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De outro lado, de se indagar: o sr, tem certeza que pertence à CCB? É que pelo teor de
suas argumentações, pensamos que o Sr. estava se referindo à outra denominação. Pois
a imagem fictícia que tenta passar da CCB não procede, senão vejamos:
DA INTRODUÇÃO
No que diz respeito ao desdém engendrado referente à suma histórica dizendo que o
trabalho não foi sério, bem como ao encontro de um "resumo histórico sofrível", vale
registrar que o meu interlocutor deve ser um profundo conhecedor da história. Sendo
assim, não há de negar que o movimento pentecostal iniciado em terras brasileiras em
1910, nem de longe é o mesmo da CCB hodierna. Haja vista, que o movimento pioneiro
ora referido, não acolhia em seu seio, éticas tão comprometedoras e porque não dizer,
sectárias, como podemos constatar facilmente em nossos dias entre sua denominação. É
claro que lendo o testemunho de Francescon, podemos perceber uma leve tendência em
direção a isso, mas nem se compara com o que vemos hoje em dia em sua igreja.
Por outro lado, queremos deixar explícito o fato de que estamos comprometidos sim,
com a verdade bíblica.
Ainda desejo rechaçar mais uma de suas incongruências no que toca à questões
puramente inócuas citando-nos um trecho espúrio, "eles fazem qualquer coisa para
conquistar você, até mesmo usar a Bíblia" (que nem mesmo o autor das objeções in
examine sabe quem o escreveu ou se sabe omitiu de propósito), isto só vem demonstrar
que o tiro saiu pela culatra, evidenciando um flagrante amadorismo de sua parte. Pois
nem mesmo conseguiu cumprir a promessa de projetar em nós a seguinte frase "quem
melhor se aplica essa máxima" , tendo fracassado de modo colossal.
Urge memorar ainda que nosso amigo aventura-se adentrar em área que aparentemente
desconhece, tentando fazer uma sôfrega distinção no que diz respeito à questões
apologéticas, área restrita às ciências teológicas. Pois não há apenas essas duas
distinções que caracterizam um movimento herético, a saber: omissão e adição à
Palavra de Deus. Acrescenta-se a estes dois, um terceiro: a vergonhosa prática de
distorcer as escrituras ao seu bel prazer. Encaixa-se aí, indubitavelmente os postulados
da CCB.
Por último, e não menos importante, não posso deixar de mencionar o paupérrimo
conhecimento teológico de nosso interlocutor, confundindo de maneira bárbara o que é
mandamento e cultura. Entre um mandamento universal e um cultural local existe um
abismo enorme! Mas isto nosso amigo parece desconhecer. Além do mais, toda sua
argumentação de defesa parte de um princípio errôneo, qual seja, querer projetar em nós
e tentar combatê-lo, as insinuações próprias dos membros da CCB, invertendo de modo
desonesto a questão. Isso em inglês se chama "create a scarescrow", pelo qual cria-se
um monstro artificial e passa-se a destruí-lo, gabando-se pela grande obra de ter
eliminado o "espantalho".
Isto posto, adentro às refutações propriamente ditas:
Via de regra nosso oponente tenta projetar a culpa desta frase "aversão à Assembléia de
Deus" no escritor assembleiano "Raimundo F. de Oliveira", dizendo que este
pensamento é de patente exclusiva do referido escritor. Contudo, nada poderia estar
mais longe da verdade. O autor desta réplica "Paulo Cristiano da Silva", é presbítero da
Igreja Assembléia de Deus e pode falar com conhecimento de causa - e isto desde sua
conversão - que esta tentativa de defesa forjada por nosso amigo nada mais é do que
uma maneira de ocultar tal fato verídico e incontestável. E para provar tal fato, possui
farto rol de testemunhas membros da assembléia de Deus como de outras igrejas
evangélicas e de ex-membros da CCB, como já mencionei em outra parte. Mas não para
por ai, o senhor insinua ainda que se tais fatos existem realmente, são no entanto, de
caráter puramente individual, "Tal conclusão somente pode ser entendida com base em
posições individuais de alguns irmãos, o que não pode afetar toda a igreja." . Na frase:
"alguns irmãos", pode-se ler nas entrelinhas uns 90% dos membros da CCB. Isto faria
justiça e se adaptaria melhor à realidade.
DA SALVAÇÃO NA CCB
DO ESTUDO DA BÍBLIA
"EXAMINAR: Analisar com atenção e minúcia; fazer o exame (4) de; pesquisar: 2 &
2. Sujeitar a exame (2): 2
3. Ponderar ou meditar sobre; estudar: 2
4. Submeter a exame (5).
5. Observar, ver, sondar.
V. p.
6. Observar ou analisar a própria consciência".
"es.tu.dar
v. 1. Tr. dir. Aplicar a inteligência ao estudo de. 2. Tr. dir. Analisar, examinar
detidamente (assunto, obra literária, trabalho artístico etc.). 3. Tr. dir. Aprender de cor,
fixar na memória. 4. Intr. Aplicar o espírito, a inteligência, a memória para adquirir
conhecimentos. 5. Tr. ind. e intr. Cursar aulas, ser estudante. 6. Pron. Observar-se,
analisar-se, procurar conhecer-se".
"e.xa.mi.nar
(z), v. 1. Tr. dir. Proceder ao exame de, inspecionando atenta e minuciosamente. 2. Tr.
dir. Estudar, meditar a respeito de; ponderar. 3. Tr. dir. Interrogar (o candidato ou
examinando). 4. Pron. Fazer exame de consciência, observar-se com atenção. 5. Tr. dir.
Inquirir." Não é em vão que a Palavra de Deus orienta:
"Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita (leia, estude) nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então
farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" (Jos.1:8)."
Tal argumento que de tão pueril, assemelha-se ao velho jargão dos católicos romanos
que, desesperadamente, insistem em fazer uma suposta distinção entre "venerar" e
"adorar" sendo que, na verdade, tais palavras também são sinônimas. Dizem eles: - olha,
nós não adoramos as imagens e os santos, não, antes, os veneramos. Já os
"congregados" dizem: "Agora, quanto a estudar a Bíblia, não usamos tal expressão.
Dizemos: examinar as escrituras.". E aí acrescentam estes últimos: - a letra mata, o
espírito vivifica... De concluir, então, que de duas, uma: ou desconhecem
completamente a sua língua pátria, ou, o que é pior, o fazem dolosamente para tentar
induzir em erro.
Pois mais que se esforcem em seus sofismas nunca vão conseguir provar que uma e a
mesma coisa; são duas.
"Não julgueis pela aparência mas julgai segundo o reto juízo." [João 7:24]
"Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e
sereis perdoados." [Lucas 6:37]
Ainda convém ressaltar que é equivocada a ilação proveniente de sua filosofia "anti-
estudo", qual seja, que os livros e estudos bíblicos neles contidos, tornam-se fontes
substituidoras da palavra de Deus. Nunca nós ensinamos tal disparate, esta tese é
exclusiva de nosso debatedor que mais uma vez persiste em trocar gato por lebre!
Há de se notar ainda que este senhor cai em flagrante contradição, pois ao tempo em
que tenta esconder-se atrás de uma filosofia piegas firmada no subjetivismo, acabou por
elaborar sua própria interpretação das escrituras. E isto se da por ser impossível alguém
excluir-se de ler as Escrituras sem aferir de qualquer interpretação, pois como entenderá
a mesma? Porventura se um membro da CCB lesse seu "estudo" comprobatório enviado
ao CACP não estaria ele absorvendo suas interpretações? Apesar de óbvio, é preciso
dizer que o interpretar é inerente ao homem, a todo ser humano. A questão não é
interpretar, mas sim interpretar erroneamente. Vê-se que o senhor está andando em
círculos! E não há de se falar aqui em "lançar nosso intelecto" para entendê-la, não,
antes porém, dependemos da ação do Espírito Santo em nosso estudo sistemático da
Palavra de Deus. E isto de modo algum é base para neutralizar o incentivo do estudo
bíblico para o crente.
Para radicalizar ainda mais ele afirma: "Se o estudo bíblico dependesse de nosso
intelecto, as pessoas mais simples teriam maior dificuldade em entender o plano de
salvação."
Pergunto: quem jamais afirmou tal coisa? Onde está escrito que a nossa salvação
depende de estudos bíblicos? Isso é um absurdo! Amigo, talvez desconheça, mas a regra
bíblica é e sempre será crer em Jesus: "Quem crer e for batizado será salvo" [Mc.
