Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
369
do Ensino Fundamental.
do Ensino Fundamental.
de aproveitamento na disciplina
Miguel de Mattos.
de ensinar a Gramática.
4
AGRADECIMENTOS
Agradecemos, primeiramente, a Deus porque se não fosse por Ele nós não faríamos
este trabalho, pois é Ele quem nos dá a vida. Aos nossos colegas que nos ajudaram
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 16
6
INTRODUÇÃO
proposta de ensino da língua portuguesa para a 6a série. Para isso, vários autores foram
regionais.
Sem nos aprofundarmos no tema, tentamos mostrar que o domínio da língua tem
estreita relação com a participação social, pois, é por meio dela que o homem se comunica,
tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de
qual enfatizamos a interação social tão citada pelos autores e especialmente pelo Travaglia
(1995) que evidencia a necessidade do contato do aluno com textos utilizando em situações de
interação comunicativa o mais variável possível; segundo, proposta alternativa para o ensino
Nas considerações finais “fechamos a pesquisa” conscientes que há muito a ser feito
Desde o início da década de 80, o ensino da Língua Portuguesa na escola tem sido o
ensino fundamental, o eixo da discussão, no que se refere ao fracasso escolar, tem sido a
questão da leitura e da escrita. Sabe-se que os índices brasileiros de repetência nas séries
iniciais estão ligados diretamente a dificuldade que a escola tem de ensinar a ler e escrever.
primeiro, por dificuldade em alfabetizar; no segundo, por não conseguir garantir o uso eficaz
da linguagem, condição para que os alunos possam continuar a progredir até, pelo menos, o
propostos para leitura e organizar idéias por escrito, de forma legível, levou as universidades a
trocar os testes de múltipla escolha, por questões dissertativas e aumentar o peso da prova de
redação.
NEVES, M.H.M em sua obra A gramática: história, teoria e análise, ensino (2002)
comenta que, o registro a ser trabalhado na escola deve ser: a defesa da norma padrão e o
respeito ao registro popular do aluno, gira em torno da interação. Nesse sentido o que se
espera da escola é que ela se esforce para prover à criança toda a apropriação de vivência e de
conhecimento que lhe assegure um domínio lingüístico capaz de garantir a produção dos
textos adequados às situações, de modo que ela possa ocupar posições na sociedade.
8
É sabido que grande parte dos alunos do ensino fundamental e médio entra para a
escola com uma apropriação de padrões lingüísticos bem distante dos que a sociedade aceita e
respeita. Contudo, ao aluno, não deve ser dito que a forma que ele expressa é errada, é apenas
nossa língua.
de que “o objetivo da escola é ensinar o português padrão”. Neste aspecto, atribui o fracasso
sociais complexos, que em parte podem ser resolvidos na própria escola, bastando para isso,
ter uma concepção clara do que seja uma língua e do que seja um ser humano no ponto de
vista do ensino - aprendizagem. Pondera que todas as línguas não são nem simples e nem
complexas, são apenas diferentes. O mesmo argumento é válido para a comparação entre os
dialetos de uma mesma língua (popular e padrão) cuja distinção se faz pelos aspectos e não
A variação lingüística não pode ser entendida como erro. Há uma gama de variedades
lingüísticas próprias do contexto sócio cultural do aluno – não há linguagem melhor ou pior –
do ponto de vista dos lingüistas. Todas se articulam na forma de regras bastante complexas. A
norma culta também é uma variante lingüística, só que, sendo valorizada socialmente, adquire
número possível de regras desta variante. No entanto, vale lembrar que o padrão culto está
Podemos afirmar, com certeza, que os padrões do século XIX não mais correspondem aos do
século XX. Por exemplo, os textos de Machado de Assis eram escritos da forma a atender à
uma atividade complexa a medida em que nos distanciamos no espaço e no tempo do autor e
jornalística, encontrada nas revistas, nos jornais, livros didáticos e científicos, vamos
encontradas nos jornais e revistas são as mesmas dos compêndios e livros científicos, mas
também não se percebem as variações regionais marcadas: um jornal do Recife usa a mesma
padrão altamente uniforme no país e podemos encontrá-lo nos textos jornalísticos e técnicos.
português a falantes nativos de português?” destaca que a melhor resposta é aquele que se
Evidencia que para a execução desse objetivo deve se propiciar o contato e o trabalho do
aluno com textos utilizados em situações de interação comunicativa o mais variado possível.
