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Método Prescritivo
Eletrobrás/Procel:
Fernando Pinto Dias Perrone
Chefe do Departamento de Projetos Especiais
Procel Edifica:
Solange Nogueira Puente Santos
Greici Ramos
Joyce Carlo
Miguel Pacheco
Rogério Versage
SUMÁRIO
SUMÁRIO 2
APRESENTAÇÃO 4
OBJETIVOS DO MANUAL 4
ESTRUTURA DO REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE 5
MÉTODO E ESTRUTURA DO MANUAL 7
SIGLAS E ABREVIAÇÕES 8
1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 9
1.1 ABERTURA 9
1.2 ABSORTÂNCIA TÉRMICA 11
1.3 AMBIENTE 12
1.4 ÂNGULOS DE SOMBREAMENTO: AHS E AVS 14
1.5 ÁREA DE PROJEÇÃO DO EDIFÍCIO, ÁREA ÚTIL E ÁREA TOTAL 20
1.6 CAPACIDADE TÉRMICA 22
1.7 CICLO ECONOMIZADOR 25
1.8 COBERTURAS NÃO APARENTES 26
1.9 DENSIDADES DE POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO 27
1.10 EDIFÍCIOS COMERCIAIS OU DE SERVIÇOS 29
1.11 ENVOLTÓRIA 31
1.12 FACHADA E ORIENTAÇÃO 33
1.13 FATOR ALTURA E FATOR DE FORMA 36
1.14 FATOR SOLAR 37
1.15 INDICADOR DE CONSUMO 39
1.16 PAFT E PAZ 40
1.17 PAREDES EXTERNAS 47
1.18 RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO 48
1.19 TRANSMITÂNCIA TÉRMICA 49
1.20 ZONA BIOCLIMÁTICA 50
1.21 ZONA DE CONFORTO 52
1.22 ZONA TÉRMICA 56
2 INTRODUÇÃO 58
2.1 OBJETIVO 58
2.2 PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA 58
2.2.1 REQUISITOS PRESENTES NA EQUAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO 59
2.2.2 EQUAÇÃO GERAL DE CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE EFICIÊNCIA DO EDIFÍCIO 61
2.3 BONIFICAÇÕES 64
2.3.1 RACIONALIZAÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA 66
2.4 PRÉ-REQUISITOS GERAIS 67
2.5 PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS 68
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Manual de Uso do Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
Método Prescritivo
3 ENVOLTÓRIA 70
3.1 PRÉ-REQUISITOS 70
3.1.1 NÍVEL A 70
3.1.2 NÍVEL B 75
3.1.3 NÍVEIS C E D 77
3.2 DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE EFICIÊNCIA 78
3.2.1 INTRODUÇÃO 78
3.2.2 MÉTODO DE CÁLCULO DO INDICADOR DE CONSUMO 83
4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO 91
ANEXOS 122
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Manual de Uso do Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
Método Prescritivo
Apresentação
Objetivos do manual
Este manual visa detalhar os tópicos do Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ) para
Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Público, de forma a
esclarecer possíveis dúvidas sobre métodos de cálculo e aplicação de seu conteúdo.
Para tal, os conceitos e definições apresentados no RTQ são explicados e os métodos,
justificados. Espera-se que, ao final da leitura, o leitor esteja apto a classificar edifícios de
acordo com os requisitos do RTQ e a submeter apropriadamente o projeto ou edifício à
certificação.
O RTQ deve ser considerado como um desafio para procurar e efetivamente alcançar
níveis mais elevados de eficiência energética nas edificações. A obtenção de uma
etiqueta de eficiência não é definitiva e pode ser continuamente melhorada com
inovações tecnológicas ao longo dos anos, criando um hábito do aprimoramento
constante em eficiência energética, da concepção ao uso do edifício.
A Figura A.1.1 representa os cinco níveis de eficiência do RTQ e mostra como esta
filosofia de contínuo aprimoramento está embutida no regulamento. O RTQ não define
limite superior para o nível A, uma vez que desempenhos mais elevados de eficiência
energética podem sempre ser conseguidos.
A B C D E
Finalmente, para atingir e manter níveis mais elevados de eficiência é muito importante a
participação dos usuários. Um edifício eficiente com usuários ineficientes pode tornar-se
um edifício ineficiente. Da mesma forma, edifícios ineficientes, podem aumentar de forma
considerável a sua eficiência se houver um empenho dos seus usuários nesse sentido.
• Envoltória;
• Iluminação;
• Condicionamento de ar.
Os três itens, mais incentivos, são reunidos em uma equação geral de classificação do
nível de eficiência do edifício. É possível também obter a classificação de apenas um
sistema, deixando os demais em aberto. Neste caso, no entanto, não é fornecida uma
classificação geral do edifício, mas apenas do(s) sistema(s) analisado(s).
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Manual de Uso do Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
Método Prescritivo
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Manual de Uso do Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
Método Prescritivo
No entanto, o cálculo dos três diferentes níveis de eficiência parciais e do nível geral de
eficiência podem ser alterados tanto por incentivos, que podem elevar a eficiência,
quanto por pré-requisitos que, se não cumpridos, reduzem esses níveis. Os incentivos
são bônus de pontuação que visam incentivar o uso de energia solar para aquecimento
de água, uso racional de água, cogeração, dentre outros, mas sem a obrigatoriedade de
constarem no edifício. Já os pré-requisitos referem-se a cada sistema em particular, e
também ao edifício por completo, e seu cumprimento é obrigatório.
Após a revisão dos conceitos e definições, uma outra sessão apresenta a classificação
do nível de eficiência explicando o processo paulatinamente. No final da sessão é
mostrado como integrar as três classificações parciais em uma classificação final do
edifício.
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Manual de Uso do Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
Método Prescritivo
Siglas e Abreviações
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
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Método Prescritivo
1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES
1.1 ABERTURA
1.1.1 Detalhamento
É abertura toda e qualquer parte da fachada cujo material é transparente ou translúcido,
permitindo a passagem de luz e/ou radiação solar direta ou indireta para o interior da
edificação. Suas arestas podem estar em contato com materiais opacos ou também
transparentes ou translúcidos. Qualquer vão que esteja descoberto e/ou sem nenhum
tipo fechamento (como em pórticos), não é considerado abertura. Um vão total ou
parcialmente fechado com um material opaco, sem a presença de material transparente
ou translúcido, também não é considerado abertura.
Os vãos sem qualquer tipo de fechamento são excluídos da definição, pois vãos
descobertos podem ser usados como proteções solares permitindo ventilação natural e
sombreando a fachada. Além disso, sacadas ou varandas sombreiam portas e janelas de
vidro, e também não são consideradas aberturas, enquanto as portas e janelas de vidro o
são.
Esta definição distingue materiais transparentes e translúcidos dos opacos, que não
deixam passar a luz/radiação solar, pelos seus desempenhos térmicos diferenciados.
1.1.2 Exemplos
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1.1.3 Exercícios
1.1.3.1 Exercício 1
Um edifício apresenta uma fachada em que metade da área é fechada por vidro com a
altura do pé direito, sendo o resto da fachada composta de tijolos de vidro. Qual é o
percentual de aberturas nas fachadas de tal edifício?
1.1.3.2 Exercício 2
Se, no caso anterior, metade das paredes de vidro que fecham os vãos fosse deixada
sem fechamento, isso aumentaria ou reduziria a área de aberturas da fachada?
Resposta: Reduziria o percentual de aberturas em 25% uma vez que os vãos sem
fechamento não contam como materiais transparentes ou translúcidos. Este exemplo visa
frisar que a definição abertura do RTQ se refere exclusivamente às parcelas da envoltória
do edifício de materiais transparentes ou translúcidos. Vãos descobertos sem nenhum
tipo de material não são aberturas para fins do manual
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Método Prescritivo
Absortância à radiação solar (α): Quociente da taxa de radiação solar absorvida por uma
superfície pela taxa de radiação solar incidente sobre esta mesma superfície.
1.2.1 Detalhamento
Absortância solar é uma propriedade do material referente a parcela da radiação
absorvida pelo mesmo, geralmente relacionada a cor. A NBR 15220-2 apresenta, no
Anexo B, uma lista de absortâncias para algumas cores e materiais, listada a seguir.
Tipo de Superfície α
Chapa de alumínio (nova e brilhante) 0,05
Chapa de alumínio (oxidada) 0,15
Chapa de aço galvanizada (nova e brilhante) 0,25
Caiação nova 0,12 / 0,15
Concreto aparente 0,65 / 0,80
Telha de barro 0,75 / 0,80
Tijolo aparente 0,65 / 0,80
Reboco claro 0,30 / 0,50
Revestimento asfáltico 0,85 / 0,98
Vidro incolor 0,06 / 0,25
Vidro colorido 0,40 / 0,80
Vidro metalizado 0,35 / 0,80
Pintura:
Branca 0,20
Amarela 0,30
Verde clara 0,40
“Alumínio” 0,40
Verde escura 0,70
Vermelha 0,74
Preta 0,97
Fonte: NBR 15220-2 (ABNT, 2005)
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1.3 AMBIENTE
Ambiente: espaço interno de um edifício, fechado por superfícies sólidas tais como
paredes ou divisórias, teto, piso e dispositivos operáveis tais como janelas e portas.
1.3.1 Detalhamento
Um ambiente é um espaço interno do edifício delimitado por divisórias ou paredes. Este
conceito é a base para o cálculo da eficiência do sistema de iluminação de um edifício,
pois a sua determinação é feita através do cálculo da eficiência da iluminação de cada
ambiente. O correto entendimento de ambiente permite um cálculo correto do nível de
eficiência da iluminação.
1.3.2 Exemplo
Figura 1.1. Divisórias até o forro (ou teto) delimitam ambientes, mesmo que contenham
vidro. Portanto, há dois ambientes na figura.
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1.3.3 Exercícios
Um espaço é vedado do piso ao teto por divisórias desmontáveis, compostas de madeira
compensada até 2,2 m e vidro a partir dessa altura até ao teto. O espaço tem porta e
forma um escritório independente. Este espaço é um ambiente?
Resposta: Sim. O espaço é fechado. Convém notar que não se deve considerar as
luminárias nos ambientes contíguos no cálculo da eficiência da iluminação. Embora a
passagem de luz entre ambientes contíguos ocorra através da parcela de vidro da
divisória, esta passagem pode ser interrompida com a instalação de persianas.
