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Neste documento, o autor resume o livro "Princípios de Semântica Linguística" de Oswald Ducrot. Ducrot argumenta que a função comunicativa da linguagem é primordial e depende da relação entre os indivíduos. Ele critica a visão da linguagem como mero código de transmissão de informação, negligenciando o papel dos implícitos na fala. Ducrot sistematiza dois tipos de implícitos: o implícito do enunciado e o implícito fundado na enunciação.
Neste documento, o autor resume o livro "Princípios de Semântica Linguística" de Oswald Ducrot. Ducrot argumenta que a função comunicativa da linguagem é primordial e depende da relação entre os indivíduos. Ele critica a visão da linguagem como mero código de transmissão de informação, negligenciando o papel dos implícitos na fala. Ducrot sistematiza dois tipos de implícitos: o implícito do enunciado e o implícito fundado na enunciação.
Neste documento, o autor resume o livro "Princípios de Semântica Linguística" de Oswald Ducrot. Ducrot argumenta que a função comunicativa da linguagem é primordial e depende da relação entre os indivíduos. Ele critica a visão da linguagem como mero código de transmissão de informação, negligenciando o papel dos implícitos na fala. Ducrot sistematiza dois tipos de implícitos: o implícito do enunciado e o implícito fundado na enunciação.
RA: 566276 UFSCar Universidade Federal de So Carlos Curso de Lingustica (Semntica) Profa.: Dra. Soeli Maria Schreiber da Silva
Resenha: Princpios de Semntica Lingustica (OSWALD DUCROT)
Em seu livro, Princpios de Semntica Lingustica, Ducrot comea
argumentando sobre a aceitao geral de que a funo fundamental da lngua a comunicao. Seu argumento principal de que, aps a difuso do pensamento de Saussure, a antiga concepo comparatista foi abandonada. Nesta perspectiva, a lngua era vista como expresso do pensamento, isto , o ato de fala era explicado como ato do pensamento. A utilizao da fala para a comunicao e a interao social era posta em segundo plano. J em uma perspectiva de uma lingustica da comunicao, a funo comunicativa de interesse primrio, compreendendo que a fala depende da relao entre indivduos, i.e., depende de um outrem. Na esteira desse pensamento, foi inserida a ideia de ato de fala e dualidade dos interlocutores, tendo como princpio cabal o ato de informar. Ademais, em uma das leituras ps-saussurianas, a linguagem era vista como transmisso de cdigos. No comeo do estruturalismo, outra ideia corrente era a ideia do ato de informar como o ato lingustico fundamental. Tais ideias perduraram por algum momento como classificadas como evidentes, at comearem a serem questionadas por linguistas e filsofos, como os da escola de Oxford. Tais crticas construram uma redefinio de lngua, dessa vez no mais visto como uma mera troca de cdigos, mas como um instrumento de comunicao, com relaes intersubjetivas inerentes fala. A crtica de Ducrot concepo de lnguas naturais como cdigos (destinados transmisso de informao de um individuo a outro) se d pela negligncia do implcito na fala nesta definio. Nesta acepo de lngua como cdigo o que dito no cdigo totalmente dito, ou no dito de forma alguma (Ducrot, 1977, p.13). Definio esta que deixa de considerar que h tabus lingusticos, temas proibidos protegidos por meio de uma espcie de lei do silncio, que faz necessrio a existncia de implcitos. Um segundo argumento de Ducrot para a considerao do implcito na fala, se deve ao fato de que todo dito pode ser contradito, ao ponto que o sujeito no poderia emitir uma opinio sem considerar possveis objees do interlocutor.
Assim, Ducrot sistematiza as formas de implcitos presentes na fala: o implcito
do enunciado, feito para deixar de entender os fatos que no queremos apresentar de forma explcita. Tal como quando dissemos que as paisagens que vimos, pra dizer que viajamos. Um outro tipo o implcito fundado na enunciao, tambm chamado de subentendido do discurso, que compreende aquilo que no h a necessidade de ser dito, por uma compreenso prvia do interlocutor. Por exemplo, quando o juiz concede a palavra ao ru num tribunal, ele no est apenas deixando o ru falar, est avaliando o depoimento do mesmo, logo, no apenas a palavra que concedida, mas sim, o direito de defesa.