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HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

Até o século XVIII, na Europa, os hospitais não possuíam finalidade médica. Eram
grandes instituições filantrópicas destinadas a abrigar os indivíduos considerados
"indesejáveis" à sociedade, como os leprosos, sifilíticos, aleijados, mendigos e
loucos, ficando claro que eram lugares de exclusão social da pobreza e da miséria
produzidas pelos regimes absolutistas da época.

Na ocasião da Revolução Francesa, o hospital de Bicêtre, em Paris, era


considerado uma verdadeira "casa de horrores" onde os internados, loucos em
sua maioria, eram abandonados à própria sorte. O médico Phillipe Pinel - um dos
primeiros alienistas (como eram chamados os médicos que foram os precursores
da psiquiatria) -, ao ser nomeado diretor daquele hospital, começou a separar e
classificar os diversos tipos de "desvio" ou "alienação mental" que encontrava,
com o objetivo de estudá-los e tratá-los.

Foi deste modo que surgiu o hospital psiquiátrico, ou manicômio, como instituição
de estudo e tratamento da alienação mental. O chamado "tratamento moral"
praticado pelos alienistas incluía o afastamento dos doentes do contato com todas
as influências da vida social, e de qualquer contato que pudesse modificar o que
era considerado o "desenvolvimento natural" da doença. Desta forma,
pressupunha-se que a alienação poderia ser melhor estudada e sua cura poderia
ser atingida.

Observando as diferentes denominações da loucura e do louco através dos


tempos pode-se constatar que elas guardam uma relação com as idéias a seu
respeito, como por exemplo: possuídos por espíritos, mania ou furor insano
(Século V. AC- Euclides, Sófocles) sofrimento da alma, perda das Faculdades
Mentais, louco, lunático, lelé, maniático, tança, vesano, demente, alienado, insano
(Pinel, Esquirol).

No Brasil colonial e durante parte do Império, a ordem jurídica era determinada


pelas Ordenações do Reino e nelas a loucura possuía várias denominações:
"desassisados", "sandeus", "mentecaptos" ou "furiosos"; eram ali contemplados
ainda os "desmemoriados" e os "pródigos".

No Código Criminal do Império (1830), os doentes mentais foram denominados


"loucos de todo gênero", termo que se manteve no Código Civil de 1916. A
legislação que trata da loucura mostra uma constante preocupação com a
proteção das pessoas sofredoras. O modelo assistencial francês de 1838,
defendido por Esquirol, foi adotado em boa parte do mundo ocidental e teve
grande influência na legislação proposta por Teixeira Brandão em 1903.

No Brasil, o atendimento aos loucos era tarefa da Irmandade da Misericórdia e


esteve nas mãos da Santa Casa até a proclamação da República em 1889. A
partir de 1890, o Hospício Pedro II passa a ser chamado de Hospício Nacional dos
Alienados. No século XX, surgem novos nomes: Hospício passa a ser chamado de
Hospital; Alienado de doente mental; asilado passa a ser interno; no ambulatório
ele é egresso, se oriundo da hospitalização. Então, torna-se paciente do
ambulatório; no consultório ele é paciente, cliente, analisando ou está em terapia.
Na perícia é caso ou periciando;

Assim, a loucura recebe os nomes de alienação mental, insanidade; depois


doença mental, transtorno mental e ultimamente, sofrimento psíquico.

IMPÉRIO – ASSISTÊNCIA AO DOENTE MENTAL

Costuma-se citar, em tom anedótico, que o modelo de assistência trazido para o


Brasil pelos portugueses era o caixote. Segundo alguns, D.Maria I (a louca), teria
chegado ao Rio de Janeiro dentro de uma caixa.

José Clemente Pereira, Mantenedor da Santa Casa, um dos artífices da


independência do Brasil, vendeu a idéia que a maioridade de D.Pedro II fosse
marcada pela construção de um asilo majestoso.

A mobilização ocorreu com verbas do Imperador, loterias e com o chamado


"imposto da vaidade" (venda de títulos de nobreza não-hereditários). Isto permitiu
não só a construção do Hospício Pedro II, como a remodelação de prédios da
Santa Casa, construção do Cemitério do Caju, o Hospital de tuberculosos, etc.

