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Leandro Velloso
11/01/2006
Doutrina: Cavalinho
Sinopse Jurídica da editora Saraiva.
1. Administração Pública
1.1. Poder Administrativo
1.2. Agente Administrativo
2. Licitação e Contrato
3. Intervenção Estatal nas Propriedades
4. Controle da Administração Pública
5. Serviços Públicos
5.1. Concessões
5.2. Permissões
1. Administração Pública
1.1. Organização Administrativa do Estado
Conceito de Administração Pública – é um conjunto de “entes” e “entidades” e
“órgãos públicos” para realização de uma função administrativa com base no
interesse público.
• Entes – União, Estados membros, Distrito Federal, Municípios:
Possuem capacidade política;
Possuem capacidade jurídica;
Possuem capacidade administrativa. Art. 1º CF/88
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
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• Função Administrativa
Serviços Públicos
Atividades Administrativas
Atividade Política
Atividade de FOMENTO (bem estar social) – vão trazer o bem estar para a
sociedade.
1.1.3.Administração Pública:
Centralizada – é aquela atividade prestada, que esta nas mãos
exclusivas de entes públicos – União, Estados membros, Distrito
Federal, Municípios.
Descentralizada
Decreto Lei 200/67 – entidades públicas
É aquela prestada pelas entidades públicas, pelas
concessionárias, permissionárias e autorizatárias, ou seja,
descentralização as atividades.
1.1.4.Administração Pública:
Concentrada – a atividade pública será prestada unicamente por
qualquer ente ou entidade ou órgão, e sem divisão interna de
tarefas.
Desconcentrada – o administrador descentraliza “internamente”
suas tarefas, com a criação de departamentos, diretorias e isso pé
“regra”. (Neste caso há divisão interna). Competência exclusiva da
CRFB. Ex. Polícia Federal – art. 144 CF/88
Art. 144 - A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I - polícia federal;
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Direito Administrativo Curso Fraga prof. Leandro Velloso
Entidades:
Autarquias – são pessoas jurídicas de direito público, criada por lei na forma do art.
37, XIX CF/88, realiza atividades típicas do Estado. Atividades sociais indispensáveis
ao cidadão. As autarquias possuem prazo em dobro para recorrer e em quádruplo
para contestar (art. 188 CPC), promove a execução fiscal, seus bens são
impenhoráveis, imprescritíveis, seus agentes públicos são investidos por concurso
público, podendo possuir estabilidade constitucional.
Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada à instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Autarquias Especiais:
Agências Reguladoras – são aquelas que fiscalizam as atividades
descentralizadas, com base no poder de polícia; Ex.: Anatel, Anael, Anvisa –
criada por lei nos moldes da autarquia.
Fundações Públicas:
Todas as fundações públicas são públicas conforme o Código de Processo Civil. São
aquelas constituídas e mantidas pelo poder público, pessoa jurídica de direito
público. Atividades Típicas do Estado de forma especialíssima nas áreas de saúde,
educação, centro de pesquisa e causas indígenas. São autorizadas por lei na forma do
art. 37, XIX, CRFB/88. Ex.: Funai, CNPQ, FioCruz, extinta LBA, Universidade de
Brasília, Hospitais Federais.
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Pontos Semelhantes:
Regime de Pessoal: Estatutário, concurso público obrigatório, não pode falir, seus
bens são impenhoráveis pelo Código Civil, não podem sofrer usucapião, prescrição
quinzenal (decreto 20910/32), realizam execução fiscal (lei 6830/80) possui
imunidade tributária (art. 150 CRFB/88), prazo em quádruplo para contestar e prazo
em dobro para recorrer (Art. 188 CPC) e possuem duplo grau de jurisdição (Art. 475
CPC).
Foro:
Justiça Federal (art. 109, I CRFB)
Art. 109 - Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal
forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto
as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à
Justiça do Trabalho;
Art. 126 - Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça designará juízes de
entrância especial, com competência exclusiva para questões agrárias.
Parágrafo único - Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á
presente no local do litígio.
Seus bens são penhoráveis, não podem falir, não possuem qualquer privilégio fiscal,
tributário, trabalhista, previdenciário, processual. Obrigação de Licitação, seus agentes
públicos são investidos por concurso público, na forma de emprego público, não adquire
estabilidade constitucional, e autorizado por lei. Suas subsidiárias possuem as mesmas regras.
Ex.: Petrobrás, BB, Eletrobrás.