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AVS: Ângulo Vertical de Sombreamento: ângulo formado entre 2 planos que contêm a
base da abertura:
• o primeiro plano é o que contém a base da folha de vidro (ou material translúcido),
1.4.1 Detalhamento
A definição de abertura decorre da importância de identificar os materiais transparentes e
translúcidos na envoltória do edifício. As definições de PAFT e PAZ são complementares e
surgem da necessidade de quantificar a influencia das aberturas no comportamento
térmico do edifício. Esta influência, no caso especial das aberturas, está intimamente
ligada à irradiação solar. Por este motivo, não basta determinar e quantificar as aberturas;
torna-se necessário saber se e quanto as mesmas estão sombreadas.
Para quantificar o efeito dos sistemas de sombreamento nas aberturas, o RTQ apresenta
dois conceitos complementares: Ângulo Vertical de Sombreamento (AVS) e Ângulo
Horizontal de Sombreamento (AHS). Estes indicadores de sombreamento na abertura
são medidos, o primeiro em corte, e o segundo em planta. Assim, o AVS mede, no plano
vertical, o efeito das proteções solares horizontais enquanto o AHS mede no plano
horizontal o efeito das proteções solares verticais. A Tabela 1.1 sintetiza estas relações.
Tipo de proteção
Indicador Plano de medição Visto
medida
AHS Plano horizontal Em planta Proteções verticais
AVS Plano vertical Em corte Proteções horizontais
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Os ângulos são sempre medidos entre os planos da folha de vidro e da aresta mais
distante pertencente à proteção solar. Para uso no RTQ, o ângulo máximo a ser utilizado
é 45º. Este limite visa evitar o uso de proteções excessivas que possam prejudicar a
penetração da luz natural difusa nos ambientes internos.
O AHS deve sempre ser considerado nos dois lados da abertura. Desta forma, o AHS de
uma abertura é a média do ângulo das duas proteções solares, como mostrado nas
figuras abaixo:
Notar que o AVS deve ser medido em corte enquanto o AHS deve ser medido em planta
e nas duas direções (dependendo da orientação da fachada).
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É AVS É AHS
Se medido no plano vertical; Se medido no plano horizontal;
Se referente a proteções solares horizontais; Se referente a proteções solares verticais;
• Proteções solares vazadas formadas por placas com aletas paralelas devem ter
estabelecidas uma relação entre a altura (para AVS) ou profundidade (para AHS)
da aleta e o vão entre destas aletas, conforme a Figura 1.4. A razão entre eles é
um fator de correção a ser multiplicado pelo AVS ou AHS. Fatores de correção
maiores que 1, adotar 1.
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Método Prescritivo
Proteções solares vazadas permitem uma maior entrada da radiação solar quando
comparada às outras proteções solares com mesmo ângulo de proteção; por este motivo
adota-se o fator de correção. Assim, um fator de correção igual a um representa uma
proteção solar vazada onde a parcela sombreada é a mesma que uma proteção solar não
vazada, de mesmo ângulo.
1.4.2 Exemplos
Figura 1.5. Proteção solar horizontal com Figura 1.6. Proteção solar horizontal com AVS
AVS de 45º. de 30º.
Figura 1.7. Proteção solar vertical com AHS Figura 1.8. Proteção solar horizontal com AVS
de 20º. de 45º e proteção solar vertical com AHS de
20º.
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Método Prescritivo
Figura 1.9. Proteção solar horizontal com Figura 1.10. Proteção solar horizontal
AVS de 60º, em que se deve considerar 45º perfurada: Pérgola. Considerar fator de
para uso no método prescritivo. correção.
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O sombreamento que elas proporcionam não deve ser considerado, visto que o cálculo
do PAF induz à redução da área envidraçada real. Ver PAF, neste capítulo de definições.
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Ape: Área de projeção do edifício (m2): área da projeção horizontal do edifício (quando os
edifícios são de formato uniforme) ou área de projeção média dos pavimentos, excluindo
subsolos (no caso de edifícios com formato irregular);
AU: Área Útil (m2): para uso neste regulamento, a área útil é a área realmente disponível
para ocupação, medida entre os paramentos internos das paredes que delimitam o
ambiente, excluindo garagens;
Atot: Área total de piso (m2): soma das áreas de piso fechadas de construção, medidas
externamente.
1.5.1 Detalhamento
Estes são diferentes conceitos sobre a área do edifício, utilizados em diferentes
momentos na classificação do nível de eficiência do edifício.
A área total de piso do edifício é utilizada no cálculo do Fator Altura, e considera a área
de piso de todos os pavimentos, medida externamente.
1.5.2 Exemplo
A Figura 1.12 mostra a volumetria de um edifício. A partir desta figura tem-se que:
= 108 ²
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Planta de Cobertura
Figura 1.12. Volumetria e planta de cobertura com dimensões para determinação de: Ape, AU
e Atot.
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Capacidade térmica (C): Quantidade de calor necessária para variar em uma unidade a
temperatura de um sistema, [J/K].
Capacidade térmica de componentes (CT): Quociente da capacidade térmica de um
componente pela sua área, [J/m2 K].
1.6.1 Detalhamento
A capacidade térmica de componentes (CT) pode ser determinada por componentes
formados por camadas homogêneas perpendiculares ao fluxo de calor, de acordo com a
Equação 1.1. Para componentes com camadas não homogêneas, utiliza-se a Equação
1.2.
* *
Onde:
CT é a capacidade térmica de componentes, [J/m²K];
λi é a condutividade térmica do matéria da camada ‘i’, [W/(m.K)];
Ri é a resistência térmica da camada ‘i’, [(m2.K)/W];
ei é a espessura da camada ‘i’, [m];
ci é o calor específico do material da camada ‘i’, [kJ/(kg.K)];
ρi é a densidade de massa aparente do material da camada ‘i’, [kg/m³].
01 + 02 + ⋯ + 03
./ =
01 02 03 Equação 1.2
./1 + ./2 + ⋯ + ./3
Onde:
CTa, CTb, ..., CTn, são as capacidades térmicas do componente para cada seção (a, b, …,
n), determinadas pela Equação 1.1, [J/m²K];
Aa, Ab, ..., An são as áreas de cada seção, [m²].
1.6.2 Exercícios
O exercício a seguir faz parte da NBR15220-2, anexo C, onde pode-se encontrar outros
exemplos de cálculo.
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Dados:
Dimensões do tijolo: 5 cmx 9 cm x 19 cm;
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01 + 02
./ = = 220kJ/m6 K
01 02
./1 + ./2
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1.8.1 Exemplo
Figura 1.14. Cobertura não aparente vista de dois logradouros de uma edificação. Mesmo
com a cobertura visível do logradouro secundário, somente o logradouro principal deve ser
o considerado.
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1.9.1 Detalhamento
O método de determinação do nível de eficiência do sistema de iluminação é baseado na
Densidade de Potência de Iluminação. Esta se refere à potência instalada nos ambientes
internos exclusivamente e, portanto, está relacionada à definição de ambientes.
Além disso, a DPIR normaliza a DPIA pela iluminância, possibilitando a avaliação do nível
de eficiência energética entre ambientes de diferentes atividades. O exemplo a seguir
demonstra a comparação entre ambientes, utilizando a DPIR. Este método de análise foi
utilizado para gerar limites de DPIR, chamados DPIRL que são comparados a DPIRF
calculados pelo projetista.
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1.9.2 Exemplo
Considere três ambientes com níveis adequados de iluminâncias, cujas características
estão descritas na Tabela 1.2. Dadas as potências dos seus sistemas de iluminação, não
é possível saber qual é mais eficiente visto que os ambientes têm áreas distintas.
A partir da DPIA, que considera a potência e a área, ainda não é possível saber qual
sistema é mais eficiente, visto que geram iluminâncias distintas. Aparentemente, o
sistema mais eficiente é do ambiente C, de 2,4 W/m². Ao normalizar a DPIA, dividindo-a
pela iluminância de cada ambiente, obtém-se a DPIR. Finalmente, verifica-se que o
ambiente B possui o sistema de iluminação mais eficiente, pois atende a um nível padrão
de iluminância (100 lx) com menor potência, que é a DPIR de 0,53 W/m²/100 lx.
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Edifícios Comerciais e de Serviços: aqueles usados com finalidade que não a residencial
ou industrial, tais como escolas; instituições ou associações de diversos tipos, incluindo
prática de esportes; tratamento de saúde de animais ou humanos, tais como hospitais,
postos de saúde e clínicas; vendas de mercadorias em geral; prestação de serviços;
bancos; diversão; preparação e venda de alimentos; escritórios e edifícios empresariais,
incluindo sedes de empresas ou indústrias, desde que não haja a atividade de produção
nesta última; edifícios destinados a hospedagem, sejam eles hotéis, motéis, resorts,
pousadas ou similares. Excetuam-se templos religiosos destinados a cultos, mas estão
incluídas edificações com fins religiosos onde são realizadas atividades de escritório,
administração e afins. As atividades listadas nesta definição não excluem outras não
listadas.
1.10.1 DETALHAMENTO
O RTQ não apresenta uma definição exaustiva de edifício comercial, afirmando que os
edifícios comerciais não se limitam aos exemplos contidos na definição. Uma definição
prescritiva implicaria na exclusão de diversos edifícios que devem ser objeto da aplicação
do RTQ.
Por este motivo, o RTQ define edifício comercial e de serviços por exclusão: o que não
são edifícios residenciais ou industriais. Partindo desta premissa, vários exemplos de
edifícios considerados comerciais são apresentados, analisando para qual a atividade o
edifício é concebido.
1.10.2 Exercícios
1.10.2.1 Exercício 1
Uma fábrica de sofás faz também venda direta ao público dos seus produtos nas suas
instalações. Esta fábrica deve ser considerada um edifício comercial?
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1.10.2.2 Exercício 2
Uma ONG ocupa um edifício com mais de 500 m² de área útil. Este edifício é comercial?
Resposta: Sim. Ele pode ser considerado um edifício de escritórios, e portanto comercial
ou de prestação de serviços.
1.10.2.3 Exercício 3
Um banco ocupa um edifício com mais de 500 m² de área útil. Este edifício é comercial?
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1.11 ENVOLTÓRIA
1.11.1 Detalhamento
A envoltória pode ser entendida como a pele do edifício. Isto é, o conjunto de elementos
do edifício que estão em contato com o meio exterior e compõem os fechamentos dos
ambientes internos em relação ao ambiente externo. Meio externo, para a definição de
envoltória, exclui a parcela construída do subsolo do edifício, referindo-se exclusivamente
as partes construídas acima do solo.
