou motal de grande parte das controvérsias a serem solucionadas agrava, ia mais esta complexidade, Ademais, nas sociedades modernas, caracterizadas ‘pluralismo social e cultural, as questies envolvidas na coliséo entre normas Constitucionais sao, com grande frequéncia, extremamente polémicas, tornando praticamente impossivel que se chegue a solucées baseadas em um senso comum, compartilhado pela comunidade* ‘As colisées podem envolver tipos de normas constitucionais, colisdes entre prineipios, entre regras, e entre principio. regra, aprest luma dessas hipdteses, singularidades proprias. Embora o campo dos direitos fun- damentais seja provavelmente o mais fecundo nesta rea, nem todas as colisbes tenvolvem direitos fundamentais. Temas, portanto, conflitos entre diversos direitos ‘enorma constitucional de outra espécie, ¢ fentre normas que néo consageam direitos fundamentals, ‘Quando se fala em colisio entre normas constitucionais, pensa-se logo no juiz como o responsive pela sua solucio. Contudo, tal equacionamento niio é mo- ‘opélio jurisdicional. O legislador, ao editar normas juridicas, também resses. Quando, por > certas colisbes, ponderant lador penal criminalizou a publicagso de *7.716/89), ele buscou resolver urna tensio entre direitos funclame! zna Constituigdo: de um lado, as liberdades de expressao e de imprensa; do outro, os principios da igualdade e da dignidade da pessoa humana das vitimas. A propria ‘Administragio Pablica também se v8 compelida a solucionar colisGes constitucio- nais na sua atuagéo.* Quando, por exemplo, uma prefeitura recebe comunicacao, «Sabres pondergio ralzada pla Administrasio ice wes: RODRIGUEZ, DE SANTIAGO, foot Mara Li pnts de ens tres eld eda ‘no att. 5%, XVI, da Constituigao, de que no dia seguinte sera real lico de protesto numa determinada praca, na qual também se I ize naquele local. Até ‘mesmo um particular pode ter de resolver uma colisao entre preceitos constitucionais, Um coligio privado, por exemplo, pode se defrontar com o pedi de ndo usar 0 mesmo uniforme imposto aos demais alunos, mot coligio teré entao que ponderar a liberdade religiosa do estudante com o principio da igualdade? ponderagées realizadas por outros érgios podem ser contuelo, nao ocorre quando as normas derivadas ofendem cldusulas petreas étio hierérquico para resolucio de antinomias se aabrepse a0 cronolégi vada, ainda que superveniente, por contrariedade & norma origindria, revestida de hierarquia superior. ‘Abboa técnica legis ito constitucional em vigor é muito mais eito infraconstitucional efetivamente vvigente” "Por tal razio, a Lei Fundamental da Alemanha determina que 0s seus preeeitos 26 podem ser alteradios expressamente (art. 79) Sem embargo, ¢ diante 2 CANDTILHO, Jo Joaquim Come. Drea cnt ri Coat. 47 Klas Ste, tendo debe do Tribal Conssticonal slo (BVerE 9,34), alude dentine do Drncipo da “documertabisdade artes expesnmants Vel do oda a reloea da Constgao™. De 508 | Suetewdea ama senaemcosoF ANAND da inexisténcia, na ordem constitucional brasileira, de preceito similar ao consagea- Bonn, entendemos que, em casos excepcionais, pode-se reconhecer a revogasio' superveniente, Contudo, bilidade entie 0 teor da nova emenda e o texto constitucional anterior. Sempre que possivel,o intérprete deve buscar uma interpretacdo que harmonize as cl referida incerteza sobre o contetido em vigor da Cé previsto no art. 5°, §3%, da Constituicgo, a ocorréncia de casos de revogacio técita ide normas constitucionais torna-se inevitavel. Isto porque tais tratados, por serem ‘elaborados na esfera internacional, no tm como mencionar os preceitos dos orde- inamentos de cada Estado signatirio que sero ab-rogados, o que se aplica também a8 dispositivos da Constituigio bra Mas o fendmeno da revogagio Vejamas um exemple, O art. 208 da Cons também pode ocorrer com as emendas. 