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Empresas Públicas:
É pessoa jurídica de direito privado, com capital 100% público, autorizado por lei
realiza atividade com exploração econômica. Ex.: Caixa Econômica, BNDS, Correios,
Embrapa, EPE (criada pela lei 1874/2004). Seus bens são penhoráveis, não podem
falir, não possuem qualquer privilégio fiscal, tributário, trabalhista, previdenciário,
processual. Obrigação de Licitação, seus agentes públicos são investidos por
concurso público, na forma de emprego público, não adquire estabilidade
constitucional, e autorizado por lei.
CEF e CORREIOS:
Ambas são pessoas jurídicas de direito privado, realizam atividade Econômica, a
segunda composta de capital 100% público e autorizada por lei; a primeira possui
capital misto na forma de S/A. Ambas não podem falir, seu regime de pessoal é
celetista e não possuem qualquer privilégio fiscal, tributário, processual das
autarquias ou fundações.
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2) Ato Administrativo
Conceito: Toda manifestação de vontade unilateral realizada pelo
administrador para o exercício de uma função administrativa ou atividade
pública com base sempre no interesse público.
Elementos ou Requisitos:
A) Atos Vinculados – todos os elementos estão previsto na lei OMOFOFICO
1. COmpetência – é um elemento vinculado ou seja, previsto na lei
(Art. 2º lei 4717/65) – agente capaz, agente jurídico, pressuposto
subjetivo – pessoa competente para realizar o ato, prevista em lei.
2. FOrma – como deve ser feito o ato (pressuposto formalístico),
através de uma portaria.
3. FInalidade – razão genérica do ato, interesse público previsto na lei,
também chamado Razão Genérica. Pressuposto teleológico.
B) Atos Discricionários – é aquele onde o administrador possui uma pequena
liberdade de atuação dos elementos motivos e objeto. Elementos da
Discricionariedade – conveniência e oportunidade.
Objeto – é o conteúdo fato; é a conseqüência jurídica do fato, como eu vejo o
ato previsto na lei ou não. Também é um pressuposto objetivo.
MOtivo – é o fato; é a razão especifica do ato previsto na lei ou não. É um
pressuposto objetivo
Atributos: é chamado de Presunção ou Prerrogativa
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Classificação:
A) Quanto a Exteriorização de Vontade do Interesse Público
Atos Vinculados – todos os elementos estão previsto na lei
Atos Discricionários – os elementos motivo e objeto não estão previstos na lei.
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Teoria da Motivação ou dos Motivos Determinante – também chamada de Teoria da
Motivação, é um limite em relação aos atos discricionários que de acordo com o Art. 50 da
Lei 9784/99, exige que todos os atos que interferem no patrimônio de terceiro devem ser
motivado. Sua aplicação tornará um ato discricionário em ato vinculado. Para Bandeira de
Mello nos ensina que todos os atos têm que se motivados.
b) Atividade Estatal:
Ato de Império – é aquele regulado pelo direito público previsto em lei,
gerando obrigação ao Administrador. Contra atos de império cabe
Mandato de Segurança.
Ato de Gestão – são atos de direitos privado, incluindo participação de
terceiros, com o exercício de uma gerência pública. Realizado por
Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista, não cabe Mandado
de Segurança contra atos de gestão, pois não há abuso de poder.
c) Quanto ao nº. de vontade:
Atos Simples – uma só vontade, o administrador só tem uma vontade.
Ex.: Pedido de Exoneração do Servidor
Atos Compostos – possui uma vontade central que será exercida por
duas ou mais vontades, como hierarquias entre as vontades. Ex.:
Investidura do Servidor (conjunto de dois atos: nomeação + posse –
Art. 37, VII CRFB/88).
Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:
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Atos Punitivos – é aquela que voltado para o servidor e para administrado, visa
fiscalizar, aplicar sanções(punir), decorre de dois poderes, o poder de polícia
(voltado para o povo) e do pode disciplinar (voltado para o servidor) . Em regra
possui o atributo de executoriedade. Ex.: Multa em geral e alguns atos de
desapropriação. Ex.: Demissão de servidor, advertência, punição (interdição e
suspensão) demolição.
Quanto ao conteúdo
- Ratificação – vício na competência;
- Reforma – vício na forma – reforma de uma tomada de preço para
concorrência.
- Conversão – vício no objeto. Modificação de um contrato que já foi assinado.