16:15], e "Crê no senhor Jesus e será salvo tu e tua casa" Atos [16:31] ou ainda "Porque,
se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, será salvo;pois é com o coração que se crê para a justiça, e
com a boca se faz confissão para a salvação." [Rom. 10:9,10]
Se existe algum método para alguém ser salvo, este método é o supra citado. Por não ter
uma resposta sensata ao tema em pauta o senhor acaba lançando mão de picuinhas que
não leva a nada. Mas voltando ao assunto, é importante esclarecer que nem sempre os
passos em que ocorre essa salvação é perceptível e vem de modo explícito na Bíblia, aí
então se faz necessário um estudo mais aprofundado da Palavra de Deus. O estudo da
justificação, eleição, santificação e glorificação se encarrega de lapidar um pouco mais
o que parece não estar de modo tão perceptível nas Escrituras. A pessoa estará
aprofundando-se mais na compreensão de como se da essa salvação que ela já possui
por ter crido em Jesus. A Bíblia pode ser comparada a uma mina de ouro que quanto
mais profundo você cava, mais preciosidades você encontra. Ela também se assemelha a
uma linda fonte de águas vivas, que quando mais fundo você cava, mais água você tira.
O problema é que alguns nessa escavação acabam por lamear ao invés de limpá-la, mas
isto não é justificativa forte o bastante para pararmos as escavações. A Palavra de Deus
é tão maravilhosa que você poderá ensinar várias vezes baseado num mesmo estudo
bíblico e mesmo assim o Espírito Santo poderá usá-lo de diversas maneiras de acordo
com a necessidade local. Ou então podemos pregar vários tipos de sermões baseados
num mesmo e único texto bíblico e ele continuará sempre atual, por que a Palavra de
Deus é uma fonte inesgotável, são águas vivas que se renovam a cada dia.
Gostaria ainda de refutar aqui uma outra falácia de sua parte: "Prosseguindo, não
encontramos motivos para a citação de 2 Tm. 4.13. Afinal, que ligação tem o assunto
ora abordado, com o pedido de Paulo a Timóteo? Qualquer um de nós, caso
esquecêssemos livros e capa em algum lugar, pediríamos a gentileza para que alguém
nos trouxesse? Ou será que o autor pensa que nas residências de nossos irmãos não
existem livros?"
Novamente, nosso amigo acaba mostrando a fraqueza de seu raciocínio, pois todas as
vezes que aparece a menção de "livros" na Bíblia, em especial no NT, sempre está se
referindo a livros sagrados, mais apropriadamente às Escrituras sagradas e não a
qualquer livro secular como quer fazer entender nosso amigo. Não podemos aceitar aqui
a justificativa arrazoada do senhor e nosso amigo e ao mesmo tempo ser coerente com
um dos princípios de hermenêutica, qual seja, de que para interpretar um versículo
bíblico temos que recorrer a toda a Bíblia.
Por último, em que pese o repisar do óbvio, é preciso dizer que Deus, o Criador, jamais
fez algo, ou melhor, não deu algo ao Homem para ficar encostado, inutilizado; ou seja,
se Deus deu ao homem o intelecto é para que dele o homem utilize. Não somos só seres
espirituais; não somos apenas seres com uma alma; possuímos também um corpo com
cérebro e intelecto. Se você estudasse um pouco as Escrituras, eu não precisaria estar
lhe falando a respeito do óbvio, assim chovendo no molhado...
DA PALAVRA INSPIRADA
Agora, para jogar definitivamente uma pá de cal sobre o assunto, nada melhor do que a
própria Palavra que, de modo cabal e contundente orienta como o crente deve fazer para
tornar-se sábio: "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado,
sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas
letras, que podem fazer-te sábio para salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2 Tim.
3:14-15).
Conclusão: não se pode invalidar o certo por causa do errado; também não se pode ser
preconceituoso e ao mesmo tempo complexado em relação aos que, com sinceridade,
buscam, estudam e examinam a Santa Palavra, guardando-a no seu coração para não
pecar contra o Senhor, conforme expressa o salmista. Quanto aos versículos
mencionados por nosso debatedor, estão totalmente fora de foco e completamente
desvirtuados de sua exegese, não tendo o condão de dar azo à retórica mal arranjada de
que quem estuda a Bíblia não tem inspiração do Espírito Santo, ou que o estudo bíblico
se trata de sabedoria humana em detrimento da Sabedoria de Deus. É que ambas as
coisas não são opostas como crêem equivocadamente os congregados. Deus utiliza, por
meio de o seu Santo Espírito, a razão e o saber do crente alicerçado na Palavra, para os
seus propósitos. Sempre foi assim, vide por exemplo: Sadraque, Mesaque e Abdenego,
vide Daniel; vide Moises e muito outros. O pastor Paul Yung Choo, pastor da maior
igreja do mundo, disse certa vez com muita propriedade que "o estudo da palavra, tão
somente, torna o crente formalista, enquanto que a busca do Espírito Santo sem o
examinar e o estudar da Bíblia, torna-o cego e fanático". Portanto, meu caro, sugiro que
ao invés de nutrir esse sentimento de complexo de inferioridade e preconceito contra os
crentes que estudam a Bíblia; procure encontrar o equilíbrio entre as duas coisas para o
seu crescimento espiritual. Sugiro, ainda, que você faça como os crentes de Beréia:
"Ora, estes foram mais nobres dos que estavam em Tessalônica, porque de bom grado
receberam a palavra examinando cada dia nas Escrituras se essas coisas eram assim"
(ATOS 17:11).
DO VÉU
Pelo dispendioso arrazoado enfadonho com que trata um assunto tão minúsculo como o
do véu, tem-se a impressão de que pretende matar uma mosca com uma bala de canhão.
Isso é que dá não estudar a Bíblia, não o faz e depois vem dizer bobagens a exemplo do
que dizem os membros da CCB que apregoam aos quatro ventos que se a mulher cortar
o cabelo vai para o inferno e que existe uma caixa de ouro celestial para guarda-lo
depois de cortado. Amigo, é preciso que você vá mais à sua igreja, porque os seus
membros acreditam nisso e em outras prosopopéias semelhantes.
De início, o uso do véu é uma questão puramente afeta a questões de uso e costumes.
Portanto, longe de ser uma questão doutrinária/teológica. Vale dizer que se a irmã em
Cristo utiliza-o para si, em devoção, e na sua concepção o faz para agradar a Deus; se o
é para Deus que o faça então a irmã. Contudo, coisa diferente é utilizar de tal atitude
devocional, pessoal e personalíssima, para impô-la às demais irmãs como regra de fé e
conduta. Aqui está o ponto nevrálgico do tema. Transformar uma atitude pessoal
devocional de conduta em uma doutrina de fé obrigatória a todos, é descambar para a
heresia e farisaísmo . E é exatamente isso que faz a CCB. O problema não está no uso
do véu de per si, antes, está sim em utilizá-lo como objeto norteador da fé. Não é o véu.
Não é o uso do véu. È a heresia que se propaga em razão de tal costume.
Importante gizar que se denota de seu arrazoado a contumácia de sua contradição, posto
que ao tempo em que tenta se esquivar da utilização do estudo sistemático da Bíblia faz
exatamente isso quando deseja sustentar uma visão particular do uso do véu, apoiando-
se em estudos bíblicos teológicos (de autores evangélicos) que tanto condena (?!?!?!).
Precisamos fazer uma distinção entre o significado do texto e sua significância. O
significado é o que ele diz para aquelas pessoas naquela cultura e a sua significância é
como ele se aplica em nossa atual situação cultural. Também há uma nítida diferença
entre mandamento e cultura. Um mandamento é absoluto, mas uma cultura é relativa.
Naqueles dias o véu era o símbolo do respeito da mulher para com seu marido. Em tal
contexto era imperativo que a mulher usasse o véu ao orar ou profetizar.
Há um princípio por trás de cada um desses que é absoluto, mas sua prática não é. O
que o crente deve fazer é absoluto, mas como fazê-lo é relativo, dependendo da cultura.
Por exemplo, o cristão pode cumprimentar-se um ao outro (isto é, "o que") ; mas como
cumprimentar-se é relativo a suas respectivas culturas. Uns saúdam com a Paz do
senhor outros com um bom dia.
Sabemos que através de toda a história as mulheres devem ter respeito pelo marido (isto
é "o que fazer") mas "como" este respeito deve ser evidenciado nem sempre deve ser
com o véu. Pode ser através do uso da aliança ou de quaisquer outros meios.
