Volume
VALTER T. MOTTA
Bioquímica Clínica: Princípios e Interpretações
Carboidratos
C ARBOIDRATOS
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concentração de glicose no sangue. As várias d e- dietas devem ser considerados ao examinar estes
sordens do metabolismo dos carboidratos podem resultados. Além disso, os valo res tendem a cre s -
e s t a r a s s o ciadas com (a) aumento da glicose plas- cer com a idade (10 mg/dL por década de vida,
mática (hiperglicemia); (b) redução da glicose após a idade de 40 anos). Deste modo, concentra-
plasmática (hipoglicemia) e (c) concentração nor- ções acima de 200 mg/dL podem ser encontradas
mal ou diminuída da glicose plasmática acom- em indivíduos idosos que não apresentam diabe-
panhada de excreção urinária de açúcares reduto - tes.
res diferentes da glicose (erros inatos do metabo -
lismo da glicose). Os seguintes testes laboratoriais
investigam alguns destes distúrbios. TESTE DE O´S ULLIVAN
O teste de O´Sullivan é empregado para detectar o
diabetes gestacional e deve ser realizado entre 24 ª
G LICOSE PLASMÁTICA EM JEJUM
e a 28 ª semana de gestação. À paciente em jejum é
A determinação da glicemia é realizada com o administrada 50 g de glicose em solução aquosa a
paciente em jejum de 12-14 h. Result ados normais 25% por via oral. O sangue é colhido após 1 hora.
não devem excluir o diagnóstico de distúrbios Resultados iguais ou superiores a 140 mg/dL indi-
metabólicos dos carboidratos. Os critérios para a cam a necessidade de um teste completo.
avaliação em homens e mulheres não-g e s t a n t e s
são:
T ESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE
Normais: até 110 mg/dL
Glicemia de jejum inapropriada: de 110 a 126 (TOTG)
mg/dL
Medidas seriadas da glicose plasmática, nos tem-
Diabéticos: acima de 126 mg/dL pos 0, 30, 60, 90 e 120 minutos após administra-
O valor de 126 mg/dL foi estabelecido pois ção de 75 g de glicose anidra (em solução aquosa
níveis superiores provocam alterações microvas - a 25%) por via oral fornece um método apropriado
culares e elevado risco de doenças macrovascula- para o diagnóstico de diabetes. Apesar de mais
res. sensível que a determinação da glicose em jejum,
a TOTG é afetada por vários fatores que resulta
em pobre reproducibilidade do teste (Tabela 7.1).
G LICOSE PLASMÁTICA PÓS - PRANDIAL DE A menos que os resultados se apresentem nitid a-
DUAS HORAS mente anormais, a TOTG deve ser realizada em
d u a s ocasiões diferentes antes dos valores serem
A c o ncentração da glicemia duas horas após a considerados anormais.
ingestão de 75 g de glicose em solução aquosa a As crianças devem receber 1,75 g/kg de peso
25% (ou refeição contendo 75 g de carboidratos) é até a dose máxima de 75 g de glicose anidra.
de considerável utilidade na avaliação do diabetes. A TOTG é indicada nas seguintes situações:
Normalmente, após a ingestão de carboidratos, a
g l i c o s e s a n g ü í n e a tende a retornar ao normal den- § Diagnóstico do diabetes mellitus gestacional
tro de duas horas. (neste caso, é empregado o TOTG modificado,
Após duas horas da sobrecarga, os valores de v. adiante).
glicemia plasmática ≥200 mg/dL são considerados
diagnósticos de diabetes mellitus. Níveis entre § Diagnótico de “tolerância à glicose alterada”
140 e 200 mg/dL são encontrados na “tolerância à (ex.: em pacientes com t eores de glicemia
glicose alterada” (v. adiante). Os indivíduos nor- plasmática em jejum entre 110 e 126 mg/dL).
mais, que se submetem a esta prova, apresentam
teores glicêmicos ≤140 mg/dL. Entretanto, medi-
cações, agentes químicos, desordens hormonais e
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60, 120 e 180 minutos. Os valores em mulheres § Com teste prévio positivo de “glicemia de je -
não diabéticas são: jum inapropriada” ou “tolerância à glicose al-
t e rada”.
