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Prólogo

M inha estória começa numa pequena vila que foi trazida pelo mar. Muitos
homens vieram do mar então a pesca é a principal renda desse pequeno povoado, e é
onde eu vivo, sou Keyli Factori, mas me chame apenas de Locke. Sou a filha de um
pescador e de uma cozinheira de mão cheia.
E minha estória começa aqui, no dia que meu pai trouxe a maior pesca da vida
dele:

- Locke! – Chamou meu pai, alto, de cabelos até o ombro e louro – me ajuda a trazer o
jantar de hoje, tivemos uma boa pescaria hoje – E era a maior que via, para ele me pedir
ajuda:
- Papai, e o que eu tenho de fazer?
- Ajude sua irmã, as duas juntas podem carregar! – Doleta, minha irmã mala sem alça,
tinha uns oito anos de idade, imatura demais para conviver ao lado dela, vivia me
atormentado como se eu fosse sua melhor amiga:
- Locke, eu andei pensando e você podia me levar junto quando fosse à cidade! – Ah,
claro e aturar esse mini projeto de adulta – Quero trabalhar!
- Não! Doleta, você só quer saber de brincar, e eu vou para a cidade trabalhar – Seria
difícil pedir para que ela não me atormenta-se? Ela me perguntou isso à décima vez só
hoje. Hoje, tirando os outros dias:
- Mas eu queria trabalhar também, quero ser útil – Disse minha irmã, mas para ser útil
era fácil, basta-se estar calada:
- Minha filha, você é criança, e tem de brincar, deixe sua irmã fazer isso, ela já é quase
uma mocinha e precisa começar a trabalhar – Disse minha mãe, aparecendo para nos
ajudar. Ela era linda, com o cabelo castanho claro numa trança única que ia até o fim
das costas.
Essa é a família Factori, somos normais, aparentemente, se não fosse pelo meu
avô que vive a contar histórias sobre a família dizendo que somos uma raça antiga que
viemos dos guardiões da “Chave do Destino”:
- Vovô, mas como isso pode acontecer com a nossa família? – Disse a chata da minha
irmã:
- A família guarda muitos segredos, e uma de vocês é a escolhida! – arregalando os
olhos como se estivesse tendo um ataque, e era assim sempre que ficávamos curiosos
com as estórias que contava:
- Então essa sou eu! – Disse Doleta feliz apontando para si mesma – Porque a Locke
não acredita mais nisso, e sempre são as crianças que guardam essas coisas! – toda
meiga e cabisbaixa:
- Doleta, você tem de parar de acreditar nessas coisas, o vovô só conta essas histórias
para dormirmos – eu era desacreditada de tudo aquilo, quando tinha a idade de Doleta
eu podia acreditar, mas aos quatorze eu já não queria mais aquilo:
E meu avô como se ouvi-se meus pensamentos apenas sorriu e começou a andar
para sua cama. Minha mãe o para no meio do corredor e diz:
- Já vai dormir pai? – Como se aquela pergunta o fizesse melhorar, minha mãe não
gostava de ver o vovô triste:
- Sim, suas filhas não acreditam mais no que eu conto, para elas não passam de mentiras
que eu invento – e eu confesso que poderia ter ficado quieta, mas a Doleta, a culpa foi
dela por ser tão... mas ela é... foi... ta, a culpa foi minha:
- Não! Suas estórias são ótimas, mas Locke já tem quase quinze anos, e não acedita
mais em estórias! – Mesmo dizendo isso, acho que nada reconfortaria meu avô, mas eu
sei que no dia seguinte ele começaria tudo de novo, era como se fosse um ciclo vicioso:
- E eu, mamãe? Sou grande demais para acreditar nelas? – Será que a estória poderia
acabar aqui? Ta bom, não dá para agüentar a mala de minha irmã:
- Quando chegar a minha idade Doleta, você vai parar de acreditar! – Essa seria no
âmago se meu avô ouvi-se:
- Não! Eu não vou, assim como o vovô ainda acredita!

