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Rio, 11.01.2008
média de treze minutos por questão na dissertativa. Então, não pode perder
Vigência do novo Código Civil. Aqui, há uma pequena divergência, mas a doutrina
dia 12, por força da Lei Complementar 95 que diz que Lei que tem vacacio
Por isso que eu entendo que, como foi publicada no dia 10, conta-
se terminando no dia 11 e entra no dia 12. Têm alguns na doutrina que até
pensam assim, mas ela é minoritária. Logo, me parece que o ideal é você
tema, mas afirma a vigência do dia 11. Como ele é o grande guru dessa
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MARATONA LEONI
academia, parece para o MP muito melhor mesmo dia 11. Na Defensoria, quanto
ao professor Marco Aurélio, que todos conhecem, acho que ele diz que é no dia
11 de janeiro.
parte geral e parte especial. Claro que nem todos os Códigos tem parte geral.
O Código Civil italiano que foi o grande inspirador do Código Civil atual não tem
parte geral.
O Código Civil francês, também, não tem parte geral. O nosso tem,
porque nós continuamos adotando o ??? do Código Civil Alemão de 1900. Houve
Então, você vem com parte especial com obrigações, art. 233.
Obrigações e contratos. Depois, você vem com direitos reais. Empresa, reais,
examinador não tratava, até porque eu tinha uma posição muito personalizada
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MARATONA LEONI
entende que o nascituro não tem personalidade. A Maria Helena Diniz, etc.,
aquela galera toda vem dizendo que o nascituro não tem personalidade.
afirmar isso peremptoriamente não seria de bom tom, tendo em vista que a
professora Renata Braga é uma professora que trata dos direitos. Ela trata
o nascimento com vida, mas a Lei põe a salvo desde a concepção, o direito do
nascituro.
também diz que a personalidade começa desde a concepção. Então, nós temos
vários ordenamentos que têm previsão expressa sobre isso. E temos o Pacto de
São José de Costa Rica que foi ratificado pelo Brasil e lá também afirma que a
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MARATONA LEONI
Essa segunda parte briga com a primeira. Quem diz isso, só para
falar por todos, é um natalista ferrenho que é o Professor Caio Mario da Silva
Pereira. O professor Cáio Mario, no final da sua vida, publicou a sua última obra
cada capítulo ele trata da evolução do pensamento dele sobre todo o direito
civil.
Ora, nós sabemos que não há direitos sem titular. Eu posso ter
cheque, eu não sei. Eu vou saber na hora que aquele credor se apresentar na
para quem achar meu relógio que é um relógio de estimação. Quem é o credor?
Não sei, vai ser aquele que se apresentar com o meu relógio. Então, o máximo
jurídicas.
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MARATONA LEONI
nenhum momento e quem reitera isso em um outro contexto que eu vou tratar
Braga em relação ao direito. Já até deixei para o final, porque fica mais
Ele diz com todas as letras, ele e tantos outros dizem que aqui em nenhum
Código velho quanto do Código atual, diz que ele tem direitos.
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MARATONA LEONI
como é que você faz a inicial. O nascituro de fulana de tal vem por esta
Aliás, isso não é novidade no novo Código. Esse texto já era assim
desde 1916. Então, nascituro pode investigar a paternidade como pode ser
reconhecido.
outra relação de direito de família. É o art. 1779 quando vai tratar da curatela.
inserindo o nascituro em uma relação obrigacional ou, para ser mais específico,
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MARATONA LEONI
Art. 542: a doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu
de direito das sucessões. Nascituro como herdeiro. É o art. 1798, que, aliás, é
ao nascituro enquanto nascituro? Isto é enquanto em útero para que ele possa
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MARATONA LEONI
obter relação jurídica? Temos pelo menos duas no direito. No direito penal na
figura do auto-aborto.
no crime contra a pessoa, no capítulo dos crimes contra a vida. Ele não está na
incolumidade pública.
sujeito nasceu com um defeito físico, por exemplo, sem o braço, porque quando
medicamento que depois se percebeu que causava lesões graves como perda de
A pergunta que não quer calar: ele pode demandar uma ação de
responsabilidade civil contra o laboratório? Pode. Quem achar que não pode,
grávidas que ingeriram talidomida e cujos filhos nasceram com defeitos, sem
braços, sem pernas, etc. todos puderam demandar. Isso ninguém discute.
primeira vez não fui eu, gostaria de ter dito, foi o professor José de Oliveira
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MARATONA LEONI
Ascensão que é talvez um dos maiores, senão o maior civilista do ocidente hoje.
dano não ocorre quando ele nasce, ocorre quando ele está no útero.
nascituro.
sabem da amizade que nos une. Nós temos uma obra em conjunto: Comentários
do Código Civil.
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Abreu que também é muito meu amigo. Com ele na magistratura, eu já não
majoritária.
Pergunta de aluno.
falando de personalidade de pessoa viva. Depois, eu vou até voltar a falar dessa
hipótese que é a tese do professor Barbosa Moreira para entender que não é
Então, fechamos isso. Além disso, nós temos hoje toda essa
corrente do biodireito que é da professora Renata Braga que entende que não
biodireito.
Então, por isso que eu disse se ela entende que merece proteção o
embrião congelado, quem dirá o nascituro. Eu vou deixar para falar disso no
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MARATONA LEONI
hipótese? Não pode. O Código diz que ele é nulo, mas nem todo contrato
celebrado por menor de dezesseis anos de idade é nulo. Ele pode ser um
negócio válido.
privado. Juquinha com dez anos de idade vai para o colégio sozinho. Faz sinal
quer meu filho? Quero ir para o colégio. Quantos anos você tem? Tenho dez
shake de chocolate. O atendente diz: não vou vender para você, é nulo. Mas
quem tiver dúvida sobre isso, faça o teste do shopping center, eu digo sempre.
Fique olhando que você vai ver menores de dezesseis anos comprando calça
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MARATONA LEONI
proteger, mas para punir, não se aplica este instituto. O que eu quero dizer?
demonstrar isso. Se esse menor de dez anos que tomou um ônibus sozinho
sofrer um acidente, ele vai entrar com uma responsabilidade civil contra a
Pergunta de aluno.
Resposta: mas não pode ser, porque ato jurídico stricto sensu é
Daqui a pouco, quando chegar ao ato jurídico, eu vou fazer a diferença entre
jurídico. Não existe essa figura no direito brasileiro, nem no direito ocidental
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negócio nulo, mas você tem que ficar atento para essas peculiaridades que
Hoje em dia caiu isso por força do art. 1767, V: estão sujeitos a
curatela, os pródigos. Art. 1.768: a interdição deve ser promovida pelos pais ou
tutores, pelo cônjuge ou por qualquer parente ou pelo Ministério Público. Hoje,
privará de, seu curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar,
mera administração.
Então, ele não concordava nem com o sistema anterior nem com o
atual. Ele acha que não devia ter essa abertura toda, mas deveria ser
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MARATONA LEONI
Pergunta de aluno.
herdeiros necessários os irmãos. Por quê? Porque no irmão, nós, vamos ver,
existe dever alimentar. O dever alimentar na linha colateral só vai até irmão.
de cota hereditária do meu pai que morreu que esteja dilapidando aquilo, eu sei
que ele vai cair na miséria. Se ele cair na miséria, eu, em tese, tenho uma
para evitar que ele não caísse na miséria e evitar que eu pagasse alimentos para
ele. Isso se chama interesse econômico. Agora, ele pode fazer isso com
Então, é uma crítica muito boa para vocês colocarem em uma prova
objeto de pergunta.
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MARATONA LEONI
Porque eu só vou verificar se esse sujeito com dezesseis anos estava ou não
compra e venda foi celebrado por um menor de dezesseis anos que disse que
dissesse assim, eu estou com um garoto aqui de dezesseis anos de idade. Ele
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MARATONA LEONI
tem carteira assinada há trinta dias, ganhando um salário mínimo. Ele quer
comprar um imóvel.
menor? O advogado que recomendar isso tem que fazer educação física,
medicina, engenharia nuclear, porque ele não nasceu para ser advogado.
dezoito anos, ele já atingiu a maioridade civil, não precisa mais da emancipação.
Então, o problema vai ser você ter uma situação fática em que você confie
nessa carteira assinada como um meio idôneo de emancipação para que você
celebre com ele o negócio jurídico e não tenha posteriormente argüida a sua
invalidade.
500m2, tem um Audi. Foi o pai que deu dinheiro para ele. A roupa dele é um
conjunto de marcas. Ele, no final do ano, arruma um emprego no Rio Sul para
Você vai negociar com ele dizendo que ele está emancipado? Não
vai. Ele vai continuar vivendo com o Audi do pai, comendo nos restaurantes,
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MARATONA LEONI
diz que criança vai até doze anos de idade e adolescente dos doze aos dezoito.
Estamos tratando das pessoas físicas, das pessoas naturais. Depois, vamos
tratar das pessoas jurídicas. Acontece que agora o novo Código encampando
de morte presumida.