Jejum <105 mg/dL
Uma hora <190 mg/dL
Duas horas <165 mg/dL
Três horas <145 mg/dL C ONSEQÜÊNCIAS METABÓLICAS DO
DIEBETES MELLITUS
O diagnóstico de diabetes gestacional ocorre
quando dois desses limites forem atingidos ou O defeito básico no diabetes mellitus é a deficiência
ultrapassados. insulínica (absoluta ou relativa) que afeta o metabolismo
Em gestantes a partir da 20 a semana de gravi- da glicose, lipídios, proteínas, potássio e fosfato. Além
dez, indica-se glicemia em jejum como teste de disso, influencia indiretamente a homeostase do sódio e
rastreamento. Valores maiores que 85 mg/dL são água. Nos casos severos de diabetes (tipo 1) não-tratado
encontram-se ainda cetoacidose, distúrbios ácido-
considerados positivos sendo necessário proceder
básicos e hipertrigliceridemia.
ao TOTG. Considera -se, também, confirmatórios
de diabetes gestacional valores o b t i d o s d e d u a s
Hiperglicemia. Promovida pela elevação da produção
glicemias em jejum ≥ 105 mg/dL. hepática e diminuição da captação celular de glicose.
§ Com excesso de peso (≥120% do peso ideal). § Como conseqüência da hiperglicemia tem-se:
§ Com parentesco em primeiro grau com diabéti- § Elevação da glicose urinária com diurese osmótica e
cos. a conseqüente perda de água, sódio, potássio e
fosfato, produz a depleção destas substâncias.
§ Membros de grupos étnicos de alto risco (afro -
americanos, hispânicos, asiáticos, indígenas § Aumento da tonicidade do líquido extracelular que
americanos e outros).
extrai água das células produzindo desidratação
celular e, se houver ingestão de água, a diluição dos
§ Com história de macrossomia fetal (>4 kg) ou constituintes extracelulares levando à hiponatremia
diagnóstico anterior de diabetes gestacional.
(hipertônica).
outros constituintes inorgânicos e sobrevém redu- a um acúmulo dos mesmos no sangue que exce-
ção do volume de sangue circulante. O aumento na dem a capacidade dos tecidos periféricos em me -
produção de corpos cetônicos estabelece uma aci- tabolizá -los. Os corpos cetônicos estão presentes
dose metabólica com hipercalemia associada. Aci- no sangue na seguinte proporção:
dose láctica e uremia pré -renal podem também β-hidroxibutirato (78%), acetoacetato (20%) e
estar presentes. As principais características labo- acetona (2%). No diabetes severo, a relação
ratoriais da cetoacidose são: β-hidroxibutirato/acetato pode atingir, ao redor de
8:1 dependendo da presença de NADH suficiente
§ Hiperglicemia, geralmente >300 mg/dL. que favorece a produção de β-hidro xibutirato.
Teores anormalmente elevados de corpos ce-
§ Acidose metabólica com aníons t ô n i c o s n o s a n g u e ( cetonemia) ultrapassam o um-
indeterminados elevados, pH sangüíneo <7,30 bral renal provocando o aparecimento de c e t o n ú -
e bicarbonado <15 mmol/L. ria. O acúmulo destes compostos no sangue leva à
cetoacidose (acidose metabólica). O d i a b e t e s e o
§ Cetonemia e cetonúria (diluição >1:2) consumo de á l c o o l são as causas mais comuns de
cetoacidose.
§ Hiperpotassemia. Quando os tecidos não conseguem metabolizar
completamente os corpos cetônicos formados pelo
§ Hiperfosfatemia. excesso de produção, tem-se uma acidose metabó-
lica. A acidose é parcialmente compensada pela
Dois outros dados de interesse bioquímico di- hiperventilação, com redução da p CO 2 . Na aci-
zem respeito a amilase e a creatinina: dose, também, o H + desloca-se para o interior das
células enquanto o K + deixa o espaço intracelular.
§ Elevações da amilasemia são comuns durante Nenhum dos métodos laboratoriais detectam
a cetoacidose diabética e como estes pacientes simultaneamente os três corpos cetônicos no san-
muitas vezes apresentam dor abdominal, são gue ou urina. Os mais comuns detectam so mente o
realizados diagnósticos errôneos de acetoacetato não reagindo com o
pancreatite aguda. β-hidroxibutirato. Este fato pode produzir uma
situação paradoxal. Quando um paciente apresenta
§ Os níveis de creatinina estão elevados em vir- inicialmente cetoacidose, o teste para cetonas
t u d e d a d e s i d ratação, mas também porque o pode estar levemente positivo. Com a terapia, o
acetoacetato interfere positivamente na reação β-hidroxibutirato é convertido em acetoacetato
de Jaffé. p a r e c e n d o q u e a cetose está mais intensa .
O teste para detectação de cetonas na urina é
Pacientes com cetoacidose diabética apresen- recomendado no d i a b e t e s t i p o 1 : (a) durante crises
tam polidipsia, poliúria, cefaléia, náusea, vômitos agudas ou estresse; (b) quando os teores de gli-
e dor abdminal. cose ultrapassam 240 mg/dL; (c) durante a gravi-
dez; (d) ou quando os sintomas de cetoacidose
estão presentes. Estes testes na urina são descritos
C ORPOS CETÔNICOS no capítulo “Função renal”.
