Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
23 de
Março de A Capital Nortenha de Portugal
2009
Porto
A CAPITAL NORTENHA DE PORTUGAL
Distrito do Porto
Página 1
Porto
Página 2
Porto
A gente do Porto
Página 3
Porto
Gastronomia
Caldo Verde
O caldo verde está sempre presente nas ementas do Porto e da região minhota.
Este caldo de batatas e couve verde de folha larga cortada finamente e regada
com um fio de azeite é referenciado em vários livros de Camilo Castelo Branco
como alimento matinal. Devido à sua simplicidade e leveza come-se sempre no
início da refeição ou numa ceia tardia.
Broa
O pão do norte é a Broa, feita de milho umas vezes branco outras amarelo, com
mais ou menos centeio. É o acompanhamento das sardinhas assadas ou fritas, de
pratos de bacalhau ou do caldo verde. O milho, outrora trazido do continente
americano, depressa entrou nos nossos hábitos alimentares devido ao seu fácil
Página 4
Porto
cultivo e por ser mais saboroso do que o centeio com que se fazia o pão até
então.
Bacalhau à Gomes de Sá
Gomes de Sá era um comerciante do Porto nos finais do séc. XIX. A ele se deve
esta receita de bacalhau que, segundo a lenda, terá sido criada com os mesmos
ingredientes (à excepção do leite) com que semanalmente fazia os bolinhos de
bacalhau que deliciavam os amigos. Com efeito, os ingredientes são os mesmos,
mas a receita resulta de uma confecção cuidada e de grande requinte. A receita
que se segue é retirada de um manuscrito atribuído ao próprio Gomes de Sá que
terá dado a receita a um seu amigo, João, com a deliciosa nota: "João se alterar
qualquer cousa já não fica capaz"
Receita original
Cabrito Assado
Talvez por São João ser representado sempre com o cordeiro aos pés, numa
alusão ao cordeiro de Deus, talvez por nesta altura do ano ser mais abundante
Página 5
Porto
esta carne, o que é certo é que não há festa ao São João sem um anho assado no
forno ou cabritinho, sempre acompanhados por batatinhas novas, arroz de forno
com enchidos e miudezas e grelos salteados. É também o prato tradicional da
Páscoa - uma alusão sem dúvida bíblica e de tradição judaica - mantendo a
receita mas com tenro cabritinho.
O prato que dá o nome às gentes do Porto tem uma longa história. Embora
existam várias receitas de tripas, como as de Caen, Lyonaises ou os callos à
Madrileña, nenhuma assumiu um enquadramento histórico como as do Porto. A
versão mais popular da lenda/história e que tem mais defensores e suporte
histórico tem origem na grande aventura das Descobertas em que um filho da
terra, o Infante Dom Henrique, precisando de carne para abastecer as suas
caravelas para a conquista de Ceuta terá pedido ao povo ajuda no fornecimento
das embarcações para tão grande empresa. O povo do Porto acorreu ao
chamamento do seu Príncipe e logo encheu na quantidade necessária as barricas
de madeira com carne salgada, ficando com as tripas que cozinharam em
estufado grosso com enchidos e carne gorda, acompanhado na altura com
grossas fatias de pão escuro. Mais tarde foi adicionado o feijão branco, conquista
da descoberta de novos mundos, que também teve origem no mesmo senhor que
encheu de carne os porões das suas caravelas. O prato ficou para a História de
uma cidade que se revê não só nesta iguaria suculenta de aromas de cominhos e
pimenta preta, adubada com enchidos de fumeiros caseiros e galinha gorda, mas
sobretudo no gesto de entrega num dos momentos altos da nação portuguesa.
Francesinha
Iguaria das noites do Porto, do fora de horas ou da refeição rápida, esta receita
nasce na cidade nos anos sessenta numa inovação do croque-monsieur que um
emigrante tantas vezes fizera em França, onde trabalhava. A sua forma abundante
na quantidade e na diversidade dos artigos que a acompanham, adubada com um
molho de marisco picante, veio de facto ao encontro das gentes do Porto que
gostam de comidas com sabores carregados e de bom sustento. É, pois, um prato
jovem, de convívio, grande na porção, quente no palato, inventivo na receita.
