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A AÇÃO ANTIINFLAMATÓRIA DOS ALIMENTOS

* Elisabete Fernandes Almeida

Graças ao efeito antiinflamatório de alguns alimentos, muitas


pessoas melhoram dos sintomas da artrite, necessitando ingerir
menos medicamentos e conseguindo uma melhor qualidade de
vida. Atum e salmão são dois bons exemplos de alimentos com
efeito antiinflamatório.

Quanto aos antioxidantes, não são apenas os pacientes com


artrite que precisam deles. Pesquisadores acreditam que a
inflamação contribui para o desenvolvimento de doenças
cardíacas, câncer, doença de Alzheimer e o diabetes tipo 2, e
que as substâncias antiinflamatórias encontradas nos alimentos
podem combater estas doenças. Para consumir estes alimentos,
não é necessário mudar radicalmente a sua dieta alimentar.
Experimente, por exemplo, consumir mais peixe.

A inflamação nem sempre tem aspectos negativos. Um ferimento


fica avermelhado e inchado porque o organismo recruta
leucócitos que combatem a infecção e aumentam o fluxo de
sangue rico em oxigênio, para facilitar a cicatrização.

Mas alguns processos inflamatórios indesejáveis resultam de


lesões menos relevantes, como a oxidação das células que
constituem as paredes dos vasos sangüíneos. Os antioxidantes
podem ajudar a evitar estas lesões. Mas quando são
insuficientes, os antiinflamatórios são necessários. Caso
contrário, a tentativa do organismo de reparar suas lesões pode
levar a uma inflamação crônica, que ataca lentamente os tecidos
saudáveis das articulações, das artérias e de todo o sistema
nervoso.

Entre os alimentos com maior ação antiinflamatória se destacam


os ácidos graxos ômega-3, encontrados em grande quantidade
nos peixes. No organismo, estes ácidos são convertidos em
substâncias semelhantes aos hormônios, que reduzem
inflamações.

Os poliinsaturados ômega-6 encontrados no óleo de milho


favorecem a inflamação. Os ômega-6 e ômega-3 formam uma
espécie de yin e yang, que devem ser mantidos em equilíbrio. O
consumo de quantidades equivalentes dos dois alimentos permite
manter os processos inflamatórios em equilíbrio, entretanto, a
maioria das pessoas ingere cerca de 20 vezes mais alimentos
com ômega-6 do que com ômega-3. Alimentos industrializados,
produzidos com óleo de milho ou girassol, ricos em ácidos graxos
ômega-6, são apontados como culpados. Por outro lado, as
pessoas preferem não consumir alimentos ricos em ômega-3,
como o óleo de canola, nozes, espinafre e repolho.

A aspirina e o ibuprofeno interferem no processo com enzimas


que contribuem para as propriedades inflamatórias dos alimentos
que contém ômega-6. Alguns alimentos podem atuar de forma
semelhante. Um grupo de pesquisadores da Michigan State
University realizou alguns experimentos para demonstrar que o
extrato de cereja pode impedir dez vezes mais a formação de
alguns agentes inflamatórios do que a aspirina. Seus achados
estimularam a ingestão de suco de cereja entre pacientes com
artrite. Em outra pesquisa recente, ficou comprovado que a
amora, o morango e a framboesa produzem efeitos semelhantes.

Outra forma de combater a inflamação é fortalecer os


mecanismos de reparo do organismo. Um grupo de
pesquisadores de Boston mediu a concentração de substâncias
denominadas "proteínas de choque" no cérebro humano.
Imagine-as como a fita adesiva do organismo - elas ajudam a
reparar lesões celulares causadas pelo estresse oxidativo,
inflamação e excesso de toxinas. Na medida em que você
envelhece, produz menores quantidades destas proteínas
protetoras. O estudo demonstrou que dietas ricas em arando
combatem essa condição em ratos, que responderam aos
processos inflamatórios da mesma forma que animais mais
jovens.

A maioria das frutas e verduras, principalmente as coloridas,


parece inibir inflamações graças à presença de fitossubstâncias
como a bromelaína, encontrada no abacaxi, e a quercetina,
encontrada na maçã e na cebola. Vegetais como o tomate
contêm cerca de 20 compostos com ação anti-inflamatória.

Frutas, verduras, peixes e grãos integrais - são sempre os


alimentos defendidos pelos nutricionistas há vários anos. Por
outro lado, dietas ricas em açúcar, farinha refinada e óleos
vegetais parcialmente hidrogenados, bem como a obesidade,
aumentam o risco de inflamações.

A ingestão de alimentos com ação antiinflamatória pode ser uma


das melhores coisas que se pode fazer por você mesmo.

* Elisabete Fernandes Almeida é escritora e editora médica,


com especialização em Projetos de Educação Médica
Continuada.
É presidente da Latin-Med Editora Médica, editora médica da
Conexão Médica, diretora do departamento de Educação
Médica para Leigos da Associação Paulista de Medicina e
atua em vários sites médicos.
Dúvidas e sugestões sobre esta coluna devem ser
encaminhadas para o e-mail ceoelisabete@latinmed.com.br

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