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1 Limites de Funções 3
2 Derivadas 1
2.1 Coeficiente angular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2.2 Definição de derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2.1 A Derivada como função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Regras de Derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.1 Derivada de Funções Constantes . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.2 Derivadas de Funções Potências . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.3 Novas derivadas a partir de antigas . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3.4 Derivadas de Funções Trigonométricas . . . . . . . . . . . . . 16
2.3.5 Regras da Cadeia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3.7 Derivada da Função Exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3.8 Derivação Implı́cita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.3.9 Derivadas de Funções Logarı́tmicas . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.3.10 EXERCÍCIOS PROPOSTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.3.11 Derivadas de Funções Trigonométricas Inversas . . . . . . . . 28
2.3.12 LISTA ESPECIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
A Funções Transcendentes 33
A.1 Função Exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
A.2 Função Logarı́tmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
1
2 SUMÁRIO
Capı́tulo 1
Limites de Funções
3
Capı́tulo 2
Derivadas
Dizemos que uma reta que está na posição vertical possui inclinação infinita.
1
2 CAPÍTULO 2. DERIVADAS
Desde o ensino fundamental, o aluno sempre teve contato com as ideias de reta
tangente e reta secante a uma circunferência. Veja a figura abaixo:
Uma reta, por sı́ só, não é secante e nem tangente, essas ideias são pontuais. Por
exemplo, a reta s é secante ao gráfico de f nos pontos (a, f (a)) e (c, f (c)), porém s
é tangente ao gráfico de f no ponto (d, f (d)). A reta r toca o gráfico em apenas um
2.1. COEFICIENTE ANGULAR 5
Vejamos abaixo como encontrar a inclinação de uma reta secante que toca o
gráfico de uma função f em dois pontos distintos.
Definição 2.3. Se y = f (x) está definida no intervalo [x0 , x1 ], então o coeficiente
angular da reta secante ao gráfico de f que passa pelos pontos (x0 , f (x0 )) e (x1 , f (x1 ))
é dado por
∆y f (x1 ) − f (x0 )
= (2.1)
∆x x1 − x0
Este quociente é chamado de taxa média de variação de y em relação a x no intervalo
[x0 , x1 ]; quando f descreve um movimento retilı́neo de um móvel este quociente nos
dá a velocidade média deste móvel no intervalo [x0 , x1 ].
Uma maneira mais prática para escrever e calcular o limite (2.2) pode ser encon-
trada realizando a seguinte substituição: h = x − x0
O novo limite será então:
Observação 2.2. Dada uma função f e um ponto (x0 , f (x0 )) de seu gráfico, se o
limite
f (x0 + h) − f (x0 )
m = lim
h→0 h
existir, então existe uma reta tangente ao gráfico de f no ponto (x0 , f (x0 )) e sua
equação é: y − y0 = m(x − x0 )
Como visto anteriormente, f 0 (a) nos dá o coeficiente angular da reta tangente
ao gráfico de f no ponto (a, f (a)).
2.2. DEFINIÇÃO DE DERIVADA 7
SOLUÇÃO:
Aplicando o limite (2.3) tem-se:
f (a + h) − f (a)
lim y
h→0 h
f (1 + h) − f (1) ƒ ƒ’
lim
h→0 h
[(1 + h)2 + 1] − [12 + 1]
lim
h→0 h
1 + 2h + h2 + 1 − 2
lim
h→0 h 0
2
2h + h 1 x
lim
h→0 h
h(2 + h)
lim
h→0 h
lim 2 + h = 2
h→0
0
Logo, f (1) = 2.
Sabendo que f 0 (1) = 2 é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f no
ponto (1, f (1)) e substituindo o ponto e a inclinação na equação geral da reta temos:
y − y0 = m(x − x0 )
y − 2 = 2(x − 1)
y = 2x
SOLUÇÃO:
(a)Observe primeiro que o domı́nio de f é R. Aplicando o limite (2.4), temos:
f (x + h) − f (x)
f 0 (x) = lim
h→0 h
[(x + h)2 − 2(x + h)] − [x2 − 2x]
= lim
h→0 h
(x + 2xh + h − 2x − 2h − x2 + 2x
2 2
= lim
h→0 h
(2xh + h2 − 2h
= lim
h→0 h
h(2x + h − 2)
= lim
h→0 h
= lim (2x + h − 2)
h→0
0
f (x) = 2x − 2
ƒ’
ƒ
1 x
x -2
0 2
Como
|h| h
lim = lim = lim 1 = 1
h→0+ h h→0+ h h→0+
e
|h| −h
lim = lim = lim −1 = −1
h→0− h h→0− h h→0−
os limites laterais são diferentes, logo o limite não existe, e se o limite não existe, a
função não é derivável em x = 0.