Página 6
Porto
Papos de Anjos
Muitos eram os conventos que existiam no Porto e que deram a conhecer receitas
de doces que faziam a ainda fazem a delícia da mesa desta cidade, que tem
sempre como apoteose de um repasto, uns docinhos de ovos. Pertencente à
diocese do Porto, o convento de Amarante é conhecido, para além da sua
arquitectura, pelos seus papos de anjo, queijinhos de São Gonçalo, lérias e
foguetes. Na mesma diocese, o convento das Clarissas de Vila do Conde guardava
uma receita de sopa doce. Mesmo no centro da cidade são famosas as trouxas-
de-ovos do Convento da Avé Maria, local que deu lugar à estação de São Bento. O
pudim de gemas e vinho do Porto é também um dos inúmeros doces que fazem
parte da nossa tradição gastronómica. Muito doce, é todavia cortado pelo cálice
de bom vinho do Porto que o deve acompanhar.
Pão-de-ló
É no Porto que este doce encontra a sua expressão máxima. A Casa Margaridense,
na Travessa de Cedofeita, confecciona-o como ninguém. Trata-se de um bolo
fofo e leve que se come durante todo o ano mas que tem maior consumo na
Páscoa. É um óptimo acompanhamento para o vinho do Porto e é muitas vezes o
pão para acompanhar o queijo da serra no Natal. Todos os pretextos são válidos
para degustar este doce, tido como um manjar dos deuses.
Biscoito da Teixeira
Nas feiras e romarias é sempre possível encontrar este doce, de consistência dura,
cor escura devido ao açúcar e gosto suave a açafrão. Está sempre presente em
todas as romarias de entre Douro e Minho, conhecido por muitos pelo nome de
intruso ou metediço. É apreciado sobretudo pelos mais velhos que o recordam
das ancestrais festas religiosas que durante muitos anos eram a única animação
cultural. Ainda hoje nas festas de Nossa Senhora da Lapa, São Lázaro e Senhora
da Saúde se encontra o doce da Teixeira.
Vinho do Porto
Página 7
Porto
As caves de Vinho do Porto são o local privilegiado para tomar contacto com esta
bebida nacional e toda a sua história. Abertas ao público,
oferecem a oportunidade de degustar este precioso néctar,
conhecer o seu percurso ao longo dos tempos, a região onde
é produzido e a forma como é obtido.
Página 8
Porto
Artesanato
Página 9
Porto
Geminações:
Beira (Moçambique)
Bordeaux (França)
Bristol (Grã-Bretanha)
Jena (Alemanha)
Lemba e Cidade das Neves (S. Tomé e Príncipe)
Lièges (Bélgica)
Luanda (Angola)
Macau e Shang Hai (China)
Mindelo (Cabo Verde)
N’Dola (Zâmbia)
Nagasaki (Japão)
Recife (Brasil)
Vigo e Duruelo de La Sierra (Espanha)
Figuras Históricas:
Página 10
Porto
Fernanda Ribeiro
Fernandes Tomás
Hélder Pacheco
Infante D. Henrique
José Rodrigues
Manuel Oliveira
Mário Cláudio
Oliveira Martins
Óscar Lopes
Passos Manuel
Pedro Abrunhosa
Pedro Burmester
Ramalho Ortigão
Rodrigues de Freitas
Rodrigues Sampaio
Rosa Mota
Rui Reininho
Rui Veloso
Sampaio Bruno
Sérgio Godinho
Silva Porto
Teixeira de Pascoaes
Vieira Portuense
Vímara Peres
Página 11
Porto
Festa da Senhora do Ó
Festa da Senhora do Porto
Festas de S. João e S. Pedro
Romaria da Saúde
Romarias de S. Lázaro e de S. Bartolomeu
Abril
5. Domingo da Quaresma - Festa de S. Lázaro
Maio
1. Domingo de Maio - Festa da Sra. da Lapa
Junho
13 de Junho - Festa de Santo António da Estrada
24 de Junho - Festa de S. João das Fontaínhas
29 de Junho - Festa de S. Pedro de Miragaia
Agosto
Último Domingo de Agosto - Festa de S. Bartolomeu
15 de Agosto - Festa de N. Sra. Saúde
Setembro
1. Domingo de Setembro - Festa de Santa Clara
8 de Setembro - Festa de N. Sra. Campanhã
17 de Setembro - Festa N. Sra. do Ó
Cultura:
Página 12
Porto
Feriado Municipal
24 de Junho
Página 13
Porto
Felgueiras
A Igreja de Santa Maria de Airães, classificada como Monumento Nacional desde 1977, integra o
percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa. Esta Igreja constitui um
significativo exemplar da longa permanência do padrão construtivo da época românica no Vale do
Sousa.
