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A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos no início do século XX, quando o jornalista Ivy Lee criou o primeiro escritório de Relações Públicas para melhorar a imagem do empresário John D. Rockefeller. No Brasil, a área começou a se desenvolver na década de 1950 com a chegada de empresas estrangeiras e se expandiu ainda mais a partir da década de 1960.
A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos no início do século XX, quando o jornalista Ivy Lee criou o primeiro escritório de Relações Públicas para melhorar a imagem do empresário John D. Rockefeller. No Brasil, a área começou a se desenvolver na década de 1950 com a chegada de empresas estrangeiras e se expandiu ainda mais a partir da década de 1960.
A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos no início do século XX, quando o jornalista Ivy Lee criou o primeiro escritório de Relações Públicas para melhorar a imagem do empresário John D. Rockefeller. No Brasil, a área começou a se desenvolver na década de 1950 com a chegada de empresas estrangeiras e se expandiu ainda mais a partir da década de 1960.
Vamos entender e descobrir como surgiu o conceito de Comunicao
Empresarial e sua definio. A HISTRIA DA COMUNICAO EMPRESARIAL NO BRASIL Cludio Amaral Jornalista DOS ESTADOS UNIDOS PARA O MUNDO
A Comunicao Empresarial surgiu nos Estados Unidos, no incio
do sculo. Mais precisamente em 1906. Naquele ano, em Nova Iorque, Ivy Lee decidiu deixar o jornalismo de lado para montar o primeiro escritrio de Relaes Pblicas do mundo. Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso empresrio John D. Rockfeller. Rockfeller era, na poca, o mais odiado de todos os empresrios dos Estados Unidos. Motivo: assim como os mais destacados donos de empresas daquele pas, ele vinha sendo acusado de combater impiedosamente as pequenas e mdias organizaes. Era "feroz, impiedoso e sanguinrio". E no media esforos em busca do seu principal objetivo: o monoplio ou melhor: o lucro fcil que o monoplio acabava gerando. Segundo Chaparro, em O Processo de Relaes Pblicas, livro de autoria da pesquisadora norte-americana Hebe Wey, possvel ler que "denunciados, acusados e acuados" pela imprensa, os grandes capitalistas dos Estados Unidos encontraram uma sada: contratar o jornalista Ivy Lee. Para eles, Lee era o nico caminho que imaginavam para evitar novas denncias, "a partir de uma nova atitude de respeito pela opinio pblica". At ento a opinio pblica no tinha a menor importncia para eles. O escritrio criado por Lee passou a fornecer imprensa "notcias empresariais para serem divulgadas jornalisticamente e no como anncios ou como matria paga". Na opinio de Wey, "eram informaes corretas, de interesse e de importncia para o pblico". Eram informaes to honestas, segundo podemos
concluir, que acabavam evitando novas denncias contra os
empresrios mal falados, de acordo com a citada pesquisadora norte-americana. Mas, como Lee conseguiu convencer a imprensa de que seu trabalho era srio, honesto e profissional? O que ele fez para vencer a barreira e a desconfiana que tantas dores de cabea e decepes, tantos prejuzos, enfim, geraram para todos os profissionais srios e honestos que h dcadas vm tentando fazer Comunicao Empresarial no Brasil? O primeiro encarregado de Relaes Pblicas do mundo conseguiu sucesso imediato e prolongado, ganhou dinheiro e fez escola, porque, segundo Hebe Wey, escreveu e adotou uma carta de princpios que at hoje representa "uma excelente orientao para os especialistas modernos": "Este no um servio de imprensa secreto. Todo o nosso trabalho feito s claras. Ns pretendemos fazer a divulgao de notcias. Isto no um agenciamento de anncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seo comercial, no o usem. Nosso assunto exato. Mais detalhes, sobre qualquer questo, sero dados prontamente e qualquer diretor de jornal interessado ser auxiliado, com o maior prazer, na verificao direta de qualquer declarao de fato. Em resumo, nosso plano divulgar prontamente, para o bem das empresas e das instituies pblicas, com absoluta franqueza, imprensa e ao pblico dos Estados Unidos, informaes relativas a assuntos de valor e de interesse para o pblico". O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto imprensa e opinio pblica, que Rockfeller passou de "patro sanguinrio" a "benfeitor da humanidade". Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relaes Pblicas da Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido adotada em inmeras empresas e rgos pblicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte e do prestgio de Yale, Harvard e Colmbia, que criaram cadeiras especficas e comearam a formar especialistas em Relaes Pblicas. Dos Estados Unidos, as Relaes Pblicas foram sucessivamente para o Canad (1940), Frana (1946), Holanda,