10 CAPÍTULO 2. DERIVADAS
f (x + h) − f (x)
f 0 (x) = lim
h→0 h
c−c
= lim
h→0 h
= lim 0
h→0
0
f (x) = 0
d
c=0
dx
f (x + h) − f (x)
f 0 (x) = lim
h→0 h
x+h−x
= lim
h→0 h
h
= lim
h→0 h
= lim 1
h→0
0
f (x) = 1
f (x + h) − f (x)
f 0 (x) = lim
h→0 h
(x + h) − x3
3
= lim
h→0 h
x3 + 3x2 h + 3xh2 + h3 − x3
= lim
h→0 h
3x2 h + 3xh2 + h3
= lim
h→0 h
h(3x + 3xh + h2 )
2
= lim
h→0 h
= lim 3x2 + 3xh + h2
h→0
0 2
f (x) = 3x
d 2 d 4 d 5
x = 2x , x = 4x3 e x = 5x4 ,
dx dx dx
d 1
e ainda, x = 1x0 .
dx
Teorema 2.2. Derivada de uma Função Potência Inteira (ou Regra da Potência)
d n
x = nxn−1 , n ∈ N
dx
d n f (x + h) − f (x)
(x ) = f 0 (x) = lim
dx h→0 h
n
(x + h) − xn
f 0 (x) = lim
h→0 h
1
Teorema Binomial:
n n n−1 n(n − 1) n−2 2 n n−k k
(a + b) = a + na b+ a b + ··· + a b + · · · + nabn−1 + bn , com n ∈ N
2 k
2.3. REGRAS DE DERIVAÇÃO 13
√
Exemplo 2.8. Calcule a derivada da função potência g(x) = x usando a definição.
g(x + h) − g(x)
g 0 (x) = lim
h→0
√ h
√
x+h− x
= lim
√ h
h→0
√ √ √
( x + h − x)( x + h + x)
= lim √ √
h→0 h( x + h + x))
x+h−x
= lim √ √
h→0 h( x + h + x)
h
= lim √ √
h→0 h( x + h + x)
1
= lim √ √
h→0 x+h+ x
1
=√ √
x+ x
1
g 0 (x) = √
2 x
d n
x = nxn−1 , n ∈ R
dx
Exemplo 2.9.
√ Determine as derivadas das funções abaixo:
(a) f (x) = x
3
SOLUÇÃO: √
(a) Como f (x) = 3 x = x1/3 , aplicando a regra da potência temos:
1 1 −1 1 −2 1
f 0 (x) = · x3 = x 3 = √
3
3 3 3 x2
(b)Como g(x) = 1
x2
= x−2 , aplicando a regra da potência temos:
−2
g 0 (x) = −2 · x−2−1 = −2x−3 =
x3
d d
[cf (x)] = c f (x)
dx dx
Teorema 2.5. Regra da Soma
d d d
[f (x) + g(x)] = f (x) + g(x)
dx dx dx
De maneira análoga, podemos escrever a Regra da Diferença.
d d d
[f (x) − g(x)] = f (x) − g(x)
dx dx dx
Agora veremos o resultado da derivada do produto de duas funções. Sejam
f (x) = x2 e g(x) = x3 . Com base nos resultados anteriores, podemos conjecturar
que, a derivada do produto é o produto das derivadas, ou seja, (f g)0 = f 0 g 0 . Vejamos:
e
f 0 (x)g 0 (x) = (x2 )0 · (x3 )0 = 2x · 3x2 = 6x3 ,
ou seja, (f g)0 6= f 0 g 0 . Deste modo, Leibniz obteve a expressão para a derivada do
produto dada no teorema abaixo.