7º. Vamos ver o art. 6º: a existência da pessoa natural termina com a morte.
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MARATONA LEONI
presunção estabelecida neste Código quanto aos ausentes. Isso porque a morte
art. 1.571.
ausente não estava neste artigo que eles suprimiram, estava e continua a estar
no art. 6º da parte geral. Nós sabemos como é feito isso, a comissão legislativa
esqueceu.
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MARATONA LEONI
Como é que funciona isso? De novo art. 6º: a existência da pessoa natural
termina com a morte. Presume-se esta quanto os ausentes nos casos em que Lei
abertura da provisória, art. 37. Como é que funcionaria isso? Ele desaparece de
casa. Não tinha procurador. Declara-se ausente. Passa o prazo legal, abre-se a
Então, um belo dia ele diz: meu bem, eu vou comprar cigarros. Cai
e o juiz declara. Passa o prazo, ela pede a provisória e o juiz dá essa provisória.
Apaixona-se e casa. Cinco anos depois de casada com três filhos, bate na porta
artigo dizia, mas o atual não tem mais. Nós temos dois sistemas aí: o sistema
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MARATONA LEONI
entendem que o segundo foi celebrado em erro. Ela acreditava que ele estava
que seja para voltar para casar com o cônjuge originário dele. Aqui, nós não
sustentando a doutrina majoritária por todos. Vocês podem citar um autor que
Belém do Pará, o professor Zeno Veloso. Ele fez um trabalho belíssimo sobre
essa questão.
Por que é razoável esse entendimento? Nós vamos ver aqui que
Luiz Paulo Vieira de Carvalho, todos no Brasil entendem que o casamento tem
uma natureza contratual. Até a Maria Helena Diniz concorda com isso. E
jurídico, como óbvio, aplica-se a estrutura desse regime jurídico. O art. 421 diz
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MARATONA LEONI
que o contrato tem que ter uma função social. O art. 422 diz que são princípios
sem deixar notícias nem procurador, qual é a presunção natural que ocorra no
coração do outro cônjuge? Que ele morreu, até por isso a Lei criou a hipótese
de morte presumida.
um casamento cuja convivência está hígida do que um casamento que não existe
posicionando pela segunda corrente. Mas o melhor que você faz é citar as duas
correntes, mostrar que você sabe que tem os dois posicionamentos e se tiver
que opinar escolher a segunda corrente que é aquela que entende que vale o
segundo casamento.
analógica.
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MARATONA LEONI
para a hipótese “a”; ausência de conteúdo normativo para a hipótese fática “b”;
art. 6º; ausência de conteúdo normativo para a hipótese fática do art. 7º;
do Código Civil. Essa matéria toma uma relevância muito grande na medida em
que....você vai entender porque eu vou jogar essa análise mais para frente.
Toda responsabilidade civil por dano moral tem como pano de fundo a violação
ao direito da personalidade.
assim, eu vou jogar isto lá para responsabilidade civil e quando eu falar do dano
jurídicas e diz que a pessoa jurídica responde com seu patrimônio quando os
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MARATONA LEONI
o caso. Quando o órgão da pessoa jurídica está atuando, quem está atuando é a
mandamental. Mas quando é o órgão que age, vamos dizer é a pessoa jurídica
pessoalmente que está agindo, porque ela atua através do seu órgão.
que a pessoa jurídica age como os próprios seres humanos. Os seres humanos
não agem através dos seus sentidos, dos seus órgãos? Olfato, visão e tal.
Conselho Fiscal, Diretor e etc. Então, aqui diz o art. 47 que a responsabilidade
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MARATONA LEONI
estatuto, a pessoa jurídica responde com seu patrimônio. O órgão atuou fora
Aparência.
negócio com o senhor Joaquim do bar da esquina. Ele está com o carro da Coca-
Brasil tenha um gerente que tem, no estatuto, poderes para vender carros para
Argentina são de dez mil carros e ele vende cinqüenta mil carros. A pessoa
jurídica responde. Por quê? Porque o sujeito lá não pode ficar esmiuçando para
saber qual é a cota de venda de cada um que não está previsto no estatuto. Só
impossibilidade jurídica do pedido pelo sistema de freio e contra freio que eles
têm pelo controle de auditoria. Eu estou dando um exemplo fático para vocês
dentro dos poderes, o patrimônio da pessoa jurídica vai responder por ele.
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MARATONA LEONI
combinado com o art. 28 do CDC. Cuidado com a expressão CDC. Se você fizer
que a sigla seja CPDC, Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Ele implica
O art. 28 é enorme. Eu não vou pedir para ela ler. Foi muito boa a
inclusão do art. 50 no Código Civil, porque antes dele nós aplicamos por analogia
direito de família. Foi até aplicada por uma juíza, agora Desembargadora, Dra.
tinha vários bens e pessoas jurídicas constituídas. Na verdade, era tudo testa
de ferro, porque era tudo dele. Ele não queria que entrasse na divisão
Nós temos uma norma própria do Código Civil é exatamente para relações não
consumeristas.
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MARATONA LEONI
CDC. Mas tanto aqui quanto lá, me parece que o texto aqui é mais claro quando
obrigações.
Isto é, tem que ser assim, sob pena de você acabar com a base
sócio.
de cada um dos sócios, toda vez que eu encontro o abuso e as situações fáticas.
sistematizada por um autor alemão, o ??? ??? tem uma tradução no livro dele
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MARATONA LEONI
comentam.
pessoa física.
doutora: nós não podemos misturar pessoa jurídica com pessoa física. Isto é, a
pessoa física está aqui e toda a estrutura do ordenamento jurídico abaixo dele,
para atender ao homem, por abuso, desvio de finalidade, etc., o que eu faço?
Pergunta de aluno.
formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação
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MARATONA LEONI
com recurso ao juiz. Cuidado com esse recurso aí. Na verdade, não é recurso, é
suprimento judicial.
responsabilidade civil.
Agora, com base no art. 72, aquele sujeito que foi atendido por um
médico, e nós temos vários no Brasil, que faz aquele triângulo de atendimento
clínica principal dele é em SP, mas ele atende no Rio e atende em Vitória.
lesiona a cliente aqui no Rio, a cliente pode, agora, entrar com a demanda de
responsabilidade civil por esse serviço prestado no Rio de Janeiro, não precisa
bens imóveis. Aqui eu só faria uma pequena observação devido a uma incidência
de erros corriqueiros que nós ouvimos nos cursos preparatórios no que diz
respeito ao navio.
sem perder a sua substância. O navio é coisa móvel. Simplesmente, ele pode ser
objeto de hipoteca. Mas agora no Brasil, pelo art. 1476, VII, as aeronaves
também podem ser objeto de hipoteca e ninguém vai dizer que avião é imóvel.
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MARATONA LEONI
dizer lá que automóvel é imóvel. Pior do que dizer que o navio é imóvel foi um
fato que ocorreu e que eu sempre conto, porque pode parecer anedota, mas não
que é navio. O candidato respondeu: navio é tudo aquilo que bóia. Ele falou
doutor: o pato também bóia e não é navio. E o candidato: tudo, menos o pato.
comparados com os móveis. O imóvel tem que ser por escritura pública, aquela
alemão.
do móvel. Mas isso, também, é uma questão sólida, porque até metade da Idade
terra.
vai medir a fortuna do Bill Gates porque ele tem um iate ou dois ou um edifício
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MARATONA LEONI
porque ele pode ter um edifício ou dois na Avenida Paulista, mas sim pelo
controle acionário do Grupo Votorantin. Tem móvel que vale muito mais mesmo
Tem carro que vale muito mais do que muito apartamento. Então, as pessoas
ficam delirando naquele sistema do imóvel. É por isso que hoje a transferência
cuidado com ele porque ele é uma armadilha. Vocês sabem que eu sou um
civilista fanático e sabem que como eu sou fanático pelo direito civil, eu divido
civil. Mas nesse caso, lamentavelmente, eu tenho que reconhecer que tem uma
bens dos devedores. Melhor o art. 591 do CPC: o devedor responde para o
cumprimento das suas obrigações com todos os seus bens presentes e futuros,
Reparem que o art. 391 diz mais do que deveria dizer. Ele diz que
o devedor responde com todos os seus bens: nem todos. Por exemplo, não
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MARATONA LEONI
não responde com bem de família legal. Terceiro, não responde com bens de
mais, não responde com os bens recebidos por doação com a cláusula de
Por isso, eu digo que é melhor o texto do art. 591 porque fala nas
restrições estabelecidas em Lei. Então, cuidado porque aqui você tem uma
outra.
candidatos não lêem segunda parte das normas e nem a norma seguinte conexa.
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MARATONA LEONI
velho caíram. Nós tivemos um instituto que veio como que substituir que é o
Havia uma norma no Código antigo que dizia que o acessório segue
o principal. Não temos mais essa norma no novo Código. Cuidado com a primeira
edição do livro da professora Maria Helena Diniz porque ela fala no parágrafo
Olha o que diz o art. 233: a obrigação de dar coisa certa abrange
Então, o que é que você vai fazer? Vai remeter o art. 92 ao art.