Em geral, piso em contato com o solo e paredes em contato com o solo no caso de
ambientes no subsolo (garagens e depósitos, por exemplo) são considerados parte da
envoltória. Entretanto, devem ser excluídas da área da envoltória (Aenv) superfícies em
contato com o solo. No caso da Figura 1.16 apenas uma parte do subsolo é considerada
como envoltória, uma vez que não está em contato com o solo. Esta, por coincidência, é
uma superfície envidraçada.
1.11.2 Exemplos
Figura 1.15 Partes do edifício que compõem a envoltória. O piso pode ser considerado
envoltória quando está em contato com o meio exterior. No RTQ, o contato com o piso não
é computado na área da envoltória.
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Método Prescritivo
Figura 1.16. Subsolo com algumas paredes em contato com o solo. As paredes do subsolo
que estão em contato com o ar são consideradas como parte da envoltória.
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1.12.1 Detalhamento
Fachadas são compostas de elementos como paredes, aberturas, vãos sem
fechamentos, proteções solares e quaisquer outros elementos conectados fisicamente a
elas.
A Figura 1.17 apresenta a rosa dos ventos com os quadrantes. Convém realçar que o
regulamento indica expressamente o uso do norte geográfico e não do norte magnético.
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Método Prescritivo
Figura 1.18. Sobreposição da edificação sobre a rosa dos ventos para definição
da orientação de fachadas. Ver projeção da reta perpendicular à fachada leste
identificando sua orientação.
1.12.2 Exemplo
A Figura 1.19 mostra um exemplo para a determinação da orientação de fachadas. As
fachadas 1 a 8 estão marcadas em perspectiva e em planta. A planta é utilizada para
definir a orientação das fachadas 1 e 8. A partir da sobreposição da planta tem-se que a
fachada 1 possui orientação leste, e a fachada 8 com orientação sul.
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Método Prescritivo
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Método Prescritivo
FA: Fator Altura: razão entre a área de projeção do edifício e a área de piso (Ape/Atot);
FF: Fator de Forma: razão entre a área da envoltória e o volume do edifício (Aenv/Vtot).
1.13.1 Detalhamento
O Indicador de Consumo (IC) é calculado especificadamente para cada edifício
analisado. Para tanto, são utilizados índices que representam a volumetria do edifício e
possibilitam avaliar de forma comparativa a eficiência da envoltória dos edifícios. Desta
forma, o Fator Altura representa o número de pavimentos, enquanto o Fator de Forma
representa as proporções do edifício. A equação do IC apresenta limites para o FF,
edifícios com valores diferentes dos limites estipulados deverão usar o FF limite da
equação.
100x50m
25x25m FA: 1
FF: 0,06
FA: 1
FF: 0,16
FA: 0,1
FF: 0,16 FA: 0,1
FF: 0,06
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FS: Fator Solar: razão entre o ganho de calor que entra num ambiente através de uma
abertura e a radiação solar incidente nesta mesma abertura. Inclui o calor radiante
transmitido pelo vidro e a radiação solar absorvida, que é re-irradiada ou transmitida, por
condução ou convecção, ao ambiente. O fator solar considerado será relativo a uma
incidência de radiação solar ortogonal à abertura. A ISO 15099: 2003 e a ISO 9050: 2003
apresentam procedimentos de cálculos normalizados para o FS e outros índices de
desempenho energético de vidros e janelas com panos envidraçados simples ou múltiplos
e também algumas tipologias de proteções solares internas (ex. venezianas). A NFRC
201:2004 apresenta procedimentos e especificações técnicas normalizadas para
aplicação de um método calorimétrico de medição de ganho de calor solar em janelas.
1.14.1 Detalhamento
Segundo a NBR 15220 -2 (ABNT, 2005) o fator solar de elementos transparentes ou
translúcidos pode ser calculado através da Equação 1.3.
Onde:
FST é o fator solar de elementos transparentes ou translúcidos, [J/m²K];
U é a transmitância térmica do componente, [W/(m2.K)];
α é a absortância à radiação solar;
Rse é a resistência superficial externa, [(m2.K)/W];
τ é a transmitância à radiação solar.
Para se obter o FS através desta equação é necessário que se tenha todos os dados
medidos. A forma mais comum de obtê-lo é através de catálogos de fabricantes. Eles
normalmente são representados em porcentagem, mas para o RTQ deve-se adotar o
número fracionário.
1.14.1.1 Exercício
37
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Método Prescritivo
Propriedades do vidro
2
Transmitância térmica 5,8 W/(m .K)
Transmitância a radiação solar 28%
Absortância solar 54%
2
Resistência superficial externa 0,04 (m .K)/W
Assim:
38
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Método Prescritivo
1.15.1 Detalhamento
O Indicador de Consumo é um parâmetro para avaliação comparativa da eficiência da
envoltória. As equações que determinam o IC foram geradas através de resultados de
consumo de energia simulados no programa computacional EnergyPlus para diversas
tipologias construtivas de edificações comerciais brasileiras. São equações de regressão
multivariada específicas para as zonas bioclimáticas brasileiras. O Indicador de Consumo
não pode ser considerado como consumo de energia da edificação, pois este é
significativamente dependente de parâmetros não incluídos nas equações, como cargas
internas e tipo e eficiência do sistema de condicionamento de ar. Assim, deve ser
considerado apenas um indicador para comparação entre edificações cuja volumetria é
idêntica (Fator de Forma e Fator Altura), de forma que represente as variações de
eficiência decorrentes somente da envoltória.
39
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Método Prescritivo
PAFT: Percentual de Área de Abertura na Fachada total (%): É calculado pela razão da
soma das áreas de abertura de cada fachada pela área total de fachada da edificação.
Refere-se exclusivamente a aberturas em paredes verticais com inclinação superior a 60°
em relação ao plano horizontal, tais como janelas tradicionais, portas de vidro ou sheds,
mesmo sendo estes últimos localizados na cobertura. Exclui área externa de caixa d’água
no cômputo da área de fachada, mas inclui a área da caixa de escada até o ponto mais
alto da cobertura (cumeeira).
1.16.1 Detalhamento
PAFT e PAZ são definições interligadas que medem o mesmo conceito – abertura -
abordado anteriormente, em duas superfícies diferentes: fachadas e coberturas. PAFT e
PAZ transformam em números o conceito qualitativo de abertura, para posteriormente ser
usado em cálculo.
Figura 1.21.
O cálculo do PAZ e PAFT deve excluir as áreas das esquadrias. PAZ e PAFT referem-se
às partes com materiais transparentes ou translúcidos, exceto no caso de juntas entre
folhas de vidro (borracha, selantes ou similares). Deve-se assim descontar a área de
esquadrias da área do vão da fachada ou da cobertura.
Convém salientar que as áreas de abertura são calculadas de modos diferentes para PAZ
e PAFT. No caso do PAFT a área da abertura é calculada em vista, enquanto para o PAZ
utiliza-se a projeção horizontal da área da abertura. Como pode-se verificar na
40
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Método Prescritivo
Figura 1.22, as duas aberturas possuem dimensões em corte diferentes, mas a projeção
é igual para os dois casos. Resumindo, para o cálculo de PAZ, utiliza-se a projeção
horizontal da abertura, enquanto no cálculo de PAFT, utilizam-se as medidas da abertura.
90º 60º 0º
A B C
Figura 1.21. Diferença entre PAFT e PAZ. Abertura com ângulos entre A e B, são
consideradas no PAFT. Aberturas com ângulos entre B e C, são consideradas no PAZ.
Abertura A
Abertura B
Projeção de A e B
Figura 1.22. PAZ contabilizado através da projeção horizontal. Aberturas com dimensões
diferentes podem ter a mesma projeção.
41
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Método Prescritivo
PAFT PAZ
Janelas de vidro; Janelas de vidro;
Paredes de vidro; Paredes de vidro;
Paredes de tijolo de vidro; Paredes de tijolo de vidro;
Vão fechado com placas de policarbonato ou Vão fechado com placas de policarbonato ou
acrílico; acrílico;
Sheds; Sheds;
Mansardas; Mansardas;
Ângulo com o plano horizontal: igual ou Ângulo com o plano horizontal: inferior a
superior a 60°. 60°.
• Somar todas as áreas das aberturas das fachadas e as áreas das projeções
horizontais das aberturas das coberturas;
• Dividir o somatório das aberturas presentes nas fachadas pela área total de
fachadas (PAFT), e o somatório das aberturas presentes na cobertura pela área
total das coberturas, em projeção, (PAZ). As áreas totais das coberturas ou plano
das fachadas incluem a área das próprias aberturas. Segundo o RTQ, o cálculo
do PAFT deve ser realizado determinando o PAF parcial da(s) fachada(s) oeste e o
PAFT de todas as fachadas. O PAFO (Percentual de Área de Abertura das
fachadas oeste) deve ser único, calculado para todas as fachadas oeste. Caso o
PAF parcial da(s) fachada(s) oeste seja superior ao PAFT (todas as fachadas do
edifício incluindo a(s) fachada(s) oeste) em 20% ou mais, deve-se adotar o PAFO
onde houver PAFT nas equações do item envoltória.
42
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Método Prescritivo
ATENÇÃO NO CÁLCULO DO
D PAF
PÓRTICOS
Pórticos à frente de grandes aberturas fechadas por planos de vidro são considerados
fachadas (parte opaca + vão) quando:
• a sua distância ao plano de vidro não ultrapassa a altura do vão (d ≤ h). Quando
esta condição não for verdadeira, e houver uma proteção horizontal entre a
fachada e o pórtico, o mesmo será considerado como fachada, conforme a Figura
1.23.
Figura 1.23.. Relação entre distância e altura do vão para pórticos e brises paralelos à
fachada.
43
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Método Prescritivo
ATENÇÃO NO CÁLCULO DO
D PAF (continuação
continuação)
• a sua distância ao plano de vidro não ultrapassa a altura do vão entre as aletas,
para proteções horizontais,
horizontais, e a largura do vão entre as aletas, para proteções
verticais.
As portas
tas ou janelas voltadas para a área externa através de varandas internas à
projeção do edifício podem ser contabilizadas para PAF desde que a profundidade desta
varanda não ultrapasse 2 vezes a altura do vão (considerar o piso até o forro ou teto).