Com respeito a citação da "Bíblia Anotada" invocada por nosso amigo gostaria de fazer
uma pergunta que este mesmo estudioso (o comentarista da Bíblia) fez no mesmo
comentário ora citado: "À luz do que diz em 14:34-35, é difícil crer que Paulo aprovasse
tais atividades pelas mulheres de Corinto, isto é, orar e profetizar no culto público." As
mulheres da CCB oram e profetizam em público? Concorda com isso nosso amigo
congregado? Fico na expectativa da resposta!
Demais disso, Paulo invoca a passagem de Gênesis quando Deus juntou em casamento
o primeiro casal Adão e Eva para apoiar o uso do véu pela mulher baseada na
submissão desta pelo homem, seu marido. Ora, se a sujeição prende-se ao casal, como
ficaria as moças solteiras nesta questão? Não está falando aí da submissão da mulher
pelo seu marido? O uso do véu é baseada neste ponto. Então por que as moças solteiras
da CCB continuam a usar o véu? Não é uma alusão ao casal?
Agora queremos fazer alusão aos costumes da época em que foi escrita esta epístola.
Corinto era uma cidade de muitas misturas, e as mulheres dessa cidade não tinham uma
reputação muito boa. Tanto é, que a palavra prostituta, correspondia ao termo "mulher
corintiana". É interessante frisar que em Corinto havia vários tipos de religiões e a
maioria dos convertidos daquela igreja eram provindos dos ídolos mudos (I Co. 12:2).
Aliás, todos os problemas que aquela Igreja enfrentava tem a sua causa na cultura
religiosa da época de onde seus membros haviam saído.
Entre essas religiões havia as "confrarias extáticas" que consistia em rituais frenéticos
de dança. Tais danças foram desaconselhadas até mesmo por Platão. As mulheres
soltavam seus cabelos e agitavam convulsivamente a cabeça da frente para trás. Se
Paulo insiste em que as mulheres orem com a cabeça modestamente coberta é porque
não quer que a assembléia cristã se assemelhe a uma reunião de bacantes. Também
muitas "cortesãs" (prostitutas) exibiam sua cabeleira para atraírem sua clientela. Outras
por usa vez prostituíam-se durante o culto (sacerdotisas de Diana) a maioria delas
tinham sua cabeça raspada ou o cabelo curto. Isto em Corinto. Não há menção em
nenhuma parte das Escrituras em que o apostolo tenha alguma vez mandado as
mulheres de outras igrejas a usarem o véu. Este problema era restrito à cidade de
Corinto apenas. O apóstolo diz: "Julgai entre vós mesmos..." v.13. Quem era para julgar
aqui era somente os irmãos de Corinto e não a igreja como um todo. Afirmar que o
apóstolo não tocou na questão do véu em outras epistolas por que as demais obedeciam
ao mandamento, é argumento gratuito. E o que é gratuitamente afirmado, pode ser
gratuitamente negado.
Farisaicamente, não é raro membros da CCB, estufarem o peito e com o dedo em riste,
dizerem: "olha, nós não damos o dízimo, nós não temos pastor e, portanto, não somos
ladrões". Procurando com isso uma justificativa para seus erros.
Pois bem. Imperioso é esclarecer que seria muito injusto mesmo se um ancião recebesse
salário advindo dos dízimos dos irmãos. É que, em verdade, eles não trabalham e não se
dedicam completamente ao Senhor, ao trabalho espiritual.
Existem sim, uma pequena minoria que dá um pouco mais, são aposentados ou idosos
que deixaram de trabalhar, mas se dedicaram quase toda a vida exclusivamente aos
interesses materiais e pessoais. De fato será injusto homens como estes receberem
salários das Igrejas.
Essa minoria pouca coisa ou nada faz uns pelos outros. Vão às igrejas em horários de
cultos, que duram uma hora e meia, sempre à noite e no máximo quatro dias por
semana, ou cerca de dezesseis dias ao mês, então, não corresponde a um trabalho
normal. Se contarmos o mês, os serviços que prestam à igreja não somam vinte e quatro
horas, ou seja, não equivale nem mesmo a um dia sequer de serviço por mês para a
igreja. Eis aqui o amor ao dinheiro.
Não há expediente nenhum além do acima referido. Quase não há mais nenhum
compromisso com a Igreja fora desses horários. Lá não existe nenhum sistema de
assistência social, como asilos, creches, hospitais, escolas ou internatos ou ainda ajuda
aos carentes.
"A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as
viúvas nas suas aflições e guardar-se isentam da corrupção do mundo". (Tiago 1:27).
Seria justo um ancião que não faz nada e que dá somente o mínimo para a obra, ser
sustentado pela igreja?
Nas outras igrejas, os pastores (sérios) dispõem de tempo integral aos fiéis, na maioria
das vezes trabalham até fora de hora á disposição dos compromissos do rebanho. As
igrejas evangélicas, quase todas ficam abertas o tempo todo à disposição de seus fiéis
que ali se reúnem, buscando o Senhor diuturnamente em orações.
A duas, o Sr. confunde, ainda, alho com bugalho. Ou seja, remuneração para o sustento
do pastor não é sinônimo de salário tal qual a do vínculo de emprego. A dedicação
integral do pastor dá ensejo, por óbvio, o seu sustento pela igreja. È que pastor também
come, também tem filhos na escola, também adoecem e etc. Isso, nem de longe se
configura amor ao dinheiro. Desculpe-me as palavras tão incisivas mas a ilação é
maligna, de origem satânica cuja ideologia, meu amigo, creia, foi fomentada no inferno.
Antes, trata-se sim de legítimo amor da igreja, dos membros do Corpo de Cristo ao seu
pastor, ao seu líder. Ora, os apóstolos que antes do discipulado, tinham as suas
profissões (pescadores, cobradores de impostos, médico, carpinteiros e etc.) depois que
passaram à dedicar-se integralmente ao ministério pastoral, passaram a ser sustentados
pela igreja. Vê-se por exemplo, o apostolo Pedro, que ao atender a convocação de
Cristo, o sumo pastor, lhe ordenou, por três vezes: "Pedro, amas-me? ... então apascenta
as minhas ovelhas" "Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão
Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor;
tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-
lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo.
Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. ( João 21:15-16).
Para que Pedro pudesse exercer de maneira competente este ofício sagrado ele
precisaria deixar de lado sua profissão secular, como de fato o fez.
A três, o sustento do pastor longe está de ser uma imposição. Muitos até, vê-se dos
missionários, por exemplo, que atendendo à ordem de o "ide e pregai o evangelho a toda
a criatura", vão, pela fé a países longínquos, correndo perigo de morte, passando
privações, fome e enfermidades por amor ao evangelho de Cristo e paixão pelas almas,
pouco se importando quanto irão receber de ajuda dos fiéis ou se até mesmo vão
receber. Paixão essa que os membros da CCB não possuem, na medida em que não
pregam, não atendem ao ide de Jesus e para tanto, ficam criando teses antibíblicas do
tipo: "não, nós não precisamos pregar, pois se a pessoa tiver que ser salva Deus a trará à
Congregação". A aberração é grande meu amigo! E bate de frente com a ordem de
Cristo.
Assim, o cristão contribui para o sustento do pastor por uma questão de conscientização.
Por uma questão de consciência da importância da pregação do evangelho, da causa de
Cristo e isso porque são ensinados no zelo e na sã doutrina. Não são míopes em relação
à obra salvadora de Cristo na Cruz e da expansão do seu evangelho. A Bíblia diz que
aquele que dá é liberal. Devo frisar ainda que isto não pode ser abrogado só porque
alguns abusam dessa generosidade, causando às vezes escândalos na igreja. Ora, seria
justo Jesus acabar com as ofertas que eram trazidas ao seu ministério só por que Judas
(o tesoureiro) era ladrão? Observe o que diz a Bíblia: "Ora, ele disse isto, não porque
tivesse cuidado dos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, subtraía o que nela
se lançava." (João 12:6) Ou, poderia Deus cessar o dom de curas, línguas, profecias ou
visões só porque alguns os usam de maneira inconveniente?
O problema, meu amigo, está nas pessoas e não nas coisas em si, assim como o
problema não é o dinheiro em si, mas o amor ao dinheiro.
Ademais, se algum pastor utiliza erroneamente das ofertas e do dízimo que são
legítimos e estribados na doutrina bíblica como se verá, tal fato não induz ser o sustento
pastoral algo vil e ilegítimo. Não se pode objurgar uma verdade com base em uma
mentira. Não se pode extinguir algo legítimo porque dele se utilizam ilegitimamente.
Lembrando sempre que aquele que anda indignamente para o Senhor que tudo vê terá
de prestar contas.