Apesar de alguns insistirem na idéia que o asilo foi construído pela pressão de um
poder médico misterioso, na realidade os médicos pouco participaram, apenas
colaboraram cientificamente no discurso filantrópico. Diante disto, a história mostra
que quem mandava efetivamente no asilo eram as religiosas incumbidas dos
doentes e a Mesa diretora da Santa Casa, sendo que os médicos só assumiram
sua administração com a República.

No decreto de D. Pedro II, reproduzido abaixo, existem duas palavras que indicam
um uso intercambiável dos termos hospício e hospital. Pedro II fundou um Hospital
com o nome de Hospício, para tratar os alienados.

DECRETO Nº. 82 (1841)

"Desejando assinalar o fausto dia de minha sagração com a criação de um


estabelecimento de pública beneficência: hei por bem fundar um hospital
destinado privativamente para tratamento de alienados com a denominação de
HOSPÍCIO PEDRO II o qual ficará anexo ao Hospital da Santa Casa de
Misericórdia desta Corte, debaixo de minha imperial proteção, aplicando desde já
para princípio de sua fundação o produto das subscrições promovidas por uma
comissão da praça do comércio, e pelo provedor da sobredita Santa Casa, além
das quantias com que eu houver por bem contribuir”.
Nos mesmos moldes, a partir de verbas públicas, donativos e loterias, durante o
Segundo Reinado foram construídos várias instituições "exclusivas para
alienados", inicialmente nas províncias do Rio de Janeiro, São Paulo,
Pernambuco, Pará, Bahia, Rio Grande do Sul e Ceará; e, já na República, nos
estados de Alagoas, Paraíba, Minas Gerais e Paraná.

Verifica-se que o percurso dos alienados nas várias províncias foi semelhante,
indo das enfermarias dos hospitais das Santas Casas aos hospícios exclusivos.
Apenas em São Paulo, o hospício de alienados não foi precedido de assistência
sistemática em hospital de caridade, talvez pela precoce decisão do governo
provincial de custear-lhes um asilo próprio. É importante ressaltar que nesses
hospícios não havia atuação significativa da classe médica, até o fim do Império.

No início do século XX, os médicos conseguiriam obter o controle administrativo


das Santas Casas e hospícios, os quais foram se tornando, gradativamente,
estabelecimentos médicos (Oda e Dalgalarrondo, 2005).

Pode-se dizer que a Cena Inaugural da moderna psiquiatria brasileira foi a posse
de Juliano Moreira na direção do Hospital Nacional dos Alienados e a
conseqüente transposição para os trópicos de um modelo de assistência europeu.

ORIGEM DA PSIQUIATRIA NO BRASIL

A psiquiatria surge, com a chegada da Família Real ao Brasil, com o objetivo de


colocar ordem na urbanização, disciplinando a sociedade e sendo, dessa forma,
compatível ao desenvolvimento mercantil e as novas políticas do século XIX.

É a partir do embasamento nos conceitos da psiquiatria européia, como


degenerescência moral, organicidade e hereditariedade do fenômeno mental,
que a psiquiatria brasileira intervém no comportamento considerado como
desviante e inadequado às necessidades do acúmulo de capital, isolando-o e
tratando-o no hospital psiquiátrico.

O saber e o poder médico, artificialmente, criam uma legitimidade de intervenção


da classe dominante sobre os despossuídos através da nova especialidade - a
psiquiatria – e da nova instituição - O Hospital Psiquiátrico.

O objeto dessa intervenção, o sofrimento mental, é reduzido através de um


artifício conceitual, a categoria de “doença mental”, subtraindo-se toda a
complexidade de fenômenos diversos, singulares e compreensíveis no contexto
da existência humana.

O Manicômio, dentre outros dispositivos disciplinares igualmente complexos,


atravessou séculos até os nossos dias, conformando uma sociedade disciplinar
com dispositivos disciplinares complementares num processo de legitimação da
exclusão e de supremacia da razão.

Os primeiros movimentos questionadores

Frente a essa realidade surgem alguns movimentos que questionam essa ordem,
procurando romper com a tradição manicomial brasileira, principalmente com o fim
da Segunda Guerra Mundial.