F (x + h) − F (x)
F 0 (x) = lim
h→0 h
f (x + h)g(x + h) − f (x)g(x)
= lim
h→0 h
Adicionando e subtraindo a quantidade f (x + h)g(x) do limite temos:
SOLUÇÃO:
(a) Aplicando a Regra da Soma e do Múltiplo Constante temos:
d 3 d d d
f 0 (x) = 5x + x2 − 3x + 2
dx dx dx dx
2
= 5 · 3x + 2x − 3 + 0
0
f (x) = 15x2 + 2x − 3
d 3 d
(x − 1) · (x − 1) − (x3 − 1) · (x − 1)
g 0 (x) = dx dx
(x − 1)2
(x − 1) · 3x2 − (x3 − 1) · 1
=
(x − 1)2
3x3 − 3x2 − x3 + 1
=
(x − 1)2
2x − 3x2 + 1
3
g 0 (x) =
(x − 1)2
d d
h0 (x) = (x − 1) · (3x2 − x) + (3x2 − x) · (x − 1)
dx dx
= (x − 1) · (6x − 1) + (3x2 − x) · 1
= 6x2 − x − 6x + 1 + 3x2 − x
h0 (x) = 9x2 − 8x + 1
sen(x)
Teorema 2.9. Limite trigonométrico fundamental lim =1
x→0 x
Desse teorema tiramos o resultado abaixo, útil nas demonstrações mais a frente.
Teorema 2.10.
cos(x) − 1
lim =0
x→0 x
2.3. REGRAS DE DERIVAÇÃO 17
Demonstração:
cos(x) − 1 [cos(x) − 1][cos(x) + 1] cos2 (x) − 1 sen2 (x)
lim = lim = lim = lim =
x→0 x x→0 x[cos(x) + 1] x→0 x[cos(x) + 1]
x→0 x[cos(x) + 1]
sen(x) sen(x) sen(x) sen(x) 0
lim = lim lim = [1] =0
x→0 x [cos(x) + 1] x→0 x x→0 [cos(x) + 1] 2
Exemplo 2.11. Usando o limite trigonométrico fundamental, calcule os limites
abaixo:
sen(3x)
(a) lim
x→0 x
sen(5x)
(b) lim
x→0 7x
tg(4x)
(c) lim
x→0 x
SOLUÇÃO:
sen(3x) 3sen(3x)
(a) lim = lim
x→0 x x→0 3x
Aplicando agora a substituição de 3x por θ temos :
3sen(θ) sen(θ)
lim = 3 lim =3·1=3
θ→0 θ θ→0 θ
sen(5x) 5 sen(5x) 5 5
(b) lim = lim = ·1=
x→0 7x x→0 7 5x 7 7
tg(4x) sen(4x) sen(4x) 1 sen(4x) 1
(c) lim = lim = lim = lim lim =
x→0 x x→0 cos(4x)x x→0 4x cos(4x) x→0 4x x→0 cos(4x)
1·1=1
Como as funções senx e cos x não dependem de h, estas podem sair dos limites;
cos h − 1 senh
f 0 (x) = senx · lim + cos x · lim
h→0 h h→0 h
e assim,
SOLUÇÃO:
(a) Aplicando a Regra do Produto temos:
d√ √ d
f 0 (x) = cos x · x+ x· cos x
dx dx
1 √
= cos x · √ + x · (−senx)
2 x
cos x − 2x · (senx)
f 0 (x) = √
2 x
h(x) = cotgx,
logo:
d
h0 (x) = cotgx
dx
h0 (x) = −cossec2 x
dy dy du
= · .
dx du dx
Assim, para F (x) = (2x − 1)100 , vejamos F 0 (x). Podemos pensar na seguinte
composição F = f ◦ g onde f (x) = x100 e g(x) = 2x − 1. Derivando f e g temos
f 0 (x) = 100x99 e g 0 (x) = 2 e pela Regra da Cadeia
cos x
22. f (x) = 3x+23x2
35. f (x) = |2x − 8|, x 6= 4
SOLUÇÃO:
(b) Tomando h = p ◦ q onde p(x) = x10 e q(x) = x3 − 2x, onde p0 (x) = 10x9 e
q 0 (x) = 3x2 − 2, pela Regra da Cadeia temos:
Como pode ser visto, no Apêndice de Funções, a função f (x) = ex possui como reta
tangente, a curva y = x + 1, reta com inclinação m = 1, ou seja, f 0 (0) = 1. Assim,
podemos definir:
2.3. REGRAS DE DERIVAÇÃO 23
eh − 1
Definição 2.7. O Número e é um número tal que lim = 1.
