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Segundo o artigo 3 . da Constituição Federal, são os objetivos fundamentais da República:
construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Verifica-se, contudo, que correspondem muito mais a metas, a grandes objetivos a serem
alcançados. Todavia, a concretização desses grandes objetivos não é um processo simples.
A construção da cidadania somente ocorrerá se forem cultivados valores que formarão a base de
sustentação do comprometimento com princípios como o respeito à diversidade, à
interdependência, à justiça e ao amor ao próximo. Se a escola deve ter como tarefa a formação da
cidadania e esta ganha seu sentido pleno num contexto democrático, é fundamental verificar a
situação educacional existente hoje no Brasil. As leis que regem as ações do povo brasileiro
apontam efetivamente na direção da cidadania? Mais ainda, que atitude tomam os indivíduos
diante delas? A educação que se oferece nas escolas capacita de fato os indivíduos para atuar
crítica e construtivamente?
Assim, como nos ensinam os antigos, a Ética diz respeito às reflexões sobre as condutas humanas
e, dessa forma, a pergunta ética por excelência é “como agir perante os outros?”.
Nos dias atuais, o tema “Ética” chega à escola e, com base nele, a instituição escolar incumbe-se
de realizar trabalhos cujo objetivo seja possibilitar o desenvolvimento da autonomia moral,
condição para a reflexão ética. Para esse estudo, foram eleitos como eixos de trabalho quatro
blocos de conteúdo: “Respeito Mútuo”, “Justiça”, “Diálogo e Solidariedade”, valores referenciados
no principio da dignidade do ser humano, um dos fundamentos da Constituição Brasileira.
Responsabilidade Social
As escolas podem utilizar uma variedade imensa de produtos e materiais. Até mesmo restos de
matéria-prima ou produtos ultrapassados podem ser utilizados para projetos escolares. Podemos
citar como bons exemplos os laboratórios de informática e as oficinas de Artes.
As empresas com atuação socialmente responsável contribuirão para a formação desses alunos
que, em longo prazo, poderão reproduzir esse mesmo exemplo, pois um comportamento ético os
levará, quase certamente, a uma atitude reflexiva, permitindo a valorização da liberdade, da
responsabilidade e da tolerância . Além disso, podem estabelecer parcerias com uma única escola
pública ou comunitária e supri-la com variada gama de serviços ou autorizar a visita de um grupo
de alunos da escola a suas instalações, pois o simples funcionamento de um escritório poderá
despertar nesses jovens alunos futuras aspirações.
A maioria dos projetos de educação está voltada para a melhoria da escola pública com o objetivo
de diminuir a evasão escolar. Importantes também são os projetos que promovem a capacitação
de professores, pois aí está uma das soluções para a melhoria da qualidade da educação e o
aprimoramento dos processos de ensino. No entanto, apesar desses valores revelarem um
engajamento nas áreas sociais, a atuação ainda é muito tímida para a realidade dos problemas
sociais no Brasil.
Os jovens devem ser incentivados a buscar novos caminhos e soluções positivas para alcançar
uma sociedade mais digna e justa, com menos desigualdade e diferenças sociais, cabendo a todos
tratarmos dessa questão como uma questão não só atual, mas como uma urgência social.
Ética e Responsabilidade Social no Currículo Escolar
Os conteúdos citados devem ser trabalhados para que o aluno evolua em sua formação, com
questões sociais e de cidadania de acordo com os objetivos propostos. Porém, para
desenvolvermos esses temas, não podemos esquecer a necessidade de se trabalhar na formação
dos educadores, para que possam se situar e participar do processo de construção da cidadania,
do reconhecimento de seus direitos e deveres, de seus valores e de sua valorização como
educador.
A escola deve cultivar os valores que são à base de sustentação do comprometimento com os
princípios de respeito à diversidade, à interdependência, à justiça e ao amor ao próximo. A escola
deve ser repensada por meio de novas vivências do espaço educativo, das relações entre
educadores e alunos, das influências do meio escolar na comunidade local, das responsabilidades
individuais e coletivas e do apreço ao conhecimento.
O professor precisa trabalhar com suas motivações pessoais, sonhos e anseios, para ter
consciência de que a escola também pertence a ele e de que cada um deve fazer sua parte
segundo suas capacidades e potencialidades.
Assim, a escola não existe só para transmitir conhecimentos, informações e formar para o mercado
de trabalho, mas também para formar alunos e cidadãos capazes de definir metas e meios para
alcançarem suas realizações pessoais e de compreenderem a si mesmos e ao próximo, por meio
da convivência uns com os outros e com os professores e funcionários da escola, dos valores
compartilhados e da participação responsável em suas atividades escolares (CHAVES, 2002).
Ao discutir o papel da escola na formação moral PIAGET (1978) argumentou que normas
disciplinares impostas de fora, como a obediência, a autoridade e a coação do adulto, o certo e o
errado, o bem e o mal, além de sufocar a personalidade da criança, mais prejudicam do que
favorecem sua formação. É evidente que as crianças devem perceber o que é certo e o que é bom,
mas elas devem ser equipadas com a capacidade do desenvolvimento do pensamento crítico e
decidirem por si sós a pensar, e não apenas a se adaptar ao estabelecido e ditar seus valores.