10, coma redacio dada pela EC n° 14/ 96, garantia “o ensino fundamental obrigatorio e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele no tiveram acesso na idade propria” progressiva universalizacio do ensino médio” (inciso 1). A ado, explicita que “o acesso ao ensino obrigatétio e gratuito 81. Diante do teor destes preceitos, adoutrina ino fundamental como direito piblico subjetivo, ‘mediatamente exigivel, mas via a universalizacio progressiva do ensino médiocomo normg.programatica, insuscetivel de gerar uma pretensio positiva a uma vaga em ‘escola do 2 grau,tutelével pelo Pod ois bem, & EC n° 59/2008 alterou a redagio do art. 2 a prevero dever do Estado de assegurar “educagao basica ob 41 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita fa todos os que no tiveram acesso na idade propria”. O constituinte derivado esta- ara implementagao de tal mudana (art. 6°, EC fe consagra a progressiva universalizagfo ado. Nao obstante, como o ensino médio ,, aps 2016, oinciso Ml do art. 208 deixara de valer no que toca & locusao “ progressiva’, de teor programitico, pois, a partir de entdo, 0 acesso a este nivel tornar-se-4, indiscutivelmente, direito pablico subjetivo, ‘endo a sua frequencia compulséria, O regime constitucional do ensino médio deixar de ser 0 da “progressiva universalizagio", equiparando se plenamente a0 existente 1a CF, que passou ria e gratuita dos integra a educagio = | 5 para oensino fundamental, Teaa-se de uma hipétes derevogacio ticit ainda que Sujit a termo — oano de 2016, 12.3.4 O critério de especialidade © exitécio de especiatidade & empregado no campo constitucional com fee- aquéncia, El retira da incdéncia da norma constitucional mais geral aquelahipétese disciplinada pela norma mais especifca. Vejamos alguns ‘AConstituigio asseguraa plena iberdade de associagio (art 5% XVII). Porém, ‘em relaco aos sindicatos — que néo debxam de ser uma espécie de associngio — la prev uma sévia restrgio a esta liberdade, ao vedar a eziagio de mais de uma ‘organizagio sindical, represeiativa da mesma categoria, na mesma base tersitoral 11), Em matéda de sindicatos, prevalece a norma mais especifica, que impae restrigio & Iiberdade assocatva. A Constituicdo dispe que no & {cio finanosiro em que haa sido publicada {que os institulu ou aumentou (rt 150, Il, “b"). Porém, ela mesmo, em norma mais specifica, estabeleceu que a anterioridade nao se aplica a determinados 1 {at 15, §1°). A regraespeciica subtrai da mais geral as hipSteses que discplina. A Carta de 88 consagrao principio republicano (ar. 18), do qual se extra, dentre outros rmandamentos, possbilidade de ampla responsablizagio das autoridaces piblicas pelos respectivesatos. Contudo, a propria Constituicio estabelece que o Presidente ‘da Republica, curante o seu mandato, nio responders por quaisquer atosestranhos 20 exercicio da sua funcio (art. 86 §4°. Enfim, hd uma enorme gama de stuagBes em que se aplica o citrio da espe- cialidade para resolver colis6es aparentes entre normas constitucionais. Mas nem sempre o seu empregoé possive, uma vez que oreferido crtério sé pode ser usado para solugso de antinomias quando as normas em tensio mantiverem entre si uma relagio do tipo gerl -> especial, que & que ocorre quando o ambito de incidéncia special, que enseje o emprego do critério da especialidade, 5 CL ROREIG Nato Tv do odoumonts jute,» 9657. "xa dieing fi formula crginarisment por ROSS, ALE Dito sti 158189 510 | Subetmsnmcast Teoma sToeneeToOsO8 HANAN No Direito Constitucional, é mais frequente a exemplo, ha hipéteses em que éncia de antinomias do tipo dade de imprensa pode se de proteio da esfera ada feta aquela iberdade da mesma forma que nem todoexerccio da liberdade fe iemprensaatinge a privacidad. Em casos ssi no hd como aplicar o rtério da tespecialidade para resolusio da aninomia constituciona. ‘Sem embargo, cumpre reconhecer que nem sempre a jucprudéncia segue rigorosamente a dogindtiajuridica neste pont, OSTE, por exempl, vem invocando © critrio da especilidad para afirmar que as tepras que preveem foro por prerro- gativa dene para cetasautoridadespiblicas prevalecem diate da competinca onstitcional do tribunal dori para jelgamento decrimes dolosos contra a vida Contado, tata sede uma tipia antinomia do tipo parcal-parcial, no havendo, entre asnormasem disput, nena especial em ela aout. Fcecto que norma qe testabeleceo foro por prerrogativa de Fungo € especial na perspectva subjetiva pois jounuversode rus Porém, anorma qvedefineacompeténcia especial na perspectva obetiva, pois apenas se refere a um ppequeno numero de crimes, enquanto a outra versa sobre todos os delitoscomuns. Postanto,ocitério de especalidacenéo sera aplicivel nessa hipotese. 