O aspecto tardio dos capitéis do portal ocidental e das molduras e capitéis da cabeceira indica que
a Igreja deverá datar do final do século XIII ou do início do século XIV, embora esteja documentada
desde 1091.
A Igreja de São Mamede de Vila Verde integra o percurso turístico-cultural da Rota do Românico
do Vale do Sousa.
A referência documental mais antiga respeitante a esta Igreja data de 1220, integrando então o
padroado do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro.
Página 14
Porto
A Igreja de São Vicente de Sousa, classificada como Monumento Nacional desde 1977, integra o
percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
Esta Igreja conserva duas inscrições da época românica. A inscrição comemorativa da Dedicação
da Igreja está gravada na face externa da parede da nave, à direita do portal lateral norte.
Assegura que a Igreja foi sagrada em 1214. A outra inscrição data de 1162. É uma inscrição
funerária ou comemorativa da construção de um arcossólio, aberto na face exterior da parede sul
da capela-mor.
Página 15
Porto
A Igreja do Salvador de Unhão, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1950, integra
o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
A Igreja do Salvador de Unhão é um estimável testemunho da arquitectura românica portuguesa. O
portal principal, de excelente qualidade, apresenta um conjunto de capitéis vegetalistas
considerados entre os melhores esculpidos de todo o românico do Norte de Portugal.
Apesar das transformações que foi recebendo ao longo do tempo, conservou-se a epígrafe que
regista a Dedicação de uma igreja anterior, em 28 de Janeiro de 1165.
Página 16
Porto
O Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, classificado como Monumento Nacional desde 1910,
integra o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
Fundado por D. Gomes Echiegues e sua mulher Gontroda em 1102, foi um dos mais importantes
mosteiros Beneditinos de Entre-Douro-e-Minho.
A Igreja (séculos XII-XIII) é composta por três naves cobertas por arcos-diafragma e madeira. A
planta original da capela-mor, reconstruída no século XVIII, era semicircular como os absidíolos
ainda presentes.
Página 17
Porto
Lousada
A Igreja de Santa Maria de Meinedo, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1945,
integra o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
Esta Igreja apresenta um programa arquitectónico muito preso ao românico rural. A sua datação
deve ser situada entre o final do século XIII e o início do século XIV, embora o templo perpetue
esquemas decorativos e soluções construtivas que seguem os modelos românicos.
Página 18
Porto
A Igreja do Salvador de Aveleda, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1978, integra
o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
Esta Igreja é um testemunho da longa persistência das formas românicas na arquitectura medieval
portuguesa.
Página 19
Porto
Ponte de Espindo
Página 20
Porto
Ponte de Vilela
Página 21
Porto
Torre de Vilar
A Torre de Vilar, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1978, integra o percurso
turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
De planta rectangular, esta Torre ergue-se sobre um afloramento granítico que coroa uma
pequena elevação.
É construída em excelente aparelho de cantaria granítica, com a presença de siglas de canteiro.
Conserva a altura correspondente a cinco pisos. As fachadas apresentam numerosas seteiras.
Subsistem vários níveis de mísulas salientes que constituíam os apoios correspondentes aos
vigamentos de quatro pisos.