Entretanto,
nto, somente a parte vista ortogonalmente em fachada
fachada deve ser considerada para
o cálculo do PAF, descontando as esquadrias. Como este fator reduz a área de vidro
contabilizada no PAF, o sombreamento causado por esta varanda não deve ser
considerado. Ver Ângulos
gulos de Sombreamento neste capítulo de definições.
44
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Método Prescritivo
1.16.3 Exemplos
Figura 1.27. Clarabóia contabilizada no PAZ: embora a área de vidro seja maior, deve-se
considerar a área da projeção horizontal da abertura.
45
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Método Prescritivo
Figura 1.28. Superfícies opacas atrás de vidros não são contabilizadas no PAF,
como as lajes dos três pavimentos marcadas em vermelho.
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Método Prescritivo
1.17.1 Detalhamento
Esta definição visa diferenciar as paredes externas das fachadas. Como visto, paredes
externas são as superfícies opacas, compostas de tijolos, blocos, painéis ou similar,
enquanto as fachadas contêm as paredes e ainda incluem outros componentes como
aberturas, proteções solares, cobogós e vãos sem fechamentos.
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Método Prescritivo
=./ × PY.>
Y.Z =
=[[ × .[>
Equação 1.4
Onde:
RCB é a relação custo-benefício;
CT é o custo apropriado do projeto [R$];
FRC é o fator de recuperação de capital;
EE é a energia elétrica conservada [MWh/ano];
CE é o custo evitado de energia [R$/MWh].
\=1 + \>]
PY. =
=1 + \>] − 1
Equação 1.5
Onde:
FRC é o fator de recuperação de capital;
i é a taxa de juros ao ano;
n é a vida útil do equipamento.
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Método Prescritivo
1.19.1 Detalhamento
De acordo com a NBR 15220-2 (ABNT, 2005) a transmitância térmica de componentes é
o inverso da resistência térmica total, conforme a Equação 1.6.
1
_7 =
Y7
Equação 1.6
Onde:
UT é a transmitância térmica de componentes, [W/m²K];
RT é a resistência térmica de componentes, [(m2.K)/W].
1.19.2 Exercícios
O exercício a seguir faz parte da NBR15220-2, anexo C, onde se encontram outros
exemplos de cálculo.
Dados:
Assim:
1 1
_/ = = = `, `Xa/ b
Y/ 0,1296
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Método Prescritivo
Zona Bioclimática: região geográfica homogênea quanto aos elementos climáticos que
interferem nas relações entre ambiente construído e conforto humano.
1.20.1 Detalhamento
A Zona Bioclimática tem por objetivo determinar as estratégias que um edifício deve
seguir para obter o conforto térmico dos seus ocupantes. Desta forma, uma Zona
Bioclimática é o resultado geográfico do cruzamento de três tipos diferentes de dados:
zonas de conforto térmico humano, dados objetivos climáticos e estratégias de projeto e
construção para atingir o conforto térmico.
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Método Prescritivo
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Método Prescritivo
1.21.1 Detalhamento
Segundo a ASHRAE 55-2004, conforto térmico é a condição da mente que expressa
satisfação com o ambiente térmico. Esta satisfação, no entanto, depende de pessoa para
pessoa, o que dificulta a determinação de parâmetros que definam estas condições.
Algumas normas, como a ISO 7730/2005, ASHRAE 55-2004 e EN 15251, estabelecem
parâmetros que procuram avaliar esta situação.
Sensação Térmica
+3 Muito quente
+2 Quente
+1 Levemente quente
0 Neutro
-1 Levemente frio
-2 Frio
-3 Muito frio
PMV = =0,303efg,g<hi + 0,028>j=M − W> − 3,05 × 10f< × l5733 − 6,99=M − W> − pn o − 0,42
× l=M − W> − 58,15o − 1,7 × 10fp M=5867 − pn > − 0,0014M=34 − t n >
Equação 1.7
Onde:
1,00 + 1,290}Ct ~11 }Ct ≤ 0,078 ²℃/
sCt = |
1,05 + 0,645}Ct ~11 }Ct > 0,078 ²℃/
Equação 1.8
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Método Prescritivo
uCt = 35,7 − 0,028= − > − }Ct j3,96 × 10fr sCt × l=uCt + 273>v − =uw? + 273>v o − sCt ℎC =t yz − t n >{ Equação 1.10
g,6,×i
PPD = 100 − 95 × efg,g<<p<×i Equação 1.11
Onde:
A ASHRAE 55-2004 apresenta, além do cálculo do PMV, outro método para determinação
da zona de conforto, assim como alguns parâmetros que ajudam a determinar se um
ambiente está propício a apresentar conforto ou não. O método gráfico, é um método
simplificado que pode ser aplicado em ambientes onde os ocupantes tem uma atividade
entre 1 e 1,3 met, com roupas entre 0,5 e 1 clo. Nos anexos A e B, a norma identifica a
atividade desempenhada e isolamento térmico das roupas. A Figura 1.31 mostra o gráfico
53
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Método Prescritivo
com as áreas de conforto, estas são formadas pelas temperaturas mínimas e máximas,
assim como pela umidade. Este gráfico é válido somente para velocidades do ar menores
que 0,2 m/s.
UMIDADE: deve ser mantida abaixo de 0,012, que corresponde à pressão de vapor de
água de 1,910kPa, para uma temperatura de orvalho de 16,8ºC.
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Método Prescritivo
DESCONFORTO TÉRMICO LOCAL: pode ser causado pela diferença de temperatura entre a
cabeça e o pé, causada pela assimetria da radiação térmica; corrente de ar; contato com
piso aquecido ou resfriado.
1.21.1.1 Exercício
Diante destas condições verifica-se que a ambiente não propicia aos seus usuários as
condições necessárias para o conforto. No entanto, com o aumento da velocidade do ar
pode-se obter um aumento de até 3ºC na temperatura limite. De forma que, se os outros
parâmetros forem atendidos, este ambiente estará na zona de conforto.
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Método Prescritivo
Zona Térmica: espaço ou grupo de espaços dentro de um edifício condicionado que são
suficientemente similares, onde as condições desejadas (temperatura) podem ser
mantidas usando um único sensor (termostato ou sensor de temperatura).
1.22.1 Detalhamento
Uma zona térmica é uma divisão interna de um edifício. Da mesma forma que o conceito
de ambiente é a base do cálculo de eficiência do sistema de iluminação, a zona térmica é
a uma das bases do cálculo de eficiência do sistema de condicionamento de ar. No caso
de posicionamento de sensores ou termostatos, para o sistema de condicionamento de
ar, os ambientes não são necessariamente contíguos. No caso de simulações com
ambientes condicionados, ambientes contíguos de um mesmo piso e com a mesma
orientação costumam fazer parte de uma mesma zona térmica. Em simulações de
ambientes não condicionados (ventilados naturalmente), não é válido unificar ambientes
em zonas térmicas, salvo casos especiais a critério do simulador.
1.22.2 Exemplos
Figura 1.33. Ambientes contíguos de mesma orientação podem ser unificados em uma zona
térmica para a simulação com condicionamento de ar. Na figura, vê-se 4 zonas térmicas: 3
perimetrais e uma central.
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Método Prescritivo
1.22.3 Exercício
Um espaço é vedado do piso ao teto por divisórias compostas de madeira compensada
até 2,2 m e vidro a partir dessa altura até ao teto. O espaço forma um escritório
independente. Este espaço é uma zona térmica?
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Método Prescritivo
2 INTRODUÇÃO
O RTQ visa estabelecer as condições para classificação do nível de eficiência energética
de edifícios comerciais, de serviços e públicos, a fim de obter a Etiqueta Nacional de
Conservação de Energia (ENCE) emitida pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) (item 2.1).
A ENCE poderá ser fornecida em três momentos: para o projeto da edificação, para a
edificação pronta, após obtido o Habite-se e para a edificação existente, após reforma. A
avaliação do projeto é pré-requisito para a avaliação dos requisitos presentes na
edificação nova pós Habite-se e na edificação existente pós reforma. Neste último caso, é
necessário apresentar os projetos de reforma da edificação.
2.1 OBJETIVO
Em todos os casos, a etiqueta é válida somente para edificações cuja área total útil seja
igual ou superior a 500 m2 ou cuja tensão de abastecimento seja igual ou superior a 2,3
kV, o que abrange os subgrupos A1, A2, A3, A3a, A4 e AS. Desta forma, pequenos
consumidores não estão incluídos nos requisitos exigidos no RTQ.
• A3a: de 30 a 44 kV;
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Método Prescritivo
Os níveis de eficiência podem ser elevados ainda com bonificações nas pontuações
finais obtidas através de outros sistemas que possam promover a eficiência energética.
Esta é uma estratégia de incentivo que visa ampliar o potencial de eficiência da
edificação.
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
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Método Prescritivo
A equação geral é composta por uma relação entre pesos (estabelecidos por usos finais)
para cada sistema e pelo equivalente numérico de seu nível parcial de eficiência. Os
pesos são:
• Envoltória: 30%
• Iluminação: 30%
Equação 2.1
61
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Método Prescritivo
Onde:
EqNumEnv é o equivalente numérico da envoltória;
EqNumDPI é o equivalente numérico do sistema de iluminação, identificado pela sigla
DPI, de Densidade de Potência de Iluminação;
EqNumCA é o equivalente numérico do sistema de condicionamento de ar;
EqNumV é o equivalente numérico de ambientes não condicionados e/ou ventilados
naturalmente;
APT é a área de piso dos ambientes de permanência transitória, desde que não
condicionados;
ANC é a área de piso dos ambientes não condicionados de permanência prolongada;
AC é a área de piso dos ambientes condicionados;
Au é a área útil;
b é a pontuação obtida pelas bonificações, que varia de zero a 1.
EXEMPLO DE CÁLCULO
62
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Método Prescritivo
AC AC APT
+ ( ) + AU .5 + AU .EqNumV + b10
APT ANC ANC
PT = 0,30. EqNumEnv .5 + .EqNumV + 0,30 EqNumDPI + 0,40 EqNumCA.
