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Dica 19: Medições que enganam (parte 1) 02/2001

No dia-a-dia das oficinas reparadoras surgem diversas "pegadinhas" que podem tornar simples consertos em
verdadeiros pesadelos. A correta interpretação física dos fenômenos que envolvem um teste, pode ser a
diferença entre um bom e um mau diagnóstico.

Em muitos casos, defeitos desafiam a lógica e parecem ser insolucionáveis. Nessas horas temos a impressão
de que os equipamentos, por mais sofisticados que sejam, nos "deixaram na mão". Porém, na grande maioria
desses diagnósticos houve falha no método de análise ou na interpretação dos resultados efetuada pelo
reparador. Como exemplo desse tipo de equívoco técnico, podemos citar um erro clássico que ocorre no teste
de alimentação elétrica de alguns componentes.

Suponhamos que um técnico automotivo, constate que a bomba elétrica de um veículo injetado (por exemplo
um Palio 1.0 MPI) não está acionando e por isso, o veículo não entra em funcionamento. Analisando o circuito
elétrico desse componente o reparador observa que o mesmo é alimentado com tensão de bateria. Então,
decide testar essa alimentação para se certificar se o defeito está na bomba ou no circuito que a alimenta. Para
isso, executa o seguinte procedimento:
- Certifica-se da boa condição de carga da bateria
- Desconecta o conector elétrico da bomba de combustível;
- Seleciona o multímetro na escala volts - VDC;
- Conecta o equipamento medindo a tensão (VDC) entre os terminais do conector (lado do chicote);
- Liga a ignição e observa a existência de tensão de bateria por alguns segundos;

Como há alimentação na bomba e a mesma persiste em não entrar em funcionamento, o reparador conclui que
o circuito de alimentação está perfeito e que a falha está na bomba elétrica de combustível.

O Procedimento descrito "parece" ser inquestionável e sem qualquer possibilidade de erro. Na realidade, se o
circuito analisado estivesse aberto (fio quebrado, terminal desencaixado, interruptor aberto etc), teríamos
realmente uma medição conclusiva pois o multímetro capitaria diferença de potencial elétrico igual a zero
(voltagem medida igual a aproximadamente zero) e seria detectada a interrupção do circuito. Porém, ultilizando-
se o procedimento proposto, se houvesse alguma resistência elétrica excessiva (mau contato) ou oxidação em
qualquer ponto do circuito da bomba, a voltagem medida seria aproximadamente igual a voltagem da bateria,
mas o circuito estaria defeituoso. A bomba elétrica seria substituída e o defeito iria persistir. Existe um erro no
procedimento de medição efetuado.

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A tensão de alimentação da bomba está sendo medida com seu conector elétrico desligado - circuito elétrico
em vazio. Nessas circunstâncias não há fluxo de corrente elétrica durante a medição e por isso a resistência
elétrica excessiva do circuito não provoca queda na tensão medida; O que "engana" o reparador.
Uma das leis básicas da física elétrica, a lei de ohm, estabelece que para haver queda de tensão em um circuito
deve haver fluxo de corrente. Matematicamente temos: V = R X I (onde V= tensão, I= intensidade de corrente
elétrica, R= resistência elétrica). Logo, a maneira mais conclusiva e segura de se medir a tensão de
alimentação elétrica de qualquer componente (sensores, atuadores, UCE etc) é com o circuito sob carga, ou
seja, com o seu conector elétrico ligado.

Portanto, antes de considerar qualquer componente ou equipamento defeituoso, questione suas conclusões. Os
resultados podem ser bastante produtivos.

Atenção!

Muitos manuais técnicos e profissionais automotivos efetuam testes de alimentação de componentes em vazio
(medição de tensão com o conector do componente desligado).Em seus diagnósticos fique atento!!
Evite diagnósticos equivocados.

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