Todas essas experiências são locais, referidas a um ou outro serviço ou grupo e


estão à margem das propostas e dos investimentos públicos efetivos. Há forte
oposição exercida pelo setor privado que se expande e passa a controlar o
aparelho de Estado também no campo da saúde.

Assim, na década de 60, com a unificação dos institutos de pensões e de


aposentadoria, é criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). O
Estado passa a comprar serviços psiquiátricos do setor privado e concilia
pressões sociais com o interesse de lucro por parte dos empresários.

Mesmo diante dessa realidade os movimentos questionadores crescem e


têm como principal inspiração a experiência de Trieste, na Itália, liderada por
Franco Basaglia.

A experiência de Franco Basaglia em Trieste e a repercussão no Brasil

Basaglia, em 1971, fecha os manicômios, acabando com a violência dos


tratamentos e põe fim no aparelho da instituição psiquiátrica tradicional.
Basaglia demonstra que é possível a constituição de uma nova forma de
organização da atenção que ofereça e produza cuidados, ao mesmo tempo
em que produza novas formas de sociabilidade e de subjetividade para
aqueles que necessitam da assistência psiquiátrica.

Em 13 de maio de 1978 foi instituída a Lei 180, de autoria de Basaglia, e


incorporada à lei italiana da Reforma Sanitária, que não só proíbe a
recuperação dos velhos manicômios e a construção de novos, como
também reorganiza os recursos para a rede de cuidados psiquiátricos,
restitui a cidadania e os direitos sociais aos doentes e garante o direito ao
tratamento psiquiátrico qualificado.

Esse fato na Itália influenciou o Brasil, promovendo discussões que


tratavam da desinstitucionalização do portador de sofrimento mental, da
humanização do tratamento a essas pessoas, com o objetivo de promover a
reinserção social.

Na década de 70 são registradas várias denúncias quanto à política brasileira de


saúde mental em relação à política privatizante da assistência psiquiátrica por
parte da previdência social, quanto às condições (públicas e privadas) de
atendimento psiquiátrico à população.

No Rio de Janeiro, em 1978, eclode o movimento dos trabalhadores da


Divisão Nacional de Saúde Mental (DINSAM), que faz denúncias sobre as
condições de quatro hospitais psiquiátricos da DINSAM e coloca em xeque a
política psiquiátrica exercida no país.

O Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental

É nesse contexto, no fim da década de 70, que surge a questão da reforma


psiquiátrica no Brasil. Pequenos núcleos estaduais, principalmente nos estados de
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais constituem o Movimento de
Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM). A questão psiquiátrica é colocada em
pauta: “... tais movimentos fazem ver à sociedade como os loucos representam a
radicalidade da opressão e da violência imposta pelo estado autoritário”. (Rotelli et
al, 1992: 48).

A violência das instituições psiquiátricas, dessa forma, é entendida como parte de


uma violência maior, cometida contra trabalhadores, presos políticos e, portanto,
contra todos os cidadãos.

A relação entre a Reforma Sanitária e a Reforma Psiquiátrica

O movimento de reforma sanitária tem influência constitutiva no movimento


de reforma psiquiátrica.

Nos primeiros anos da década de 80 os dois movimentos se unem, ocupando os


espaços públicos de poder e de tomada de decisão como forma de introduzir
mudanças no sistema de saúde.

“A Proposta da Reforma Sanitária Brasileira é fruto da indignação contra as


precárias condições de saúde, o descaso acumulado, a mercantilização do
setor, a incompetência e o atraso, assim como uma possibilidade da
existência de uma viabilidade técnica e uma possibilidade política de
enfrentar o problema”. (Arouca, 1988:2)
A 8 ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, é um marco para a realização
desse processo, pois foi onde o movimento “assumiu definitivamente a
bandeira da descentralização, pleiteando a criação de um sistema único de
saúde universal, igualitário, participativo, descentralizado e integral”.
(Conferência Nacional de Saúde, 1987 apud Paim, 1998)

A partir disto, várias foram as iniciativas para o alcance desse objetivo como
a Constituição Federal Brasileira, promulgada, em 5 de outubro de 1988. Esta
possui uma seção exclusiva para a questão da saúde (Art.196 a Art. 200) na
qual se consolida a universalização da assistência, a integralidade da
atenção à saúde - realizada por ações de promoção, prevenção, cura e
reabilitação -, o reconhecimento do direito e necessidade da participação da
comunidade na gestão do sistema - através do Conselho de Saúde -, a
hierarquização, a eqüidade e a descentralização do sistema - com comando
único em esfera de governo.