AU AU AU AU
Bonificações
Peso Peso Peso
EXEMPLO DE CÁLCULO
PT = 0,30 × j=5 × 0,50> + =0,05 × 5> + =0,40 × 4>{ + =0,30 × 4> + 0,40 × j=5 × 0,50> + =0,05 × 5> + =0,40 × 4>{ + 0
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Método Prescritivo
Este último item abrange todas as soluções arquitetônicas ou dos sistemas que
porventura possam existir no projeto e que não são possíveis de serem analisadas
através do método prescritivo. No RTQ, o item 6 apresenta os requisitos a serem
atendidos para realizar a simulação e para comprovar o nível de eficiência energética do
edifício. O método de simulação é válido para alcançar a etiqueta completa do edifício,
sem a necessidade das etiquetas parciais.
2.3 BONIFICAÇÕES
A Equação 2.1 apresenta uma variável relativa às bonificações, ou seja, uma pontuação
extra que visa incentivar o uso de soluções que elevem a eficiência energética do edifício.
A pontuação adquirida através da implementação destas bonificações variam entre 0 e 1.
Sendo: 0 quando não existe nenhum sistema complementar para o aumento da eficiência
do edifício, e 1 quando uma das bonificações for implantada em sua totalidade. É
possível a utilização de mais de um sistema para se chegar a esta pontuação máxima.
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Método Prescritivo
EXEMPLO DE CÁLCULO
A economia de água gerada pelo sistema é de apenas 50% do valor estipulado pelo
RTQ; então a bonificação será igual a 0,5.
PT = 0,30 × j=5 × 0,25> + =0,05 × 5> + =0,35 × 3>{ + =0,30 × 4> + 0,40 × j=5 × 0,25> + =0,05 × 5> + =0,35 × 3>{ + 0,5
PT=3,485
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Método Prescritivo
PT = 0,30 × j=5 × 0,25> + =0,05 × 5> + =0,35 × 3>{ + =0,30 × 4> + 0,40 × j=5 × 0,25> + =0,05 × 5> + =0,35 × 3>{ + 1
PT=3,885
PT = 0,30 × j=5 × 0,25> + =0,05 × 5> + =0,35 × 3>{ + =0,30 × 4> + 0,40 × j=5 × 0,25> + =0,05 × 5> + =0,35 × 3>{ + 0,9
PT=3,885
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Método Prescritivo
O primeiro item refere-se à medição centralizada por uso final. Este item não exige que
medições sejam realizadas, mas sim que o circuito elétrico seja projetado separadamente
de forma a permitir medições quando necessário. Estas medições poderão auxiliar no
diagnóstico do consumo de energia facilitando o comissionamento ao indicar onde e em
que horas se consome mais e, conseqüentemente, em que tipo de uso deve-se investir
para elevar ainda mais a eficiência energética do edifício quando em uso. Hotéis são
exceções por ser comum possuírem circuitos integrados por quarto que são desligados
automaticamente quando o hóspede sai do quarto. E edifícios com múltiplas unidades
autônomas de consumo possuem um medidor de energia por unidade de consumo, o que
67
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Método Prescritivo
impede a existência de um quadro geral com circuitos separados por uso final.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Um hotel alcançou nível de eficiência B através de uma pontuação de 3,7. Por possuir
demanda elevada de água quente, ele possui coletores solares etiquetados pelo
INMETRO com nível de eficiência A. A fração solar do sistema é de 62%, ganhando
mais 0,8 pontos como bonificação:
• Caso não possua desligamento automático nos quartos nem circuito elétrico
possibilitando medição por uso final, mesmo com PT = 4,5, seu nível de
eficiência é D.
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3 ENVOLTÓRIA
3.1 PRÉ-REQUISITOS
A envoltória deve estar de acordo com pré-requisitos específicos para cada nível de
eficiência. Quanto mais elevado o nível, mais restritivos são os requisitos a serem
atendidos. A Tabela 3.1 apresenta uma síntese dos pré-requisitos da envoltória exigidos
por nível de eficiência.
3.1.1 Nível A
Seguindo a ordem do regulamento, o primeiro pré-requisito refere-se à transmitância
térmica. Este pré-requisito distingue coberturas e paredes exteriores ao exigir diferentes
limites de propriedades térmicas para cada caso. Em seguida, serão descritos os pré-
requisitos para cores a absortâncias de superfícies e, finalizando, os pré-requisitos para a
iluminação zenital.
DA COBERTURA
considerada seja uma média ponderada das diversas transmitâncias existentes quando a
cobertura é composta por diferentes materiais e, portanto, por diferentes transmitâncias
para o mesmo tipo de ambiente: com condicionamento ou sem condicionamento.
DAS PAREDES
A Tabela 3.2 apresenta uma síntese relacionando transmitâncias térmicas limite, zonas
bioclimáticas e capacidade térmica.
Tabela 3.2. Síntese das exigências para transmitância térmica máxima de paredes exteriores
Zonas
Transmitância térmica máxima
Bioclimáticas
ZB 1 a 6 3,7 W/m²K
2
2,5 W/m²K para paredes com 3,7 W/m K para paredes com
ZB 7 a 8 capacidade térmica máxima de 80 capacidade térmica superior a 80
2 2
kJ/m K kJ/m K
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Método Prescritivo
EXEMPLO
Figura 3.1. Parede de blocos de concreto 2 Figura 3.2. Parede de tijolos de cerâmica
furos, reboco e revestimento cerâmico, com com isolamento térmico e reboco, com U =
U = 2,44 W/m²K. 0,90 W/m²K.
Exceção ao item 3.1.1.1: planos compostos por vãos envidraçados com superfícies
opacas paralelas ao plano de vidro, mesmo que vazadas, não precisam atender ao pré-
requisito de transmitância térmica, visto que o plano posterior (vidro) não é elemento
opaco. Se houver superfícies opacas atrás destes planos, o pré-requisito de
transmitância térmica deve ser cumprido.
• pórticos;
• placas perfuradas;
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Método Prescritivo
Para garantir envoltórias mais eficientes, o RTQ determina uma absortância máxima de
0,4 para os materiais de revestimento externo das paredes (onde incide a radiação solar)
para as Zonas Bioclimáticas de 2 a 8. A Zona Bioclimática 1 (cidades mais frias do Brasil,
como Curitiba) é excluída para permitir absortâncias elevadas que podem aumentar os
ganhos térmicos por radiação nos edifícios no inverno.
Para coberturas não aparentes, a absortância solar máxima também é de 0,4, exceto
para coberturas de teto-jardim ou de telhas cerâmicas não esmaltadas (Figura 3.3). Estas
coberturas apresentam bom desempenho térmico independente da absortância solar: o
teto-jardim devido a efeitos como a evapo-transpiração e as telhas cerâmicas não
esmaltadas devido à sua porosidade. As coberturas aparentes podem possuir
absortâncias maiores que esta, uma vez que fazem parte da composição da fachada do
edifício.
Figura 3.3. Cobertura não aparente se vista do logradouro principal (avenida) e aparente se
vista do logradouro secundário, deve ser: em telha cerâmica, com absortância baixa (cores
claras) ou em teto-jardim, para níveis A e B.
73
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Método Prescritivo
Figura 3.4. Cobertura aparente se vista do logradouro principal (avenida), mesmo que não
aparente do logradouro secundário, pode ter absortância solar superior a 0,4 para níveis A
e B.
Aberturas zenitais permitem que a luz natural penetre nos ambientes internos,
possibilitando a redução no consumo de eletricidade em iluminação. No entanto, à
primeira vista, o RTQ parece penalizar esta pratica ao exigir percentuais reduzidos de
aberturas zenitais para o nível A, conforme se pode verificar na Tabela 3.1 do RTQ.
Esta exigência garante que a entrada de luz natural no edifício não implique,
simultaneamente, em uma elevação da carga térmica pela radiação solar. Portanto,
quanto maior a área de abertura zenital, menores os fatores solares da Tabela 3.1. Desta
forma, um menor PAZ pode usar vidros ou materiais transparentes ou translúcidos com
maior fator solar e vice-versa. Esta exigência não restringe a exploração da luz natural,
pois atualmente existem vidros de elevado desempenho térmico existentes no mercado,
além da possibilidade de uma boa distribuição das aberturas em uma área máxima de
5% da área da cobertura. Em outras palavras, um bom projeto de iluminação, com
aberturas bem distribuídas e com vidros de elevado desempenho tem condições de
74
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Método Prescritivo
Além disso, o limite máximo de 5% de PAZ pode ser ultrapassado caso o método de
avaliação do nível de eficiência seja a simulação do desempenho energético da
edificação. Neste caso, o modelo de referência será gerado segundo o método
prescritivo, com PAZ máximo de 5%, e o modelo real segundo o projeto a ser avaliado.
3.1.2 Nível B
Tal como no nível A, são apresentados limites máximos para as transmitâncias térmicas
de coberturas e paredes. No entanto, estes limites são menos rigorosos que os para as
coberturas do nível A. Assim, para o nível B, as coberturas a transmitância térmica
máxima é 1,5 W/m²K para ambientes condicionados artificialmente. Os demais
75
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Método Prescritivo
parâmetros e métodos são idênticos tanto para alcançar nível de eficiência A como nível
de eficiência B.
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Método Prescritivo
Ponderação Transmitância
Material Área Transmitância
da área Final
Teto-jardim com
140 1,62 0,29
grama
1,19
Laje de concreto 126 + 66 1,14 0,40
Telha metálica 144 0,85 0,30
Ponderação
Material Área Absortância Total
da área
Teto-jardim com
140 0,55 0,29
grama
Laje de concreto
126 0,37 0,26
gelo 0,40
Laje de concreto
66 0,49 0,14
amarela
Telha metálica 144 0,25 0,30
3.1.3 Níveis C e D
Os pré-requisitos para envoltória dos níveis C e D resumem-se a exigências de
transmitâncias térmicas máximas de 2,0 W/m2K para coberturas de qualquer tipo de
ambiente, eliminando a diferenciação entre ambientes condicionados e não
condicionados. Os limites de transmitância térmica são idênticos para paredes dos níveis
A e B e não há pré-requisitos envolvendo absortâncias de superfícies.
77
Manual de Uso do Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
Método Prescritivo
3.2.1 Introdução
O cálculo do indicador de consumo (IC) visa prever como a envoltória de um edifício vai
impactar o seu consumo de energia. Através do cálculo do IC é possível identificar
envoltórias mais eficientes.
A envoltória protege o interior do edifício. Quanto mais expõe o interior do edifício, maior
a troca térmica permitida entre o interior e o exterior. Assim, envoltórias com maiores
trocas térmicas implicam em elevados ganhos de calor em climas mais quentes (radiação
solar, temperatura, etc.) ou maiores perdas de calor em climas frios (infiltração,
diferenças de temperatura, etc.)