h→0 h
Combinando a Definição 2.7 e a Eq. 2.6, temos:
Teorema 2.13. Derivada da Função Exponencial Natural
d x
e = ex
dx
Exemplo 2.14. Determine as derivadas abaixo:
(a) f (x) = ex (x2 −√1)
(b) g(x) = (2ex − 3 x)ex
(c) f (x) = esenx
SOLUÇÃO:
(a) Aplicando a Regra do Produto temos:
d 2 d
f 0 (x) = ex · (x − 1) + (x2 − 1) · ex
dx dx
x 2 x
= e · 2x + (x − 1) · e
0
f (x) = (x2 + 2x − 1)ex
3
√
1
= ex 4ex − 3 x − 2
3x 3
√
1
g 0 (x) = ex 4ex − 3 x − √ 3
3 x2
(c) Assumindo f = m ◦ n onde m(x) = ex e n(x) = senx, temos que m0 (x) = ex
e n0 (x) = cos x, daı́ pela Regra da Cadeia:
Agora, seja f (x) = ax , ∀a > 0. Note que a = eln a e então f (x) = (eln a )x ⇒
f (x) = ex ln a e aplicando a regra da cadeia temos que f 0 (x) = ex ln a · ln a, ou seja,
f 0 (x) = ax · ln a. Logo
Teorema 2.14.
d x
a = ax · ln a
dx
24 CAPÍTULO 2. DERIVADAS
SOLUÇÃO:
Nem todas as equações que envolvem x e y podem ser resolvidas para y, e algumas
o trabalho para isolar y é muito grande, por exemplo a equação x3 + y 3 = 6xy.
Nesta seção mostraremos que não é necessário termos uma função explı́cita para
calcularmos a sua derivada. Uma função definida implictamente por uma equação
pode ser também derivada, basta fixar uma das variáveis como dependente e a
outra como independente e assumir que a variável dependente y seja uma função
diferenciável de x.
A diferenciação implı́cita consiste em diferenciar ambos os membros da equação
2.3. REGRAS DE DERIVAÇÃO 25
dy
e resolver a equação para y 0 , . Vejamos como determinar para x2 + y 2 = 4.
dx
d 2 d
(x + y 2 ) = 4
dx dx
d 2 d
(x ) + (y 2 ) = 0
dx dx
dy
2x + 2y =0
dx
dy
2y = −2x
dx
dy 2x
=− ,
dx 2y
logo,
dy x
=− .
dx y
Exemplo 2.18. Determine a equação da reta tangente á curva y 2 = 5x4 − x2 ,
conhecida por kumpyle de Eudoxus, no ponto (1, 2).
SOLUÇÃO:
A curva, não pode ser expressada por uma única função em x, por isso, aplicaremos
derivação implı́cita. Suponha y = f (x) seja uma função definida implicitamente
pela equação dada e que seja derivável. Assim, derivando em relação a x temos:
d 2 d
(y ) = (5x4 − x2 )
dx dx
dy
2y = 20x3 − 2x
dx
dy 20x3 − 2x
=
dx 2y
3
dy 10x − x
=
dx y
Calculando o valor da derivada para x = 1 temos:
10(1)3 − (1)
dy 9
= =
dx x=1
2 2
Logo, a equação da reta tangente a curva y 2 = 5x4 − x2 no ponto (1, 2) é
9 9x − 5
y − 2 = (x − 1) ⇒ y =
2 2
SOLUÇÃO:
Aplicando a técnica de derivação de funções logarı́tmicas junto com a Regra da
Cadeia, temos:
(a)
1 d
y0 = · cos(2x)
cos(2x) dx
1
= · (−sen(2x)) · 2
cos(2x)
−2sen(2x)
=
cos(2x)
0
y = −2tg(2x)
(b)
1 d x
y0 = · (e + 1)
(ex + 1) ln 2 dx
1
= x · ex
(e + 1) ln 2
ex
y0 = x
(e + 1) ln 2
2.3. REGRAS DE DERIVAÇÃO 27
3. f (x) = esenx ;
1
4. m(x) = (x7 − x5 + x3 − x) 3 ;
3
x −5
5. g(x) = cos ;
ex
cos2 x − 1
6. h(x) = ;
tg2x
1
7. k(x) = ex · senx − ;
e−x
· sec x
2 100
x − 4x − 4
8. z(x) = .