No interior conservam-se nichos que comprovam a função residencial desta Torre.
Um quinto e último piso correspondia ao adarve que deveria apresentar merlões, entretanto
desaparecidos.
A Torre de Vilar, mais do que uma construção militar, é um símbolo do poder senhorial sobre o
território. Constitui um estimável testemunho da existência da domus fortis, a residência senhorial
fortificada, na região do Vale do Sousa. Deverá ter sido construída entre a segunda metade do
século XIII e o início do século XIV.
Segundo as Inquirições de 1258, Sancte Marie de Vilar era Honra de D. Gil Martins e dos seus
descendentes, da estirpe dos Riba Vizela.
Página 22
Porto
Marco de Canaveses
Convento de Alpendurada
Página 23
Porto
Página 24
Porto
Página 25
Porto
Paços de Ferreira
O Mosteiro de São Pedro de Ferreira, classificado como Monumento Nacional desde 1928, integra
o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
A Igreja deste Mosteiro é um dos mais cuidados monumentos do românico português.
O que faz da Igreja de São Pedro de Ferreira uma obra singular, para além da excelência da sua
arquitectura, é o facto de se conjugarem em harmonia e em partes comuns da Igreja alçados e
motivos ornamentais oriundos de diversas regiões e oficinas: Zamora-Compostela, Coimbra-Porto
e Braga-Unhão.
No século XIII, o Mosteiro foi integrado na Ordem dos Cónegos Regrantes.
Fronteira à fachada principal, conserva-se a ruína de uma ante-igreja ou galilé de função
funerária, excelente testemunho deste tipo de construção. Restaram duas peças funerárias: um
sarcófago trapezoidal e a tampa de sepultura com estátua jacente do túmulo de D. João Vasques
da Granja.
Página 26
Porto
Paredes
A Ermida da Nossa Senhora do Vale, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1950,
integra o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
A localização desta Ermida explica a evocação de Nossa Senhora do Vale, mostrando como a sua
fundação está ligada aos interesses agrícolas da população.
Página 27
Porto
A construção deverá datar do início do século XVI, como indica a cabeceira, ou do final do século
XV.
O arranjo do portal e a escultura que apresenta mostram como a resistência dos motivos
românicos se prolongou no tempo.
Na cabeceira subsistem vestígios de pintura mural. São visíveis as representações de anjos
músicos. A pintura remanescente, datável entre 1530-1540, indicia a presença de uma oficina de
grande qualidade.
Página 28
Porto
Também conhecido como Igreja Paroquial do Mosteiro de Cête, este Monumento Nacional situa-se
no lindíssimo vale do rio Sousa, em Cete, no bonito concelho de Paredes, integrando o percurso
turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
A Igreja de S. Pedro de Cête, fazia parte do complexo conventual do antigo Mosteiro de Cête,
sofrendo várias reformas nos séculos XVI, XVI, XIX e XX.
Pensa-se que a fundação do Mosteiro remonte aos séculos X e XI pelos Beneditinos, tendo a partir
do século XVI pertencido à Ordem de Santo Agostinho.
Um dos elementos mais célebres da Igreja é o seu amplo portal ogival, de quatro arquivoltas,
encimado por uma bonita rosácea gótica.
Outro dos elementos primordiais é a Torre ameada, símbolo bélico da estrutura, que serviu não só
como bem religioso e espiritual, mas também militar, tão importante em épocas conturbadas
como as vividas na Idade Média.
Durante muito tempo dotado ao abandono e carecendo de grandes obras de restauro, muito do
património deste Monumento Nacional foi-se perdendo, estando hoje visitáveis, a par da Igreja, a
Sala Capitular e o Claustro pré-Manuelino, existindo um projecto de valorização patrimonial de
todo o conjunto.
Página 29
Porto
Página 30
Porto
O Castelo foi atacado por Almançor em 995 no contexto das guerras da Reconquista. Encabeçou
uma terra no processo da reorganização do território decorrido ao longo do século XI e um
importante Julgado, já no século XIII.