233 e vice-versa. Qual é o problema das pertenças? Primeiro o art. 93: são
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MARATONA LEONI
tinha uma gravura de Picasso, tinha umas peças no lavado, etc. Isso é pertença.
art. 94: os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não
quando a Lei prevê. Não é o caso. Qual é a outra exceção? Resposta de aluno.
sítio com porteira fechada, vem o arado, a galinha que está lá dentro, etc. Mas
negócio jurídico e etc. A terminologia que eu pensei que fosse pacificar no novo
dizer para vocês aquilo que eu chamo disso que eles chamam daquilo.
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MARATONA LEONI
natural pode ser ordinário ou extraordinário. O humano pode ser com efeitos
Outro fato natural que produz efeito jurídico à beça, é um fato natural que
toda hora.
Não pagou a dívida durante dez anos: prescrição. Morou na casa do outro com
cara de dono, com pinta de dono, todo mundo pensando que era dono por dez
ordinário. Fato natural extraordinário: tudo aquilo que entra no caso fortuito
uma ilha, ele é marceneiro. Tem que entregar o mobiliário para o cliente no dia
primeiro.
Nos dias 31, 01, 02, 03 e 04 teve maremoto e ele não conseguiu
sair da ilha. Ele vai entregar no dia 06. Ele está entregando o mobiliário com
demora, apesar disso não vai pagar juros de mora, porque mora não é só
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demora, mora é demora mais culpa. Ele teve um caso fortuito ou de força maior
que impediu que entregasse no tempo hábil. Vamos voltar à questão da mora
maioria está onde? Aqui: fatos humanos. Outra coisa: aqui, ainda tem uma
prefiro como outros autores tratar aqui. É uma questão mais de opção
negócio jurídico que vai interferir no negócio jurídico do Cabral com a vinícola
que não pode fazer nada por causa de uma intervenção. Alguns incluem essa
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MARATONA LEONI
hipótese como fato humano, outros, como eu, preferem incluir como fato
natural.
decorrer da vontade dos particulares. Eles é que vão definir quais os efeitos.
aqui (apontando no quadro) eu não tenho uma ligação da vontade e tenho à beça.
manifestação de vontade.
dependem da vontade dele, porque não é possível dizer assim: reconheço fulano
de tal como meu filho, mas não quero que ele herde. Não pode.
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MARATONA LEONI
Reconheço fulano como meu filho, mas não quero que ele tenha os
meus apelidos de família. Não pode. Por quê? Porque os efeitos estão previstos
decorre da Lei (agora, o mais importante) ainda quando tenha por base
contrato.
E mais, a liberdade é tal e tal, que salvo engano, há o art. 425 fala
dos contratos atípicos na Teoria Geral dos Contratos. Agora tem norma, antes
não tinha, mas sempre foi assim. Até porque seria um absurdo se as pessoas só
não previsto na Lei. Você pode misturar figuras de vários contratos. E mais,
contrato atípico, ele passa a ser típico, como franchising, leasing, etc., etc.
Começa pela prática. Você vai tanto celebrando aquilo que eles
dizem: vamos dar uma normatividade, porque esse é um contrato que merece
ato jurídico e incluem o ato jurídico em sentido estrito e o negócio jurídico. Eu,
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MARATONA LEONI
como não gosto dessa expressão em sentido estrito porque me parece que não
jurídicos diversos, eu devo fazer. Eu não devo usar o mesmo nome para
Eu tenho fato como gênero que é humano que vão ter duas
espécies: ato jurídico para quando o regime é aquele cujos efeitos estão
da vontade.
ato jurídico, os efeitos já estão na Lei. Essa é uma matéria que apresenta
pouco interesse intelectual tanto que sobre ato jurídico se gastou pouca tinta
ato jurídico foi um autor alemão chamado Fontour (não tenho certeza desse
nome).
aquele meu livro que está esgotado, mas você encontra em biblioteca que é
que tem o título Ato Jurídico, mas de ato jurídico tem dez páginas. O resto
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MARATONA LEONI
Há interesse.
Cada vez mais se impõe a liberdade de forma e cada vez mais ela é
mais variada. Noventa por cento dos contratos como são? Verbais. Compra e
da esquina e tivesse que fazer uma escritura pública. Às vezes, nem verbal é.
parado.
Você faz o sinal. Ele pára e você entra. Se for mal educado e tiver
de mau humor, você paga e senta. Chega na hora de saltar, se você não for
Outro que a forma é gestual. Quando você vai ao New York City na
Barra. Como é que você faz o contrato de depósito do seu carro? Você pára o
carro e aperta aquele botão. Quando você aperta o botão, aquela é a forma do
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MARATONA LEONI
registradora que preenche. Você só assina. Então, os contratos são cada vez
mais informais. Mas nós temos negócios formais. Art. 108. Negócio que exige
escritura pública.
Veja bem, cuidado que o que pode ser feito é o contrato que não
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MARATONA LEONI
recebe objeto).
parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as
541, 758 e 819. Contratos reais em que há uma tradição. Arts 579, 627 e 417.
interpretar um contrato tem que pensar assim: como? Ou melhor: o que queria
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MARATONA LEONI
porque agora o conteúdo do contrato tem que ter uma função social.
laboratório negocia com uma farmácia que está sediada em uma Comarca onde
só tem ela como farmácia, esse laboratório não pode cessar o fornecimento de
das partes é para a prática de ato ilícito, esse contrato é um contrato que viola
probidade e boa-fé.
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MARATONA LEONI
do contrato. Mas se vai para o plano da invalidade é nulo, não é anulável. Por
Quem diz isso? A Lei, Código Civil parágrafo único do art. 2035:
propriedade e contratos).
de ordem pública é norma que não pode ser afastada pela vontade dos
supletivas.
Pergunta de aluno.
Vou dar um macete para vocês. Toda vez que o Código disser que o
negócio é nulo, sabe o que ele é? Nulo. Toda vez que o Código disser que o
negócio é anulável, sabe o que ele é? Anulável. Até porque a simulação no Código
velho era um ato anulável e no novo Código é um ato nulo. Por quê? Porque o
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MARATONA LEONI
Pergunta de aluno.
Alemanha, na Itália. Não existe um dogma para dizer se uma coisa é nula ou
Significa o seguinte: condição nos termos que nós temos hoje tem
negócio jurídico.
Por exemplo, você, para herdar do seu pai, qual é a condição que
você tem com seu pai? Ele tem que morrer. Mas isso não é essa condição aqui,
porque essa é ope legis, não é uma condição que deriva da vontade das partes.
O Código antigo não dizia isso. O Código atual diz e faz muito bem.
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MARATONA LEONI
interpretar a primeira parte do art. 122 a contrário senso que você tem o
não é somente aquela que viola a Lei, mas os bons costumes também.
suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não
Esta era uma norma que eu gostava de ler na prova oral para o
Ninguém? Resposta de aluno. É isso, mas não é assim que tem que ser dito.
Então, eu digo assim: dou minha casa para Paula se ela passar no próximo
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MARATONA LEONI
a prova para o MP, fizer quanto aquela. Essa “aquela” está se referindo à coisa.
Então: novas disposições. Então, sob essa mesma casa que eu doei
sob condição suspensiva para a Paula, eu faço uma nova disposição. Essa não
terá valor, essa nova disposição, realizada a condição, ou seja, ela passar no
pode.
Então, eu digo assim: deixo minha casa para Paula se ela passar no
próximo concurso do MP. Antes de ela fazer a prova, eu dou a casa para você.
Ora, se eu tinha doado para ela e dou para você é incompatível. Se ela passa, a
Mas eu posso fazer uma disposição sobre essa coisa para você,
apesar de ter doado para ela e não ser incompatível. Eu digo: dou minha casa
Quer dizer, eu faço uma doação sob condição suspensiva para ela,
essa mesma casa, eu faço uma nova disposição. Essa nova disposição pode ou
esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
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MARATONA LEONI
mas não a aquisição do direito. O encargo está no art. 136: o encargo não
você não adquire o direito. No termo, você adquire o direito, mas não o
minha casa para a Paula, devendo ela pagar os estudos do meu filho até ele se
direito e exercício. Ela paga o primeiro mês, paga o segundo, não paga o
beneficiado do encargo.
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MARATONA LEONI
demanda é o autor da liberalidade, ele tem duas opções: ou ele faz a revogação
confiança. O erro está no art. 138: são anuláveis os negócios jurídicos quando
negócio.
anel de prata ao invés de ouro branco e vou dizer como é e como era antes.