x−2
9. f (x) = ecos x ;
2
10. m(x) = (x4 − x3 + x2 − x + 1) 3 ;
ex
11. g(x) = sen ;
3x4 − 5
sen2 x + cos2 x
12. h(x) = ;
tg2 x
1
13. k(x) = ex · cos x − ;
e−x · cossecx
100
x2 − 4
14. z(x) = ;
x−2
15. f (x) = log10 x2 ;
1 − cos2 x
16. g(x) = ln ;
senx
x2
17. h(x) = ;
ln x
18. d(x) = ln2 (tgx − cotgx);
28 CAPÍTULO 2. DERIVADAS
d d
(seny) = x
dx dx
dy
cos y =1
dx
π π
Limitando agora y ao intervalo − < y < temos cos y > 0 logo:
2 2
dy 1
=
dx cos y
2.3. REGRAS DE DERIVAÇÃO 29
e
dy 1 1
= =√ .
dx cos y 1 − x2
Logo
d 1
(sen−1 x) = √
dx 1 − x2
Teorema 2.15. Derivadas de Funções Trigonométricas Inversas
d 1 d 1
sen−1 x = √ cossec−1 x = − √
dx 1−x 2 dx x x2 − 1
d 1 d 1
cos−1 x = − √ sec−1 x = √
dx 1 − x2 dx x x2 − 1
d −1 1 d 1
tg x = 2
cotg−1 x = −
dx 1+x dx 1 + x2
A demonstração dos demais itens deste teorema é análoga a prova feita acima e é
deixada a cargo do leitor.
SOLUÇÃO:
Aplicando a Regra da Cadeia (diretamente) e o Teorema 2.15 para ambos os itens:
(a)
1 d
y0 = p · x2
1 − (x2 )2 dx
2x
y0 = √
1 − x4
(b)
1 d
y0 = x 2
· ex
1 + (e ) dx
ex
y0 = √
1 − e2x
30 CAPÍTULO 2. DERIVADAS
√
3. f (x) = sen(5x + 2) x2 + 4
log3 (x)
7. f (x) = ex + 3e2x + ln(5x) + 61x
4. f (x) = sec(x)
√ p
5. f (x) = 10x − 3 sec(5x) 8. f (x) = 5 sen(3x + 20x7 )
Admitindo que a equação determine uma função derivável f tal que y = f (x)
calcule y 0 nos exercı́cos 9 e 10:
9. y = x2 sen(y)
√ √
10. 2 x + 6 y = 400
Usando o limite trigonométrico fundamental, calcule os limites de 11 a 13:
sen(7x)
11. lim
x→0 3x
5x
12. lim
x→0 sen(x)
tg(15x)
13. lim
x→0 sen(x)
2.3. REGRAS DE DERIVAÇÃO 31
Funções Transcendentes
an = a
| × a × {z
a × ... × a} n∈N
nf atores
1 n
a−n = 1
an = a
a 6= 0 e n ∈ N
m √
an = n
am a 6= 0 e m, n ∈ N (se n for par a potência am deve ser maior
que zero)
√
Como definir potências com expoentes irracionais do tipo 2 2 ? Uma das maneiras
é definir a potência com expoente irracional como o limite de potências com expoente
racional. Vejamos abaixo a tabela:
x 2x
1,4 21,4
1,41 21,41
1,414 21,414
1,4142 21,4142
A primeira
√ coluna é uma sequência de números racionais que tende ao número
irracional√ 2, a segunda coluna é formada
√ por potências com expoentes racionais e
2 2
tende a 2 . É razoável então definir 2 como
√ o limite um limite de potências de
base 2 com expoêntes racionais tendendo a 2.