Penafiel
A Igreja de São Gens de Boelhe, classificada como Monumento Nacional desde 1927, integra o
percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
Nesta Igreja é de realçar a qualidade patente na construção dos muros, nos quais é visível uma
apreciável quantidade de siglas geométricas e alfabéticas. O portal principal apresenta
semelhanças com os portais das Igrejas de São Vicente de Sousa, do Salvador de Unhão e de Santa
Maria de Airães, localizadas em Felgueiras.
Os capitéis do portal com palmetas executadas a bisel, típicas do românico rural do Vale do Sousa,
e ornatos grafíticos de cruzes dentro de círculos acusam a reviviscência de técnicas decorativas
tradicionais.
Esta Igreja, que foi edificada entre os meados e o final do século XIII, caracteriza-se por ser uma
das mais conseguidas expressões decorativas do românico rural.
Página 31
Porto
Na fachada norte, a cachorrada apresenta uma assinalável variedade de motivos que vão desde
cabeças de touro até homens que transportam pedra. A tradição atribui a fundação da Igreja de
Boelhe ora à filha de D. Sancho I, a Beata Mafalda, ora à sua avó, a rainha D. Mafalda, mulher de D.
Afonso Henriques.
A Igreja de São Miguel de Entre-os-Rios, classificada como Monumento Nacional desde 1927,
integra o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
Esta Igreja situa-se num importante território da época da Reconquista. A criação do território
Anegia está documentada em cerca de 870.
A primeira referência à Igreja de São Miguel remonta ao final do século XI. O actual templo não
corresponde a uma época tão tardia. Foi alvo de uma reforma ocorrida no século XIV.
A fachada principal apresenta um portal muito simplificado. O portal norte recebeu uma decoração
mais rica. Este está enquadrado por arquivolta decorada com motivos em ponta de diamante e
folhas talhadas a bisel, em semelhança com o arco cruzeiro do interior da Igreja, elementos que o
enquadram no românico tardio e no gótico regional.
A cabeceira original foi alongada e alteada no século XVIII.
Página 32
Porto
Página 33
Porto
A Igreja de São Pedro de Abragão, classificada como Monumento Nacional desde 1977, integra o
percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
Esta Igreja conserva a cabeceira da época românica, testemunho significativo da arquitectura
românica do Vale do Sousa.
Em 1105 é documentada a existência da Igreja de Abragão. No entanto, a cabeceira que a tradição
atribui à iniciativa de D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I, data do segundo quartel do século XIII.
A rosácea apresenta os temas tradicionais da suástica flamejante, das rosetas de seis folhas e das
palmetas executados a bisel.
No interior, os capitéis são um bom testemunho da maneira românica de esculpir.
A fachada principal e a nave correspondem a uma reedificação da segunda metade do século XVII.
A Igreja do Salvador de Cabeça Santa, classificada como Monumento Nacional desde 1927, integra
o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa.
Esta Igreja é um excelente exemplar para compreender a arquitectura românica portuguesa. A
itinerância de artistas e de modelos está bem patente nesta Igreja.
Estas influências indiciam que esta Igreja deverá datar das primeiras décadas do século XIII.
O portal ocidental apresenta um tímpano onde assentam cabeças de bovídeos destinadas a
proteger, simbolicamente, a entrada do templo.
Página 34
Porto
Memorial da Ermida
O Memorial da Ermida, classificado como Monumento Nacional desde 1910, integra o percurso
turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa, constituindo um monumento de notável
interesse. Corresponde a uma tipologia de que restam unicamente seis exemplares em todo o
território nacional.
A função deste tipo de monumentos, embora não esteja ainda totalmente esclarecida, deverá
relacionar-se tanto com a colocação de túmulos, como com a evocação da memória de alguém,
como ainda com a passagem de cortejos fúnebres. Estão habitualmente situados em caminhos ou
cruzamento de vias.
As características estilísticas do Memorial sugerem uma cronologia em torno de meados do século
XIII.