Quanto aos versículos bíblicos citados pelo senhor nem de longe insinua o que o senhor
alega, basta apenas um exame de modo panorâmico para desmascararmos os sofismas
que foram embutidos neles, vejamos:
I TIMÓTEO 5:18 -
O senhor arrazoa dizendo: "Pelo contexto, e pelo que já vimos, é inacreditável que
alguém pense tratar-se de salário mensal" e dispara dizendo: "...a palavra salário se
refere a honra merecida". Desculpe a franqueza, mas não poderia haver uma exegese
pior do que esta!
O senhor se gaba em mencionar o contexto, mas talvez não perceba que o contexto não
é o bastante para interpretarmos uma passagem, mas neste caso nem o contexto sequer
dá base à sua tese. O apóstolo está falando neste capítulo sobre sustento; primeiramente
sobre o sustento das viúvas (v. 16) e depois inclui o sustento pastoral. O verso esclarece
que a honra que deve ser prestada aos presbíteros deve ser dobrada e inclui o sustento
material. A expressão "quando pisa" referente ao boi, está falando do trabalho do
animal. Ou seja, o animal não deve ficar privado de seu sustento enquanto está
trabalhando. E conclui dizendo que "o trabalhador é digno de seu salário". É claro que
tal salário não precisa ser mensal, pois naquela conjuntura, o sistema daquele tempo era
completamente diferente do nosso hoje em dia. A forma pode até mudar mas o conteúdo
continua o mesmo. Demais disso, a palavra "salário" colocada em dúvidas pelo senhor
vem da palavra grega "misthos" que no original está assim: "legei gar h grafh boun
alownta ou fimwseiv kai axiov o ergathv tou misyou autou". Donde vem a palavra
trabalhadores "misthios" ou empregados "misthotos" e ainda misthapodotes"
galardoador. Portanto, o senhor desconhece por completo do que fala quando alega que
tal palavra é usada de modo duvidoso pelos evangélicos. Sim, o pastor é digno de seu
salário, pode ser ele mensal, quinzenal ou semanal, não importa. Há de esclarecer ainda
que os próprios pastores dão o dízimo do seu sustento, e muitos deles ajudam a própria
igreja quando esta precisa. Portanto, não há que se falar em "viver às custas dos
irmãos", pois além de ser uma inverdade, tal pensamento é repugnante à qualquer servo
de Deus. Só para esclarecimento do senhor, o pastor não "fica" com o dinheiro da igreja,
este argumento é de patente exclusiva do senhor, além de ser, é claro, uma tremenda
inverdade. Para isso existem tesoureiros na igreja, posso arriscar em dizer que rara são
as vezes que o pastor sabe o que entra e o que não entra na igreja, pois esta não é a
função dele.
O senhor se gaba dizendo que estes versos não prejudica a sua tese antes acaba por
confirmá-la. Vejamos então:
1) A bolsa não ficava com o pastor (Jesus) = Isto já foi explicado de maneira sobeja
acima.
2) Servia para comprar suprimento para todos e para os pobres = é claro que ninguém se
beneficiava individualmente destas ofertas, pois eles eram um grupo ministerial,
portanto todos se beneficiavam juntamente. Não faz exatamente isso as igrejas
evangélicas? Todos os que participam do ministério de tempo integral, indistintamente
recebem salário. O senhor pode provar o contrário? E quanto o "atendimento dos
pobres", porventura a CCB faz isto? É preciso esclarecer que a palavra pobre aqui
mencionada quer dizer pobres em geral e não só os da mesma fé. Porventura faz isto a
CCB com suas ofertas? Claro que não! Então pergunto: Qual posição está correta? O
senhor delira em acreditar que estes versos apóiam suas teses realmente.
II TIMÓTEO 2:4 -
Sinceramente acredito que o senhor não pondera o teor de suas palavras, ou então as
emprega para apenas fazer volume ao tratado. Sobre "embaraçar-se com negócios desta
vida", de se indagar quem realmente se embaraça: os pastores evangélicos que recebem
sustento para poderem dedicar-se em tempo integral ao ministério da palavra como
faziam os apóstolos, ou aqueles como os anciães da CCB que não recebem sustento da
igreja, mas vivem se matando de trabalhar para poderem conseguir algo na vida
material? Sem falar que isto causa um tremendo desfalque na obra de Deus, pois tal
pessoa não poderá desenvolver um ministério totalmente voltado às coisas de Deus, mas
terá que reparti-lo com as coisas materiais. Invariavelmente este último (ancião) se
encaixa melhor nesta questão do "embaraço" do que o primeiro (pastor).
I CORINTIOS 9: 4-14 -
O senhor alega baseado neste texto que o pastor deveria trabalhar, pois Paulo não
recebeu salário da igreja de Corinto, mas trabalhou fazendo tendas.
Logo de início percebe-se o desmazelo para com o estudo mais aprofundado do
contexto deste episódio. Caso contrário não teria ocultado este verso a seguir: "Despojei
outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir." [II Coríntios 11:8]. Quando se
estuda um assunto polêmico devemos atentar para o que diz o livro todo onde está o
referido versículo que gerou o assunto. Então devemos empregar as ferramentas da
exegese que estão à nossa disposição na disciplina da hermenêutica bíblica, matéria esta
vinculada ao campo teológico, coisa que os CCBs não gostam de fazer e por isso se
atrapalham em suas deduções.
O apóstolo Paulo estava tratando com uma igreja problemática que não reconhecia o
ministério de Paulo, isto foi fomentado pelos "falsos irmãos" que viviam perseguindo o
apóstolo e difamando seu ministério. Nas outras igrejas o apóstolo não precisava
trabalhar [II Coríntios 11:8] "Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder
servir." II Coríntios 11:8, mas na de Corinto, no entanto, precisou fazê-lo com o fito de
não colocar tropeço à sua mensagem e dar exemplo àquela igreja em particular.
Todavia, deixou bem claro que isto (deixar de trabalhar) era um DIREITO dele [I Cor.
9:6-13]:
Vede o texto que segue que põe, definitivamente, termo à sua dúvida acerca do sustento
do pastor:
"Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai
à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou
quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura digo eu
isto como homem? Ou não diz a lei também o mesmo? Pois na lei de Moisés está
escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha. Porventura está Deus cuidando dos
bois? Ou não o diz certamente por nós? Com efeito, é por amor de nós que está escrito;
porque o que lavra deve debulhar com esperança de participar do fruto. Se nós
semeamos para vós as coisas espirituais, será muito que de vós colhamos as materiais?
Se outros participam deste direito sobre vós, por que não nós com mais justiça? Mas nós
nunca usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento
algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado
comem do que é do templo? E que os que servem ao altar, participam do altar? ASSIM
ORDENOU TAMBÉM O SENHOR AOS QUE ANUNCIAM O EVANGELHO, QUE
VIVAM DO EVANGELHO."
E agora, (...)? Há um brocardo latino que diz: in cessat claris interpretatio. Ou seja: para
as coisas claras não há necessidade de interpretação. Mais uma vez cai como uma Luva
sobre os CCBS a Palavra de Cristo: "errais por não conhecerdes as Escrituras...". Como
se viu, o sustento do pastor procede. Em verdade tem base em pressupostos tais como o
amor, a conscientização a respeito do reino de Deus, na moral e, sobretudo, base sólida
bíblica. Antes, portanto, de denominarem os pastores de ladrões e de cães porque vivem
do evangelho, sugiro que você mostre aos anciãos e aos membros da CCB tal texto
bíblico, porque senão nunca vão lê-lo, já que são contra o estudo sistemático da Palavra
e estão geralmente sujeitos ao triste sorteio de trechos da Bíblia quando de seus cultos.
Portanto, primeiro aprenda com a Bíblia.
Contrariamente a suposta exegese bíblica mantida pelo nosso amigo da CCB de que os
obreiros não devem receber salários, a Bíblia por outro lado, confirma que:
"Digno é o obreiro do seu salário". I Timóteo 5:18
Paulo fez um paralelo entre o que a lei dizia sobre "não atar a boca do boi que trilha o
grão(Dt 25:4; I Coríntios 9:9) e o sustento dos líderes cristãos(I Coríntios 9:10-14; I
Timóteo 5:17-18).
Atacar o sustento dos pastores é atacar a própria determinação da Palavra de Deus (I
Coríntios 9:14; I Timóteo 5;17-18; II Timóteo 2:4,6-7; Filipenses 4:15-18)
"Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir." II Coríntios 11:8
O senhor (...) ao que parece acredita que suas "respostas" dadas a outros escritores se
constituem em fortalezas inexpugnáveis, haja vista o farto material repetido que foi
enxertado em sua réplica enviada a nós.