Antes, ele tinha que chegar e dizer o seguinte: doutor juiz, meu cliente entrou
em uma loja, viu um anel e acreditou sinceramente que esse anel era de ouro
Provava tudo isso. O pedido era julgado procedente e aquele negócio era
anulado.
um anel que ele acreditou, sinceramente, que era um anel de ouro branco
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MARATONA LEONI
quando era um mero anel de prata e a parte contrária pôde ou podia perceber
É razoável que ele acredite no quê? Quando ele vai comprar o anel
de prata, a vendedora, com base na boa-fé, tem que dizer para ele: o senhor
pode está achando que isso é ouro branco, mas isso é um mero anel de prata. É
São José com aquele cara que está com aquela cordinha para quando o rapa
chega, ele puxar e sair correndo, ele não pode acreditar que aquilo é um anel de
ouro branco.
quê? Eu negocio com base naquilo que você me diz. Se você me diz que quer
comprar, eu confio. Agora, se eu percebo que você está em erro, eu tenho que
alertá-lo.
pessoa: o candidato do concurso. Por quê? Porque quando se exige agora que, no
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MARATONA LEONI
que tem uma discussão ferrenha entre os julgadores, um entendendo que é dolo
e o outro entendendo que é erro. Mas entendendo que seja dolo ou erro, vai
e todos tem certa dose de sadismo, ele coloca uma situação cinzenta e pede
naquela situação.
muito complicado mesmo. Então, o que você tem que fazer é o seguinte: parece-
prova...você tem que deixar claro para ele o seguinte: toda vez que há uma
simplesmente percebeu, você opina pelo erro. Mas você tem que dizer isso para
que não há nenhuma conduta de indução, etc., por isso estou rejeitando a figura
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MARATONA LEONI
examinador dizendo que você sabe qual é a diferença. Agora, só que você me
direito que no Código velho não vinha previsto expressamente. Agora, vem
O art. 140 vai tratar do falso motivo que antes era chamado de
contrato, pouco importa. Se você compra aquela casa para pescar, para fazer
art. 140. Uma outra novidade no Código foi o chamado erro de cálculo que é
jurídico.
Pode ser questão de prova para você dar qual o efeito jurídico, porque se for
erro de cálculo só vai caber a retificação. Se for erro mesmo, cabe anulação do
negócio jurídico.
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MARATONA LEONI
anulação do negócio jurídico. O erro de cálculo tem que ser algo insignificante
declarante ou sobre seu parente ou sobre seu patrimônio. Agora, a coação pode
ser exercida sobre outra pessoa que não seja da família do declarante.
grande com essa incidência. No Brasil, todos devem saber que há um hábito
muito grande em determinadas famílias que pegam crianças para criar e sequer
pessoas que a acolheram. Aí, uma pessoa pega aquela criança e fala: se você não
fizer isso eu mato essa criança. Não é da família dele, mas é como se fosse.
único, além da gravidade da ameaça, tem que demonstrar que aquela pessoa era
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MARATONA LEONI
sobre a própria pessoa do coator, é o coator fazer uma ameaça que vai incidir
sobre ele mesmo. Aí, vem o exemplo que é o rei dos exemplos que é do
professor Silvio Rodrigues. Ele conta uma história que, na França, um rapaz,
segundo ele, era muito feio e ia casar com uma mulher muito bonita.
Ela disse que só se casava com ele se o pai dele fizesse uma
percebendo o baú disse que não faria a doação. Teve reunião na família: faz ou
não faz? O rapaz subiu no parapeito da janela e falou: se você não fizer a
Foi feita a doação e depois esse pai entrou com ação de anulação
dessa doação. Foi julgada na Suprema Corte de Paris anulando. Qual foi o
Estado de perigo e lesão. Arts. 156 e 157. Vamos ver o art. 156:
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
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MARATONA LEONI
que, em circunstâncias naturais não pagaria. Ele paga porque tem alguém que
Se você entrar com seu pai, sua mãe, seu filho no hospital e eles
pedirem um cheque de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), tira onda e diz: não
quer logo de R$ 100.000,00 (cem mil reais), não? Depois você anula, porque isso
é estado de perigo.
dele teve uma queda com descolamento de crânio. Só tem um médico naquela
cidade apto a fazer aquela cirurgia. Não dá tempo de transferir o garoto para
outra cidade se não ele morre. O serviço seria de “x” e o médico cobra vinte ou
54
MARATONA LEONI
Primeiramente, a lesão tem que ser algo gritante, não pode ser
mau negócio. Você não anula negócio jurídico por mau negócio. Mau negócio faz
um imóvel que vale um milhão de reais. Não é aquilo que o proprietário acha que
vale, porque normalmente o proprietário acha que vale mais do que vale. É
aquilo que o mercado diz que vale. O imóvel vale um milhão e ele, premido por
necessidade, vende esse imóvel por R$ 100.000,00 (cem mil reais). Vocês
lesão? Respostas de alunos. Vale um milhão, mas vendeu por trezentos mil, há
lesão? Vale um milhão, vendeu por oitocentos mil, há lesão? Vale um milhão, mas
óbvias. Eu tenho um imóvel que vale um milhão e vendo por cem mil, isso é lesão,
porque o cara que vai fazer um bom negócio vende por setecentos, seiscentos.
Acontece que nós vamos chegar em uma linha cinzenta, que parece
que vai ficar lá por exemplo por 70%, 60%. O que acontece? Essa pequena
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MARATONA LEONI
faixa é que dá dúvida. Na dúvida, quem vai decidir? O juiz. A última palavra vai
fática duvidosa. Não tem sido o hábito. Até porque daria margem a anular a
questão.
exorbitante, vender por muito mais, pouco importa. E aqui vem uma regra que
Aí, o outro entra com ação de anulação com base na lesão. Nada impede que o
comprador diga: eu estou satisfeito aqui, quanto vale este imóvel? Esse imóvel
empolguem tanto com esses enunciados. Sabe qual é o valor jurídico desses
enunciados? Nenhum.
Quando eles dizem aquilo que eu penso, eu digo que são maravilhosos e
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MARATONA LEONI
espetaculares. Quando eles não dizem o que eu penso, eu digo que estão
completamente errados.
Vou dar uma dica para vocês. Enunciados para o MP é igual a ???.
Marco Aurélio. Ele tem vários enunciados. Tem enunciado de Direitos Reais, de
colocar uma síntese que vai facilitar para vocês terem a noção do instituto da
57
MARATONA LEONI
invalidade.
certamente não tratou pela veia de civilista, tratou pela veia de processualista,
estão ali, sabendo a que elas correspondem, a primeira coisa que chama a
existe.
tenho como entrar nos outros planos. Eles nascem e morrem aqui. Por exemplo,
nascimento. Ninguém vai dizer que esse nascimento é inválido. Ninguém vai
58
MARATONA LEONI
morrem aqui. Os outros, como na sua maioria, vão adentrar. Mas para que eu
existe. Segundo o regramento do Código Civil, ele é válido, mas é ineficaz. Por
Outro exemplo que eu tratei com vocês aqui: negócio sob condição
negócio anulável, até que seja decretada a sua anulabilidade, produz todos os
59
MARATONA LEONI
hippie de Ipanema. Mas eu olho depois do meu quadro pintado, penso que me
negócio nulo não produz efeitos típicos, porque produzir efeito produz e entre
Mello já que todos os exemplos dele são brilhantes. Posso dizer que o livro dele
60
MARATONA LEONI
VI, do art. 166: é nulo o negócio jurídico quando tiver por objetivo fraudar lei
imperativa.
norma, vai obter os efeitos dessa norma, mas na verdade você pretende violar
Pergunta de aluno.
esse motivo determinante ilícito quase que inexoravelmente vem como irmão
plano da invalidade.
Vamos ver o art. 549: nula é também a doação quanto à parte que
testamento.
poderia testar. Quem tem herdeiro necessário pode testar quanto do seu
61
MARATONA LEONI
de cem. Ele faz uma doação de cinquenta, pode? Pode. No dia seguinte, qual é o
patrimônio dele? Cinquenta. Ele faz uma doação de vinte e cinco. A Lei diz que
é no momento da doação.
está doando a metade. Em tese, poderia. Aí, ele fica com vinte e cinco e doa
obtendo os efeitos do art. 1789, mas na verdade ele está violando a norma que
ordem pública.
moeda dessa norma e esta norma é o outro lado da moeda do art. 549.
Pergunta de aluno.
Segundo uma decisão do Supremo Tribunal Federal, é ato nulo. Segundo parte
é porque não considera nem anulável nem nulo, é porque considera ineficaz. Aí,
penhora uma parte. Mas a jurisprudência do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
já entendeu que sobre a parte reservada da meação dela não se comunica mais.
62
MARATONA LEONI
Pergunta de aluno.
sobre essa meação que sobrou só tem uma saída jurídica, entender que é
ineficaz, porque se entender que é ato anulável não incide essa hipótese. Daqui
volta tudo ao status quo ante. Não cabe discussão de meação em cima de
apesar de estar atendendo esses requisitos aqui, na verdade, está violando uma
fazer. É o art. 249, parágrafo único e o art. 251 também parágrafo único.