Todos esses avanços foram originados pelo movimento de Reforma


Sanitária. Ao mesmo tempo em que o movimento de reforma psiquiátrica se
articula ao de Reforma Sanitária, ele continua com suas atividades
questionadoras e transformadoras.

Os serviços de saúde mental substitutivos ao modelo manicomial

No campo da assistência, a Portaria nº 224, de 29 de janeiro de 1992 do Ministério


da Saúde estabelece as diretrizes para o atendimento nos serviços de saúde
mental, normatizando vários serviços substitutivos como: atendimento ambulatorial
com serviços de saúde mental (unidade básica, centro de saúde e ambulatório),
Centros e Núcleos de atenção psicossocial (CAPS/NAPS), Hospital-Dia (HD),
Serviço de urgência psiquiátrica em hospital-geral, leito psiquiátrico em hospital-
geral, além de definir padrões mínimos para o atendimento nos hospitais
psiquiátricos, até que sejam totalmente superados.

A Portaria nº 106, de 11 de fevereiro de 2000(3), cria os Serviços Residenciais


Terapêuticos em saúde mental para pacientes de longa permanência em hospitais
psiquiátricos.

Além desses serviços, existem os Centros de Convivência, as Cooperativas de


Trabalho, dentre e outros criados por municípios. Assim como os outros tipos de
serviços substitutivos, eles “... têm garantido a população dos municípios onde se
localizam um atendimento mais humano, sem exclusão e com resolubilidade”.

REFORMA PSIQUIÁTRICA
A reforma psiquiátrica deixa de ser entendida como decorrente única e
exclusivamente de medidas emanadas no estado, sejam políticas sociais, sejam
políticas específicas para o campo da saúde mental.

Ela se organiza nos princípios de desinstitucionalização, desospitalização e


a garantia dos direitos de cidadania dos doentes mentais.

A desinstitucionalização intercede pela e para a solidariedade, a convivência


entre as diversidades e as diferenças e transforma no saber, a prática
psiquiátrica e os campos da ética, cultura e cidadania.

A desospitalização significa sanear os serviços hospitalares e exigir deles


enquanto persistem como instância necessária de tratamento, que prestem
serviços condizentes com os avanços contemporâneos e com a legislação
vigente e, expandir os serviços extra-hospitalares, oferecendo assistência
resolutiva e integral aos doentes mentais e apoio aos seus familiares,
revertendo o modelo tradicional hospitalocêntrico.

O resgate à cidadania significa o respeito ao doente mental, não violação de


correspondências, direito de receber visitas e ter dignidade no atendimento.

A reforma psiquiátrica constitui-se na principal diretriz da coordenação de saúde


mental do ministério da saúde.

As estratégias principais para a implementação articulada e conjunta com as


secretarias de saúde dos estados e municípios brasileiros, são as seguintes:

a) estabelecer mecanismo de financiamento das ações e serviços


compatíveis de acordo com os preceitos da lei 8080/90;
b) consolidar orientação através dos documentos normativos do ministério
da saúde, junto aos conselhos profissionais da área de saúde e
representantes de associações de usuários e familiares;
c) subsidiar o Conselho Nacional de Saúde através da comissão nacional de
reforma psiquiátrica, com composição paritária, questionando e aceitando
proposições; estabelecer programas, para clientela dos crônicos,
grabatários, residentes nos hospitais psiquiátricos, fortalecer intercâmbio
internacional, sob orientação da organização mundial de saúde e da
organização panamericana de saúde;
d) estabelecer programas de capacitação de recursos humanos, votado para
a mudança do modelo assistencial e estimular a revisão de legislação
psiquiátrica.