DO DÍZIMO
Não raro os CCBs baralham doutrinas, invertendo, inclusive a ordem das coisas e dos
fatos. Mas isso tem uma explicação: "Errais por não conhecerdes as escrituras...".
Primeiro. O Sr., invertendo os fatos e nos acusa de criticar a CCB por não darem o
dízimo, no entanto, a verdade é que a CCB é quem se insurge contra os demais
evangélicos justamente porque dão o dízimo, e não o contrário. Temo que o senhor
esteja construindo um espantalho para depois se gabar de ter destruído um monstro!
O dízimo foi ratificado pela Lei - vide Levítico 27:30, Deut. 12:6 e Malaquias 3:4-12.
O dízimo foi mantido no Novo Testamento - vide I Coríntios 16:1-2, Hebreus 7:1-10 -
na medida em que nenhuma oposição foi feita por Cristo e pelos Apóstolos referente a
esta prática, pelo contrário.
A sutileza de sua distorção do texto é flagrante: para sustentar a sua tese de ensinamento
apostólico, o Sr. omite os versículos 44 e 45 do texto, sem falar da omissão dos
versículos 34 e 35 do capítulo 4, senão vejamos:
O sr. inicia com o seguinte versículo: 2:42 de Atos, qual seja: "e perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações".
Mas propositadamente omite: "44 Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em
comum.
45 E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade
de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em
casa, comiam com alegria e singeleza de coração".
Primeiro, a palavra "meter a mão", usada leviana, de modo chulo e irresponsável pelo
Sr. (fato este muito comum entre os CCBs), que deixa subtendido ser o pastor um ladrão
traz dois ônus ao Sr., a saber:
a) O sr. acostumado a manusear, penso eu, o Código Penal e de Processo Penal, deve
saber que aquele que calunia (imputar a alguém falso crime) comete ato criminoso. Se o
ato de viver dos dízimos é meter a mão naquilo que não é seu, ou seja, o torna um
ladrão, conforme o seu entendimento, então tem-se um terreno muito fértil para a
imputação do crime de calúnia, porque não é dado a ninguém acusar sem engendrar a
prova de a sua acusação.
Quanto a questão de somente os Levitas tinham a ordem de receberem os dízimos,
gostaríamos de frisar novamente que Abraão deu o dízimo ao sacerdote Melquisedeque
que é um tipo de Cristo. Deus mais tarde instituiu o dízimo na lei mosaica para os
Levitas. Não obstante, Deus tendo abrogado de vez o Velho Testamento, veio nos trazer
um novo testamento com novas leis e novas regras, dando-nos agora um novo sumo
sacerdote - Jesus Cristo.
O sacerdócio de Cristo, diz o escritor aos Hebreus, não era da linhagem dos levitas, mas
da linhagem de Melquisedeque. As promessas desta nova aliança sobrepujavam as da
velha.
Agora raciocinemos: se Cristo é uma figura de Melquisedeque e Abraão pagou o dízimo
a este sacerdote antes da lei, nosso dízimo neotestamentario não tem nada a ver com a
maneira de dizimar da lei Levítica,21, mas com a maneira de dizimar da lei de
Melquisedeque, isto é, a voluntariedade. Assim como nosso sumo sacerdote, Jesus
Cristo não veio desta linhagem, mas da de Melquisedeque, nosso dízimo tem de ser
entregue de acordo com a lei de Cristo nosso novo sumo sacerdote, nosso novo
Melquisedeque. Por isso, erra barbaramente nosso amigo congregado quando tenta
armar uma cilada teológica em cima desta conexão, Levitas + lei do dízimo + cristãos.
O caso é que nosso dízimo agora não deve ser mais pago com aquela força de lei
(mesmo porque tal lei já foi abolida), mas com o caráter que Abraão deu a
Melquisedeque - por livre e espontânea vontade. É certo que a lei do dízimo perdeu sua
força com a abrogação da lei mosaica, mas nem por isso a prática de dizimar
necessariamente acabou. O que acabou foi a força daquela lei, a maneira que era dada o
dízimo. Ora, pegando carona no mesmo pensamento, podemos dizer que o sacerdócio
levítico como era praticado sob a lei também acabou, mas olhando depois da cruz nós
vemos Deus transformando-o em algo mais sublime. Agora Cristo é nosso sumo
sacerdote, não segundo a lei levítica, mas segundo a ordem de Melquisedeque. O nosso
dízimo não é mais segundo a lei levítica, mas segundo a lei de Melquisedeque o tipo de
Cristo. Qual era essa lei? A lei da espontaneidade e do amor. O dízimo do cristão não
tem nada a ver com a lei levítica. Por isso não encontramos nenhuma espécie de lei no
NT quanto a dar o dízimo. Mas isto não quer dizer que o ato de dizimar acabou. A
transação foi feita entre Abraão e Melquisedeque no VT, mas no NT é feita entre Cristo
(sumo sacerdote e figura de Melquisedeque) com os cristãos (filhos espirituais de
Abraão).
"I TIMOTEO 5:17-18: "Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de
duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. Porque diz a
Escritura: Não atarás a boca ao boi quando debulha. E: Digno é o trabalhador do seu
salário".
E tal expressão nem de longe concorda com vossa interpretação dada à clareza do texto
em lide. Salário quer dizer salário mesmo. Demais disso, o que toca ao sustento dos
levitas, foi preservada na sua forma essencial, mesmo desprovida da característica do
ministério levítico, é o que prova o texto acima citado. Ora, os apóstolos se dedicavam
exclusivamente à palavra de Deus e eram sustentados pelos irmãos. Pode-se ver um
caso típico quando todos abandonaram Cristo na cruz; diz a Bíblia que eles voltaram
para suas antigas profissões [João 21:2], isto levou Cristo a reforçar o ministério de
tempo integral no versos 15-19.
Gostaria ainda que o senhor atentasse novamente para o que diz Paulo em I Cor. 9:6-14:
"Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai
à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou
quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura digo eu
isto como homem? Ou não diz a lei também o mesmo? Pois na lei de Moisés está
escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha. Porventura está Deus cuidando dos
bois? Ou não o diz certamente por nós? Com efeito, é por amor de nós que está escrito;
porque o que lavra deve debulhar com esperança de participar do fruto. Se nós
semeamos para vós as coisas espirituais, será muito que de vós colhamos as matérias?
Se outros participam deste direito sobre vós, por que não nós com mais justiça? Mas nós
nunca usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento
algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado
comem do que é do templo? E que os que servem ao altar, participam do altar? ASSIM
ORDENOU TAMBÉM O SENHOR AOS QUE ANUNCIAM O EVANGELHO, QUE
VIVAM DO EVANGELHO."
e) A VONTADE DE DEUS.
Concordo plenamente com o senhor, a vontade de Deus nunca foi essa. Todavia o que
tem a ver isso
com o que estamos tratando? Por ventura, o ancião não se enquadraria aqui também?
Pense nisso...
1) A sua preocupação com o pobre assalariado soa com vezo de hipocrisia, tal qual a
preocupação de Judas no capítulo 12:6 de João, quando este viu que Maria tomou uma
libra de alto valor e comprou um perfume muito caro e com ele ungiu os pés de Jesus,
ficou horrorizado e disse no verso 5: "por que não se vendeu este perfume por 300
denários, e não se deu aos pobres?". Jesus porém, conhecendo a hipocrisia de tal
argumentação foi categórico: "vós sempre tereis os pobres convosco, mas a mim nem
sempre tereis."
É preciso deixar claro que "pobres" não são os da mesma fé, isto é, somente
evangélicos, mas pobres em geral.
Quem costuma taxar os outros pejorativamente de ladrões são os CCBs e não os irmãos
que dizimam. Se raciocinarmos pelo seu ponto de vista, poderíamos dizer que Deus foi
injusto em chamar os judeus de "ladrões", Malaquias 3:10, já que todo o povo, sem
exceção, estava sob o jugo do Império Persa, escravizados, sem propriedades e bens.
Ocasião em que deixaram de dizimar já que sofriam desemprego, baixas colheitas,
fome, doenças, seca etc. Ora, segundo a visão deturpada da doutrina anti-dízimo, nada
mais justo deixarem de dizimar o povo de Israel; contudo, não na visão de Deus, que os
chamou de roubadores mesmo assim e só por questão de conhecimento, o apóstolo
Paulo assevera que os "roubadores" não herdarão o reino de Deus . Aqui cabe um
parêntese: indago a você: dado às circunstâncias do povo de Israel, com qual opinião
você ficaria: com a da CCB ou com a de Deus?