Vamos ver o parágrafo único do art. 249: em caso de urgência, pode o credor,
63
MARATONA LEONI
porque agora, em tese, se o devedor não cumpre com a sua obrigação, o credor
manda fazer e depois vai cobrar dele o serviço que foi realizado.
Aqui, todo cuidado é pouco, porque esta norma não pode violar
alheia para desfazer. Quer dizer, a incidência desse parágrafo único do art.
251 tem que ser olhado com cuidado para você não violar princípios, por
que é um artigo altamente mal redigido. Depois do ponto e vírgula, põe uma
64
MARATONA LEONI
subjetivo da coisa julgada em relação aos outros dois credores que não
demandaram.
parte não, ela abre uma exceção, ela estende os efeitos subjetivos da coisa
julgada aos outros dois credores que não demandaram. Essa é a regra geral.
extensão da coisa julgada aqui? Três credores. Credor “a”, “b” e “c” e um
serve de título executivo judicial para quem? Eles não precisam demandar mais
65
MARATONA LEONI
favorável ao credor “a” não vai aproveitar “b” e “c”. Não vai servir de título
pessoal, o pedido seria julgado improcedente. Mas não é isso, porque o caso de
que a norma está dizendo é o seguinte: a sentença, por ter rejeitado a exceção
66
MARATONA LEONI
credores “b” e “c” poderiam estar no Brasil. Então, para eles corre a
prescrição.
obrigacional brasileiro. É o art. 274 do Código Civil, quer dizer, nessa parte da
exceção. Deve-se isso ao fato de o texto ser não ser dito de forma nem mais
ou menos clara.
devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
daquele que paga, é o caso de sub-rogação legal. Ele migra para a posição de
posição do credor e vai cobrar quanto de D2? R$ 1.000,00. Vai cobrar quanto
67
MARATONA LEONI
O que faz o credor? Sai do vínculo obrigacional. O que faz o D1? Migra para a
posição do credor. A dívida interessava somente a esse aqui. Sabe quando ele
vai cobrar deste? R$ 3.000,00 e ele não paga nada. É isso que está dizendo o
artigo.
fiador nada deve. Aliás, nunca deveu nada. Aí, está ligada aquela noção da
voluntariamente, o pagamento é válido. Não pode haver devolução. Por que não
pode haver devolução? Porque houve o pagamento. Até porque se não houvesse
Então, aqui é uma hipótese em que ele paga e cobra tudo do outro.
Por quê? Porque na verdade ele como é um mero garantidor, ele não tem cota
direito civil para estudar, e esse critério tem base pela incidência de perguntas
que caíram nos últimos vinte anos no MP, eu diria que a ordem de preferência
68
MARATONA LEONI
coisa do MP.
único do art. 927. O art. 927 diz o seguinte: haverá obrigação de reparar o
vez que tem um artigo que diga que aquela responsabilidade é objetiva, que
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MARATONA LEONI
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
concordam com isso. Mas há uma divergência muito grande em saber até onde
restritiva a esta norma na segunda parte. Para ele, isso se aplica para relações
nessa área.
primeiro grau aqui do Estado do Rio de Janeiro. Talvez, salvo engano, tenha
vista, seja o maior civilista do Brasil, Luiz Edson Faquim. O Professor Faquim
70
MARATONA LEONI
todos até por um motivo simples para quem vai fazer a prova. Ele faz uma
Gonçalves com responsabilidade civil que vai dar o entendimento do José Acir.
Acompanha também o José Acir o ilustre professor dessa casa que é o Luiz
Cavalieri.
O que diz José Acir Lessa Giordani: isso é uma cláusula geral e
genérica para qualquer atividade de risco quer seja relação de consumo, quer
não seja relação de consumo, quer tenha contraprestação, quer não tenha
contraprestação.
EMERJ no ano da vacatio legis, quer seja como conferencista, quer como
71
MARATONA LEONI
assistente dos outros. Pude perceber isso. Foi um período muito fértil aqui no
Sergio Cavalieri.
estender, aceitar isso. Quer dizer, limitou para não estender aos delitos de
trânsito. O que me parece que foi uma grande bobagem no bom sentido, porque
Pergunta de aluno.
transito é objetiva. Por exemplo, Portugal que tem o Código de 1966 da melhor
absurdo.
72
MARATONA LEONI
Segundo lugar, eu sei e sei que vocês sabem que há uma diferença
culpado? Batida de carro cortando pela direita, quem nós presumimos que é o
discutir culpa - eu vou até mais longe da tese dele, porque eu acho que nem
atropelamento sem nada. Ele acha que deveria voltar para a subjetiva. Eu nem
carro que vem no sentido correto do Túnel Rebouças e tenho um carro que vem
na contra mão dentro do Túnel Rebouças, quem é que deu causa àquele
73
MARATONA LEONI
Lógico que para concurso, acho que vocês não devem defender
isso. Tem que ter bom senso. Magistratura é Sergio Cavalieri. Na Defensoria, o
Mas quero que vocês entendam por que deu essa divergência. O
problema foi esse. E mais, eu não inviabilizo a defesa do réu. Vou dar o
que provar o seguinte: primeiro, foi o motorista do carro que subiu e me lesou;
Mas, além disso, tem que provar que ele fez isso com culpa.
sujeito que está dirigindo um carro pode subir à calçada e pegar alguém que
aí sim ele pode se excluir dela, se ele provar que não houve nexo de
porque como já dizia há muito tempo um autor francês, tudo tem base no
74
MARATONA LEONI
outrem.
que estou com o rosto cortado é que tenho que provar que ele agiu com culpa?
Ou ele que teve uma conduta que visivelmente, não está dentro do neminem
do art. 927. Eu teria que artigos? Os arts. 12, 14, 18 do Código de Defesa do
Eu tenho o art. 931 que diz: ressalvados outros casos previstos em lei especial,
muito bom, é o livro que eu inclusive indico, mas com todas as vênias, neste
75
MARATONA LEONI
sérias dúvidas. Acho que agora está mais ou menos dividido. Mas essa é uma
divergência grave.
Pergunta de aluno.
Ele não será punido por quebra do nexo de causalidade. Quem deu causa ao
acidente não foi ele se ele estava na velocidade compatível. Quem deu causa ao
Aliás, tem uma frase infelizmente não foi dita por escrito, foi
dita verbalmente, não sei se depois ele colocou no papel. O professor Yussef
melhores.
Quando ele fez uma palestra aqui ele falou: esse negócio de
subjetiva, eu excluo por caso fortuito ou força maior. Aqui, eu excluo por
do acidente não foi ele dirigindo em velocidade compatível, etc. Foi o sujeito
76
MARATONA LEONI
que atravessou abruptamente na frente dele em uma via que tinha, por
Pergunta de aluno.
diferenças.
pela prática de ato ilícito. No direito civil, se responde civilmente tanto pela
77
MARATONA LEONI
pela prática de ato lícito típico: se a pessoa lesada ou o dono da coisa, no caso
contramão em cima do meu carro. Para não morrer, o que é que eu faço? Subo à
ato lícito. Apesar disso, quem vai pagar para o dono do muro o prejuízo sou eu.
inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este
terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver
ressarcido ao lesado.
78
MARATONA LEONI
responsabilidade civil por ato lítico. Quem responde todo dia pela prática de
ato lícito é o Estado por obra. Elevado Paulo de Frontin. Foi ilícita aquela
construção? Não. O Estado responde todo dia pela prática de ato lícito.
que, na civil, nós respondemos como regra pela prática de ato ilícito, mas
visão, ainda mais se adotar essa posição do parágrafo único como sendo
79
MARATONA LEONI
objetiva.
Vamos ler outra norma para pegar o banco. Art. 3º, parágrafo 2º:
80
MARATONA LEONI
Pergunta de aluno.
que causar se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo
Acontece que tem uma outra norma. Isso que estou falando é
quente para concurso. Vai agora para o parágrafo único do art. 942: São
reparação civil os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade
e em sua companhia;
parágrafo único do art. 942 fala em solidariedade e remete para o art. 932 que
dos pais com os filhos é solidária. Em outra parte, ela diz que é subsidiária. O
81
MARATONA LEONI
Cavalieri. Em primeiro lugar, aqui fala: o incapaz responde pelos prejuízos que
causar. Aqui diz qual incapaz? Não. Onde a Lei não discrimina não cabe ao
intérprete discriminar.
Agora, quando saiu esse art. 928, você começa a ler e pensa: puxa,
graças a Deus bateu um ato de progresso neste país. Agora, o menor, o incapaz
o que perdeu o filho ou a mãe. Então, você se empolga. Agora todo incapaz
responde!
anos, você respondia com seu patrimônio. Mas quem tinha menos de 16 anos não
Se ele tinha mais de 16, o que você, lesado, podia fazer? Podia
demandar somente contra o pai, podia demandar somente contra ele, menor,
82
MARATONA LEONI
com mais de dezesseis ou podia fazer o que a maioria dos advogados fazia,
Agora, aqui diz que o incapaz responde. Então, agora vou poder
demandar direto. Aí quando você vai conjugar a norma você perde a esperança
incapaz com mais de 16, eu não posso ir diretamente nele. No sistema anterior,
podia. Quando tinha mais de 16, eu ia nele ou no pai ou nos dois. Agora, não.