Para Jaques Delors (2004), o papel da escola é construir e fornecer às crianças e aos adultos as
bases culturais que permitam decifrar as mudanças de curso a fim de melhor interpretá-las e de
reconstruir os acontecimentos inseridos numa história de conjunto. Ele ainda pontua quatro pilares
importantes para a educação: “Aprender e Conhecer”, “Aprender a Fazer”, “Aprender a Viver
Juntos” e “Aprender a Ser”, onde cada um desses pilares permite trabalhar o aprendizado na
compreensão, no conhecimento, na descoberta, na prática de seus conhecimentos, na
participação e na cooperação com os outros em todas as atividades humanas, na elaboração de
pensamentos autônomos e críticos e na formulação dos próprios juízos de valor, de modo a poder
decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.
Essa visão de DELORS remete à nossa análise sobre a importância de práticas educacionais
ligadas às situações reais, vividas por cada criança no seu dia-a-dia, orientando-a sobre como
analisar e resolver as questões da vida.
A importância de uma Educação que trabalhe a questão de Valores Humanos, a partir do Ensino
Fundamental, reforça-se nas várias publicações encontradas que abordam a questão da
reestruturação do currículo escolar, como encontramos em entrevista do reconhecido jornalista
[1]
Gilberto Dimenstein (2005) :
O Papel do Educador
A qualidade da Educação na escola não trata somente de passar informações aos alunos, mas
depende, sobretudo, da qualidade do trabalho profissional dos professores. Assim, o grande
desafio é utilizar temas polêmicos de forma educativa e como parte do processo educativo,
instigando o aluno à reflexão sobre os problemas da sociedade e sua resolução.
Sobre esse mesmo tema, no texto “Proteção social e muitos espaços para aprender”, GUARÁ
(2003) afirma que qualquer projeto para o desenvolvimento do Brasil terá certamente na Educação
seus esteios fundamentais. Como a melhoria dos indicadores sociais e a superação da pobreza
carecem de implantação de ações sociais, os esforços dedicados à Educação precisam incorporar
avanços na expansão e na qualidade. Os professores e educadores têm a tarefa comum de
orientar as escolhas, de ajudar crianças e adolescentes a processar as informações e de serem
referências humanas exigentes e compreensivas para tornar o aprendizado uma conquista
prazerosa e desafiadora.
Para que essa qualidade da Educação se efetive de fato, todos os governos devem empenhar-se
em reafirmar a importância dos professores da Educação básica e em criar condições para que se
aperfeiçoem as suas qualificações por meio das seguintes medidas:
Reforçando o papel do Educador, é preciso lembrar as dificuldades que a maioria dos professores
enfrentam: violência, baixos salários, salas de aula muito numerosas (com quarenta alunos em
média), comprometendo o desenvolvimento do aluno e a sua própria realização profissional. O
número de profissionais da Educação, segundo a Unesco, diminui a cada ano.
Só colocar as crianças na escola não basta, dependemos dos educadores para que, num futuro
próximo, elas consigam adquirir conhecimentos básicos e valores para ter uma vida digna.
Existem várias escolas que já implantam essa prática nos currículos escolares de forma muito
diversificada e com resultados significativos na mudança de atitude dos alunos em relação ao meio
ambiente, ao respeito aos idosos, ao envolvimento escola / comunidade, à cooperação escola /
cidade e a mudanças de ações do poder público, que passou a considerar com mais atenção às
propostas das escolas.
Analisamos os projetos de 07 escolas no estado de São Paulo, que implantam essa prática nos
currículos escolares de forma muito diversificada, encontramos conteúdos e resultados
significativos para o fortalecimento das mudanças obtidas com a prática dos Temas Transversais
inseridos dentro do currículo escolar e observamos as questões de Ética e Responsabilidade
Social sendo abordadas na prática, de acordo com as necessidades culturais e sociais de cada
localidade.
O projeto dos CEUS é ousado quanto às suas propostas, abrangendo atividades para a construção
da cidadania e a melhora da qualidade de ensino. Seria muito importante se todos os cidadãos
tivessem acesso a todas as informações para serem capazes de avaliar seus resultados, pois fez-
se um grande investimento e o retorno deve ser o benefício para toda a comunidade.
Com esses resultados de sucesso obtidos nos projetos aplicados nas escolas de Ensino
Fundamental, ressaltamos a importância de serem trabalhadas as questões de Ética e
Responsabilidade Social na formação dos indivíduos a partir do Ensino Fundamental, quando os
alunos se encontram em fase de formação de valores e atitudes, para termos uma sociedade mais
humana, menos individualista e mais voltada para o bem comum.
Dessa forma, poderemos vir a ter futuros dirigentes dedicados a investimentos na sociedade sem
exigir benefício próprio.