Ademais tal episódio ilustra uma grande lição de fé. Deus os repreende por não
dizimarem ao tempo em que os exorta e os incentiva a fazerem prova Dele. Primeiro
manda que tragam os dízimos e só depois manda fazerem prova Dele, deixando a
seguinte promessa: "se eu não vos abrir a janelas do céu, e não derramar sobre vós uma
benção tal, que dela vos advenha a maior abastança" - versos 10 e 11. Sim, dizimar é
um procedimento cristão e abençoado, acima de tudo de fé.
k) A ASSEMBLÉIA DE JERUSALÉM.
A Igreja vivia um período de transição, como se revela em Atos. Judaizantes que
desceram de Jerusalém para Antioquia ensinavam que os gentios conversos deviam
sujeitar-se à Circuncisão. Os Irmãos nascentes, com Paulo e Barnabé, resolveram que
estes dois e outros subissem à Igreja em Jerusalém para dirimirem ali esta diferença. A
Igreja decidiu por "pleno acordo", recomendar-lhes, por epístola, que se abstivessem das
coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e das relações sexuais
ilícitas, A primeira e a última referem-se a valores permanentes; a segunda e a terceira a
prescrições cerimoniais. Mas, nem aqui o Dízimo é revogado. Convém notar bem o que
o texto de Atos.15:28 diz: "... pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor
maior encargo...". Não há alguma coação, alguma disciplina, alguma limitação, alguma
norma. Porque o estar não debaixo da Lei, mesmo no N.T., não é estar sem lei alguma!
E haveria que adicionar expressões do N.T. tais como, "os mandamentos de Deus", "os
mandamentos de Jesus" e outras. Portanto, a lei do silêncio na qual quer se apoiar V.Sª
não é muito segura, mesmo porque, muitas coisas que nós praticamos hoje tampouco
estão ali incluídas. Há de se enxergar ainda a questão da validade destes mandamentos.
Ora, um dos tópicos abordados pela comissão apostólica foi justamente a da "carne
sufocada", "coisas sacrificada aos ídolos" e o "sangue", estes três estavam intimamente
relacionados à prática alimentar dos pagãos e que por sua vez era veementemente
rejeitada pela religião judaica. Acontece que o apóstolo Paulo não levou isto em
consideração como norma moral, mas sim como algo relativo à consciência do novo
convertido, pois em I Coríntios 8:7-13 diz:
"Entretanto, nem em todos há esse conhecimento; pois alguns há que, acostumados até
agora com o ídolo, comem como de coisas sacrificadas a um ídolo; e a sua consciência,
sendo fraca, contamina-se. Não é, porém, a comida que nos há de recomendar a Deus;
pois não somos piores se não comermos, nem melhores se comermos. Mas, vede que
essa liberdade vossa não venha a ser motivo de tropeço para os fracos. Porque, se
alguém te vir a ti, que tens ciência, reclinado à mesa em templo de ídolos, não será
induzido, sendo a sua consciência fraca, a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? Pela
tua ciência, pois, perece aquele que é fraco, o teu irmão por quem Cristo morreu. Ora,
pecando assim contra os irmãos, e ferindo-lhes a consciência quando fraca, pecais
contra Cristo. Pelo que, se a comida fizer tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei
carne, para não servir de tropeço a meu irmão."
Na carta aos Romanos 14:14 ele volta a tocar neste assunto dizendo: "Eu sei, e estou
certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim
o considera; para esse é imundo"
Invocar como prova o concílio de Jerusalém é argumento de debilidade evidente. Chega
a ser infantil a pergunta formulada pelo senhor: "Porque o Espírito Santo não revelou tal
doutrina..." Ora, por que deveria revelar algo que já era praticado naqueles dias?
Lembrando que o dízimo estava despido de sua roupagem mosaica que já havia sido ab-
rogada.
m) LEGALISMO E HERESIA.
É preciso primeiro, com todo o respeito, que o senhor saiba o que venha ser legalismo
na acepção do termo. Se não sabe, não deveria deduzir erroneamente. E heresia é a
prática de distorcer a Palavra de Deus. Demais disso, o Espírito Santo segundo diz as
Escrituras guiaria os crentes em "toda a verdade" da Palavra de Deus e o dízimo é uma
destas verdades sublimes. Então heresia é não obedecer as Escrituras, e o que nela está
registrado.
n) SALVAÇÃO PELO DINHEIRO?
Creio que por não ter mais argumentos apropriados à questão em pauta o senhor lançou
mão deste argumento que de irrisório que é, não merece nossa atenção.
o) COMO DIZIMAR, DO BRUTO OU LÍQUIDO?
De fato, Deus não é de confusão. Mesmo porque, a confusão vem exatamente da mente
distorcida e incrédula dos anti-dizimistas. Mais uma vez o senhor se mostra embaraçado
e equivocado. Como já se disse anteriormente, o ato de dizimar é um ato de
voluntariedade, de modo que impertinente aferir sobre se se deva contribuir do bruto ou
do líquido. Isto trata-se de uma questão pessoal de cada crente de acordo com a sua fé.
Não cabe ao senhor formular juízo de valores a respeito de como se deve fazê-lo se do
bruto ou se do líquido. Partindo da premissa de que até os CCBs contribuem conforme o
senhor mesmo alega, responda: os membros da CCB contribuem do líquido ou do bruto
do seu ganho? Viu como é contraproducente tal indagação absurda?
Ademais, diante da pergunta mal formulada sobre"dizimar de negócio escuso", porque
se alguém é logrado no negócio, então o negócio foi de má fé, ou melhor, a pessoa que
auferiu o lucro do malogro agiu de má fé. Mais uma vez o peso da retórica revela falta
de conhecimento.
DO BATISMO
Todavia, perdoe-me dizer, mas a sua tentativa em justificar tal ato é deveras hilariante.
Veja só o seu arrazoado:
"De forma completa, por ocasião do batismo são ditas as seguintes palavras: 'irmão (ou
irmã), EM NOME DE JESUS CRISTO te batizo, em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo" Observe que colocamos Jesus como aporta de abertura do
serviço...Dessa forma nós da CCB, em total harmonia com a Bíblia, colocamos Jesus
Cristo em primeiro lugar em todos os nossos trabalhos espirituais..."
ESCLARECENDO A QUESTÃO
1) Para começar é preciso dizer que são os congregados que nos acusam de colocar o
homem em primeiro lugar, alegando que os pastores colocam a palavra "eu" na frente
da frase proferida no ato do batismo e por isso na concepção deles, estariam os pastores
efetuando um batismo errado, enquanto eles (CCB) não colocam o "eu" na frente, mas
simplesmente dizem "te batizo" e se sentem com isto justificados. Para quem conhece o
básico da língua portuguesa, sabe perfeitamente que isto não tem fundamento, chega a
ser ridículo até, pois o "eu" no "te batizo", é sujeito oculto, mas os anciãos não
conseguem ou talvez não querem entender isso.
2) A justificativa que o senhor tenta forjar com o fito de justificar tal disparate é no
mínimo infantil e de maneira alguma está em "harmonia com a Bíblia", vejamos porque:
a) Colocar Jesus em primeiro lugar de maneira alguma significa que você tenha que
ficar repetindo toda hora a expressão "em nome de Jesus" para isto ou para aquilo outro.
Seria uma maneira possível e até louvável, mas não necessária. Ora, a Bíblia diz
textualmente:
"E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus,
dando por ele graças a Deus Pai" [Col. 3:17].
A expressão "tudo quanto fizerdes" envolve "todas as coisas" da nossa vida. Esta
expressão de Paulo, tem o mesmo sentido que o verso 23 do mesmo capítulo:
"E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens";
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para
glória de Deus".
A confusão feita pelos congregados é a mesma que fizeram as seitas modalistas. Iremos
analisar algumas passagens pertinentes a fim de esclarecer algumas questões:
A ordem aqui tem a ver com a imersão na água; esta é a fórmula batismal correta. Tanto
é que já no final do primeiro século perto da época do apóstolo João, encontramos um
documento cristão primitivo ensinando o batismo somente nesta fórmula trinitária [vide
Didaquê 90-100 d.C]. Também vários apologistas cristãos primitivos como Irineu,
Justino e outros confirmam em sua época esta mesma fórmula batismal sem alterações.