Agora, inclusive ele até os dezoito anos, primeiro eu tenho que me forrar no
você pergunta: como é, professor, que você compõe com aquela norma?
do art. 928 é norma especial. Norma geral não revoga norma especial.
Então, hoje a coisa está mais ou menos assentada. Isso você pode
83
MARATONA LEONI
antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos
dos pais é objetiva. Agora, vem uma outra dúvida que foi objeto de uma
Ora, quem não tem essa capacidade como é que tem culpa? Até
porque em todo o direito civil universal, todos dizem que a culpa pressupõe
imputabilidade.
posso falar em culpa de quem é imputável. Como é que eu vou pedir a culpa do
objetiva.
84
MARATONA LEONI
essa responsabilidade só pode ser objetiva. Como eu vou pedir a culpa do louco
incapaz é objetiva, eu vou puni-lo mais severamente por ele ser incapaz. O
objetiva.
esse critério, eu vou acabar punindo com mais severidade o louco e o menor de
85
MARATONA LEONI
objetiva.
sete anos de idade. Dentro do colégio, na hora do recreio, ele pega um canivete
sete anos de idade, o pai não pode estar dentro do colégio. Ele perde o poder
que dar segurança. Mas já há várias decisões dos Tribunais entendendo que o
colégio não pode fazer vistoria na garotada que entra, porque viola direito da
86
MARATONA LEONI
Aí o pai não pode deixar um filho sair de casa para o colégio com
Agora, em tudo isso hoje, você tem que ter um cuidado danado
Pergunta de aluno.
eles não tinham bens suficientes para pagar e o menor, esse incapaz, tinha
recebido uma herança do tio. Você vai, para completar o valor do dano, pegar
Pergunta de aluno.
exceção. Ela será sempre subsidiária, ela não será solidária, porque é uma
Pergunta de aluno.
87
MARATONA LEONI
tentar cavar uma solidariedade ali, porque pelo projeto do Fiusa, essa
solidariamente com seus representantes legais, aí nós vamos ter uma norma no
Pergunta de aluno.
poder e em sua companhia. Inciso I do art. 932: os pais pelos filhos menores
educando, como regra, maiores de doze anos, sendo que essa data não era
guarda da mãe, a mãe responde e o pai não. A mãe tem a guarda e foi em
88
MARATONA LEONI
visitação com o pai. Lesionou no período de visitação com o pai, o pai responde,
in vigilando.
neminem laedere, ninguém deve lesar outro. Então, respondia tanto aquele que
tinha a guarda de fato como o outro que tinha somente o poder familiar, os
dois respondiam.
acontecia muito? A mãe tinha a guarda in vigilando. Em tese, quem tinha que
responder era ela com o patrimônio dela. Acontece que ela recebia pensão do
objetiva dos genitores eu não posso mais falar, em tese, em culpa in educando
nem culpa in vigilando. Então, em tese, dentro do sistema, você pode demandar
acho que fazem muito bem. Apesar de nós não termos mais diferença entre
Por exemplo, ela tem situação financeira boa. Por exemplo, o filho
mora com o pai e tem sete anos de idade. O cara mora no Rio Grande do Sul.
89
MARATONA LEONI
Ela mora no Piauí. Vai responsabilizá-la por um dano que ocasionou lá em uma
fase que nós sabemos que é o cuidado físico mesmo do educando? Resposta de
aluno.
família. Eu aqui tenho que dizer que o legislador não andou bem. Aliás, ele
Só para vocês terem uma idéia tem um artigo aqui que diz que o
filho que nasce depois que o pai está morto é um filho que nasce na constância
nós poderíamos dizer que é encabeçada pela Maria Helena Diniz que uma é
lar e o marido não. E ela ainda diz mais: a mulher quando trai é porque não tem
90
MARATONA LEONI
Maria Berenice Dias, que é liberdade total. Ela entende que, hoje, é possível
casamento de pessoas do mesmo sexo, que não tem mais culpa, que não tem
parâmetro tanto para a Defensoria como para o MP. Há uma linha do Faquim
que vem entendendo que não tem mais culpa, que não tem mais separação.
diferença mesmo. A visão que eu vou passar vai ser nessa linha do Faquim com
uma tendência para a Maria Berenice Dias sem chegar, por exemplo, ao
não.
mais.
nubentes dizem sim aceito ou depois que o juiz diz eu “em nome da Lei vos
que defende isso aqui que é o professor Cáio Mario da Silva Pereira. Pelo peso
91
MARATONA LEONI
realizado depois que o juiz os declara casados. O texto do art. 1514 leva a essa
ela como esposa? Inciso II: declarar que esta não é livre e espontânea. Estou
aceitando porque o pai dela está com uma trinta e oito dizendo que se eu não
que aceita e depois dizer que não quer mais. Então, sendo assim, o casamento
permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517),
92
MARATONA LEONI
“para evitar imposição de pena criminal” não existe mais. Por quê? Porque o
inciso VII, do art. 107 do Código Penal foi revogado. Isto é, o casamento com a
Dias, vem dando uma interpretação que eu acho que é bastante válida.
Realmente, para efeito de pena criminal, não cabe mais, mas ela diz que nós
poderíamos aplicar esta norma. Eu acho que essa interpretação dela é bastante
que eu recomendo hoje é o dela. Sempre digo: cuidado aqui e ali porque tem
gravidez, além daquela aplicação para ato infracional, qualquer outro que
justifique interesse dos nubentes para o casamento. É o que está dizendo este
Decreto.
93
MARATONA LEONI
esses dois casos. Ele está sustentando que esse Decreto está em vigor e eu
também.
afins em linha reta? Quem são os afins em linha reta? Sogros, sogras, genro,
cunhado.
somente por aqueles que são casados, mas também por aqueles que vivem em
afinidade.
sempre sogra, nem a morte nem o divórcio, continua sendo sogra. Por isso, se
cria o impedimento.
verificar isso. Você quer se casar com a sua sogra. Vai trazer a documentação
e eu vou dizer: você não pode casar com essa mulher. Essa mulher foi sua
94
MARATONA LEONI
sogra. Você foi casado com a filha dela. Como é que se verifica isso na união
Pergunta de aluno.
a filha, não tem impedimento. Tem impedimento para quem viveu em União
estável. Todos os casos do art. 1.521 são casos de casamento nulo. Não
casamento nulo que não convalesce. Agora, vem o inciso IV: não podem casar os
inclusive.
Colateral até o terceiro grau: tio com sobrinha. Quer texto mais
claro que esse? Não pode casar colateral até o terceiro grau. Apesar disso,
toda a doutrina brasileira admite que o Decreto 3.200 está em vigor. Isto é
que admite casamento de tio com sobrinha desde que passe pelo laudo de três
especiais.
95
MARATONA LEONI
normatizada. Uma hipótese que não está prevista aqui e parece-me ter
sem que saiba da morte dele do nubente com o procurador. Qual é a situação
de vontade.
689 do Código Civil não se aplica em matéria de casamento. Você tem que ter
cuidado. A minha preocupação é você remeter o art. 1.542 ao art. 689 e achar
96
MARATONA LEONI
doença mental prevista nos art. 1.548, I; no art. 1.550, IV; no art. 1.557, IV e
que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de
cura improvável.
com outro nome, mas é doença mental. Se uma hipótese determina a nulidade,
1.550, no art. 1.557 e no art. 1.572, parágrafo 2º? Vamos começar pelo mais
97
MARATONA LEONI
fácil. Vamos diferenciar o art. 1.572 que permite separação judicial das outras
casamento.
Além disso, no art. 1.572, parágrafo 2º, se exige que essa doença
tenha um prazo mínimo de duração de dois anos, o que não se exige nas
hipóteses de invalidade. Além disso, se exige no art. 1.572 que seja de cura
improvável, o que não se exige nessas hipóteses. Até aqui está tranqüilo.
IV. Se lá determina nulidade, essa doença tem que ser aquela que se refira às
que determina nulidade é das pessoas do art. 3º, enquanto que do art. 1.550,
IV, é das pessoas do art. 4º. Essa construção é aceita pela maioria e por mim
também.