A maior parte dos professores reclama que os alunos não “sabem” ler e escrever,
porém, a distribuição dos conteúdos da gramática tradicional prevalece, em grande parte dos
“(...) Uma experiência que não se conseguiu fazer com sucesso é a de levar os alunos
que lêem e escrevem mal a corrigirem essas deficiências através do ensino gramatical
explícito. Por outro lado, há exemplos suficientes de bons leitores e escritores que são
10
(...)” (Perini, M.A. pág. 28), citação feita na obra de Travaglia (1995).
11
Segundo a abordagem dos autores Travaglia (1995), Neves (2002) e Possenti (1996)
mecanismos de articulação da língua, muito antes de entrar na escola e o professor pode levar
Não se esquecendo que há uma variante de língua, o dialeto – padrão, com exclusão de
outras variantes e as sugestões para uma revisão gramatical é rever afirmações da norma
dialeto padrão valorizar o papel da adequação da linguagem como forma de ensino, criar uma
teoria mais consciente e livre de contradições, teorizar com maior rigor de raciocínio e
responsabilidade, pois, o que queremos são que os alunos aprendam a descrever os fatos da
evitar esta prisão imposta pela prática de ensino da gramática nas escolas, fazendo os alunos
analisarem e refletirem sobre os textos: orais e escritos, não perdendo a função que cada
entrar neste sistema de textos orais e escritos, mesmo sem dominá-los, pois, ela irá elaborar
12
uma série de hipóteses sobre os conceitos que ao término do 1o grau as informações estarão
Língua oral – não é papel da escola ensinar o aluno a falar, isso é algo que a
criança aprende muito antes da idade escolar. Talvez, por isso, a escola não
tenha tomado para si a tarefa de ensinar quaisquer usos e formas da língua oral.
traços da oralidade nos textos escritos). São práticas que permitem ao aluno
do uso da escrita.
Proposta de atividade
parte das significações existentes. De outra forma, pretendemos amenizar a perda, propondo
atividades mais relacionadas ao ato de significação, mesmo sabendo que estamos, na verdade,
Atividade 1
Formar grupos na sala de aula e distribuir um tema para cada grupo para que eles
maneira que cada grupo receba o texto de outro grupo. Cada grupo escolherá um aluno para
fazer a leitura para a sala e no final será escolhido um só tema para um debate geral com o
fechamento da professora.
Atividade 2
Pedir para que os alunos observem a sua própria fala e a de outras pessoas e depois de
ter observado, escrever “como se fala”. Para que eles possam observar as diferenças entre a
“fala” e a “escrita” e comentar com os outros alunos que a linguagem oral vem antes da
escrita, mas que com o decorrer do tempo a escrita começa a criar as suas próprias regras de
representação, gerando uma nova língua “a que se escreve”, diferente daquela “que se fala”.
Atividade 3
Pedir para o aluno criar um sistema de escrita (códigos) que não se utilizem do
alfabeto. O aluno poderá criar símbolos para palavras, sílabas ou letras, escrevendo como tais
Exemplo: Um desenho de uma bicicleta com uma tarja em cima que quer dizer
escrita.
14
Atividade 4
A professora fará duplas e distribuirá frases para cada dupla. Frases que foram escritas
exatamente da maneira em que se fala e pedirá para que as duplas criem um diálogo com as
frases não da maneira que se “fala” e sim da maneira em que se “escreve” para treinar a forma
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando toda a pesquisa feita, percebemos que muitos alunos utilizam-se das
regras sem saber o porquê; adquiriram-nas através da leitura dos textos. Se for importante
conscientizá-los da sua utilização, isto é, saber usar e dizer porquê, estes conteúdos tornaram-
convenções. Até o momento discutimos (normas) da língua escrita que podem ser aprendidas
leitura e da escrita e que o aluno deve utilizá-los. A falta de domínio das normas não significa
não saber escrever / falar. Tais convenções externas ao sistema da escrita são aprendidas,
porque nós como professores, temos dúvidas sobre as normas e quando isto acontece
materiais de apoio no caso da incerteza. Por isso, um bom dicionário e uma boa gramática
REFERÊNCIAS
NEVES, M.H.M. A gramática: história, teoria e análise, ensino. São Paulo: Editora Unesp,
2002.
Letras/ALB, 1996.