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ESCORSIM, Sérgio. 1
KOVALESKI, João Luiz. 2
FRANCISCO, Antônio Carlos de. 3
Resumo
Abstract
This paper aims to discuss the motivation and disorganization of companies’ managers
and how these factors influence management. The cases of two family organizations of
the metal-mechanic sector are analyzed, as well as the facts that involve the owners of
those companies. Whereas one goes through a financial crisis, the other, which derives
from the former, is a entrepreneurship success. The cases reflect the motivation styles,
the consequences of well and bad conducted administration and the necessity for
management changing.
Key words: management styles, motivation, resistance to changes.
1
Especialista em Administração. Professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa. E-mail:
escorsim@uol.com.br.
2
Doutor em Automação Eletrônica de Processos Elétricos e Industriais. Professor do Centro Federal de Educação
Tecnológica/PR. E-mail: kovaleski@pg.cefetpr.br
3
Doutor em Engenharia da Produção. Professor do Centro Federal de Educação Tecnológica/PR. E-mail:
acfrancisco@pg.cefetpr.br
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Introdução
gestão, dentre elas: reciclar permanentemente seus conhecimentos, saber comunicar, ter
que existem, porque trata com pessoas, e pessoas são seres extremamente complexos.
metal-mecânico e fatos que envolvem os donos das empresas. Enquanto uma atravessa
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aspectos básicos dos mecanismos que levam o indivíduo a agir de diferentes formas.
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afirmar que
1.1 Motivação
é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma, isto é, tudo aquilo
Steiner (1964 apud Chiavenato, 1982, p. 417), motivação é “um estado profundo que
indivíduo para que tome ações que irão preencher uma necessidade ou realizar uma
meta desejada.”
insatisfeito, lutando sempre para conseguir algo mais que julga imprescindível a sua
satisfação. O impulso que leva o homem a lutar por algo é determinado por alguma
necessidade real ou aparente, orientada basicamente por suas expectativas ou pelos seus
desejos.” Uma necessidade satisfeita não é motivação para permanecer no mesmo nível,
são complexas e podem ser consideradas infinitas, pois sempre estará faltando alguma
propulsora da produção.
Pessoas são seres complexos, têm desejos, impulsos, instintos, necessidades, vontade e
intenção. Este conjunto de fatores está sempre dirigido para um alvo que varia de pessoa
para pessoa mas, de forma intrínseca, o homem busca felicidade, que é obtida através
campo das motivações, criou uma teoria segundo a qual as necessidades humanas estão
estão as necessidades mais baixas e no topo as mais elevadas. Diz Maslow que as
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hierarquia das necessidades, quer seja membro de uma tribo primitiva, de um grupo de
(H.X). HX é uma pessoa humilde, não tem estudos, mora em péssimas condições num
casebre feito de madeira velha e coberto de lona nos arrabaldes da cidade. Para ganhar
dinheiro ele cata papel nas lixeiras do centro da cidade. H.X se alimenta mal, é doente e
vive mendigando para sobreviver. Nesta situação, ele se encaixa no 1° nível das
Mas, H.X. é uma pessoa de boa índole, e tem contato com muita gente
no centro da cidade, faz amizades, e uma pessoa em compaixão lhe dá as mãos, oferece
emprego e abrigo nos fundos de sua empresa, incentiva-o e consegue uma vaga para ele
estudar no 1° grau à noite, e ele num esforço gigantesco vai e consegue vencer esta fase.
Passado este período, H.X, já sabendo ler, escrever e se comunicar, consegue melhorar
no emprego e passa a ganhar mais. Com o tempo, ele melhora os ganhos fazendo
serviços extras em finais de semana. Agora, com mais renda, sai do 1° nível das
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necessidades fisiológicas e passa para o 2° nível, de “segurança”. Neste nível ele não
está mais desempregado e se protege de doenças e da extrema pobreza. H.X não quer
mais voltar a sofrer como antes e começa a ter ambição, vê seus colegas em melhores
condições e decide estudar o 2° grau em um curso técnico. Ele tem êxito, torna-se
salariais. Aí ele compra o seu primeiro carro usado, faz novas amizades, é aprovado pela
sociedade em que vive, conhece uma boa moça e contrai casamento. Ele foi para o 3°
nível da Hierarquia das Necessidades, o nível “social”. H.X não quer mais voltar para o
cargo de Gerente em uma grande empresa. Agora ele quer “status”, 4° nível da
pirâmide. Com seu novo poder de renda, compra carro novo, apartamento, faz viagens,
é respeitado, reconhecido, admirado, tem boa aparência e quer mais da vida. Faz pós-
realização”. Neste nível, passa a diretor da empresa e com rendimentos que lhe
permitem fazer muitas coisas e aproveitando o máximo de sua potencialidade, ele tem
sucesso e faz novas conquistas. Constrói uma mansão, carros importados, torna-se
empresário, compra fazenda, enfim, não há mais limites para H.X., e ele nunca mais
Em que nível ela se encontra na Hierarquia das Necessidades. Para ser bem simplista e
direto, não se consegue motivar alguém que está no 1° nível da Pirâmide falando em
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BMW, uísque importado, viagem às Ilhas Gregas etc... Quando se quer motivar alguém
1985 e 2004.
