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Texto-Fonte:
Crtica Literria de Machado de Assis,
Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1938.
Se banhavam de ternura!
Paramos no tosco ang'lo
Da montanha verdejante.
Era deserto. No tinha
A ningum por habitante!
S no lar abandonadas
Algumas pedras tisnadas!
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A Flor do mato, o Ouro, o Filho das Selvas so tambm, como esta, de mrito
superior.
No prefcio do livro, o sr. Zaluar d a poesia Os Rios como o elo entre os seus
volumes publicados e outro cuja publicao anuncia. A pretende ele entrar na
contemplao sria da natureza e do infinito. Tendo atingido a completa virilidade
do seu talento, o autor das Revelaes compreende, e compreende bem, que
hora de sair inteiramente do ciclo das impresses individuais. J, como ele mesmo
observa, algumas das poesias deste livro fazem pressentir essa tendncia.
Direi que j era tempo, e, sem a menor inteno de fazer um cumprimento ao
poeta, acrescento que a poesia ganhar com os seus prometidos tentames.
E se fosse dado a qualquer indicar caminho s tendncias do poeta e modificar-lhe
as intenes, eu diria que, no s a essa contemplao do infinito e da natureza,
mas tambm descoberta e consolao das dores da humanidade devia dirigir-se
a sua musa.
Ela tem bastante comoo, nas palavras, para consolar as misrias da vida e
embalsamar as feridas do corao.
Em resumo, o livro do sr. Zaluar , como disse ao princpio, uma confirmao de
que no precisava o seu talento. A poetas como o autor das Revelaes, no h
mister de exortaes e conselhos; ele sabe que a condio do talento trabalhar e
utilizar as suas foras. O tempo para os dons do esprito um meio de
desenvolvimento; a inspirao que se aplica, cresce e se fortalece, em vez de
diminuir e esgotar-se. As Revelaes so uma prova disto. principalmente a
respeito da poesia que tem aplicao o dito de Bufon: A velhice um
preconceito.