98
MARATONA LEONI
absolutamente incapaz porque, se não, cai no art. 1.548, I e não podemos dizer
Este daí é uma doença mental grave que torna insuportável a vida
em comum, mas que não determina nem incapacidade absoluta nem incapacidade
relativa.
você tem uma doença que torna insuportável a vida em comum. Eu tenho até
torna insuportável a vida em comum. Então, tenho minhas dúvidas, mas como
Esse é o art. 1.557, IV. É uma doença mental grave que torna
judicial com atribuição de culpa. Qualquer dos cônjuges pode demandar contra
o outro.
separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação
99
MARATONA LEONI
Maria Helena Diniz, continua tudo como antes. Continua existindo separação
Então, basta o art. 1.572 e os incisos do art. 1.573 que ainda fala
em adultério, abandono do lar, etc. Então, para ela, isso tudo funciona como
Há uma outra corrente que vem sustentando que não existe mais
discussão de culpa.
pelo Faquim, que o adultério serve de causa para a separação, mas não discute
de vida. Ora, se o cara adulterou, espancou, bateu, traiu, não há mais comunhão
separação judicial.
Não é que essa situação fática do adultério não vá servir, mas não
para atribuir culpa ao outro. Segundo fundamento dessa corrente: não há hoje,
100
MARATONA LEONI
Vamos lá. Divisão patrimonial. Ela pode ter traído ele até o osso
todo dia, três vezes ao dia, de manhã, de tarde e de noite. Na hora da divisão
Guarda do filho. Ela pode ser uma adúltera, mas se o juiz chegar à
conclusão que a melhor pessoa para tomar conta daquela criança é ela, ela é que
vai ter a guarda da criança. Até porque ela traiu o marido e não o filho. Para
para o cônjuge culpado. Qual é a utilidade da culpa hoje? Serve para quê essa
culpa? A discussão da culpa não tem mais razão de ser. A não ser uma vaidade
Com base nisso, vem se entendendo que não cabe mais a discussão
Teppedino. Tem um artigo dele que ele chama de Ensaio. Ele começa o artigo
assim: a separação judicial no Brasil acabou. Ele fala isso em quatro páginas.
parágrafo 6º: o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia
101
MARATONA LEONI
Ele diz o seguinte: até agora, nós lemos errado esse texto. Depois
de 1.988, nós lemos esse texto olhando para trás e não olhando para frente,
separação judicial. Lia-se até agora essa separação judicial como essa
Ele diz: não é isso. Não existe mais separação no Brasil desde
Então, eu vou ler o artigo como ele diz que deveria ser lido: o
casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio após prévia separação de
corpos judicial por mais de um ano nos casos expressos em Lei ou comprovada
Ele diz que aí, de lege lata, eu posso aproveitar hoje e o sistema
não fica capenga, porque quando você vai para o divórcio, vê art. 1.580:
102
MARATONA LEONI
separação de fato por mais de dois anos. Então, o sistema fica coerente. Eu
de dois anos de separação de fato, até porque os países que têm divórcio não
têm separação. A Itália que tinha eliminou. A Alemanha que tinha eliminou.
PEC. Fiquem de olho porque até a prova da magistratura pode ser que essa tese
1.572, elimina a culpa. Agora, a PEC está correndo mais rapidamente do que o
Pergunta de aluno.
103
MARATONA LEONI
independentemente de culpa.
inexoravelmente tem que citar o professor Luiz Edson Faquim. Não pode deixar
de citar uma tese dessa sem citar o Professor. Mas eu teria até medo de
sustentar isso. Agora, se você colocar isso na prova, você faz um diferencial
Pergunta de aluno.
de fato há mais de dois anos não herda mais. Basta estar separado de fato há
mais de dois anos que não herda mais. Mas o dispositivo diz: salvo se não foi o
causador da separação. Então, ela tem que discutir a culpa do outro, do morto.
digo: com certeza, merece uma releitura, porque o que todo mundo quer é
separação de fato com mais de dois anos. Agora, podem ter certeza, estou
104
MARATONA LEONI
companheiro. A Lei diz que um tem que ter mais de dezoito anos. Mas quando
não esclarece se essa diferença de dezesseis anos tem que se dar tanto em
o marido tem cinqüenta anos de idade, a esposa tem dezoito e eles adotam um
relação aos dois, há o seguinte argumento: por que não tirar uma criança da rua
maniqueísta, muito egoísta: procurava dar filhos a quem não podia tê-los
naturalmente. Agora, no Brasil desde 1990, mudou isso, até por decisão
normativa.
Então, parece-me que lá na adoção toda vez que não viole essa
105
MARATONA LEONI
regime de bens.
de bens quem casou pelo regime do código velho? Art. 2.039: o regime de bens
poderia. Mas essa não me parece a melhor solução. Veja bem, a doutrina vem
Ele diz o seguinte. Ele tem uma visão de direito empresarial. Tem
um artigo no direito empresarial que diz que quem é casado pelo regime de
casado pelo regime anterior não pode, eu vou criar um sistema discriminatório,
porque eu vou ter pessoas que não podem constituir sociedade e pessoas que
106
MARATONA LEONI
Por isso, me parece que quem casou pelo regime anterior pode
possível mesmo quem casou pelo regime do Código velho pleitear a mudança de
Segundo ponto, esse pedido tem que ser bilateral, ou seja, por
ambos os cônjuges. O Código não admite pedido unilateral. E mais, não basta
eles pedirem, eles têm que fundamentar o motivo pelo qual querem a mudança.
pedido procedente.
data do casamento. Eles são casados pelo regime da comunhão parcial, faz a
data do casamento.
107
MARATONA LEONI
Pergunta de aluno.
que o regime de bens é um dos efeitos do casamento. Ele está entendendo que
o regime de bens é efeito do casamento anterior. Aí, o artigo que ele leu diz
que o negócio se rege pela Lei velha, mas os efeitos desse negócio, leia-se
pode obrigar o réu a submeter-se a exame de DNA. Mas veja a Súmula 301 do
estando o processo no segundo grau sem que tenha que voltar para o primeiro.
processo não precisa voltar para o primeiro grau. É a realização o DNA estando
Pergunta de aluno.
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ou legal do art. 641, significa que eles, enquanto nubentes, não escolheram esse
regime. Esse regime foi imposto pelo ordenamento jurídico. Então, se entende
do esforço comum.
pelo regime da separação convencional. Foi acordo. Eles queriam mesmo que não
apartamento de um milhão de reais que, segundo a escritura, foi pago com dois
500.000,00 (quinhentos mil reais) saiu da conta dela. Vai ter a divisão
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acham que quem casou pelo regime legal de separação obrigatória pode fazer
possibilidade da mudança.
Ela casou-se com ele e foi obrigatório o regime da separação de bens, porque
ela não fez a partilha dos bens do casamento anterior. Posteriormente, vem a
ser feita essa partilha. Não incide mais a causa que determinou a separação.
um plus a se colocar na prova. Você tem que fazer a diferença na sua prova.
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição
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agora, por força do artigo que ela leu, tanto os alimentos entre parentes, entre
cônjuges e entre companheiros são regidos por esse capítulo do Código Civil.
agora por força desta norma, também se aplicam aos cônjuges e companheiros.
Logo, alimentos não têm nenhum percentual para mulher, filho, pai
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reta são infinitos, filhos, netos, bisnetos, tataranetos, pai, avô, bisavô,
tataravô. Já na linha colateral continua como era antes. Vai até o segundo grau,
irmão.
sobrinho tem direito a pedir alimentos ao tio, porque são parentes de terceiro
grau. Irmão é parente de segundo grau. Logo, pode pedir alimentos para o
irmãos somente por parte de mãe. Sanguíneos quando são irmãos somente por
parte de pai.
1.699.
paga, destacam-se aqui aquilo que se chamam novos encargos. Novos encargos
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separou para casar com uma mulher com metade da idade dela. Ficou com
Teve outro filho. Separou de novo. Mais 20%, 40%. Separa dessa
de novo. Casa de novo. Tem quatro filhos. Mais 20% para cada um. Quando dá?
120%. Não pode. Então, isso vai permitir a redução do alimento de todos.
Isso porque você não pode chegar para o que veio por último e
falar: olha meu filho, você que chegou agora não tem nada. Então, você vai
passa a entrar na despesa dele. Doença crônica, remédio e tal. Quando ele
mesmo.
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são aqueles para manter a mesma qualidade de vida que tinha, o mesmo padrão
Latina, Argentina, Chile, etc. aqui agora toma vulto? Porque o Código Civil aplica
falecimento do seu pai. Você junta, guarda, multiplica, faz a poupança. Seu
irmão gasta tudo na bebida, com mulheres, com pó e cai na miséria. Cai na
miséria por culpa dele. Você vai pagar alimentos para ele? Vai. Mas na condição
Exemplo: suponha que você tenha aquele marido que lhe bate as
segundas, quartas e sextas com aquela raquete de tênis. Ele lhe trai as terças
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O que você faz? Você entra com uma ação de separação judicial
contra ele. Prova que ele te batia, prova que ele adulterava, prova que ele bebia
e prova que ele abandonou o lar. O que o juiz faz? Julga o pedido seu
procedente.
aptidão para o trabalho, sabe quem vai pagar alimentos para ele? Você. É essa a
cumulativos. É um meio de você minimizar a norma. Quer dizer, não basta não
ter os parentes ou não ter aptidão para o trabalho. É preciso que não tenha os
falta de habilitação para o trabalho tem que ser algo gritante, decorrente de
dar um patamar mínimo de dignidade da pessoa humana. Então, é aquele que não
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poderá vir a influenciar nessas normas, exigindo uma releitura das mesmas.
contida, porque é uma norma de processo civil e norma de processo não deveria
recursos e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas
a integrar a lide.
responsabilidade subsidiária.