2.1 Sólio
de seu dirigente foi semelhante ao de HX, que ficou muito rico a partir do nada, fruto de
seu esforço pessoal. Tornou-se um grande empresário (A diferença com o HX é que este
empresário não tinha nem o 2° grau, fato este que não desvaloriza seu sucesso, mas
impede de conhecer e estar apto às grandes mudanças que ocorrem nos processos de
gestão). Descendente de família humilde e tendo vencido com muitas dificuldades para
chegar ao topo, esqueceu-se de seu passado e com o tempo ficou soberbo e prepotente.
A empresa não fornecia nenhum benefício interno ou externo aos seus funcionários. O
funcionários julgava ser um grande benefício. Mesmo assim um dia, ele comentou com
a esposa que tinha chegado a hora de fazer alguma coisa pelos seus funcionários e o
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dote culinário da esposa estava inserido em seus planos. “Fazer um grande jantar uma
vez por mês para os seus funcionários”, em homenagem ao seu sucesso e para dar uma
retribuição especial aos que tanto têm contribuído com este sucesso. Com a aprovação
encontro é marcado pela suntuosidade do evento: mesa finamente decorada com toalhas
de linho branco, talheres de prata, copos de cristal, uma pirâmide de frutas no centro da
mesa, fartas guloseimas, uísque escocês, vinhos importados, carnes nobres, frutos do
mar e saborosas sobremesas. O jantar é comandado pela sua esposa, que dá o toque em
exclusiva aos funcionários (não extensivo aos familiares). Tudo acontece no mais alto
estilo e a iniciativa é coroada de êxito pelo desfecho que culmina com os empregados
devorando tudo o que é servido. O casal fica feliz e promete repetir um novo jantar a
cada mês. E assim acontece. Por volta do 4º mês consecutivo, após o termino do jantar,
o casal de empresários começa a notar um certo desanimo por parte dos seus
funcionários, que já não reagem com a mesma satisfação dos primeiros jantares.
desânimo expresso nos rostos dos empregados. O empresário, que tem muitos negócios
em São Paulo, contrata uma empresa de alto padrão em Consultoria na área de Recursos
Humanos para ver o que está acontecendo em sua empresa com a insatisfação reinante
nos jantares festivos e o porquê dele não conseguir mais motivar seus empregados, pois,
na sua visão, ele está oferecendo o que tem de melhor a seus empregados.
consultoria a peso de ouro para dizer o óbvio ao empresário. No começo, tudo era
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novidade e a satisfação era apenas aparente, com o passar o tempo a tristeza começou a
tomar conta dos funcionários ao lembrar que eles estavam tendo uma noite de fartura
5º nível.
2.2 Worker
que ocupava o cargo de gerente de produção, demitiu-se e montou sua própria empresa
novo empresário sem nenhum recurso emprestou uma máquina dobradeira de chapas de
empreendedoras apenas com a habilidade que lhe pertencia. Com muita luta e muito
fábrica e suas ações, estão sempre voltadas e preocupadas com o bem estar dos
que se constitui num plano permanente de médio e longo prazo para financiamento da
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Conclusão
aproximadamente de 20 anos. No início dos anos 90, a Sólio era uma empresa
consolidada e a Worker lutava para vencer. Os fatos narrados neste estudo de casos não
produtos focados nas necessidades dos clientes, sistemas de gestão, e está sempre
presente e motivando o trabalhador, procurando saber o que falta e o que pode ser feito
para melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores. A Sólio, outrora poderosa, é
Maslow dizia que, para se ter uma força de trabalho motivada, deve-se
2003, p. 248).
necessários para a manutenção da saúde. Diz também que todos têm estas necessidades
reflexão sobre o caso da Sólio e da Worker. O ser humano, ao longo de sua existência,
para suprir o impacto de uma perda, apega-se em outra para se conformar ou compensar
aquela perda. Por exemplo, quando se perde um ente querido ou quando um casal se
divorcia, uma grande angustia passa a tomar conta da mente, que só é compensada
que se associam pela compensação. O ser humano progride, evolui e produz motivado
fatores estes que levam a empresa ao sucesso. Daí a conclusão: Motivação é um fator
REFERÊNCIAS
www.ship.edu/~cgboeree/malow.html>
McGraw-Hill, 1991.
Científicos, 1982.