Conclusão
Embora ninguém discorde de que o Ensino Fundamental é a base para uma Educação Integrada a
todos os aspectos do desenvolvimento do indivíduo, sabe-se que a qualidade desse ensino muitas
vezes é inadequada. A principal causa para isso é, sem dúvida, o fato de que os investimentos em
Educação são insuficientes, o que significa, na prática, que uma maior vontade política dos
governos torna-se necessária, assim como mudanças nas políticas públicas.
Todavia, não há governo que provoque uma mudança sem o envolvimento da comunidade. Não
podemos esquecer da contribuição das organizações não-governamentais e das empresas no
desenvolvimento de projetos para a construção da cidadania. As empresas podem dar suporte
financeiro e, simultaneamente, suas atuações socialmente responsáveis poderão influenciar os
alunos do Ensino Fundamental quanto às suas atitudes como cidadãos. As ONGs, por sua vez,
facilitam o contato direto com a comunidade, mostram a importância da participação na escola e
oferecem atividades complementares.
A ajuda do Setor Privado foi constatada através do Guia da Cidadania. Houve um aumento
significativo, embora ainda não suficiente, de projetos em Educação.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são uma referência para o Ensino Fundamental. É
necessário que sejam mais divulgados e que contribuam, efetivamente, para a formação e a
atualização dos educadores e dirigentes escolares. Conforme os Parâmetros, o Estado seria o
responsável pela formação de pessoas capazes de exercer plenamente sua cidadania.
O tema Ética é um dos Temas Transversais sugerido pelos PCNs, existe a preocupação em trazer
Valores Éticos para o Ensino Fundamental. Acredita-se que cidadãos éticos sejam capazes de ter
uma atuação responsável na vida.
Entretanto, trabalhar questões éticas no Ensino Fundamental não é tarefa fácil e só será
plenamente alcançada quando os professores forem preparados para mais essa função. A
situação do professor das escolas públicas é um motivo de preocupação, pois ele vivencia
situações de violência, de escassez de material, de desinteresse por parte dos alunos e de falta de
motivação, de desvalorização como profissional e de baixos salários.
Ainda que a situação do professor, com freqüência, seja difícil, ele precisa acreditar que mudar é
possível, caso contrário, as mudanças dificilmente acontecerão.
Assim, a atuação perante a realidade da escola pública deve ser de análise e de conscientização,
não somente da equipe docente, mas de toda a comunidade, de que deve haver perspectiva de
mudança do quadro presente. Nas condições atuais, frustra-se a esperança de que a escola venha
a assumir o papel central no processo de socialização e de aprendizado de papéis e normas
sociais.
A escola só oferecerá um Ensino Fundamental com qualidade, quando, ao completar a oitava
série, o aluno estiver preparado para entrar no mercado de trabalho, ou puder escolher entre
cursar o Ensino Médio para depois cursar uma boa Universidade, ou optar por um curso
profissionalizante.
Todas essas motivações e a procura por respostas para atingir nossos objetivos reforçam-se com
uma citação de Luiz Carlos Merege, servindo como indicador de que um país melhor é possível:
Dessa forma, infere-se que há necessidade de pessoas para trabalhar na defesa de Valores, mas,
para que a atuação seja responsável, elas também devem ter recebido uma Educação em
Valores.
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[1]
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[2]
O Estado é o Primeiro Setor; o Mercado é o Segundo Setor e Entidades da Sociedade Civil
formam o Terceiro. O Terceiro Setor é constituído por organizações privadas sem fins lucrativos
que geram bens, serviços públicos e privados, com objetivo de promover o desenvolvimento
político, econômico, social e cultural no meio em que atuam. Exemplos de organizações do
Terceiro Setor são as organizações não-governamentais (ONGs), as associações e fundações.
[3]
Jornal Valor Econômico, 09/04/2002 - São Paulo SP. Luís Carlos Merege é coordenador
do curso de Administração para Organizações do Terceiro Setor, do Centro de Estudos do Terceiro
Setor (CETS), da Fundação Getulio Vargas – Escola de Administração de Empresas de São Paulo
(FGV/EAESP).
* Este artigo foi selecionado a partir dos trabalhos de conclusão de curso da pós-graduação em
Administração de Organizações do Terceiro Setor da FGV-SP. O trabalho pode ser encontrado na
íntegra no CETS – Centro de Estudos do Terceiro Setor da FGV-SP.
Tana Bassi é pós-graduada em Administração para Organizações do 3o. Setor também pela FGVSP.
Atua como consultora nas áreas de responsabilidade social, planejamento estratégico, gestão e
elaboração de projetos sociais e culturais.
BAUER, Patrícia N., BASSI, Tana. “Ética e Responsabilidade Social no Ensino Fundamental”. Qual o Papel da
Escola na Formação de Valores Humanos? Revista IntegrAção. São Paulo : CETS, FGV – EAESP, n. 63,
jun. 2006. Disponível em: http://integracao.fgvsp.br/ano9/06/opiniao.htm. Acesso em: 17 ago. 2006.