Pelo Tempo :
- Prescrição – é a perda do direito de ação: decreto 20910/32, cinco anos para
extinguir um ato invalidação, revogação; salvo lei específica. Demissão de
servidor em regra 5 anos.
- Decadência – é a perda de direito subjetivo ou potestativo
o Se houver má fé do terceiro imprescritível.
o Se houver boa-fé do terceiro - Código Civil - 10 anos salvo lei especifica.
Ex.: Mandato de segurança.
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Poderes Administrativos
1) Conceito: é aquele que pode para realização de atos administrativos.
Critica – Não existe ou não se admite poder vinculado, pois o administrador
se vincula exclusivamente a lei.
2) Pode Discricionário – é aquele conferido ao administrativo para realização de
atos discricionários. O limite de tal pode é princípio da razoabilidade e da
proporcionalidade.
3) Pode regulamentar – é aquele que se volta para normatização interna da
administração, para execução de atos normativos. O limite do poder
regulamentar é o princípio da Legalidade , porque regulamenta a lei e a
constituição. Não expede atos autônomos (não admite atos administrativos
autônomos).
4) Pode Hierárquico – é aquele que se volta à estruturação da administração, o
limite (princípio da tutela – art. 37, XIX CF/88 e do decreto 200/67) e da
legalidade.
Direta – há hierarquia (subordinação)
AP Supervisão ministerial não há hierarquia
Indireta – não existe hierarquia (vinculação)
Visa escalonar a estrutura de administração
5) Pode Disciplinar – é aquela voltado para a estruturação interna da
administração, visa escalonar, fiscalizar atuação dos administradores e dos
servidores. Limite do Poder disciplinar princípios da legalidade, devido
processo legal, contraditório e ampla defesa.
6) Poder de Polícia - é aquele voltado para a fiscalização aplicação de multa,
sanções, aos administrados. Limite do poder polícia, princípio da legalidade,
devido processo legal e direitos fundamentais.
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Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
1) Conceito
2) Classificação:
Agentes Políticos – realizam política investida nos altos escalões dos poderes
executivos e judiciários . recebem subsídios, são eleitos ou designados.
Obs.: Ministro dos tribunais de Conta e os membros da diplomacia (cônsul,
embaixadores, diplomatas)
Agentes Administrativos
18/01/2006
– titular de cargo público – é aquele que esta sob regime estatutário e
classicamente é chamado de Funcionário Público, art. 37, II CF/88,
concurso público obrigatório é o único que pode adquirir estabilidade. É
encontrado na administração pública direta, autarquia e fundacional.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
– Titular de emprego público – regime celetista chamado Empregado
Público, concurso público obrigatório, não adquire estabilidade
constitucional.
– Titular de cargo temporário - servidor Strito Sensu, regras da CLT,
concurso é facultativo e não adquire estabilidade constitucional.
– Titular de cargo em comissão ou função de confiança – art. 37, V CF/88,
livre nomeação e exoneração, vinculada a algum estatuto. Função de
confiança exercido por titular de cargo efetivo, e cargo em comissão por
qualquer pessoa para direção, chefia, assessoramento.
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Agentes Públicos
1) Conceito
2) Classificação
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Obs.: Agente Putativo – agente imaginário, não é servidor esta na administração.
Agente Putativo Propriamente Dito – é o Agente Putativo irregular na
administração em situação irregular, aquele que não faz concurso público.
Agente Necessário – é aquele que em virtude de urgência realizada
atividade como se fosse servidor.
Em regra os atos administrativos realizado pelo Agente Putativo possuem
presunção de legitimidade em razão da boa fé de terceiro. Presunção relativa.
Ex.: Faxineiro na delegacia que ajuda na limpeza.
3) Acesso a Administração Pública – Art. 37, I e II CF/88
A Brasileiro e estrangeiro na forma da lei.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista
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Concurso Público: Validade de até 2 anos, prorrogável por uma vez por igual
período.
Art. 37, II, III, IV CF/88
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
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Obs.: Teoria do Fato Consumado
Tal teoria consiste na fundamentação onde o candidato que esta em efetivo exercício
na administração pública em virtude de medida judicial, ao longo do tempo pode-se
adotar o Fato Consumado garantido os direitos do servidor.
Nenhum Servidor pode fazer greve, civil (todos os titulares de cargos) e militar (PM e
CBM). Por falta de lei especifica, em virtude de norma constitucional possuir
aplicabilidade limitada. Tenho o direito mas não sei como usar.
