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A Lepra

A lepra foi durante muito tempo incurável e muito mutiladora, forçando o isolamento
dos pacientes em gafarias, leprosários em português do Brasil, principalmente na
Europa na Idade Média, onde eram obrigados a carregar sinos para anunciar a sua
presença. A lepra deu nessa altura origem a medidas de segregação, algumas vezes
hereditárias, como no caso dos Cagots no sudoeste da França.

Epidemiologia
Além do Homem, outros animais de que se tem notícia de serem
suscetíveis à lepra são algumas espécies de macacos, coelhos, ratos
e o tatu. Este último pode servir de reservatório e há casos
comprovados no sul dos EUA de transmissão por ele. Contudo a
maioria dos casos é de transmissão entre seres humanos.

A lepra ataca hoje em dia ainda mais de 12 milhões de pessoas em


todo o mundo. Há 700.000 casos novos por ano no mundo. No entanto em países
desenvolvidos é quase inexistente, por exemplo a França conta com apenas 250 casos
declarados. Em 2000, 738.284 novos casos foram identificados (contra 640.000 em
1999). A OMS referencia 91 países afectados: a Índia, a Birmânia, o Nepal totalizam
70% dos casos em 2000. Em 2002, 763.917 novos casos foram detectados: o Brasil,
Madagáscar, Moçambique, a Tanzânia e o Nepal representam então 90% dos casos de
lepra. Estima-se a 2 milhões o número de pessoas severamente mutiladas pela lepra em
todo o mundo.

Transmissão
A lepra é transmitida por gotículas de saliva. O bacilo Mycobacterium leprae é
eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o
ato de falar, espirrar ou tossir.

A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é
muito pouco provável a cada contacto. A incubação, excepcionalmente longa (vários
anos), explica por que a doença se desenvolve mais comum ente em indivíduos adultos,
apesar de que crianças também podem ser contaminadas (a alta prevalência de lepra em
crianças é indicativo de um alto índice da doença em uma região).
Noventa por cento (90%) da população tem resistência ao bacilo de Hansen (M. leprae),
causador da lepra, e conseguem controlar a infecção. As formas contagiantes são a
virchowiana e a dimorfa.

Indivíduos em tratamento ou já curados não transmitem mais a lepra.

Mas de forma geral a lepra não é transmissível...

Progressão e sintomas
Um dos primeiros efeitos da lepra, devido ao acometimento dos nervos, é a supressão da
sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar entre o frio e o quente no local
afectado. Mais tardiamente pode evoluir para diminuição da sensação de dor no local.

A lepra indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria dos casos em


manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente
avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente,
diminuição da sudorese sobre a mancha (anidrose). A partir do estado inicial, a lepra
pode então permanecer estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode
evoluir para lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição genética
particular de cada paciente. A lepra pode adoptar também vários cursos intermediários
entre estes dois tipos de lepra, sendo então denominada lepra dimorfa.

Trabalho Realizado Por:

Maria Pires, nº17 6ºG

APARF
Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF) iniciou
uma grande maratona por um mundo sem lepra, a fim de levar
tratamento, cura e reinserção social a todos os leprosos. A APARF uma
instituição com uma história semelhante à das pessoas. Nasceu do amor
pelos leprosos, que sofrem uma doença atroz e a rejeição da sociedade.
Os doentes de lepra são ainda mais de dez milhões, havendo muitos
milhares que não recebem assistência médica.
O nascimento da APARF, em 1987, liga-se à vida e obra de um grande humanista do
século XX – Raoul Follereau, e à acção dos Missionários Combonianos.
Raoul Follereau nasceu em França em 1903. Jornalista de profissão, em 1935 foi ao
Níger (África). Ali teve o primeiro contacto com leprosos. Ficou muito chocado ao ver
como estes doentes eram rejeitados e abandonados em lugares desertos onde morriam
de lepra e de fome.
O drama dos leprosos mudou completamente o rumo da vida de Follereau. Deixa a
profissão e entrega-se à defesa dos direitos humanos destas pessoas estigmatizadas e
angaria fundos para as tratar com dignidade. Visita-as, abraça-as, leva-lhes carinho e
conforto. Contacta governantes, faz conferências, revolve mentalidades. Edifica
unidades hospitalares para os leprosos, preconiza o seu tratamento no seu meio familiar
e condena o medo e o abandono de que eram vítimas.
Para melhor sensibilizar a população mundial, Raoul Follereau pediu à ONU a
criação do Dia Mundial dos Leprosos, que desde 1954 passou a ser celebrado no último
domingo de Janeiro.
Em Portugal, a celebração do Dia Mundial dos Leprosos foi assumida pelos
Missionários Combonianos. O facto de tratarem doentes de lepra nas suas missões
torna-os sensíveis aos seus sofrimentos. Os combonianos criaram uma associação com
uma tríplice finalidade: prosseguir os ideais de Raoul Follereau, sensibilizar os
portugueses e angariar fundos para tratar as vítimas da lepra e de todas as formas de

exclusão social.
Trabalho Realizado Por:
Maria Pires, nº17, 6ºG

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