Para efeitos do RTQ algumas zonas bioclimáticas foram agrupadas, pois as simulações
não mostraram diferenças significativas entre os consumos de energia de edificações
simulados nas referidas zonas. A Tabela 3.5 apresenta as zonas bioclimáticas agrupadas
e não agrupadas.
Convém salientar que nem todas as zonas agrupadas são consecutivas: a ZB6 e ZB8
são agrupadas enquanto a ZB7 não. Para cada Zona Bioclimática, agrupada ou não,
existem duas equações diferentes de acordo com a área de projeção do edifício (Ape):
78
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Método Prescritivo
para Ape menores que 500m² e para Ape maiores que 500m². Em caso de terraços ou
edificações de forma irregular, Ape deve ser considerada como a área de projeção do
edifício no plano horizontal. Também deve-se frisar que estes 500 m2 referem-se à área
de projeção do edifício e não à área útil.
Adicionalmente, para cada uma destas equações (Ape maior ou menor que 500m²) há
limites máximos e mínimos para o Fator de Forma (Aenv/Vtot). As equações para Ape >500
m² são válidas para um Fator de Forma mínimo permitido. Já as equações Ape<500 m²
são válidas para um Fator de Forma máximo permitido, ilustrados na Figura 3.7. Acima
ou abaixo destes valores, deve-se adotar os valores limites nas equações. A Tabela 3.6
apresenta os valores limites do fator de forma para cada zona bioclimática.
Figura 3.8 apresenta um fluxograma com os passos a serem seguidos para a escolha da
equação.
Figura 3.7. Exemplos do fator de forma para aplicação nas equações das zonas
bioclimáticas1, 2 e 3.
79
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Método Prescritivo
Determinar ZB do edifício
80
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Método Prescritivo
A
ATENÇÃO NO CÁLCULO DO IC
Figura 3.9.. Proteção solar horizontal com AVS de 60º, maior que o valor máximo para
uso no método prescritivo.
Tendo todas as variáveis, o IC é calculado para três tipos de envoltórias: ICenv, ICmáxD e
ICmín.
81
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Método Prescritivo
ICmáxD corresponde ao limite entre o nível D e E. Caso ICenv seja maior que ICmáxD, então o
nível da envoltória desse edifício é E.
82
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Método Prescritivo
volumetria. Uma vez obtidos ICenv, ICmáxD e de ICmín procede-se para o cálculo dos limites
dos níveis de eficiência para o edifício em questão. Ao contrário do que sucede no caso
da iluminação, os limites dos diversos níveis de eficiência da envoltória (A, B, C, D e E)
variam de edifício para edifício e têm de ser calculados caso a caso.
Apesar de AHS e AVS serem zero, o ICmín representa um Indicador de Consumo baixo.
Como o vão (PAFT) já é pequeno, o sombreamento foi dispensado, evitando o
escurecimento do ambiente.
Eficiência A B C D E
Lim Mín - ICmáxD - 3i + 0,01 ICmáxD - 2i + 0,01 ICmáxD – i + 0,01 ICmáxD + 0,01
Lim Máx ICmáxD - 3i ICmáxD - 2i ICmáxD - i ICmáxD -
83
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Método Prescritivo
ICmín ICmáxD
ICmaxD -3i ICmaxD -2i ICmaxD -i
i i i i
A B C D E
Ape=384m² Aenv=576m²
Vtot=2304m³
Atot=768m²
84
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Método Prescritivo
A seguir são apresentados os cálculos das outras variáveis necessárias para o cálculo
do IC.
0¥@ 384
P0 = = = W, §
0¦B¦ 768
0@]¨ 576
PP = = = W, §
©¦B¦ 2304
85
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Método Prescritivo
EXEMPLO DE CÁLCULO DO
D INDÍCE DE CONSUMO DA ENVOLTÓRIA
(continuação)
3. CÁLCULO DO PAFT
04A@?¦«?4
ª0P7 =
307
0,53
0@]¨ 576
04A@?¦«?4 ¬ 48,6
ª0P¬ 0,337
04C®4¯4 ¬ 144
86
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Método Prescritivo
EXEMPLO DE CÁLCULO DO
D INDÍCE DE CONSUMO DA ENVOLTÓRIA
(continuação)
Tanto para o AVS, quanto para o AHS, o valor máximo da angulação a ser utilizada é
de 45º. Outro detalhe a ser observado, é a utilização da média deste ângulo em função
da área de abertura do edifício.
Figura 3.13.. Detalhe da proteção solar do edifício analisado para o cálculo do nível de
eficiência da envoltória.
4.1. AVS
Este edifício possuii duas angulações diferentes para o AVS, uma de 34º, e outra de 55º. A
limitação do ângulo a 45º refere-se
refere se ao resultado final do ângulo de sombreamento. Assim:
=0©Q, × 04A@?¦«?4,
4A@?¦«?4 > =0©Q6 04A@?¦«?46 >
0©Q± =
=34° 89,6> ==55°° 44,8>
41°
04A@?¦«?4 ± 129,6
=0©Q± × 04A@?¦«?4 ± > =0©Q³ 04A@?¦«?4 ³ > =0©Q¬ 04A@?¦«?4 ¬ > =0©Q
0©Q =
= ´ 04A@?¦«?4 ´ >
04A@?¦«?4
=41° 129,6>
129 =0° 129,6> =0° 24,3> =0° 24,3>
0©Q µ, ¶°
307,08
87
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Método Prescritivo
4.2. AHS
=0»Q± × 04A@?¦«?4 ± > + =0»Q³ × 04A@?¦«?4 ³ > + =0»Q¬ × 04A@?¦«?4 ¬ > + =0»Q´ × 04A@?¦«?4 ´ >
0»Q =
04A@?¦«?4
P0
}.@]¨ = −43P0 − 316,62PP + 16,83ª0P7 + 7,39PQ − 0,200©Q + 0,200»Q + 132,5 − 77P0 × PP
PP
− 0,92PP × ª0P7 × PQ × 0»Q + 182,66
88
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Método Prescritivo
0,5
}.Eᢣ = −43 × 0,5 − 316,62 × 0,25 + 16,83 × 0,6 + 7,39 × 0,61 + 132,5 − 77 × 0,5 × 0,25 + 182,66
0,25
¼½á¾ = `§, ¿¿
0,5
ICÀ%* = −43 × 0,5 − 316,62 × 0,25 + 16,83 × 0,05 + 7,39 × 0,87 + 132,5 − 77 × 0,5 × 0,25 + 182,66
0,25
Á = `XX, ¶§
ICU*Ã = −43 × 0,5 − 316,62 × 0,25 + 16,83 × 0,53 + 7,39 × 0,43 − 0,20 × 17,26 + 0,20 × 2,63
0,5
+ 132,5 − 77 × 0,5 × 0,25 − 0,92 × 0,25 × 0,53 × 0,43 × 2,63 + 182,66
0,25
¼½ = `X¶, `W
A partir do ICmáx e o ICmin, encontra-se o limite para cada etiqueta, Tabela 3.9. O ICenv
determina a classificação A para a envoltória do edifício, com EqnumEnv é igual a 5.
Eficiência A B C D E
Lim Mín - 346,49 348,33 350,16 352,00
Lim Máx 346,48 348,32 350,15 351,99 -
89
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Método Prescritivo
Exemplo 1
Comparando estes dados com os pré-requisitos estabelecidos pelo RTQ para o Nível
A, verifica-se que apenas o pré-requisito referente à transmitância térmica das paredes
não é atendido (τmáx=3,7 W/m²K). Para manter a classificação A é necessário que
todos os pré-requisitos seja atendidos, desta forma, o edifício anterior passa a ter
classificação B para envoltória, com EqnumEnv igual a 43.
Exemplo 2
Mesmo atendendo o limite máximo do PAZ, este edifício não atende o limite
estabelecido para o FS. Segundo o RTQ, para um PAZ de 4%, o fator solar máximo é
de 0,52. Desta forma este edifício passa a ter classificação B.
90
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Método Prescritivo
4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
A iluminação artificial é essencial para o funcionamento dos edifícios comerciais
permitindo o trabalho em locais distantes da fachada e em horários em que a luz natural
não atinge os níveis de iluminação mínimos adequados. É vital garantir níveis corretos de
iluminação dentro dos ambientes internos dos edifícios para permitir o desempenho das
tarefas por seus usuários em condições de conforto e salubridade. Por esse motivo, a
norma NBR 5413 define níveis mínimos de iluminância necessários para diferentes tipos
de atividades.
Por outro lado, o sistema de iluminação artificial consome energia e gera carga térmica.
O sistema de iluminação apresenta, portanto, dois tipos de consumo de energia: o
consumo direto, ao utilizar eletricidade para gerar luz, e um consumo indireto, decorrente
do calor gerado nesse processo. Esse calor tem de ser retirado dos ambientes obrigando
a um maior gasto do sistema de condicionamento de ar, aumentando desta forma o
consumo geral de energia do edifício.
Para o caso de ambientes com área inferior a 250 m², é permitido um controle para todo
o ambiente. No caso de ambientes com grandes áreas, acima de 250 m², o RTQ
determina a divisão do sistema em parcelas menores, de no máximo 250 m², cada uma
com um controle independente, a fim de setorizar o sistema de acionamento quando
houver poucos usuários no local, evitando grandes áreas iluminadas sem ocupação.
Se o ambiente apresenta área maior que 1000 m² (por exemplo, um galpão), então o
sistema de iluminação deve ser dividido em parcelas com áreas máximas de 1000 m². A
Tabela 4.2 sintetiza esta regra.
92
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Método Prescritivo
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
A Figura 4.1 ilustra a divisão de circuitos de um sistema que ilumina 600 m² de área de
piso. Ele foi dividido em três circuitos de controle, sendo que os dois laterais possuem
a área máxima permitida, de 250 m², e o circuito central possui 150 m². Desta forma, o
sistema completo não necessita permanecer ligado nos momentos em que há
ocupantes somente na área central.
93
Manual de Uso do Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
Método Prescritivo
Figura 4.2. Exemplos de circuitos com controle de acionamento perto das janelas.
• um sinal de um outro controle ou sistema de alarme que indique que a área está
desocupada.