Liberdade Sindical – é livre para o servidor civil. Ex.: Polícia Militar, polícia federal,
polícia ferroviária, polícia rodoviária. Art. 144 CF/88.
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Acumulação na Administração
É proibido acumulação na administração pública, art. 37, XVI CF/88, incluído
emprego e funções de toda a administração pública.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas;
Exceções:
Condições:
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1) Compatibilidade de Horário;
2) Teto Reuneratório do art. 37, XI CF/88;
Especies: Art. 37, XVI CF/88
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34,
de 2001).
1) Dois Cargos de professor;
2) 1 cargo de professor com outro técnico cientifico;
3) 2 cargos ou empregos de profissionais da área de saúde. Todos que estejam
devidamente regulamentados.
Obs.: Juiz e Promotor podem exercer magistério – art. 95, § único, art. 128, § 5º
CF/88.
Art. 95 - Os juízes gozam das seguintes garantias:
Parágrafo único - Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
Obs.: Função de confiança com outro cargo efetivo na forma do art. 37, V CF/88.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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Obs.: Vitaliciedade – é do cargo público que será exercido por juizes e promotores. E
a estabilidade é do agente público no cargo.
Serviços Públicos:
1. Conceito: é toda prestação exercida pelo Estado ou por seus delegados com base
no direito público para satisfação das necessidades essenciais ou secundárias.
2. Características:
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Art. 175 - Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de
serviços públicos.
Parágrafo único - A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de
serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua
prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
4. Classificação:
4.1. Próprios ou Indelegável – pode ter caráter essencial. A prestação é exclusiva
do Estado, não se admitindo delegação. Ex.: Serviço de polícia, segurança
pública, prestação jurisdicional.
4.2. Impróprios chamados de Delegáveis ou de utilidade pública – não possuem o
caráter de essencial pode ser realizado por terceiro. Ex.: Telefonia, correios,
energias elétrica, água.
4.3. Classificação pelo STF
4.3.1.Serviço Público propriamente Ditos (estatais) - são aqueles essenciais ao
cidadão e exercidos exclusivamente pelo Estado, remunerados mediante
taxas e não podem ser delegadas. Ex.: Prestação jurisdicional, atividade
nuclear, monopólio do petróleo, segurança pública.
4.3.2.Serviços Públicos Essenciais ao Interesse Público - remunerados
mediantes taxa cuja prestação é necessária para o progresso da Sociedade
bem estar do cidadão. Ex.: Energia, geração e transmissão de energia,
água, esgoto, sepultamento.
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5. Concessão ou Permissão: Observações Gerais – art. 40, lei 8987/95 e art. 175
CF/88.
Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de
adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do
edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do
contrato pelo poder concedente.
Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei.
Todos os entes públicos podem legislar sobre o tema desde que não afrontem a lei
geral.
• Contrato de Concessão :
Obs.: Prazo determinado na forma do edital, remuneração básica da
concessionária tarifa.
• Transferência da Concessão:
É a mudança de controle acionário da concessionária.
• Sub-Concessão:
Art. 23 e 26 da lei 8987/95 – a concessionária passará o serviço/atividade para
outrem que exercerá as mesmas atividades mediante licitação prévia, na
modalidade concorrência pelo administrador público.
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do
serviço;
IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a
revisão das tarifas;
V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da
concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de
futura alteração e expansão do serviço e conseqüente modernização,
aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;
VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e
práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos
competentes para exercê-la;
VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a
concessionária e sua forma de aplicação;
IX - aos casos de extinção da concessão;
X - aos bens reversíveis;
XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações
devidas à concessionária, quando for o caso;
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• Extinção do Contrato:
a) Termo Final – art. 35 lei 8987/95 – seu efeito é a chamada reversão
b) Encampação ou Resgate – extinção da concessão antes do prazo pela
liberdade do administrador.
c) Decadência ou Caducidade – art. 38 lei 8987/95 – ocorre pela
inadimplência da concessionária
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do
poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a
aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo,
do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.
§ 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder
concedente quando:
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou
deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e
parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou
disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto,
ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força
maior;
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou
operacionais para manter a adequada prestação do serviço
concedido;
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por
infrações, nos devidos prazos;
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente
no sentido de regularizar a prestação do serviço; e
VII - a concessionária for condenada em sentença transitada em
julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais.
