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piora dos fundamentos e movimentos especulativos, o que se buscava com a aposta era justamente testar a
importncia relativa desse segundo componente. Na medida em que a especulao fosse relevante, as
cotaes do dlar cairiam, de modo sustentvel, diante da ao do Banco Central.
A experincia internacional tem demonstrado tambm que as chances de sucesso nas intervenes no
cmbio crescem quando o componente especulativo da depreciao tem peso expressivo. Uma vez
constatado que este no parece ser o caso atual, fazia sentido alterar (novamente) a estratgia. De fato,
para que insistir no "cabo-de-guerra" com o mercado, tentando-se reverter aqueda do real, se esse
processo parece resultar de fatores objetivos, que no se revertero a prazo curto? s autoridades
monetrias cabia reconhecer que dificilmente conseguiriam mobilizar recursos externos em volume
suficiente para enfrentar as conseqncias de uma deteriorao de fundamentos.
A terceira etapa das intervenes constitui, justamente, um reconhecimento do que se disse acima. Ao
confirmar que o lote disponvel para venda de US$ 6 bilhes, o Banco Central sinaliza que h limites
para a sua atuao. A mensagem bsica, a nosso ver, parece clara: o montante anunciado a contribuio
que se pode oferecer, diante dos atuais problemas de balano de pagamentos. E o suprimento ser linear,
exatamente para que as cotaes flutuem, em consonncia com o regime em vigor. Naturalmente, no
possvel descartar novas medidas, sempre na tentativa de reforar a sade do sistema econmico, podendo
envolver o FMI.
Por fim, o que se depreende desses desdobramentos que, para ser coerente, o Banco Central dificilmente
promover um choque de juros. Se a questo se resume a uma piora dos fundamentos, uma alta forte da
taxa Selic s contribuiria para agravar o quadro existente. Se a meta de inflao deste ano for
ultrapassada, no ser um grande problema, desde que no se esmorea na luta pelo cumprimento dos
nmeros de 2002.