Inglaterra, Noruega, Itlia, Blgica, Sucia e Finlndia (1950) e
Alemanha (1958). Segundo a estudiosa Monique Augras, nos Estados Unidos, em 1936, seis em cada grupo de 300 empresas tinham servios de Relaes Pblicas; em 1961, a relao era de 250 em 300; em 1970, beirava 100%. NO BRASIL, A PARTIR DE JK As Relaes Pblicas e, por conseqncia, as atividades de Comunicao Empresarial, vieram para o Brasil nos anos 50, com as indstrias e as agncias de propaganda dos Estados Unidos. Chegaram atradas pelas vantagens oferecidas pelo governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. JK havia assumido a Presidncia da Republica em meados dos anos 50 com a disposio de fazer "50 anos em 5". Conseqentemente, ele criou condies para que viessem para o Brasil as primeiras montadoras de veculos automotores. Fbricas de produtos de higiene, tambm. Como a Colgate Palmolive, onde se iniciaram na Comunicao Empresarial profissionais como Vera Giangrande e Antnio De Salvo. Segundo De Salvo, o primeiro RP do Brasil foi Rolim Valena, que em 1960 comeou a aprender a profisso na J. W. Thompson. Trs anos depois ele criou a primeira agncia de Relaes Pblicas do pas, a AAB. Foi tambm por volta de 1960 que Antnio De Salvo comeou a visitar as redaes de jornais em So Paulo, capital e interior. Ele fazia o trabalho ingrato de convencer os editores a dar notcias a respeito das atividades e produtos da empresa onde trabalhava. Naquela poca contou-me De Salvo na manh do dia 4 de fevereiro de 1999, em sua sala, na ADS os jornais no publicavam notcias de economia, quanto mais de empresas. As notcias eram de literatura, cultura, esportes, poltica, religio etc. "Fui obrigado a convenc-los de que as empresas e seus produtos tambm mereciam ser notcias", disse-me De Salvo. "As Relaes Pblicas tiveram no Brasil um vertiginoso desenvolvimento a partir de 1964", lembra Manuel Carlos Chaparro em sua dissertao de Mestrado na USP. "Com elas,
generalizou-se tambm, na iniciativa privada e no servio pblico,
a prtica de Assessoria de Imprensa. E, tal como aconteceu nos Estados Unidos, as duas atividades atraram muitos jornalistas." A regulamentao da profisso de Relaes Pblicas foi decretada em 1968. Foi to ampla que acabou gerando conflito com a de jornalista, assinada em 1969. Durante mais de 20 anos os profissionais de Relaes Pblicas e os jornalistas lutaram para provar que a elaborao de pressreleases, por exemplo, era uma prerrogativa de apenas uma profisso. Os RPs nunca se conformaram tambm com a eventual ascenso de um jornalista ao posto de assessoria mais qualificado dentro da empresa ou do rgo pblico onde trabalhavam profissionais das duas categorias. Para eles, cabia ao RP ser o comandante, o formulador da poltica de Comunicao Empresarial. De Salvo contra essa disputa e diz que a regulamentao acabou prejudicando os RPs. Se assim no fosse afirma o fundador da ADS, em 1971 profissionais como os jornalistas Miguel Jorge e Walter Nori seriam Vice-Presidentes de RP e no de Assuntos Corporativos da Volkswagen e de Comunicao da Scania Latin Amrica, respectivamente. A verdade que, como somos muito corporativistas todos: jornalistas e relaes pblicas, em especial nunca paramos para pensar que seria bem melhor unirmos foras e esforos para difuso das atividades de Comunicao Empresarial. Nunca, jamais, as entidades do setor se uniram para fazer uma campanha institucional em benefcio de todos os profissionais que trabalham em Comunicao Empresarial. Sejam eles relaes pblicas, jornalistas, publicitrios, marqueteiros, advogados, historiadores, administradores de empresas, socilogos, engenheiros das mais diversas especialidades e at quem jamais passou pela porta de uma faculdade. Com a palavra os sindicatos de jornalistas, radialistas e publicitrios, o Conrerp (Conselho de Relaes Pblicas), a Aberje, a Aneci (Associao Nacional das Empresas de Comunicao Empresarial), o Sinco (Sindicato Nacional das Empresas de Comunicao Empresarial) etc. O QUE COMUNICAO EMPRESARIAL
Qual foi a principal atividade desenvolvida pelo jornalista Ivy Lee,