A aplicação de um destes métodos é obrigatória para ambientes com área superior a 250
m² para o nível A. É necessário frisar que o cumprimento deste pré-requisito não exclui a
necessidade existir um controle manual no ambiente, proporcionando ao ocupante
flexibilidade de uso. Esta medida, controle independente de acionamento do sistema de
iluminação, visa permitir que os usuários possam controlar o uso da iluminação de acordo
com a necessidade. Já o desligamento automático, visa melhorar o uso do sistema de
iluminação na ausência de usuários. Cada método, portanto, tem objetivos diferentes e o
cumprimento de um não substitui o atendimento ao outro.
94
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Método Prescritivo
∑ AÅ + AÆÅ
K=
Ap
Equação 4.1
Onde:
K: índice de ambiente, [adimensional];
At: Área de teto, [m²];
Apt: Área do plano de trabalho, [m²];
Ap: Área de parede, [m²].
95
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Método Prescritivo
5
Y.Y =
J
Equação 4.2
Para ambientes retangulares a relação pode ser simplificada. A Equação 4.3 é utilizada
para ambientes retangulares com iluminação direta, enquanto a Equação 4.4, é utilizada
para iluminação semi-direta ou indireta.
C×L
K=
h=C + L>
Equação 4.3
Onde:
K: índice de ambiente, iluminação direta, [adimensional];
C: comprimento total do ambiente, [m];
L: largura total do ambiente, [m];
h: altura entre a superfície de trabalho e o plano das luminárias no teto, [m].
3×C×L
K=
2 × hÉ =C − L>
Equação 4.4
Onde:
K: índice de ambiente, iluminação semi-direta e indireta, [adimensional];
C: comprimento total do ambiente, [m];
L: largura total do ambiente, [m];
h': altura entre a superfície de trabalho e o teto, [m].
VÁRIOS NÍVEIS
Em ambientes com mais de um nível, como o mostrado na Figura 4.3, deve-se calcular
vários índices de ambiente, separando-os de acordo com as áreas de sombreamento
causadas pelos mezaninos, e de acordo com a necessidade de inserção de novos pontos
96
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Método Prescritivo
Figura 4.3.. Ambiente único, para cálculo do K, com seis níveis diferentes.
diferentes
97
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Método Prescritivo
VÁRIAS ATIVIDADES
Figura 4.6. Planta com layout de setores com usos diferentes q necessitam de níveis de
iluminância diferentes.
98
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Método Prescritivo
DIFERENTES REFLETÂNCIAS
AS
EXEMPLO DE CÁLCULO
O ambiente ‘K10’, da Figura 4.5, representado melhor na Figura 4.7 possui abertura
em uma das paredes e um vão no lugar da outra parede; estes funcionam como
sumidouro ideal de luz, e desconsidera-se
desconsidera e a reflexão da luz no vidro. Supondo que as
duas paredes restantes sejam brancas, e portanto, possuam refletância de 80% temos
que:
Ap1= Ap3=18,0m
18,0m (paredes inteiras)
Ap2=9,6m (parcela opaca)
Av2=9,0m (parcela de vidro)
Av4= 0,9m (viga)
Ap4=17,1m (parede inexistente)
Atot=54,6m
=28,5 0,80>>
;E¥ W, X
54,6
Como a refletância média das paredes encontrada foi igual a 42%, ao consultar a
tabela do fator de utilização deverá
dever utilizar-se 50%.
99
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Método Prescritivo
A consulta à Tabela 4.1, do RTQ, permite fazer o projeto luminotécnico para um dado
nível de eficiência, sabendo o limite máximo da DPIR. O valor máximo de DPIR de cada
nível de eficiência é chamado de valor limite de Densidade de Potência Relativa (DPIRL).
O projeto luminotécnico pode ser realizado através de vários métodos de cálculo como o
método dos lumens ou o método dos pontos. Segue-se um roteiro para o projeto
luminotécnico através do método dos lumens.
O objetivo final do método dos lumens é determinar o número de lâmpadas mínimo que
garanta um valor mínimo de fluxo luminoso (Φ) no plano de trabalho. Este fluxo será
resultado do produto da área do ambiente (A) com o nível de iluminância de projeto
desejado (EP), Equação 4.5.
Desta forma, conhecendo o fluxo luminoso das lâmpadas em cada luminária, tem-se o
número total de luminárias para um ambiente, dado por:
Φ¥?BË@¦B
3= Equação 4.6
Φt«E
0 × [¥
3=
Ìt«E
Equação 4.7
100
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Método Prescritivo
0 × [¥
3= Equação 4.8
Ìt«E × P« × P¯
Onde:
n: Número de luminárias do sistema de iluminação artificial;
A: Área do ambiente, [m²];
EP: Iluminância de projeto, [lx];
Φlum: Fluxo luminoso da luminária, [lm];
Fu: . Fator de utilização, [adimensional];
Fd: Fator de depreciação, [adimensional];
O resultado da Equação 4.8 pode não ser um número inteiro. Neste caso, o valor deve
ser arredondado para o maior número inteiro. O número inteiro assim obtido partindo da
Equação 4.8 é multiplicado pelo fluxo luminoso das luminárias para determinação da
iluminância média inicial (Ei).
n × ΦzÍÀ × FÍ
[9 =
A
Equação 4.9
Determinada a iluminância inicial (Ei) resta determinar a iluminância no final da vida útil
do sistema de iluminação (Ef), que corresponde a um período de 24 meses. Este cálculo
é realizado a partir da Equação 4.10, considerando um Fator de depreciação igual a 0,8.
[ = [\ × FÏ Equação 4.10
Determinada a iluminância final basta conferir se cumpre o nível de eficiência que visa
alcançar. Para tal, tem de verificar dois requisitos:
101
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Método Prescritivo
Em casos como estes, o regulamento prevê que se faça uma interpolação utilizando os
valores mais próximos determinados na tabela. No caso em questão esse valores seriam
2,5 e 1,83 (Kmin e DPIRLmin), mais 3,0 e 1,76 (Kmax e DPIRLmax).
Substituindo os valores
102
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Método Prescritivo
Equipamento A B C D
Duas lâmpadas
Duas lâmpadas Duas lâmpadas Duas lâmpadas
com refletor e
Luminária com refletor de sem refletor de sem refletor de
aletas de
alumínio alumínio alumínio
alumínio
[¥ ≤ [s Equação 4.11
Para verificar se a DPIRF é menor que a DPIRL para o nível em questão, procede-se do
seguinte modo:
100 3 × ª 100
Ъ}Ñ´ > Ъ}ÑÒ = Ъ}Ó × = × Equação 4.12
[ 0 [
Onde:
DPIRL: Densidade de Potência Relativa Limite, [W/m2/100lx];
DPIRF: Densidade de Potência Relativa Final, [W/m2/100lx];
DPIA: Densidade de Potência Absoluta, [W/m2];
Ef: Iluminância final, [lx];
103
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Método Prescritivo
EXEMPLO DE CÁLCULO
104
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Método Prescritivo
Para o projeto utilizou-se: luminárias Indelpa IDL 2404 2x28w com corpo em chapa de aço
e refletor em alumínio; lâmpadas GE T5 Starcoat de 28W (F28W/T5/830) com fluxo
luminoso de 2900 lm, e Reator eletrônico 2x28w.
ÍNDICE DE AMBIENTE:
C×L 32 × 12,5
K= = = X, Ô
h=C + L> 2,15=32 + 12,5>
NÚMERO DE LUMINÁRIAS:
Consultar tabela de Fator de Utilização, do fabricante. Como na tabela não existe o valor
de K correspondente a este ambiente, deve-se interpolar os valores contidos na tabela.
Assim:
0 × [¥ 400 × 500
3= = = 52,4 ÕÖ \3á\1×
Ìt«E × P« × P¯ 5800 × 0,8226 × 0,8
105
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Método Prescritivo
O sistema apresenta uma potência total de 62W, com 2 lâmpadas de 28W e reator
eletrônico.
3 × ª 56 × 62
Ъ}Ó = = = 8,68/ ²
0 400
100 100
Ъ}ÑÒ = Ъ}Ó × = 8,68 × = , ¶a/²/¾
[ 534,36
DPIRL - (W/m2/100lux)
Índice de Ambiente - K DPIRF - (W/m2/100lux)
Nível A Nível B
3. PRÉ-REQUISITOS
Para o sistema permanecer com esta classificação, o sistema precisa atender a todos
os pré-requisitos:
106
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Método Prescritivo
5 SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR
5.1 INTRODUÇÃO
5.2 PRÉ-REQUISITOS
107
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Método Prescritivo
Os níveis de eficiência para estes tipos de unidades podem ser consultados na página do
INMETRO: http://www.inmetro.gov.br
108
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Método Prescritivo
EXEMPLO DE CÁLCULO
20+40+50+45 = 155m² ;
Divide-se a área de cada ambiente pela área total dos quatro ambientes obtendo o
coeficiente de ponderação de cada ambiente.
109
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Método Prescritivo
Equivalente Coeficiente de
Ambiente Resultado ponderado
numérico ponderação
1 4 0,13 0,52
2 3 0,26 0,78
3 3 0,32 0,96
4 5 0,29 1,45
TOTAL 3,71
110
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Método Prescritivo
EXEMPLO DE CÁLCULO
Eficiência do Equivalente
Sistema Área [m²]
sistema numérico
Sistema central de
300 A 5
condicionamento
Unidade de janela 10 C 3
Unidade de janela 10 B 4
Split 40 B 4
300+40+10+10 = 360m²;
Divide-se a área de cada ambiente por a área total dos quatro ambientes obtendo o
coeficiente de ponderação de cada ambiente.
Coeficiente de
Ambiente Área [m²]
ponderação
1 300 0,83
2 10 0,03
3 10 0,03
4 40 0,11
TOTAL 360 1,00
111
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Método Prescritivo
Equivalente Coeficiente de
Ambiente Resultado ponderado
numérico ponderação
1 5 0,83 4,17
2 3 0,03 0,08
3 4 0,03 0,11
4 4 0,11 0,44
TOTAL 4,81
Neste caso, a eficiência de cada unidade seria ponderada por potência e não por área,
uma vez que todos os aparelhos funcionam em uma mesma área.