12.4 A composigao de uma nova norma ‘Uma das férmulas empregadas para a resolugao de antinomias entre normas ‘constitucionais, mais apropriada para o campo das regras do que dos principios, &@ ira norma, que incorpore elementos daquelas que entraram .a propriamente de ponderacio, pois o que se realiza nao é ‘nteresses ou valores colidentes, mas a construgio de uma ‘nova norma, substancialmente distinta daquelas que colidiram, que busca harmonizar ‘5 objetivos subjacentes a cada delas. Um exemplo da jurisprudés ibunais Regionais Federais par lo STF € 0 reconhecimento da competéncia 0, no seu art, 108, IY, prevé a competéncia da Justica Federal de T° grau ‘para julgar os erimes praticados em detrimento de bens, servigos ou interesses da ‘Unio ou de suas entidades autirquicas ou empresas pablicas. O texto constitucional, por outro lado, estabelece a competéncia do Tribunal de Justiga para julgamento de crimes praticados por prefeitos (art. 29, inciso X). Diante da coliséo, insuscetivel, pela sua propria natureza, de equacionamento pelos crtérios tradicionais de solugio de antinomias ou por ponderacio, a jurisprudéncia construiu uma nova regra de ‘competéncia, em que, simultaneamente, se preservou a jurisdicio da Justica Federal 3°53 ya na qualidade de detent de mandatoparamenta era, detém prrogativa de oro pera © Tee ees gta pape tia cre eco ian Arora cenit Min. Joaquin assim como o foro especial, em 2*instancia, para os prefeitos: esses so julgados pelos ‘Tiibunais Regionais Federais.* 125 A ponderagao ‘Tomando-se a porideragio num sentido mais geral e menos ténico, todos ponderam interesses, quaseo tempo inteiro, nas questes mais prosaicas e nas mais Sérias: quando decidims o que almocar, ponderamos onosso gosto alimentar,o custo da refeicio e o eventual desejo de no engordar; quando escolhemos nossa protis- ‘do, ponderamos nossas aspiragSes e vocagso com as oportunidades que 0 meccado oferece. Ponderar, neste sentido mais amplo, ésopesar vantagens e desvantagens de ‘qualquer agio, comparando-as com as altemativas possiveis. Neste sentido amplo, 4 ponderagio é por exceléncia, a forma de raciocinio daqueles que se propoem resolver questées prticas. "No imaginario juridico, ha uma figura recorrente da Justia que remete 3 ideia dde ponderagao: a balansa,com.a qual se pesam argumentos e direitos contrapostos, buscando a sa justa medida. Enatural, portanto, que se cogite da ponderaczo para 3s questies constitu- ralmente na logica sn resolugo sin apens oo dle lesa Eas envolvem ‘mportantissimas da vida da sociedade e das pessoas, que devem questbes ser resolvidas de uma maneira justa e razodvel. Sem embargo, o emprego da ponde- racio no Direito Constitucional, apesar de amplamente difundido em todoo mundo, usado fartamente pelas mais influentes Supremas Cortes, Cortes Constitucionais ¢ Tribunais Internacionais de todo o mundo,” enfrenta fortes criticase resistencias, dirigidas, sobretudo, aa seu uso pelo Poder Judiciério.® No campo juridico, a ponderacio, também chamada de sopesamento, pode ser definida de uma forma mais restrita, como téenica destinada a resolver conflitas, entre normas vilidas e incidentes sobre um caso, que busca promover, na medida do possivel, uma realizagao otimizada dos bens juridicos em confronto.