Sei sulla pagina 1di 1

FRANCHISING E EMPREENDEDORISMO sexta-feira, 22 Janeiro de 2010 3

Fiducial procura “converter”


empresas de contabilidade
A Fiducial, rede de internacional de consultoria, contabilida-
de e apoio à gestão integrada no grupo Onebiz, prevê para
2010 “um ano marcado por grande prudência e austeridade
na gestão” das empresas, algo que a própria marca não fugirá.
Segundo Ilídio Faria, director nacional da rede, está prevista
a abertura de “seis novas unidades no modelo de franchising
“tradicional”, ou seja, aquele dirigido a novos empreendedores
que desejem iniciar uma actividade de consultoria e contabili-
dade por conta própria”.
Por outro lado, “prevemos “conver- balhadores por conta de outrem decidi-
ter” três empresas de contabilidade para ram criar o seu próprio emprego”.
a rede Fiducial. Estes últimos possuem O ano de 2009 coincidiu também com
uma vantagem extraordinária, visto que o lançamento de um produto de marca
a marca não cobra qualquer direito de própria e transversal a todas as marcas do
entrada para a rede”. Para além disso, a grupo Onebiz, os seguros Onebiz. “Este
Fiducial planeia abrir também três uni- produto veio reforçar o portefólio de servi-
dades próprias, o que, “se vier a aconte- ços oferecidos pela Fiducial, visto ser algo
cer, será um rasgo com o paradigma de complementar à actividade de aconselha-
expansão que a marca apresentou desde mento de gestão, bem como possibilitou
o seu início em Portugal”, disse à VE. o aumento dos rendimentos das unidades
Estas duas últimas surgem na sequên- através da venda de um novo produto”.
cia de uma estratégia adoptada em 2009, A marca fechou o último trimestre de
ano em que a Fiducial lançou um plano 2009 com balanço positivo, abrindo cin-
ambicioso de “conversões”. Segundo Ilí- co novas unidades e aumentado o volu-
dio Faria, “este surgiu não pela conjun- me de negócios da rede em 15%, para Ilídio Faria, director da Fiducial.
tura económica, mas sim pela antecipa- cerca de 5,4 milhões de euros no conjun-
ção de necessidades junto de empresas de to do ano. PUB

contabilidade”.
Como referiu, existem em Portugal Estado está preparado para SNC?
cerca de 80 mil técnicos de contas, dos
quais apenas cerca de 30 mil exercem a A entrada em vigor do Sistema de
actividade enquanto empresários/empre- Normalização Contabilística (SNC) vai
sas. No universo das empresas de conta- ser um enorme desafio para instituições
bilidade, apenas 1250 possuem um volu- públicas, empresas e técnicos de contas,
me de negócios anual superior a 75 mil considera. “Julgo, inclusivamente, que
euros/ano. “A conclusão é simples: temos está a ser um pouco desvalorizado pelos
um mercado muito fragmentado, onde organismos oficiais”. Durante o mês de
só cerca de 4% das empresas possuem Janeiro, a marca realiza várias acções de
condições para sobreviver com rentabili- formação práticas para os cerca de 300
dade. O nosso objectivo é, por isso, que colaboradores da rede.
sem qualquer investimento inicial, estas Porém, Ilídio Faria não se mostra con-
empresas de contabilidade possam inte- victo que o SNC possa trazer benefícios
grar” esta rede nacional “e assim parti- quanto à transparência e ética: “Hones-
lhar as mesmas estratégias de marketing, tamente, não acredito! O SNC é uma
procedimentos, ferramentas, tecnologia aproximação a standards contabilísticos,
e informação”. fiscais e de gestão internacionais. To-
dos nós já vimos casos como a Enron e
Balanço positivo em 2009 Worldcom, onde transparência e ética na
apresentação de contas não existiram. A
Até porque, continuou, a “conjuntura implementação em Portugal vai ser bas-
económica foi favorável ao desenvolvi- tante complicada, pois quem devia dar
mento do nosso negócio. Como alguém o exemplo, o Estado, tem-se mantido
disse, “enquanto muitos choram, nós estrategicamente afastado desta questão.
vendemos lenços”. Por um lado, “com Estou expectante em relação à entrega
a degradação das contas das empresas, das primeiras declarações fiscais de 2010,
houve uma maior necessidade de rigor, bem como candidaturas a incentivos na-
abrangência e rapidez na apresentação cionais e comunitários”. E interroga:
de informação financeira aos decisores, e “Estará o sistema fiscal e de gestão públi-
isso fez aumentar a procura por profis- co preparado para o SNC?”
sionais de qualidade”. Por sua vez, “com
MARC BARROS
o aumento do desemprego, muitos tra- marcbarros@vidaeconomica.pt

INTERVENÇÃO EXTERNA DEPENDENTE DE OE


Portugal está refém de uma “mistura explosiva” de desemprego, défice
público e endividamento externo elevado, considera. “A recuperação a que
temos assistido é, na minha opinião, uma recuperação em “W”, aquilo que
os analistas técnicos chamam de “rebound”. Portugal está numa encruzi-
lhada, e só um Orçamento de Estado de 2010 muito rigoroso e com cortes
significativos na despesa pública podem salvar o país de uma eventual
intervenção externa”. Sem querer ser “catastrofista”, Ilídio Faria, indica
que “o pior que poderia acontecer era haver uma outra crise de crédito
em virtude de uma queda do “rating” da dívida pública de Portugal, o que
tornaria o crédito mais restrito e mais caro para todas as entidades portu-
guesas”.

Potrebbero piacerti anche