33
34 APÊNDICE A. FUNÇÕES TRANSCENDENTES
1 x
Exemplo A.2. Observe o comportamento do gráfico da função f (x) = 2
1 x
O número e aparece na construção do gráfico da função f (x) = 1 + x
como
uma assı́ntota horizontal.
x x
1 1
lim 1 + =e e lim 1 + = e.
x→+∞ x x→−∞ x
A.1. FUNÇÃO EXPONENCIAL 35
1
lim (1 + θ) θ = e
θ→0
f (a + h) − f (x)
f 0 (x) = lim
h→0 h
0+h
f (0 + h) − f (0) e − e0 eh − 1
f 0 (0) lim = lim = lim =1
h→0 h h→0 h h→0 h
Observação A.1. A função exponencial é contı́nua no seu domı́nio R
Exemplo A.3. Construa o gráfico das funções abaixo:
a) F (x) = 32x
b) G(x) = 3x + 2
A.2. FUNÇÃO LOGARÍTMICA 37
c) H(x) = −3x + 4
d) T (x) = 3x+2 + 5
Teorema A.1. (Propriedades dos logaritmos) Sejam b, n,x e y números reais tais
que b > 0 , x > 0 , y > 0 e b 6= 1.
Teorema A.2. (Mudança de base) Sejam b, a e c números reais tais que b > 0 ,
a > 0 , c 6= 1 e b 6= 1.
logc (a)
logb (a) =
logc (b)
Definição A.3. Seja b ∈ R, com b > 0 e b 6= 1. Definimos a função logarı́tmica na
base b por f (x) = logb x , cujo domı́nio é (0, +∞) e sua imagem é R
Observação A.3. A função f (x) = log10 (x) (base 10) é denotada simplesmente
por f (x) = log(x) . A função g(x) = loge (x) (base e) é denotada simplesmente
por g(x) = ln(x) (logaritmo natural).
d d
[cf (x)] = c f (x)
dx dx
Demonstração:
Sejam c ∈ R, f uma função diferenciável e G(x) = cf (x). Aplicando a definição ??
à função G temos:
G(x + h) − G(x)
G0 (x) = lim
h→0 h
cf (x + h) − cf (x)
= lim
h→0
h
f (x + h) − f (x)
= lim c
h→0 h
f (x + h) − f (x)
= c lim
h→0 h
0 0
G (x) = cf (x)
d d d
[f (x) + g(x)] = f (x) + g(x)
dx dx dx
Demonstração:
Seja H uma função definida pela soma H(x) = f (x) + g(x). Calculando a derivada
39
40 APÊNDICE B. DEMONSTRAÇÕES DOS TEOREMAS
de H temos:
H(x + h) − H(x)
H 0 (x) = lim
h→0 h
[f (x + h) + g(x + h)] − [f (x) + g(x)]
= lim
h→0 h
[f (x + h) − f (x)] + [g(x + h) − g(x)]
= lim
h→0
h
f (x + h) − f (x) g(x + h) − g(x)
= lim +
h→0 h h
0 0 0
H (x) = f (x) + g (x)
d d d
[f (x)g(x)] = f (x) g(x) + g(x) f (x)
dx dx dx
Demonstração:
Seja F (x) = f (x)g(x). Aplicando a definição ?? à função F temos:
F (x + h) − F (x)
F 0 (x) = lim
h→0 h
f (x + h)g(x + h) − f (x)g(x)
= lim
h→0 h
Demonstração:
41
f (x)
Seja a função F dada pelo quociente F (x) = . Aplicando a definição ?? temos:
g(x)
F (x + h) − F (x)
F 0 (x) = lim
h→0 h
f (x + h) f (x)
−
g(x + h) g(x)
= lim
h→0 h
f (x + h)g(x) − f (x)g(x + h)
g(x + h)g(x)
= lim
h→0 h
f (x + h)g(x) − f (x)g(x + h)
= lim
h→0 h · g(x + h)g(x)
Demonstração:
Abaixo segue a demonstração para função tangente,as demais são deixadas a cargo
senx
do leitor. Seja f (x) = tg(x), reescrevendo-a, f (x) = e aplicando a Regra do
cos x
42 APÊNDICE B. DEMONSTRAÇÕES DOS TEOREMAS
d d
cos x senx − senx cos x
f 0 (x) = dx dx
[cos x]2
cos x · cos x − senx · (−senx)
=
cos2 x
cos x + sen2 x
2
=
cos2 x
1
=
cos2 x
0
f (x) = sec2 x