A quantificação da acetona, acetoacetato e β-
Os corpos cetônic os consistem de acetoacetato,
hidroxibutirato é realizada por colorimetria, enzi-
β-hidroxibutirato e acetona, sendo formados no
mologia, cromatografia gasosa ou eletroforese
fígado a partir do acetil CoA derivado da oxidação
capilar.
dos ácidos graxos livres provenientes do tecido
Os constituintes avaliados na cetoacidose dia -
adiposo. Quando ocorre redução na utilização de
bética além da glicose e corpos cetônicos, são: (a)
carboidratos (ex.: diabetes mellitus) ou falta de
o Na + que pode estar normal ou inicialmente
carboidratos na dieta (ex.: inanição) acontece um
b a ixo; (b) o K+ que pode estar normal mas, em
aumento na produção de corpos cetônicos, levando
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geral, está elevado; (c) a uréia apresenta valores formação de lactato resultam no incremento da
au mentados devido a desidratação. A gasometria depuração do lactato hepático; no entanto, a cap-
arterial apresenta o CO 2 total reduzido, às vezes tação fica saturada quando as concentrações e xce-
abaixo de 5 mmol/L nos casos severos. Outros dem 2 mmol/L. Por exemplo, durante o exercício
resultados de gasometria indicam acidose metabó- intenso, as concentrações de lactato podem au-
lica com diminuição compensatória da p CO 2 . mentar significativamente - de uma média de 0,9
mmol/L para mais de 20 mmol/L em apenas 10
segundos. Não existe uniformidade quanto aos
S ÍNDROME HIPEROSMOLAR NÃO - teores de lactato que caracterizam a acidose lác-
tica. Níveis de lactato excedendo 5 mmol/L e pH
CETÔNICA
sangüíneo <7,25 indicam acidose láctica.
A acidose láctica se apresenta em duas condi-
Esta condição ocorre mais frequentemente em pacientes
ções clínicas diversas:
idosos com diabetes do tipo 2. A deficiência insulínica
promove efeitos sobre o metabolismo dos carboidratos
como na cetoacidose diabética, mas na forma menos Tipo A (hipóxica). Este é o tipo mais comum.
severa, permitindo uma menor cetogênese. Além disso, A s s o c i a d a c o m a redução de oxigenação tecidual
pode existir comprometimento da função renal em ( h i p ó x i a ) encontrada em exercícios severos, con-
pacientes idosos, levando a grandes perdas de água e vulsões, pobre perfusão tecidual (hipotensão, in -
eletrólitos. A hiperglicemia severa desenvolve desidra- suficiência cardíaca, parada cardíaca), conteúdo
tação profunda e osmolalidade bastante alta, mas sem de oxigênio arterial reduzido (asfixia, hipoxemi a,
cetose ou acidose. Esta condição apresenta-se com as toxicidade pelo monóxido de carbono e anemia
seguintes características bioquímicas: severa).
nascidos); no entanto é difícil definir limites es - § Excesso de etanol: pelo aumento da concentra -
pecíficos. Pode ocorrer redução em uma hora e ção de NADH citosólico reduzindo a gliconeo-
meia a duas horas após uma r efeição, sendo relati- gênese.
vamente comum a obtenção de teores de glicose
plasmática ao redor de 50 mg/dL no teste pós- § Doenças hepáticas: cirrose portal severa, ne-
prandial de duas horas. Mesmo em jejum, valores crose hepática aguda e tumores hepáticos.
de glicose extremamente baixos, podem ocasio -
nalmente ser encontrados sem sintomas ou evi- § Doenças endócrinas: insuficiência adrenocorti-
d ê n c ias de alguma doença. As principais causas de cal (doença de Addison), hipotireoidismo, hi-
hipoglicemia são: popituitarismo (primário ou secundário), defi-
ciência do hormônio de crescimento.
Neonatais.
§ Tumores pancreáticos produtores de insulina:
§ Pequeno para a idade gestacional/prematuros. i n s u l i n o m a s – geralmente um pequeno e solitá-
rio adenoma benigno das ilhotas pancreáticas,
§ Síndrome do sofrimento respiratório. q u e s e c r e t am quantidades inapropriadas de in-
sulina.
§ Diabetes mellitus materna.
§ Tumores não-pancreáticos (fibromas, sarc o -
§ Toxemia da gravidez. mas, hepatomas, carcinomas adrenais neoplas-
mas gastrointestinais, tumores carcinóides e
§ Outras causas (ex.: estresse pelo frio, policite- mesoteliomas).
mia).