Os Memoriais de Ermida, Sobrado, Arouca, Alpendurada e Lordelo estão, segundo a lenda,
relacionados com D. Mafalda, filha de D. Sancho I. São tradicionalmente referidos como ponto de
paragem no traslado do seu corpo para o Mosteiro de Arouca, onde a infanta foi sepultada.
Página 35
Porto
Classificado como Monumento Nacional, o Mosteiro Beneditino de Paço de Sousa situa-se em Paço
de Sousa, no concelho de Penafiel, na região Norte do País, e integra o percurso turístico-cultural
da Rota do Românico do Vale do Sousa. Fundado em 962 pelo Cavaleiro Godo Trutesindo
Galindes, ascendente de Egas Moniz, e reconstruído em meados do século XIII, o Mosteiro insere-
Página 36
Porto
se num estilo de transição do românico para o gótico, albergando a célebre Igreja românica de
três naves.
O conjunto sofreu alterações nos séculos XI e XIII, com a ampliação da Igreja, e posteriormente
nos séculos XVIII e XX.
Encontram-se ainda alguns elementos do templo pré-românico reaproveitados na igreja e
espalhados pelo claustro, nomeadamente fragmentos de frisos, impostas e colunelos com
decoração vegetalista.
Um grande incêndio deflagrou em 1927, procedendo-se então a já referidas obras de restauro,
que retiraram muitos dos elementos Renascentistas e Barrocos de anteriores reconstruções e
restauros.
Vale a pena conhecer um dos maiores legados Românicos do Norte de Portugal, inserido num local
de grande beleza natural.
Porto
Página 37
Porto
Algumas das cenas são, Santa Catarina com os sábios de Alexandria, a vitória de Santa Catarina
anunciada por um anjo, Cristo solta-se da Cruz para abraçar S. Francisco, ou S. Francisco a ser
levado pelos anjos.
Para além dos azulejos, são importantes, o painel do altar mor, o painel de Joaquim Rafael, que
representa a Ascenssão do Senhor, o vitral da fachada e também a imagem de Nossa Senhora das
Almas.
Casa da Música
Localizada na rotunda da Boavista, a meio caminho entre o centro histórico e a Foz, a volumetria e
originalidade de traça da Casa da Música não passam despercebidas. A autoria é do prestigiado
arquitecto e urbanista holandês Rem Koolhaas, e foi concebido para servir um projecto cultural
inovador da Porto 2001-Capital Europeia da Cultura.
Pensada para ser o palco de todas as músicas, da clássica à electrónica, do jazz ao fado, da
grande produção internacional ao pequeno projecto experimental, a Casa da Música aposta na
qualidade das infra-estruturas e numa programação dinâmica, inovadora e, sobretudo, de
prestígio.
Página 38
Porto
Catedral do Porto
Construída no séc. XII, em estilo românico, foi sofrendo alterações ao longo do tempo,
especialmente no período gótico e no séc. XVIII. A torre-lanterna é do séc. XVI e a grande rosácea
do séc. XIV . As maiores obras de transformação, no total de 41, foram efectuadas no período de
1717 a 1736. A capela-mor foi construída no séc. XVII, em estilo classicizante, mas o retábulo é
barroco e foi acrescentado em 1727. O portal rocócó da fachada e a esplendorosa galilé barroca,
foi concebida por Nicolau Nasoni em 1736. As capelas interiores são também de diferentes épocas
ressaltando a magnifica capela do Santíssimo, preciosa obra de ourivesaria portuense do séc. XVI.
A capela de S. João Evangelista, onde se encontra o célebre túmulo de João Gordo, é em estilo
gótico e data do séc. XIV. Existem 2 claustros na Sé, o Claustro velho, sendo o mais antigo e o
claustro gótico.
A Casa do Cabido foi construída ao lado da Sé no séc. XVI, por iniciativa do bispo D. Frei Marcos
de Lisboa. Nesta Casa reuniam-se o conjunto de cónegos que entre outras funções, assistem ao
prelado na governação da sua diocese.
Página 39
Porto
Castelo do Queijo ou Castelo de São Francisco Xavier, foi construído no século XV, no penedo do
Queijo, local considerado sagrado para os povos celtas, as suas ruínas serviram de alicerces para a
construção da actual fortificação, por volta de 1660.