Assim, a Reforma Psiquiátrica é processo político e social complexo,


composto de atores, instituições e forças de diferentes origens, e que incide
em territórios diversos, nos governos federal, estadual e municipal, nas
universidades, no mercado dos serviços de saúde, nos conselhos
profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de
seus familiares, nos movimentos sociais, e nos territórios do imaginário
social e da opinião pública.

O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da


eclosão do “movimento sanitário”, na década de 70, com objetivo de propor
mudanças nos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa
da saúde coletiva, eqüidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos
trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e
produção de tecnologias de cuidado.

O MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL

É um movimento social por uma sociedade sem manicômios (surgindo


trabalhadores de saúde mental). O lema estratégico remete para a sociedade a
discussão sobre a loucura, a doença mental, a psiquiatria e seus manicômios, com
a participação de técnicos, usuário e familiares e a sociedade em geral.

Em 1987 foi realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental, o II


Congresso Nacional dos Trabalhadores de Saúde Mental, em Bauru-SP,
onde foi proposto que o movimento de trabalhadores fosse um movimento
social, por uma sociedade sem manicômios e que o dia 18 de maio fosse o
dia Nacional da luta Antimanicomial.

Em 1989, o deputado Paulo Delgado (PT-MG) apresentou o projeto de lei


3.567/89 onde propôs a "extinção progressiva dos manicômios e sua
substituição por outros recursos assistenciais”.

Em 1990, a conferência ‘Reestruturación de la Atención Psiquiátrica en la


Región’, promovida pelas Organizações Panamericana e Mundial de Saúde
(OPS/OMS), Caracas, trata da necessidade de reestruturação imediata da
assistência psiquiátrica pela adequação das legislações dos países de forma
que “(...) assegurem o respeito dos direitos humanos e civis dos pacientes
mentais e promovam a reorganização dos serviços que garantam o seu
cumprimento”.

Essa conferência tem como ponto principal demarcar a crescente tendência


internacional de superação dos velhos modelos de psiquiatria e reforma
psiquiátrica. O Brasil é signatário dessa Conferência, comprometendo-se com
seus objetivos.

Além da Conferência de Caracas, há um outro documento político adotado pela


Organização das Nações Unidas: “Princípios para a proteção de pessoas com
problemas mentais e para a melhoria da Assistência à Saúde Mental”, que visa
assegurar os direitos da pessoa portadora de sofrimento mental, tratando-a, dessa
forma, como cidadã.

Em 1992 aconteceu em Brasília a realização da II Conferência Nacional de


Saúde Mental que propôs a formação e instalação da comissão Nacional de
Reforma Psiquiátrica ligada ao conselho nacional de saúde com
representantes de técnicos e usuários e familiares participantes do
movimento.

O movimento antimanicomial tem aspectos importantes quanto à diversidade,


complexidade e não homogeneidade.

O movimento era formado de trabalhadores, hoje é social de caráter popular;


a saída da especificidade profissional para a área cultural mudou a
concepção dos serviços de saúde e tem como interesse inserir os indivíduos
à discussão na sociedade e com isso conseguir aliados e apresentar
estratégias com outras áreas desde a cultura, o jurídico revisando os
conceitos de incapacidade e imputabilidade, em relação à legislação discutir
leis de reforma psiquiátrica em nível nacional, estadual e local e com isso
solicitar deles a inversão de prioridades, buscando a implantação de
serviços de saúde mental.

OBRAS CONSULTADAS
ODA, A. M. G. R., DALGALARRONDO, P. História das primeiras instituições para
alienados no Brasil. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, 12 (3): 983-1010,
set.-dez. 2005.
História da Psiquiatria - A Loucura e os Legisladores
Walmor J. Piccinini e Ana Maria G. R. Oda
FEFFERMANN, M et al, 2000. Estudo do Perfil das Potencialidades dos
Municípios do Estado de São Paulo para o desenvolvimento e Implantação de
Propostas Assistenciais de Atenção em Saúde Mental na Perspectiva da reforma
psiquiátrica. São Paulo, projeto do Instituto de Saúde, (não publicado).* Alguns
artigos que serão hospedados oportunamente.

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