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primeiro grau.
Fórum todo dia. O pai tem uma padaria e coloca o filho trabalhando na padaria
garoto passando necessidades porque ele está na carteira dele com R$ 350,00.
O que ele faz? Vai em cima do avô que é dono da padaria. Essa
norma é muito útil por isso. Todos os avós devem? Devem, tanto os avós
separa dela. Ela pega o filho e vai para a casa dos pais. Ela mora com o filho na
casa dos pais. Aí, esse garoto pleiteia alimentos dos avós paternos. Por que só
dos avós paternos? Porque os avós maternos já estão pagando in natura. A casa
é do avô materno, assim como a comida, a luz, o telefone, o gás, etc. Está
pagando muito.
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art. 12 do Estatuto do Idoso diz que quanto ao idoso, aquele que tem mais de
desembargador vai pagar mais do que o avô que trabalha na Comlurb, porque é
de quem paga e necessidade de quem pede. Acontece que vem essa parte final
e diz assim: e intentada ação contra uma delas, poderão ser as demais
passar para vocês uma visão que eu já tinha no período da vacatio, que alguns
autores sustentam e que vem sendo sustentada por um autor baiano chamado
denunciação da lide. Por quê? Porque não cabe regresso e não há solidariedade.
Daí o Fred Didier dizer que é uma intervenção sui generis, porque não pode ter
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generis.
porque o réu estaria escolhendo alguém para o autor demandar e o réu não
processual, como é que o réu vai dizer que você deve demandar contra fulano?
Então, teria que ser o autor. Mais uma questão: a utilidade prática
desse chamamento é discutível, porque cada avô, tomando avô como exemplo,
vai pagar sempre segundo que critério? Tendo ou não tendo intervenção de
outro demandado. Isto é, vindo ou não vindo o outro avô, aquele avô da Comlurb
que ganha R$ 800,00 vai ter que pagar segundo o critério dele.
Apesar disso, agora tem uma decisão do STJ, Resp. 658.239 do Rio Grande do
integrar a lide. Poderão. Esse acórdão vem entendendo que deve-se ler
necessário.
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Vai ser diferente para o que trabalha na Comlurb e R$ 800,00 do que para o
necessário.
não pode ser necessário. Como é que você vai chamar todos os acionistas de
sócios ou não vale para nenhum dos sócios. É unitário, mas não é necessário.
Cuidado com o Código de Processo Civil que também diz uma coisa
errada. Quem faz essa crítica é o Barbosa Moreira. Lá diz que no unitário, o
juiz tem que decidir a lide de maneira uniforme para todas as partes. Não é
Câmara Cível, relator Luiz Ari Azambuja Ramos. Todos tratam desse art. 1.698.
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os colaterais.
ascendente, cônjuge e colaterais. Diz ele: você repete cônjuge em todas elas.
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aquestos. O Luiz Paulo diz que vai acrescentar na próxima edição dele sistema
quando vão casar, podem escolher um dos regimes standards previstos na Lei
O problema é que quando você vai mais adiante, quando ele vai
dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta
Ele morreu e ela sobreviveu. Ele deixou filhos e ela é mãe desses
filhos. É a hipótese um. Ele morreu e deixou filhos e ela é madrasta desses
filhos, Hipótese dois. Então, ela concorre com filhos comuns quando ela é mãe
Quando ela concorre com filhos comuns vai para todo mundo por
cabeça. Um filho e ela: metade para o filho e metade para ela. Dois filhos e ela:
um terço para o filho um, um terço para o filho dois e um terço para ela. Três
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filhos: um quarto para o filho um, um quarto para o filho dois, um quarto para o
quarto. Você dá um quarto para ela e o resto divide pelos filhos. Quando o filho
é só dele, ela não tem um patamar mínimo de um quarto. Então, se são quatro
filhos cada um vai receber um quinto. Se forem seis filhos, cada um recebe um
sexto.
Mas se são filhos comuns, ainda que tenha oito filhos, um quarto é
dela e o resto divide por eles. O que a Lei não previu foi a chamada filiação
híbrida quando concorre com filhos comuns e filhos do de cujus. É o que ocorre
solução que você der, ou você vai violar uma norma do Código Civil ou você vai
violar o princípio da isonomia da Constituição. O que é que eu, Luiz Paulo, José
Acir e Marquinho, todos nós fazemos? Entre violar uma norma da Constituição
e violar uma norma do Código Civil, eu violo a norma do Código Civil e preservo a
isonomia.
Essa é a grande questão. Parece que essa é a solução que vocês devem adotar.
Faquim também adota esse posicionamento, porque não tem como. Diante do o
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condições seguintes:
equivalente à que por lei for atribuída ao filho (aqui, já começou a discriminar,
porque agora ela não tem o patamar mínimo de um quarto. Então, o cônjuge tem
totalidade da herança.
filhos.
cujus. O filho da união estável recebe uma cota e a companheira a metade. Isto
é, o filho tem uma cota hereditária maior se seus pais têm união estável do que
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(quem entende que é diferente usa o artifício da parte final do parágrafo 3º),
tem um patamar mínimo de um quarto. Se não for filho comum, ela não tem.
concorrendo à herança de quem? Do pai. Mas se ele é filho também da mãe, ela
posteriormente ele poderia vir a herdar esse dinheiro da mãe, se ela não
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nem é possível pesquisa com embrião. Aqui você tem que fazer uma pequena
corpo humano têm natureza jurídica consagrada de coisa morta. Embrião, que é
a fusão de gameta masculino com feminino, é que ela sustenta que não é coisa,
é pessoa.
porque foi introduzido em útero ou porque nasceu. Aliás, é exatamente por isso
que você pode fazer a pesquisa e tratamento com as células tronco. Mas como
é pessoa, você não pode usar essa pessoa para fazer tratamento ou para fazer
o descarte.
deve usar o outro como um meio, mas somente como um fim. Você deve usar o
outro como um fim e não como um meio. Se o embrião é pessoa e eu utilizo para
utilizando dele como meio para satisfazer um interesse meu e não poderia isso.
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pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
parte diz que ele tem direitos. Aí diz o Barbosa Moreira: se o nascituro tem
algum direito, é obvio que o primeiro deles tem que ser o direito à vida para
essa visão dele, mas pegando o gancho da Renata Braga. É contra o aborto
anencéfalo, porque nós todos somos contra a tese da qualidade de vida. Aí,
qualidade de vida.
porque ele vai morrer logo que nascer.....veja bem, o professor Barroso
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garganta, porque naquele caso em que ele emitiu parecer a favor do aborto do
Então, olha o perigo. O que ela pensa? Ela entende que é questão
intimidade com o pensamento dela, porque ela me orientou durante dois anos e
da pesquisa embrionária, descobre que ele pode vir a ter problema cardíaco aos
uma pergunta que não quer calar: quem vocês acham que terão acesso a fazer
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MARATONA LEONI
que ele não deve viver porque, segundo o meu critério, ele não tem uma boa
nesse ponto, porque parece que você discrimina uma parceria homoafetiva
mulheres homossexuais que moram juntas. Como é que na prática se realiza isso
sozinha como mulher para fazer. Já o homem, se quisesse um deles ceder esse
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sêmen para utilizar óvulo de uma doadora, inseminando na irmã do outro, já que
excedentes.
Aí vem a pergunta que não quer calar: o que eu posso fazer com
esses embriões excedentes? Posso dar para terceiro? Eu estou dando o quê
para terceiro fazendo isso? O filho daquele casal! Posso exterminá-lo? Esse
pesquisa?
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Ela entende que essas respostas têm que ser todas negativas.
Pode dar para adoção, mas não pode exterminar nem pode ser objeto de
ideal. Tem um projeto que fala em dois. Esse, eu acho que seria o meio para
ideal. Eu acho que você poderia produzir três embriões ou até quatro, mas
combinar: isso é tudo muito bonito e muito bacana, mas é uma máfia. É uma
máfia perniciosa, porque você abre a internet hoje e você vai ver o centro de
fertilização dizendo que eles fazem reprodução assistida com óvulo congelado.
de 5%. O sêmen pode ser congelado por dez anos com eficácia de 100%. O
óvulo se congelado tem 95% das hipóteses. Quando descongela, não vinga.
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presidia, a outra era a Renata Braga e veio uma professora de fora da Gama
que o descarte de embrião era assassinato, ela vira-se para mim e fala assim:
Ela disse: acho que essa parte em que você critica o centro de
A questão é que é algo que parece ser fácil, mas não é tão fácil
Fim.
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