Durante as Guerras Liberais, esteve ocupado pelas forças de D. Miguel, tendo resistido a um
ataque da artilharia dos navios da esquadra de D. Pedro, por volta de 1826.
Também em 1846, durante a revolta da Maria da Fonte, ocupado pelas tropas da Junta do Porto,
foi alvo de bombardeamentos pelas forças fiéis a D. Maria II.
Página 40
Porto
Classificado como Imóvel de Interesse Público, teve obras de restauro e encontra-se sob a guarda
da Associação de Comandos, que o converteu num museu militar.
O Forte de São João Batista, começou a ser construído em 1570, no reinado de D. Sebastião e viria
a ser melhorado por ordem do rei D. João IV, depois da restauração da independência portuguesa,
em 1640.
Esteve envolvido nas Revoltas Liberais, em 1832, e mais tarde com a perda de interesse militar,
funcionou como prisão para presos políticos.
Já no século XX, devido ao seu marido fazer parte da guarnição, nele residiu, Florbela Espanca, a
poetisa portuguesa que para além da sua obra literária, é considerada a precursora do movimento
feminista em Portugal.
Página 41
Porto
A Igreja de Santa Clara, no Porto, pertenceu ao antigo convento do mesmo nome, fundado por D.
João I, em 1416. Esta igreja terá ficado concluída em 1457, e modificada nos séculos XVII e XVIII.
A entrada da igreja é de estilo barroco com elementos renascentistas, o interior é revestido de
talha dourada, do século XVIII. No altar-mor está colocado um painel de Joaquim Rafael, de 1821.
Página 42
Porto
A primitiva Igreja de São Francisco, no Porto, foi iniciada em 1223, mas o actual templo só viria a
ser construída por volta de 1400, tendo depois intervenções artísticas, como a pintura mural,
Senhora do Rosa, atribuída a António de Florentim.
Já no século XVIII, foi alvo de uma grande remodelação, com a introdução de elementos de talha
dourada e no portal foram introduzidos elemento de estilo rococo.
Em 1833, no período das invasões francesas, um incêndio afectou uma parte do convento que
viria a ser demolido, a igreja chegou a ser armazém da Alfândega, mas a partir de 1957, a DGEMN,
iniciou o seu restauro.
Este templo é constituído por três naves, apresentando um modelo de planta característico dos
templos góticos construídos no país, a partir do século XIII.
Página 43
Porto
Palácio da Bolsa
Ao lado da Igreja de São Francisco fica o imponente Palácio da Bolsa, de estilo neoclássico, um
edifício construído em 1842 que reflecte o florescimento comercial da cidade.
O Palácio da Bolsa, sede e propriedade da Associação Comercial do Porto - Câmara de Comércio e
Indústria do Porto, é um dos principais ex-libris e pólos de atracção turística da Cidade e da
Região. Palco da maioria das recepções oficiais do Estado no Norte de Portugal, pelo Palácio da
Bolsa têm passado governantes, altos dignatários e os principais estadistas mundiais do Séc. XX.
Ao longo de três gerações, grandes nomes da arquitectura, da pintura, da escultura e das artes
decorativas contribuíram para a criação de um espólio e um património único no Palácio da Bolsa,
verdadeira jóia do estilo neoclássico do séc. XIX, do Arq. Joaquim da Costa Lima ao Arq. Marques
da Silva, do Pintor António Ramalho, a Veloso Salgado, António Carneiro ou Medina, de Soares dos
Reis a Teixeira Lopes.
Monumento Nacional, localizado na área classificada pela Unesco como Património da
Humanidade, o Palácio da Bolsa é um espaço vivo e activo, aberto à comunidade, onde se dá
continuidade aos objectivos de ser um ponto de encontro, uma sala de visitas onde se trocam
impressões, onde se promovem negócios, onde se celebram eventos, onde se forma opinião, onde
se influenciam decisões ou onde simplesmente se convive.