112
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Método Prescritivo
EXEMPLO DE CÁLCULO
Eficiência da Equivalente
Unidade Potência [Btu/h]
unidade numérico
1 7500 B 4
2 9000 C 3
3 12000 C 3
Divide-se a potência de cada unidade pela soma da potência das três unidades
obtendo o coeficiente de ponderação de cada ambiente:
Coeficiente de
Unidade Potência [Btu/h]
ponderação
1 7500 0,26
2 9000 0,32
3 12000 0,42
113
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Método Prescritivo
Equivalente Coeficiente de
Ambiente Resultado ponderado
numérico ponderação
1 4 0,26 1,04
2 3 0,32 0,96
3 3 0,42 1,26
TOTAL 3,26
114
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Método Prescritivo
• Nível A:
o resfriadores de líquido - Tabela 5.2,
o condensadores e torres de arrefecimento – Tabela 5.3,
o atender aos requisitos (itens 5.4.3 a 5.4.9);
• Nível B:
o resfriadores de líquido - Tabela 5.2,
o condensadores e torres de arrefecimento – Tabela 5.3;
• Nível C:
o resfriadores de líquido - Tabela 5.5,
o condensadores e torres de arrefecimento – Tabela 5.6;
• Nível D:
• Nível E:
5.4.3.1 Geral
Cada zona térmica deverá ter sua temperatura controlada por um termostato, sendo que
cada termostato dever atender a apenas uma zona térmica. Pode, entretanto, existir um
termostato que controla um sistema perimetral que está inserido em duas ou mais zonas
térmicas.
Nestes casos, normalmente tem-se dois sistemas em uma mesma zona térmica, o
sistema perimetral que tem a função de retirar as cargas recebidas pela envoltória do
edifício, como mostrado na Figura 5.1, e o sistema interno que tem a função de retirar as
demais cargas da zona térmica. Para o controle dos sistemas periféricos pode-se utilizar
um termostato em mais de uma zona, desde que dispostos em fachadas com a mesma
orientação e com uma distância máxima de 15 m entre eles.
115
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Método Prescritivo
116
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Método Prescritivo
• para substituir a bomba de calor quando a temperatura externa for muito baixa
(abaixo de 4ºC), o que impede o uso da bomba da calor por risco de
congelamento.
Da mesma forma, para a obtenção do nível A o sistema de forma geral não poderá fazer
uso de reaquecimento seja para controle de temperatura ou umidade. Entretanto, existem
casos em que algumas salas com controle preciso de temperatura e umidade podem
fazer uso deste recurso (aquecimento e resfriamento simultâneo), e mesmo assim a
edificação conseguir obter a classificação A se o somatório das áreas destas salas for
pequeno em relação à área total climatizada do edifício, pois a ponderação por área pode
manter o edifício no nível de eficiência A.
5.4.4 Automação
Com a finalidade de evitar que o sistema de condicionamento de ar funcione quando o
edifício está desocupado, deve-se adotar pelo menos um dos sistemas de automação
descritos no RTQ.
117
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Método Prescritivo
os suprimentos de ar.
Os sistemas VAV costumam apresentar uma vazão mínima por zona (em geral, 30% da
vazão total para aquela zona). Assim, o projeto deve incluir um registro extra (damper)
para bloquear a vazão mínima que entraria desnecessariamente na zona não ocupada.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Uma escola possui um sistema central de condicionamento de ar, que atende todo o
edifício. Como o auditório é ocupado em horário diferente ao das salas de aula, esta
zona térmica deve ser isolada do restante do edifício. Desta forma, durante o período
de aulas, em que o auditório não está sendo utilizado, esta zona será desativada. O
caso contrário também é válido, o sistema de condicionamento deve funcionar
adequadamente para o auditório quando o restante da escola não for utilizado e,
portanto, não estiver condicionado.
Para a obtenção do nível A o sistema deverá apresentar ciclo economizador sempre que
o custo benefício for favorável (RCB≤ 0,80).
118
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Método Prescritivo
Sistemas de ventilação com capacidade nominal maior que 5000 l/s (18000 m³/h) devem
possuir controles de acionamento gradual automático. Este controle visa evitar picos de
demanda no acionamento de grandes ventiladores, sendo assim ligados gradualmente
até alcançarem a potência desejada.
119
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Método Prescritivo
• Roda de entalpia:
o Eficiência elevada;
o Necessita uma renovação periódica de componentes;
o Pode haver contaminação entre os fluxos de ar.
o Elevada durabilidade.
Mesmo com a redução da vazão da bomba, a pressão deve ser tal que garanta que a
água, ou o líquido refrigerante, alcance todos os pontos. Para tanto, o RTQ sugere a
medição da pressão diferencial no trocador de calor mais distante, ou no de maior
pressão. No entanto, o ponto ideal de medição deve ser definido pelo projetista, dada a
diferença de cada projeto.
Quando existir mais de um resfriador de líquido, em uma central de água gelada, deve-se
assegurar que quando um resfriador for desligado a vazão da central seja reduzida
automaticamente.
120
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Método Prescritivo
Nestes sistemas, cada ventilador acionado por um motor com potência igual ou superior
a 5,6kW deve poder operar em carga parcial, além de possuir controles que mudem
automaticamente a velocidade do ventilador para controlar a temperatura de saída do
fluído do dispositivo de rejeição de calor ou temperatura/pressão de condensação do
dispositivo. A possibilidade de operar com velocidade variável reduz significativamente o
consumo de energia.
121
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Método Prescritivo
ANEXOS
Lista de cidades e respectivas zonas bioclimáticas
Tabela A.1: Lista de cidades e respectivas zonas bioclimáticas (Fonte: “NBR 15220-3:
Zoneamento Bioclimático Brasileiro”)
UF Cidade Estratégia ZB
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Método Prescritivo
Tabela A.1: Lista de cidades e respectivas zonas bioclimáticas (Fonte: “NBR 15220-3:
Zoneamento Bioclimático Brasileiro”) - continuação
UF Cidade Estratégia ZB
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Método Prescritivo
Tabela A.1: Lista de cidades e respectivas zonas bioclimáticas (Fonte: “NBR 15220-3:
Zoneamento Bioclimático Brasileiro”) - continuação
UF Cidade Estratégia ZB
MA Turiaçu FIJ 8
MA Zé Doca FIJK 8
MG Aimorés CFIJK 5
MG Araçuai CFIJ 5
MG Araxá BCFI 3
MG Bambuí BCFIJ 3
MG Barbacena BCFI 3
MG Belo Horizonte BCFI 3
MG Caparaó ABCFI 2
MG Capinópolis CFIJ 5
MG Caratinga BCFI 3
MG Cataguases CFIJ 5
Conceição do Mato
MG Dentro BCFI 3
MG Coronel Pacheco BCFIJ 3
MG Curvelo BCFIJ 3
MG Diamantina BCFI 3
MG Espinosa CDFHI 6
MG Frutal CFHIJ 6
MG Governador Valadares CFIJ 5
MG Grão Mogol BCFI 3
MG Ibirité ABCFI 2
MG Itabira BCFI 3
MG Itajubá ABCFI 2
MG Itamarandiba BCFI 3
MG Januária CFHIJ 6
MG João Pinheiro CDFHI 6
MG Juiz de Fora BCFI 3
MG Lavras BCFI 3
MG Leopoldina CFIJ 5
MG Machado ABCFI 2
MG Monte Alegre de Minas BCFIJ 3
MG Monte Azul DFHI 7
MG Montes Claros CDFHI 6
MG Muriaé BCFIJ 3
MG Oliveira BCDFI 4
MG Paracatu CFHIJ 6
MG Passa Quatro ABCFI 2
MG Patos de Minas BCDFI 4
MG Pedra Azul CFI 5
MG Pirapora BCFHI 4
MG Pitangui BCFHI 4
MG Poços de Calda ABCF 1
MG Pompeu BCFIJ 3
MG Santos Dumont BCFI 3
MG São Francisco CFHIJ 6
MG São João Del Rei ABCFI 2
MG São João Evangelista BCFIJ 3
MG São Lourenço ABCFI 2
MG Sete Lagoas BCDFI 4
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Método Prescritivo
Tabela A.1: Lista de cidades e respectivas zonas bioclimáticas (Fonte: “NBR 15220-3:
Zoneamento Bioclimático Brasileiro”) - continuação
UF Cidade Estratégia ZB
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Método Prescritivo
Tabela A.1: Lista de cidades e respectivas zonas bioclimáticas (Fonte: “NBR 15220-3:
Zoneamento Bioclimático Brasileiro”) - continuação
UF Cidade Estratégia ZB
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Método Prescritivo
Tabela A.1: Lista de cidades e respectivas zonas bioclimáticas (Fonte: “NBR 15220-3:
Zoneamento Bioclimático Brasileiro”) - continuação
UF Cidade Estratégia ZB
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Método Prescritivo
Tabela A.1: Lista de cidades e respectivas zonas bioclimáticas (Fonte: “NBR 15220-3:
Zoneamento Bioclimático Brasileiro”) - continuação
UF Cidade Estratégia ZB
SP Avaré BCFIJ 3
SP Bandeirantes BCFI 3
SP Bariri BCFI 3
SP Barra Bonita BCFI 3
SP Campinas BCFI 3
SP Campos do Jordão ABCF 1
SP Casa Grande ABCFI 2
SP Catanduva CFHIJ 6
SP Franca BCDF 4
SP Graminha BCFI 3
SP Ibitinga BCFIJ 3
SP Iguape CFIJ 5
SP Itapeva ABCFI 2
SP Jau BCDFI 4
SP Juquiá CFIJ 5
SP Jurumirim BCFI 3
SP Limeira BCDFI 4
SP Limoeiro BCDFI 4
SP Mococa BCDFI 4
SP Mogi Guaçu (Campininha) BCFIJ 3
SP Paraguaçu Paulista CDFI 6
SP Pindamonhangaba BCFIJ 3
SP Pindorama CDFHI 6
SP Piracicaba ABCFI 2
SP Presidente Prudente CDFHI 6
SP Ribeirão das Antas BCFI 3
SP Ribeirão Preto BCDFI 4
SP Salto Grande BCFIJ 3
SP Santos CFIJ 5
SP São Carlos BCDFI 4
SP São Paulo BCFI 3
SP São Simão BCDFI 4
SP Sorocaba BCFI 3
SP Tietê BCFI 3
SP Tremembé BCFI 3
SP Ubatuba BCFIJ 3
SP Viracopos BCDFI 4
SP Votuporanga CDFHI 6
TO Paranã CFHIJ 6
TO Peixe FHIJK 7
TO Porto Nacional FHIJK 7
TO Taguatinga DFHIJ 7
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