% Portanto, ‘a simples consideracéo de argumentos antag6nicos na apreciagio de um caso, ou na busca da interpretagao mais adequada para um determinaco enunciado normative nao é suficente para caracterizar a ponderacio. Nao fosse assim, quase toda a ativi- dade interpretativa poderia ser classficada como ponderacio eo insttuto perderiaos Decide por Harare Klaus Gintes que lia catens eines So dn ponerse seuscontornos. tcc questo envave identifcaio comparaioe eventual ‘eiiaaodeintereses contapostosenvolvides numa dada hte, coma iulidade de encontter ua soluo jicaenteadequade para ea ‘Nem sempre, na ponderaco, logy leaner jurdios em dispute, Algumas veoes, diane das alter (ee que priorizar sn dos interes nao signe que a norma que ate uals que protege o nteesse que P Hrotutmente contro, e-em outas, pode serpossvel encontrar uma solaglo invermedira Tnlo porque, ma das caractersicas da pon itinpe evar em conatderacteo cendrioftco ax czcustanlas de cada x80 © as alerativas de aio existntes “hponderagio, no Dirt, pode ocrrer tals fora da sear cnstituconal, na resolu de cles ene normase inere Ag ounmnaremos apenas a ponderag elizada ho domi consttciona No Sd desotcionar conto ent normas de Constitute 12.5.1 Origem e desenvolvimento da ponderacao é possi i io nas concepcSes sobre 0 E possivel buscar as raizes remotas da ponderagio nas concepcde Direito que existiam na Antiguidade greco-romana, que o Viam como uma disciplina pritica, orientada para busca da justa medida na solucio de casos coneretos Con- fudo, ndo se constraiu entio nenhum instituto ju scnica se aproximasse da ponderacéo. [No cendrio europeu, fala-se em duas; vines OND (, conhecido como jurisy s ee a cousionmenonuseenammeaan | S13 a jurisprudéncia de valores implicava na visio da Constituicéo como uma “ordem objetiva” de valores, em cujo centro estaria o principio da dignidade da pessoa hu- sana Naquele cenario, vias decisBes importantes foram proferidas com emprego da ponderacio, sobretudo em questées envolvendo direitos fundamentais. A Corte germanica incorporou ao seu arsenal o principio da proporcionalidade, que ja era usado anteriormente no Direito Administrativo alemao, e este se tornou o principal instrument metodologico para realizagio da ponderasi vrgiw por influéncia da viral sociolgica na teorajuridica que se principia no inicio do século XX. tendo como protagonistas autores coro Oliver Wendell olmes, Roscoe Pound e Benjamin Carcoso, tos como precursores do realism juridico ~ maisimportante movimento anti formalist no pensarento juridico nort-americano. A partir de meados da década de 3, a rise do formalism na inexpretagto constitucional, que se seguits tio entre o Presidente Roosevelt ea Suprema Corte — aliada forga do realism juridico na academin © 30 de ponderagio. No Direito norte american, noentanto, ponderactonéo e pasta pelo principio da proporcionalidade, nas por ‘ama série de standards eapecifios,construidosjurisprudencialmente, que varlam sensivelment dante dos ieitoseintresses em ogo, e que envelvem niveisbastante heterogdneos de aivismo judicial no controle dos atos esata A ponderasioafrmou-se como método de resolugio de colisbes consttucionais «em divesos pases, como Espana, Portugal Ilia, Hingis, Canad, Africa do Sul «© Colémbia™ A sua adocao é frequentementeassociada 4 expansio da jurisdigio constituconal, ocorrida apés a segunda metade do século XX, bem come ao fend. lizao da politica Algumas cortesinteracionais também passaram a recorrer a metodologia, como a Corte Buropeia de Direitos Humans, o Tribunal de Jstiga das Comunidades Europes, a Corte Interamericana de Diretos Humans ¢ a Organizacio Internacional do Comercio. De um modo geal, em prevalecido no DireitoComparado aporte germanico nesta questi, coma citraturagao da tecnica de ponderasio a pati dos tes subprincipios que compoem a proporsionalidade (adequacao,necessidade proporcianaldade em sentido estrito)jéexaminados no Capito 1 [No Bras, praticamente nao se falava em ponderagao até o advento da Cons- tiuigdo de 88, No pensamentojurdico brasileiro, predorninava o formalism pos tivista,avesso ao uso de instrumental heemenéwtico mais aber eflexivel, como @ ponderacio." Ademais a desimportincia pritica da Constituigto no nosso cotidiano, Sole at conpeie woot: KOMMERS, Donald P. Germany: Balicing Right: and Duties te GOLDsWoIEtTE ety terri Ce Compas * CESAROIENTO, Daniel puto dint ra Contig ep. a “af 4 | Shtirocenmmionn Teoma tenuate ne Toe ens aliada a uma visio que tendia a ver os seus pri mais vagos como meras idas de forga vinculante, obstavam