§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da
verificação da inadimplência da concessionária em processo
administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 3o Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de
comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos
contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir
as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos
contratuais.
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d) Rescisão
i. Judicial
ii. Extra Judicial
• Responsabilidade Civil:
A concessionária responde civil pelos seus atos e o poder concedente responde de
forma subsidiária.
Serviços Públicos
Concessões e Permissões
Permissão: Lei 8987/95
1) Conceito: permissão consiste na delegação do Estado a particulares para o uso
de bem público ou serviços público de caráter mais precário observando as
regras da licitação para atividades de importância reduzida para o Estado. Ex.:
Jornaleiro, serviço de táxi.
2) Natureza Jurídica da Permissão
Uso do Bem Público – ato administrativo
De serviço Público – contrato de adesão (contrato administrativo)
Observações:
1) Permissão com prazo determinado não descaracteriza sua natureza
jurídica (jurisprudência do STF).
2) Permissão Qualificada ou Condicionada – não é permitida no Direito
Brasileiro uma vez que sendo precária a permissão condições não prevista
na lei seja pelo particular ou pelo poder concedente não é permitido.
3) Diferenças:
Concessão Permissão
É sempre contrato. Pode ser ato administrativo.
Se dá por licitação na modalidade Por qualquer modalidade.
concorrência.
Se fará para pessoa jurídica ou Para pessoa física ou jurídica.
consórcio de empresa.
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2) Sujeitos da Improbidade:
Ativo – agente público (próprio) – art. 2º lei 8429/92
Art. 2°- Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
3) Espécie de Improbidade
Art. 9º – enriquecimento ilícito;
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
Condições
Conduta dolosa, salvo art. 10 modalidade culpa
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a) Pela Constituição
Suspensão dos Direitos políticos;
Perda da função pública;
Ressarcimento ao erário
Indisponibilidade dos bens.
b) Pela lei 8429/92
A penalidade indisponibilidade dos bens é tratada como medica cautelar e
as demais penalidades na forma do art. 12 da lei 8429/92.
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas,
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade
sujeito às seguintes cominações:
5) Procedimento da Ação
Obs.:
a) Autor – Ministério Público, qualquer cidadão pode representar à
autoridade administrativa para investigação de auto de improbidade. Arts.
14 e 17 lei 8429/92.
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a
prática de ato de improbidade.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério
Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação
da medida cautelar.
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2) Danos a presos: tudo o que for relacionado ao preso qualquer ato danoso –
responsabilidade objetiva do Estado.
3) Entidades Estatais de Direito Privado – que exploram atividade econômica.
Ex.: Empresas Públicas, Sociedade de Economia Mista
Responsabilidade Subjetiva que no art. 173, § 1º CF/88 trata tais estatais de
Direito Privado e a regra é subjetiva.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta
de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme
definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
Observação:
1) Quem é o Estado? Art. 37, § 6º CF/88.
Resp.: Toda a administração pública bem como as concessionárias,
permissionárias, autorizatárias de serviço público.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de
reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula
de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de
reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial,
de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.
§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária,
assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma
agrária no exercício.
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
Reforma Agrária – apenas a União (art. 184 CF/88), para imóveis rurais
que não atendam a função social da propriedade, mediante inspeção
prévia com obrigatória notificação prévia.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de
reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com
cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte
anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será
definida em lei.
Observação:
Desapropriação Direta - o poder público realiza todos os atos do procedimento
expropriatório.
Desapropriação Indireta – consiste na desapropriação de fato, onde o poder público
não realiza atos da desapropriação mais impede que o proprietário realiza-se todos
os seus Direitos à propriedade através de atos administrativos.
Observações Processuais:
a) Direito de Extensão: consiste no direito do expropriado de exigir a indenização de
todo o seu bem em virtude da não possibilidade da manutenção do bem
parcialmente expropriado.
b) Tredestinação: consiste na mudança do objeto inicialmente destinado a
desapropriação. Quando a mudança se torna ilícita, ou seja, o destino do bem fere
interesse público, o expropriado poderá reivindicar indenização em virtude do
bem expropriado ilicitamente através da chamada Retrocessão – art. 35 decreto
3365/41.
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Art. 35 - Os bens expropriados, uma vez incorporados a Fazenda Pública, não podem
ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de
desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituídos por esta Lei
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79
desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese
da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas
contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos
não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do
contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
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