As alterações tem havido por falta de uma correta interpretação dos textos bíblicos
pertinentes. Vejamos então as citações bíblicas sugeridas por Vossa Senhoria:
1º) "Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito
Santo." ATOS 2:38
2º) "Porque sobre nenhum deles havia ele descido ainda; mas somente tinham sido
batizados em nome do Senhor Jesus." ATOS 8:16
3º) "Mandou, pois, que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe rogaram
que ficasse com eles por alguns dias." Atos 10:48
4º) "Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus." Atos 19:5
5º) "Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando
o seu nome." Atos 2216 (esta ultima foi omitida)
Estas basicamente são as únicas referências que dizem respeito ao batismo "em nome de
Jesus".
Pois bem, perguntamos ao nosso oponente: de quais destas referencias se valem para
realizarem os batismos considerando que os textos citados acima não são uniformes? E
levando-se em conta o que o senhor mesmo disse: " As palavras ditas na ocasião do
batismo precisam ser corretas"
Perguntamos ainda: qual destas expressões acima é adotada pela CCB? A fórmula
batismal é inalterável? Vê-se que tais expressões acima não são idênticas: ora diz em
nome do Senhor Jesus; ora em nome de Jesus Cristo; ora em invocando o seu nome. "
As palavras ditas na ocasião do batismo precisam ser corretas", sim ou não?
É algo passível de concordância entre os cristãos que a salvação estava ligada de forma
íntima com a invocação do nome de Jesus. Conforme diz Romanos 10:9-13:
"Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres
que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê
para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.... Porque: Todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo."
Pedro em sua afirmação: "sede batizados" falou assim devido a pergunta de seus
ouvintes, sobre a necessidade de receberem a Jesus Cristo como salvador. Naquele
momento ele não estava batizando mas anunciando a necessidade de se batizar. Em
nenhum momento na Bíblia está registrado alguém sendo batizado invocando esta
expressão inventada pela CCB de "Em nome de Jesus, te batizo em nome do Pai do
Filho e do Espírito Santo", isto é um absurdo. O que Pedro e os demais apóstolos
estavam dizendo é que estas pessoas deveriam ser batizadas debaixo da autoridade do
poder do nome de Jesus. No ato batismal era feita a invocação deste poderoso nome por
parte do batizado conforme diz Atos 22:16 cf. Romanos 10:13.
A grosso modo, o batismo nada mais é do que um ato exterior para exprimir o que já se
operou dentro do homem interior pelo Espírito de Deus. Ou seja, morte com Cristo e
para o mundo no ato da imersão e nova vida, regeneração e ressurreição com Cristo no
ato da emersão. É uma figura da salvação!
Como de praxe, nosso amigo congregado já começa mal suas conclusões insinuando
que nas igrejas evangélicas as pessoas precisam passar por um tipo de "vestibular" para
só depois então, serem batizadas. Nada poderia estar mais longe da verdade!
A verdade nua e crua gostem ou não, é que a CCB não prepara seus convertidos de
forma correta e bíblica para o batismo. Essa é uma das razões de tantos membros da
CCB não permanecerem lá, quando não, se tornam uma máquina de produzir mal
testemunho diante dos ímpios. Não convém aqui ficar citando exemplos de testemunhos
para comprovar o que estou dizendo, pois seria uma atitude deselegante e antiética,
todavia a qualidade de testemunhos produzido pelos membros da CCB é de baixa
qualidade, em curtas palavras - mau testemunho. A razão é que essas pessoas são
levadas ao batismo às vezes sem o mínimo de preparo e/ou conhecimento do evangelho.
Muitas vezes até são levadas pessoas em estado de embriagues e com outros vícios
mais. Muitos são as pessoas que se desviam após um repentino banho na CCB. São
tomados na hora por um ímpeto de entusiasmo e quando se dão por conta já estão
descendo ao tanque batismal para depois nunca mais voltarem. E são não poucos os
desviados deste tipo. Este saldo negativo é a conseqüência do desmazelo para com um
preparo correto do batizando. As exceções são daqueles que vieram de igrejas
evangélicas, portanto, já eram convertidos, mas foram convencidos a se batizarem de
novo.
TEXTOS INVOCADOS PARA SUSTENTAR ESTA TESE
Não raro apoiam o batismo de pessoas despreparadas argumentando que Paulo [Atos 9],
doze homens em Éfeso [Atos 19], a multidão no pentecostes [ Atos 2] e o Eunuco de
Candace [Atos 16] não precisaram de instruções para se batizarem.
No entanto, todas essas pessoas já eram conhecedoras das coisas de Deus, eram pessoas
piedosas em suas vidas religiosas, conhecedora das escrituras. Mesmo assim, eles foram
instruídos no evangelho de Cristo antes mesmo de se batizarem. Vejamos qual era a
ordem mor:
Sendo assim, o dicionário define o termo "discípulo" da seguinte maneira: [Do lat.
discipulu.]
1. Aquele que recebe ensino de alguém. 2. Aquele que aprende. 3.Aquele que aprende
ou estuda qualquer disciplina; aluno. 4. Aquele que segue as idéias ou doutrinas de
outrem.
Esta é a seqüência bíblica e não o contrário. Vem em primeiro lugar o fazer discípulo,
instruí-lo na fé cristã sobre o perdão dos pecados, arrependimento, santidade etc, e só
depois então, ele tomará a decisão de se batizar. Logo em seguida vem outro
mandamento: "ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado".
Veja que o ensino é fundamental no preparo do discípulo.
Repito, é inconcebível batizar pessoas sem o mínimo conhecimento do que estão
fazendo, sem conhecimento do que é salvação, do que é aceitar Jesus em sua vida. Não
podemos incentivá-las a se batizarem ainda com vícios, usando argumentos
esfarrapados tipo: "Ah! Deus irá libertartá-la logo após o batismo!". Essa prática
irresponsável praticada pela CCB tem ainda mais um agravante: a santa ceia só poderá
ser compartilhada com pessoas libertas caso contrário estará a igreja fazendo essas
pessoas incorrerem na severa advertência de I Cor. 11:29. Talvez seja por isso que a
santa ceia na CCB seja de ano em ano!
BATIZAR DE NOVO?
Não há de se negar que aqui fala a voz do sectarismo e da heresia: "cremos que
realmente deve ser realizado uma única vez, conforme recomenda a Bíblia, desde que
ministrado de forma correta, por um verdadeiro ministro cristão..."
Vê a tua contradição? Primeiro aduz que a CCB não prega que só a sua igreja é a correta
e só nela está o verdadeiro evangelho e que só nela encontra-se a salvação; depois, num
segundo momento, justifica a quebra de uma ordem Bíblica como a de haver um só
batismo, alegando para isto que nas demais igrejas não existem verdadeiros ministros
cristãos, e por tal razão a CCB batiza eventual evangélico de outra denominação.
RESPONDA, ENTÃO, COM SINCERIDADE:
E mais: quem é você e a CCB para julgar se o ministro que batizou alguém, é, ou não,
um verdadeiro Cristão. Sugiro que leiam Mateus 7:1.
DA ORAÇÃO DE JOELHOS
"Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se
deve adorar".
Então disse-lhe Jesus: "Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em
Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que
conhecemos; porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a
tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem
em espírito e em verdade." João 4:20-24
Veja que nossa adoração a Deus não está mais restrita a lugares, dias, ritos ou posições.
É patético dizer que Deus só ouve a oração de quem estiver de joelho, ou como dizem
alguns menos fanáticos; "Deus pode até ouvir, mas a posição mais correta é a de
joelhos". São verdadeiras picuinhas que não trazem proveito algum para a edificação
espiritual. Há fartos exemplos bíblicos de homens orando dos modos mais variados
possíveis. Em pé, sentados, de joelhos deitados, em cima de cavalos etc, o que vale
mesmo é a intenção do coração na hora da oração...
Quem acredita que Deus exige certas regras ou posturas como norma para entrar em
comunhão com Ele, está descambando para o farisaísmo puro!