§ Septicemia. É descrita em choques sépticos
Crianças. devido a infecções por g ram-n e g a t i v o s .
nio. Estes métodos foram abandonados por sua são eliminadas pelo uso de 4-aminofenazona
c o mplexidade e sofrerem ação de interferentes. (método de Trinder).
A concentração de glicose também é determi-
O-T o l u i d i n a . A determin ação da glicose pela
n a d a p o r p o l a r o g r a f i a . Este método emprega um
o -toluidina é a mais específica entre os métodos
eletrôdo de O 2 e glicose oxidase produzindo ácido
químicos; entretanto, o seu emprego tornou-s e
glicônico e peróxido de hidrogênio a partir da
muito restrito depois que esta substância foi cla s-
glicose. A catalase desdobra o peróxid o d e h i d ro -
sificada como carcinogênica. A o -toluidina é uma
gênio. A quantidade de O2 consumido é medida
amina aromática que condensa com o grupo aldeí-
pelo eletrôdo de O 2 e está diretamente relacionada
dico da glicose em solução de ácido acético a
aos teores de glicose nas amostras.
quente para formar uma mistura em equilíbrio de
O método de glicose oxidase foi adaptado para
uma glicosilamina e a correspondente base de
uma grande gama de instrumentos automatizados.
Schiff. Após rearranjos e reações, ocorre o desen-
No sistema de reativ o s e c o DT Vitros a glicose
volvimento de cor verde-azulada cuja absorvância
oxidase está presente em um filme de múltiplas
é medida em 630 nm. A o -toluidina reage com
camadas associado a um indicador similar ao e m-
outras hexoses, como a galactose e a manose. As
pregado pelo método de Trinder. A intensidade da
pentoses, como a xilose, reagem com a o -toluidina
cor final é medida através da redução da transpa-
para formar cor laranja, com absorvância máxima
rênica do filme por espectrofotometria de refle-
em 480 nm.
xão.
O método da o -toluidina sofre interfe -rências
da bilirrubina que, em teores elevados, apresenta Hexoquinase. O emprego da hexoquinase apre-
valores falsamente aumentados de glicose já que senta algumas vantagens sobre a glicose oxidase e
pode ser parcialmente convertida no pigmento é adotada em alguns países como o método de
biliverdina de cor verde. A turvação na solução referência para a determinação de glicose. Este
final como em presença de lipemia, causa result a- método consiste de duas reações acopladas: (a) a
dos falsamente elevados. glicose é fosforilada pelo ATP pela ação da hexo -
quinase; (b) a glicose 6-fosfato resultante é con -
Métodos enzimáticos. Empregam enzimas
vertida pela glicose 6-fosfato desidrogenase, na
como reativos e são os mais utilizados atualmente
presença de NADP + , em 6-fosfogliconolactona e
em razão da grande especificidade pela glicose.
NADPH. O NADPH formado é proporcional à
El e s medem a glicose verdadeira e não os com-
quantidade de glicose na amo stra e é medido em
p o s t o s redutores. São simples e rápidos de
340 nm. Apesar da hexoquinase também fosforilar
executar, além de necessitar pequenos volu mes de
o u t r a s h e x o s e s , e s s e s c a r b o i d r a t o s n ã o e s t ã o p re-
amostra. Os dois sistemas enzimáticos mais
sentes em concentrações suficientemente altas nas
empregados são: glicose oxidase, hexoquinase e
amostras para interferir. A hemólise interfere com
glicose des id r o g e n a s e .
o sistema hexoquinase pois os eritrócit os contém
Glicose oxidase. É altamente específica para a glicose 6 -P desidrogenase e 6 -fosfogliconato des i-
β-glicose. Em presença do oxigênio, a enzima drogenase que empregam NADP + como substrato.
converte a β-glicose a ácido glicônico e peróxido
Glicose desidrogenase. A glicose desidro -g e -
de oxigênio. Em uma segunda reação, a enzima
n ase catalisa a redução de NAD+ , produzindo gli-
peroxidase decompõe o peróxido de hidrogênio
co nolactona e NADH que pode ser monitorado em
em água e oxigênio. Este último oxida – em pre-
340 nm. Sofre i n t e r f e r ê n c i a s d a D-xilose e da
sença da peroxidase – um cromogênio aceptor de
manose, que raramente são encontradas em teores
oxigênio (como o o -dianosidina) para formar um
significativos.
produto colorido lido fotometric amente. Elevadas
concentrações de ácido úrico, bilirrubina ou ácido
ascórbico inibem a segunda reação por competição
do cromogênio pelo H2 O 2 produzindo falsos re -
sultados reduzidos. Muitas destas interferências
Carboidratos 59
Frutosúria essencial. É uma condição benigna FOLIN, O., WU, H. A system of blood analysis. A simplified and
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