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Termo cunhado por Prahalad e Hammel para designar o conjunto de crenças, premissas, suposições e
tendências vigente na mente da corporação e de seus funcionários, ou seja, a cultura organizacional.
Segundo Berman (1986), nos últimos anos, o interesse dos altos executivos por
cultura corporativa saiu do reino da teoria para o reino da aplicação real. Muitos
executivos estão começando a acreditar que inovações bem sucedidas também incluem
mudanças na cultura corporativa – os valores e crenças tradicionais da empresa e suas
maneiras de fazer as coisas. Mude a cultura, eles argumentam, e a organização pode ser
reformulada.
Em processos de fusão, aquisição, incorporação de empresas ou departamentos a
cultura tem um impacto importante, especialmente se for de âmbito multinacional, pois
as dificuldades de entendimento e comunicação (não se trata de idiomas) causam os,
assim chamados, choques culturais. Os choques culturais são geralmente sub-estimados
na composição da estratégia da organização e seu impacto na formação do clima
organizacional é de extrema relevância.
Segundo Robbins (2001), a maioria dos altos executivos estão familiarizados com a
linguagem e atividades que dão visão à seus negócios, como por exemplo: estabelecer a
estratégia, objetivos e metas e a desenhar planos de como atingir estas metas através de
uma série de objetivos de curto prazo. Porém, todos estes esforços podem ser bem
sucedidos ou falhar, devido à um aspecto bem mais subjetivo e difícil de quantificar: a
cultura. A cultura da sua organização determina quão duramente, ou alegremente seus
empregados trabalham, quem obterá os créditos pelo o que, e o quanto a excelência é
recompensada. Portanto, a longo prazo, a cultura também acabará por determinar se sua
organização sobreviverá.
Valores expressos
Iceberg
As limitações da cultura
Segundo Franscesco & Gold (1998), a cultura tem sido aceita como uma explicação
para o comportamento organizacional, porém há limites para o uso da cultura como
explicação para todo tipo de comportamento organizacional, pois:
Primeiro: há muitas definições de cultura e, mesmo assim, não está ainda
totalmente claro do que esta se compõe. Relacionado a isto, muitas de suas
conceituações são originárias dos estudos de antropologia sobre culturas primitivas e
podem não ser aplicáveis a sociedades e complexas organizações industriais e pós-
industriais.
Segundo: cultura é um conceito multifacetado o qual é difícil ser medido. Um
problema adicional de medição é que pesquisadores usam questionários de escolha
forçada o que impõe categorias predeterminadas ao invés de desenvolver teorias básicas
com dados de culturas e organizações específicas.
Terceiro: cultura pode acabar explicando comportamento organizacional de
forma muito abrangente. O determinismo cultural, ou seja, a posição que todo
comportamento é produto da cultura, ignora fatores econômicos, políticos, tecnológicos
e biológicos como sendo explicações plausíveis. Um contra-argumento a esta crítica é
que tecnologia e economia são produtos da cultura. Entretanto, a industrialização e suas
respectivas variáveis são processos complexos, os quais são distintos da cultura e
contribuem para o comportamento organizacional. Ou seja, cultura é uma variável
chave, porém não a causa exclusiva para o comportamento organizacional.
Mudança organizacional:
Considerações finais:
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Foram adotadas as expressões empoderar e empoderamento para descrever o ato de facilitar o
empowerment de alguém, conforme o tem feito alguns autores e tradutores da literatura de administração.
como certas táticas serão provavelmente interpretadas pela maioria das pessoas na
organização.
Mais do que isto, as reações durante o processo de mudança devem ser
monitoradas por duas razões: para se aprender mais sobre a cultura em si, uma vez que a
visão sobre várias premissas culturais só se torna aparente quando o processo de
mudança está em curso; e para se reconhecer como as mudanças estão sendo
interpretadas na organização. Finalmente, uma recorrente sensibilidade sobre a cultura é
importante para assegurar que os elementos do modelo de liderança executiva estão
sendo de fato integrados na cultura dominante.
Cartwright (1999) defende a visão que a cultura estabelece as condições prévias
direcionam a progressão das mudanças. A identificação da cultura de uma organização
explicita estas condições em seus aspectos positivos ou negativos
Segundo Cohan (1997), as organizações que dependem da inovação e
criatividade como as ligadas à alta tecnologia ou à tecnologia da informação, necessitam
criar culturas que atraiam as melhores pessoas e motivá-las a produzir produtos
vencedores em termos de mercado. As empresas líderes destes setores, identificando os
atributos de uma cultura vencedora, a transformam em vantagem competitiva. A cultura
das empresas de alta tecnologia compartilham os seguintes atributos: elas esperam que
as pessoas trabalhem em times, que expressem suas opiniões e que respondam
construtivamente a críticas baseadas em fatos; elas encorajam um saudável grau de
competição interna, recompensam as inovações que tragam valor ao cliente final e
criam um ambiente de trabalho informal que estimula pessoas criativas.
Como pudemos verificar, tornou-se essencial diagnosticar e gerenciar o processo de
transformação cultural, decorrente dos processos de mudança e transformação
organizacionais tão necessários, nos dias de hoje, para a sobrevivência das empresas.
Nesta direção, os estudos indicam que a gestão empresarial deve conter como parte de
sua estratégia a transformação organizacional e cultural que, entre outras metas, seja
adequada e receptiva a mudanças, retenha e se possível atraia novos talentos,
desaprenda o passado e reinvente o futuro (Prahalad & Hamel, 1995).
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