Como Centro Cultural e de Conferências, este monumento foi fundador da "Historic Conference
Centres of Europe", Rede Europeia de Centros de Conferências instalados em monumentos ou
locais históricos.
Página 44
Porto
Monumento de estilo Barroco que se tornou o ex-libris da cidade do Porto . É a torre mais alta de
Portugal, com seis andares e 225 degraus. Mede 76 metros de altura e a sua construção iniciou-se
em 1754 e foi concluída em 1763 sob a direcção do arquitecto italiano Nicolau Nasoni.
Do alto da Torre vislumbra-se quase toda a cidade do Porto e do Rio Douro até à Foz.
Página 45
Porto
Santo Tirso
O Mosteiro de Santo Tirso, terá sido fundado por volta do ano 978, e no século XII, o conde D.
Henrique, doou-lhe as terras que passaram a constituir o Couto do mosteiro, propriedade que se
manteve até 1834, quando foram extintas as ordens religiosas.
A actual igreja do mosteiro, não é a original, que terá sido edificada no século XV, a actual data de
meados do século XVII, projectada por Frei João Turriano, sobre uma planta de cruz latina.
Classificado como Monumento Nacional, tem hoje sedeados alguns serviços públicos.
Página 46
Porto
Vila do Conde
Página 47
Porto
A fundação do convento de Santa Clara em Vila do Conde, data de 1318, por iniciativa do filho
ilegítimo de D. Dinis e de D. Teresa Martins, D. Afonso Sanches, com a finalidade de recolher filhas
da nobreza mais pobre.
Cerca do ano de 1780, são feitas obras de alargamento, nomeadamente dos dormitórios que já
não comportavam o número de freiras que tinha o convento, obras que só terminariam em 1825,
mas não completaram o projecto inicial.
Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento foi ficando abandonado, até que em
por volta de 1900, é criada neste edifício a Casa de Detenção e Correcção do Porto, mais tarde,
Reformatório de Vila do Conde, e o convento é entregue ao Ministério da Justiça.
Em 1944, depois de obras de adaptação do edifício, o reformatório foi entregue ao Instituto
Salesiano, passando a designar-se, Escola Profissional de Santa Clara, onde os jovens teriam
ensino profissional dos cursos industriais de sapateiros, alfaiates, marceneiros e encadernadores.
As diversas mudanças na política de reinserção social operadas depois do 25 de Abril, para além
da mudança do nome da instituição que actualmente se designa, Centro Educativo de Santa Clara
de Vila do Conde, preconizam o fim do funcionamento desta instituição no edifício do convento,
que deverá ser convertido numa pousada.
Página 48
Porto
Conclusão
Podemos assim concluir, que, o Porto tem uma das maiores áreas metropolitanas
da Europa, sendo a maior de Portugal. Porto é também o distrito de Portugal,
correspondente ao núcleo da província tradicional do Douro Litoral. Limita a norte
com o Distrito de Braga, a leste com o Distrito de Vila Real, a sul com o Distrito de
Viseu e com o Distrito de Aveiro e a oeste com o Oceano Atlântico. Fazendo parte
da riquíssima herança histórica, na gastronomia, destacam-se os pratos de
bacalhau e de carne e uma doçaria secular de grande sabor e riqueza, onde comer
à moda do Porto é comer em abundância, qualidade e com grande requinte,
sempre em mesas bem decoradas onde imperam as pratas dos ourives, sobre
toalhas de linho bordadas, representando desta forma, algumas das
especialidades do artesanato da região. A nível de monumentos, não podemos
esquecer que foi o homem que moldou a paisagem e que foram os portuenses
que, ao longo dos séculos, trabalharam em prol deste património único e de
grande riqueza paisagística e arquitectónica; por isso, podemos afirmar que as
paisagens do Douro parecem trabalhos de verdadeiros gigantes e não de simples
mortais.
Página 49
Porto
Netgrafia:
http://www.rotadoromanico.com
http://www.portugalvirtual.pt
http://www.guiadacidade.pt
http://pt.wikipedia.org
Página 50