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10).
Trata-se de duas lgicas de pensamento e de f: o medo de perder os
salvos e o desejo de salvar os perdidos. Hoje, s vezes, tambm
acontece encontrarmo-nos na encruzilhada destas duas lgicas: a dos
doutores da lei, ou seja marginalizar o perigo afastando a pessoa
contagiada, e a lgica de Deus que, com a sua misericrdia, abraa e
acolhe reintegrando e transformando o mal em bem, a condenao em
salvao e a excluso em anncio.
Estas duas lgicas percorrem toda a histria da Igreja: marginalizar e
reintegrar. So Paulo, ao pr em prtica o mandamento do Senhor de
levar o anncio do Evangelho at aos ltimos confins da terra (cf. Mt 28,
19), escandalizou e encontrou forte resistncia e grande hostilidade
sobretudo da parte daqueles que exigiam, inclusive aos pagos
convertidos, uma observncia incondicional da Lei mosaica. O prprio So
Pedro foi duramente criticado pela comunidade, quando entrou na casa de
Cornlio, um centurio pago (cf. Act 10) .
O caminho da Igreja, desde o Conclio de Jerusalm em diante, sempre
o de Jesus: o caminho da misericrdia e da integrao. Isto no significa
subestimar os perigos nem fazer entrar os lobos no rebanho, mas acolher
o filho prdigo arrependido; curar com determinao e coragem as feridas
do pecado; arregaar as mangas em vez de ficar a olhar passivamente o
sofrimento do mundo. O caminho da Igreja no condenar eternamente
ningum; derramar a misericrdia de Deus sobre todas as pessoas que a
pedem com corao sincero; o caminho da Igreja precisamente sair do
prprio recinto para ir procura dos afastados nas periferias essenciais
da existncia; adoptar integralmente a lgica de Deus; seguir o Mestre,
que disse: No so os que tm sade que precisam de mdico, mas os
que esto doentes. No foram os justos que Eu vim chamar ao
arrependimento, mas os pecadores (Lc 5, 31-32).
Curando o leproso, Jesus no provoca qualquer dano a quem so, antes
livra-o do medo; no lhe cria um perigo, mas d-lhe um irmo; no
despreza a Lei, mas preza o homem, para o qual Deus inspirou a Lei. De
facto, Jesus liberta os sos da tentao do irmo mais velho (cf. Lc 15,
11-32) e do peso da inveja e da murmurao dos trabalhadores que
suportaram o cansao do dia e o seu calor (cf. Mt 20, 1-16).
Consequentemente, a caridade no pode ser neutra, assptica,
indiferente, morna ou equidistante. A caridade contagia, apaixona, arrisca
e envolve. Porque a caridade verdadeira sempre imerecida, incondicional
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