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RESUMO:
Antes desse trabalho eu não acreditava muito não, até porque eu não
conhecia, mas agora, depois dos cursos e de toda essa experiência com a
sala de apoio eu acredito e vejo que é melhor para o aluno, ele aprende mais
convivendo com as crianças ditas normais, eu vejo como uma coisa muito
positiva.
Elas acham também que as professoras das salas de aula precisam de um maior suporte
para desenvolver um trabalho com mais competência questionando a formação, a qualidade
da intervenção pedagógica desenvolvida com o aluno. Talvez a professora em destaque
tenha levantado essas questões por perceber que a inclusão não acontece só pelo fato da
escola ter aberto as sua portas para receber esses alunos. Entendemos que a prática deve
estar lhe mostrando que, para que esse processo seja bem sucedido, é necessário uma
mudança de paradigmas envolvendo a todos os profissionais que fazem a escola.
As falas das entrevistas indicaram a necessidade que a escola sente de buscar uma
maior capacitação para o professor. Percebemos que, mesmo se colocando a favor da
inclusão, a escola ainda sente necessidade de contar com uma educação "especial" para
atender as crianças com necessidades educativas especiais. Os relatos demonstraram ainda
existir, por parte dos educadores, muitos questionamentos, restrições, mitos e crenças
quanto à inserção e escolarização desses alunos. Depreende-se, ainda, que o êxito da
inclusão depende sobretudo de mudanças na prática pedagógica do professor.
Quanto à relação entre as professoras das salas de aula e as professoras das salas de
apoio, as entrevistadas foram unânimes em destacar a intensidade e a qualidade dessa
interação. Pelas falas expostas, é possível perceber a necessidade que as professoras
demonstraram de destacar a importância do trabalho desenvolvido pelas professoras da
sala de apoio, assim como as professoras das salas de apoio também colocaram com muita
ênfase a aceitação do seu trabalho pelas professoras das salas de aula. Em nenhum
momento foi questionado qualquer aspecto dificultador dessas relações. Nos depoimentos
das professoras, vimos que, para elas, o fato de conversar sobre os alunos, receber
sugestões de atividades a serem trabalhadas ou a troca de materiais pedagógicos, parece ser
suficiente para se considerar uma relação de troca satisfatória. Pelo que ficou demonstrado
nos depoimentos, vemos que, no dia a dia da escola, as professoras não se ressentem pela
falta de planejamento, orientação e acompanhamento mais sistematizado, como uma forma
de melhorar a qualidade das intervenções pedagógicas desenvolvidas com os alunos. Isso
ocorre apesar de todas as professoras, durante as entrevistas, se queixarem da falta de
participação em mais cursos de formação, seminários etc. Apesar da escola e das
professoras ainda não terem dado o devido destaque a esses aspectos, consideramos que a
orientação e o acompanhamento são elementos imprescindíveis para um trabalho de
qualidade e que a sua ausência contribui para dificultar o desafio da proposta de inclusão
dos alunos com necessidades educativas especiais nas salas de aula do ensino regular.
Entendemos que deve existir por parte do professor, essa possibilidade de adequações na
classe, visando conhecer as relações entre as condições de sua sala de aula e a sua
intervenção, assim como os fatores que influenciam na aprendizagem e desenvolvimento
dos alunos. Para um dos diretores entrevistados os pais estão bastante satisfeitos e
agradecidos pela oportunidade de colocarem seus filhos numa escola perto de casa.
Entendemos que este é um bom argumento em defesa da inclusão, ou seja, a possibilidade
do aluno deficiente freqüentar a escola do seu bairro, sem necessidade de se deslocar para
escolas especiais, em geral, distantes das suas casas.
Conclusões
Mesmo valorizando o papel do professor de apoio, não podemos perder de vista que o
professor regente é a figura central e mais importante no processo ensino-aprendizagem. A
sala de apoio pedagógico, da forma como funciona, vem, de certa forma, substituindo o
professor em algumas limitações inerentes a sua formação.
Fonte:
http://www.sfiec.org.br/palestras/educacao/inclusao_escolar_rede_municipal_fortaleza_sel
ene_silveira251002.htm