assim que ele estabeleceu o primeiro escritrio de Relaes Pblicas em Nova Iorque, em 1906? Para recuperar a imagem do empresrio John D. Rockfeller, conhecido como "patro sanguinrio", Lee escrevia notcias a respeito das atividades de suas empresas. Em seguida, dirigia-se s redaes para convencer os editores de jornais a public-las como notcias e no como anncios ou matrias pagas. No Brasil e certamente em todos os outros pases aconteceu exatamente o mesmo, de acordo com o depoimento que me foi dado na semana passada por Antnio De Salvo. Concluso: h mais de 90 anos os RPs faziam exatamente aquilo que mais comum entre os assessores de imprensa: elaborao e distribuio de notcias. Mas como Lee precisava de fatos para ter notcias, ele comeou a interferir no dia-a-dia do seu cliente. E a primeira providncia que tomou foi derrubar barreiras entre Rockfeller e o pblico. Imediatamente, o empresrio dispensou sua segurana e passou a circular sem os guarda-costas que o acompanhavam 24 horas por dia. Depois, Lee fez com que Rockfeller cooperasse com o Congresso nas investigaes a respeito das denncias de que ele havia mandado atirar nos seus funcionrios em greve. Pelo seu ineditismo, essa atitude foi destacada positivamente pela imprensa. Por fim, Lee fez com que Rockfeller criasse numerosas fundaes de interesse pblico. Entre elas a Fundao Rockfeller para Pesquisa Mdica. Foi a partir da que o maior empresrio da poca acabou reconhecido como "benfeitor da humanidade". E, no Brasil, quando foi que os profissionais de Comunicao Empresarial passaram a criar fatos que viriam a ser notcias? Certamente no foi muito depois de 1960, ano em que as Relaes Pblicas comearam a ser praticadas profissionalmente por aqui. At porque tudo o que as multinacionais produziam era novidade para os brasileiros. Em especial os automveis. E todos ns sabemos que at hoje a indstria automobilstica quem mais gera notcias de negcios e a respeito de novos produtos no Brasil. Foi assim que surgiram os eventos em que a Volkswagen, a Ford, a General Motors, a Fiat e outras montadoras de veculos automotores instaladas ou no no Brasil apresentam suas
novidades para jornalistas dos mais diferentes jornais e revistas
do Pas. No Brasil e at mesmo no exterior. Tudo sob o comando de relaes pblicas e jornalistas. De profissionais de Comunicao Empresarial, enfim. Foi assim tambm que surgiram as entrevistas coletivas e os tradicionais almoos de fim de ano, quando as empresas renem reprter, pauteiros, editores e diretores de redao para anunciar os resultados do ano que termina, os planos para o ano novo e, de quebra, dar um bom brinde para cada um. Como este relgio que eu estou usando e que me foi dado pela Nestl num final de ano que j vai longe. A mesma Nestl que me deu um minigravador muito til nas minhas entrevistas, um rdio-relgiotelefone que h mais de dez anos reina absoluto no criado-mudo de minha mulher e muitos chocolates. Isso, entretanto, no tudo. Tem mais. Muito mais. Especialmente no livro O que Comunicao Empresarial, escrito por Paulo Nassar e Rubens Figueiredo para a Coleo Primeiros Passos da Editora Brasiliense. L esto relatados e detalhados inmeros eventos promovidos por empresas que praticam polticas de bom relacionamento com suas comunidades e os usurios de seus produtos e servios. Entre eles encontram-se o ABC da Mecnica Chevrolet, o revolucionrio e histrico Plano de Comunicao Social da Rhodia, a cartilha sobre a tica no ambiente de trabalho que a 3M fez para seus trabalhadores, o Prmio ECO da Cmara Americana de Comrcio, a Ciranda da Cincia da Hoechst e da Fundao Roberto Marinho, o Prmio Moinho Santista, o Prmio Caymmi da Companhia Petroqumica do Nordeste (Copene), a restaurao do Mosteiro de So Bento (um dos mais importantes monumentos histricos de Salvador) pela Construtora Norberto Odebrecht e o anncio veiculado pela GM em defesa da Mata Atlntica, em que a empresa declarava: "A General Motors est investindo nesta regio para construir absolutamente nada". Diante de tudo isso vemos que no Brasil os profissionais de Comunicao Empresarial atuam nas diferentes frentes da Comunicao Social ou de Massa:
eles criam e organizam eventos os mais diferentes;
geram fatos;
elaboram notcias;
fazem com que essas notcias sejam veiculadas por
jornais, revistas, agncias noticiosas, emissoras de rdio e televiso, nos fac-smiles como Jornalistas & Cia., na Internet e at em painis eletrnicos (como o que temos na Imprensa Oficial do Estado de So Paulo, na esquina das Ruas da Mooca e Jos Antnio de Oliveira, na Mooca, em So Paulo);
criam e veiculam campanhas institucionais;
formulam e executam polticas, planos e estratgias de
comunicao para governos, empresas e entidades do terceiro setor (ONGs, sindicatos patronais e de trabalhadores, partidos polticos etc.); estruturam e administram servios de atendimento ao consumidor; Planejam e editam publicaes as mais variadas, em forma de revistas, boletins e jornais; idem em relao a programas internos de rdio e televiso; idealizam e produzem clippings impressos e eletrnicos; alguns com mais de uma edio por dia e no raro ao longo dos sete dias da semana, incluindo feriados e dias santos, Natal e ano-novo (como o que a Imprensa Oficial est fazendo para o Governador de So Paulo);
Assessoria de Imprensa Na Europa - Moutinho - Ana Viale - SOUSA - Jorge Pedro - IN - Assessoria de Imprensa e Relacionamento Com A Midia Teoria e Tecnica - DUARTE - Jorge - Org