o desenvol quando evenalen itive no sendo expliada na fudamentagso das deisdes judiciais eiapdaoadvento da Contato de 8 que ajurisprudencia rast, in sive do STF, ponsoua realizar pondragbe de forma maisexplcta, Num primey tak ponderagbes no rain miimaimente estrturadas, Alicia i ponderagio para, emseguid,opresentarse totus conlderadscorea pera ocaso, sem uma maior preocupago com a aun jhatlcagi ou com adoyfo de chteios mtersvbjetvamentecontroaves. Conta, Mov dluenos anos uve im avango neste campo, em raz30 do uso, cada vez ais Ffequene, dor citenosrelactonados 20 principio da Proporconatidade a rele sedi'da ponderaga. Node obstante ainda hi ult a progredir nesta sear, sj apertelgormento a tceniea ponderativa no Ambit jurspradencl com 9 us Thais uted do principio da proporcionalidage ej na cristalzasio de parame. trovedvcisces para teasucio de determinadosconlitosrecorente entre nomas cio do emprego da dade & ponderaio, constitucionais Tais ajustes s40 indispensaveis para a I técnica, de modo a canferir maior racionalidade e previ: restringindo os riscos de arbi 12.5.2 Quem pondera e em que contextos? leraglo concentra-se na sua Te ‘Quace todo 0 debate sobre a ps juiz. Porém, nao é apenaso Poder Judiciirio que realiza ponderagbes e Constitucionais contrapostos. © Legislativo e a Administracio Piblica também 0 fazem, e até mesmo particulares, quando tém de resolver, no ambito das suas ativi- MIOVESAN, Flivin. Dios humane 0 dats cnt internacional. 989. Este principio de prevaléncia da norma mais benéfica foi expressamente pre. vistono art. 4.4 da Convencio sobre Direitos das Pessoas com Deficiéncia™” — repita- se, a nica até agora incorporada no Brasil seguindo o procedimento do art. 5#,§3%, o dever do Estado de, nos termos da lei, aap oc logradoures elfen de piiblicoe transportes coletives, visanclo a garantia do acesso adequado 3s pessoas portadoras de deficiéncia (CF, art. 227, §2%, e244). Ja a Convengio previu o direito | acessibilidade em termos muito mais amplos, obrigando os Estados a tomarem, as medidas necessérias para “assegurar As pessoas com deficiéncia 0 acesso, em, igualdade de oportunidades com as demals pessoas, a0 meio fis 2 informagao e comunicacio, inclusive sistemas e tecnologias comunicagio, bem como a outros servgos e instalagdes abertas 20 Pil (art. 9.1) © preceito convencional, porque mais favoravel as pessoas com sncia, prevalece sobre aquele constante no texto originario da Constituigéo. £ certo, contudo, que podem surgir casos mais complexos no contr Consituigo stad nrporado comm fore de emend conattucora Le 0 outro proteja mais um direito concorrente. Um. ‘prensa, incorporado com hierarquia constitucional, cemplo, ser mais generoso do que a propria Constituicio na protecio 1, mas, por outro lada, importar em garantia mais débil & privacidade. [Em hipoteses como essas, endo for possivel a busca de concordancia prética entre as normas em tensio, entendemos que se deve recorrer ao critério, sugerido por Ingo Wolfgang Sarlet"” de prevaléncia daquela que mais promova a dignidade central que nutre e costura dda pessoa humana, uma vez q todo o sistema constitucional de di podendo ensejar impasses de dificil supera Giedade plural, em que convivem pessoas com concepsbes valorativas, ideologicas & religiosas radicalmente divergentes. Em casos assim, ndo haverd saidas féceis. Oseu I Oa. ds eid Convent esabtece:“Nenhum disposi da presente Convener qusisguer fads das petzos com defini, constants na legisla do ‘eae sgonal— em especial Lt 100980¢ 0 Deseton'5.296.2004 — iid pos pease om dein pana ductor eatbeecdo ta Cone, Ch SARLET Ingo Wolfgang, Dirtce fundamen, retorma dojo tatadasinteracinas de dt fotos human in CLEVE Cmareon Moin: SARLET, Ingo Wollgan, PAGLIARINL Alvandre Coutinho {Grp Diets iamanosdomooaca p MEM? countommenemuscorstioccnas | 529 cequacionamento dependerd de uma argumentagio juridica aberta a valores, caleada nna razdo publica, insuscetivel de crstalizagSo em um tinico crtério de resolugio de antinomias, por mais engenhoso que seja.

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