Vejamos então a eisegese engendrada pelo nosso amigo. Vale dizer que se tentarmos
argumentar que o verso 10 e 11 de Filipenses capítulo 2, é um mandamento a ser
seguido, perderemos o sentido exato do texto. Se seguirmos a linha de pensamento
esposada pelo senhor chegaríamos às mais esquisitas conclusões: Ora, como alguém
que está em baixo da terra (que possivelmente é a região infernal) poderá dobrar seu
joelho em adoração a Deus agora? Este episódio se encaixa melhor na consumação dos
tempos. Este verso não pode ser usado para provar a oração de joelhos. O que Paulo
está querendo passar neste capítulo é uma lição de humildade aos Colossenses. E é isto
que ele pede aos Colossenses no verso 12 para praticar, e, diga-se de passagem, que não
tem nada a ver com um suposto ensinamento sobre orar de joelhos. A menção da oração
de joelhos não foi inserida ai como mandamento, mas como exemplo do poder da
exaltação que Deus conferiu a Cristo através da ressurreição. Mostra que todo o
universo irá reconhecer este senhorio conquistado na cruz através de se humilharem,
ajoelhando-se. Tanto é, que Paulo repete novamente este pensamento em Romanos:
" Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto
de mortos como de vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que
desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus.
Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho,
e toda língua louvará a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a
Deus." [Romanos 14:9-12]
Todos os verbos destes versículos apontam para uma ação futura e não presente. A
seqüência mostra a morte, ressurreição e julgamento futuro. Não há como negar este
fato!
Por outro lado, não se pode negar que há muitos versículos na Bíblia que nos
incentivam a adorar a Deus de joelhos, em contrapartida, há outros tantos que mostram
que essa posição não era necessária para que Deus pudesse ouvir a oração. Não existe
nenhum mandamento na Bíblia que incentiva a nós, os cristãos, a orarem somente de
joelhos. Ir além disso, e fazê-lo um cavalo de batalha contra outros cristãos, chega às
raias da heresia e do sectarismo.
Quanto à questão da "contenda", bem, isto fica melhor com a CCB que não sabe fazer
outra coisa a não ser contender por coisas que nem ao menos entendem.
Sinto em dizer que seus esforços exegéticos de nada valeram para defender esta
doutrina esdrúxula da CCB com relação a oração de joelhos. O que o senhor fez foi se
meter numa área que tanto ataca, a da interpretação bíblica, e que por sinal se mostrou
em total despreparo no conhecimento histórico/teológico.
Não procurei replicar suas refutações sobre os exemplos bíblicos de homens que oraram
de pé, pois de fato não carece de muito esforço, os fatos falam por si. A verdade é uma
só "não se pode lutar contra a verdade dos fatos"!
DO ÓSCULO SANTO
Se o ósculo praticado pela CCB é santo, por que os membros do sexo masculino da
CCB não dão ósculo nas mulheres da Congregação e vice-versa? Ora, não é santo? É ou
não é santo? O que você me diz desse fato?
Vamos responder as perguntas que nosso amigo congregado mandou ao escritor Milton
S. Vieira:
1) Por que então a CCB não lava os pés dos apóstolos como foi ensinado por Jesus?
2) Por que não fazem festas ágapes antes da santa ceia como faziam os apóstolos no
NT?
3) Por que ao invés de comer pão de farinha, não comem o pão sem fermento como era
na Igreja primitiva?
Ora, não estão todas estas práticas relacionadas no NT? Por que não praticam-na os
CCBs? Veja que eles não podem se gabar de serem coerentes se não praticam os itens
acima mencionados.
Peço-te desculpas, mas acho que Vossa Senhoria ou não freqüenta a CCB ou tenta tapar
o sol com a peneira à medida que nega que a CCB prega tenha pecado contra o Espírito
Santo a pessoa que comete adultério. Pois bem. Veja como é fácil desmascarar tal
alegação:
Você sustenta que na verdade a CCB não prega que quem comete adultério peca contra
o Espírito Santo e sim que o pecado de adultério é pecado contra o corpo, ou seja, o
Templo do Espírito Santo e para tentar dar uma conotação de verdade a isso, aduz,
ainda, que o membro da CCB que comete tal pecado tão somente perde a liberdade
cristã...
Primeira. É possível que um desses membros da CCB que tenha cometido adultério,
volte à comunhão plena com a CCB, ou seja, com total liberdade cristã caso venha
arrepender-se e deixar tal pecado? Poderá ele ou ela tomar a Santa Ceia, novamente?
Tocar na Orquestra, por exemplo?
Segunda. Há perdão para quem comete adultério no seio da CCB? Ou seja, os membros
da CCB, a direção (anciãos) são capazes de perdoar tais pessoas e não discrimina-la no
seio da Igreja? Podem fazer o mesmo que Jesus em relação à mulher adultera?
Terceira. A CCB sabe o que é perdão, o que é perdoar? O sangue de Jesus é suficiente
para apagar tal pecado ou não?
Veja como heresia faz mal e conduz ao inferno: já tive a oportunidade de aconselhar
uma jovem da CCB que caiu em adultério e havia se passado anos e encontrava-se com
sérios problemas psicológicos, emocionais e espirituais. Tive muita dificuldade em
mostrar-lhe o poder da Cruz e do sangue, porque o dilema incutido em sua mente pela
doutrina CCB estava demasiadamente enraizado na sua alma, eis o dilema: não podia
ela voltar a sua igreja porque lá a discriminavam e a olhavam com olhos de acusação;
lá, mesmo sinceramente arrependida e ter deixado a prática do adultério, estaria privada
da plena comunhão com Cristo e com a Igreja porque jamais poderia tomar a Santa Ceia
novamente; jamais poderia louvar a Deus com a sua clarineta e o que é pior: também
não poderia membrar-se em outra igreja, dizia ela, porque na sua pobre mente, fora
disseminado que somente a CCB era a igreja correta, era a igreja na qual encontrava-se
a salvação. Percebeu a cilada diabólica de tais doutrinas? Um outro caso que tenho
conhecimento é de uma senhora que cometeu adultério e por causa desse mesmo dilema
(fato comum) hoje não quer nem ouvir falar do amor de Deus (mas que amor?) e vive
prostituindo-se pelo mundo afora.
Quando ainda estava lendo este tópico fui encontrar-me com uma senhora que há mais
de dois anos está congregando em nossa Igreja. Ela foi durante toda sua vida religiosa,
membro da CCB, isto durante 40 ANOS, então nada mais justo do que ir perguntar a ela
o que realmente é ensinado na CCB. Coloquei diante dela as duas teorias: a do senhor
(...) e a que é ensinada de fato pela CCB. A resposta dada por ela foi que durante toda
sua vida havia aprendido na CCB que "O pecado contra o Espírito Santo é o adultério".
Mas voltei a insistir se não era possível que estivera equivocada, se o pecado não era
contra o TEMPLO do Espírito Santo. Novamente a resposta foi enfática: "Não, o ancião
ensinava que o adultério é pecado não contra ao templo, mas contra o próprio Espírito
Santo".
Meu amigo, cuidado. Deus poderá requerer da CCB o sangue de tais pessoas. Já parou
para pensar nisso?
CLONAGEM
Justifica o senhor (...) quanto a questão do plágio feito das doutrinas errôneas da igreja
de Corinto dizendo: "Se "clonamos" a igreja de Corinto, o fizemos quando a mesma já
havia voltado aos trilhos espirituais, com as magníficas epístolas do Apóstolo Paulo.
Essa fonte inspirada, de fato,
deveria ser "clonada" pelos cristãos da atualidade"
O caso é que entre a teoria e a prática existe um grande abismo! O que temos visto na
CCB, não é nem de longe costumes bíblicos, como ficou demonstrado de forma sobeja
neste trabalho, mas tão somente distorções provenientes destes, e pior, agarram-se
nestes erros e transforma-os em cavalo de batalha contra as demais denominações.
Se algumas práticas da CCB foram citadas de modo a não corresponder à verdade não
foi por nossa culpa. Nós apenas fizemos o trabalho de catalogar algumas delas através
de testemunhos pessoais que nos foram transmitidos. Desde já, colocamos à sua inteira
disposição para reparar (em nossa apostila) o que não condiz com os fatos como, por
exemplo, a menção sobre instrumentos de sopro.
Quanto à santa ceia, pode até ser que o modo mencionado por nós de como vocês se
desfazem dela foi um erro, mas não deixa de ser menos excêntrico do que o ato de
querer "enterrá-la".
Demais disso, iremos acrescentar mais algumas peculiaridades como a não
comemoração do Natal e o banco dos pecadores na obra já mencionada.
CONCLUSÃO
PS: Atendendo à sua súplica no final de seu tratado: "Gostaria de saber qual seria a
postura de V.Sª., após esses esclarecimentos", fico na expectativa das respostas às
minhas considerações e coloco-me à sua inteira disposição para quaisquer eventuais
dúvidas sobre o referido estudo acima.
Conforme demos ciência ao senhor por telefone, este diálogo será publicado em nosso
site para que os leitores façam o devido julgamento entre as duas proposições
defendidas.
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Fonte: http://www.cacp.org.br/