Fiquei pensando em tudo que fora dito naquela noite, e talvez devesse guardar
aquilo só para mim e não dizer na frente de meu avô.
No dia seguinte acordei disposta, era o dia de ir a cidade vizinha vender os
peixes que meu pai pescara e mamãe cozinhara e também rever meu amigo Victor
Screwdriver, um mecânico, magro de cabelo crespo com um macacão sempre sujo. Ele
que aparentava dezesseis. Era muito bom no que fazia e até construiu um robô
sozinho... Só que não funcionará perfeitamente:
- Victor! Bom dia! – Estava feliz, adorava ir a cidade e conversar muitas coisas com
Victor, ele era paciente, e gostava de me ouvir:
- Bom dia Locke, já vai para a cidade? – Disse sempre com seu bom humor para
comigo:
- Sim, tenho de vender esses peixes... Quer ir? – Como sempre educada, mas ciente de
que ele nunca diria não:
- Claro, tenho de comprar novas peças – Será que aquele robô um dia funcionaria? –
Meu robô ficará pronto e ajudara a todos por aqui:
- Você acha que ele pode ser terminado? – Victor podia ser o melhor na vila, nessas
coisas mecânicas, mas o que ele queria era um robô que tivesse sentimentos, algo que só
uma pessoa teria feito – Cid... você quer fazer a mesma coisa que seu grande ídolo fez,
Cid Keygen!
- Claro! Eu sou ou não sou um bom mecânico... Eu não desisto, pois Cid nunca
desistiria!
Cid Keygen o mecânico mais renomado da região de Robotyca. Ele construiu
enormes naves e robôs que ajudam a população com suas coisas e é o maior ídolo de
Victor.

Fui para a cidade vizinha de Mirna, mais conhecida como a cidade do comercio,
aonde todas as pessoas vão para vender iguarias, umas boas e outras enganosas, é uma
cidade conhecida também por um misticismo falso, mas aquele dia era um dia que
mudaria para sempre minha vida:
- Como assim? Pegaram minha vaga na feira! – E tinha uma velha maluca sentada bem
na vaga a qual sempre usará:
- Locke, espere! – Disse meu amigo, pois ele era um pouco receoso:
- Quem você pensa que é? Essa vaga é minha senhora! – Disse isso sem nenhuma
cordialidade, pois as pessoas naquela cidade eram todas assim e tinham de ser tratadas
do mesmo jeito:
- Oh! Desculpe, eu... – Disse a velha de cabelos laranja e roupa roxa, meio que olhando
espantada ao me ver – Você!
- O que? O que tenho eu? – Ainda sem cordialidade me olhando toda:
- Você carrega em si mesma a chave do destino – parecia brincadeira, meu avô mandou
aquela velha para tentar me fazer convencida de que toda essa estória de chave fosse
verdade? Justo nessa cidade a qual a mentira rola solta:
- Desculpe velha, mas se meu avô mandou você aqui? Diga a ele que foi uma péssima
idéia, porque eu nunca acreditaria nesse misticismo, eu não acredito nisso!
- Não! Você não entende! – Entendo, passei anos ouvindo a estória, e vendo a mentira
nessa cidade:
- Olha sua velha, quer sair logo! Eu tenho de vender esses peixes! – Eu era mais ainda
sem educação com a velhota:
- Não! Você não entende... – Ela poderia parar de teimar, até parecia minha irmã!
- Olha aqui... – E fui impedida por Victor que agora me tirava de perto dela:
- Deixa... Vamos para outro lado, deixa para lá Locke! – E algo em sua voz me
reconfortou, pois ao mesmo tempo que era hesitante, ele tinha razão era melhor me
afastar, por isso somos bons amigos, eu um pouco estourada e ele o calmo, então os
opostos se atraiam.

E assim abandonamos o lugar e deixamos a velha com olhar estático, pensando


no que viu dentro de mim, que para engano dela a velha era uma pessoa mística e que
viu algo muito importante, algo que mudaria para sempre minha vida.

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