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CRÉDITOS
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O QUE É O PRONATEC?
Objetivos
Ações
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SUMÁRIO
Apresentação da Disciplina
AULA 1 – Introdução à Segurança do Trabalho
TÓPICO 1 – Conceitos e Definições em Segurança do Trabalho
TÓPICO 2 – Histórico da Segurança do Trabalho
AULA 2 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
TÓPICO 1 – Organização da CIPA.
TÓPICO 2 – Atribuições da CIPA
TÓPICO 3 – O Treinamento
TÓPICO 4 – O processo eleitoral
AULA 3 – Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamento de
Proteção Individual (EPI)
TÓPICO 1 – O que é um EPC?
TÓPICO 2 – O que é um EPI?
TÓPICO 3 – O que compete a cada um dos envolvidos quanto ao uso do
EPI.
AULA 4 – Investigação de acidentes de trabalho
TÓPICO 1 – Importância da investigação de acidentes
TÓPICO 2 – Conceitos básicos sobre acidentes
TÓPICO 3 – O primeiro passo para uma investigação de acidentes
TÓPICO 4 – Responsabilidade profissional dos acidentes
TÓPICO 5 – Evidências a serem observadas no local do acidente
AULA 5 – Mapeamento dos Riscos Ambientais
TÓPICO 1 – Mapa de Riscos
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Qual a primeira imagem que lhe vem à cabeça ao pronunciar a palavra “higiene”?
Esta imagem está associada à limpeza e ao asseio? Higiene é um substantivo feminino
que se refere a um ramo da medicina que visa à prevenção da doença. O termo higiene
mental pode ser entendido como a prática educativa ou psicoterápica aplicada para
prevenir perturbações mentais. No contexto de trabalho, higiene do trabalho diz
respeito às técnicas aplicadas contra os possíveis agentes geradores de agravos ou
doenças profissionais, avaliando a presença de agentes químicos, físicos, biológicos,
psicológicas e sociais, presentes no meio ambiente do trabalho.Portanto, higiene pode
ter sua raiz conceitual na limpeza, mas traz uma aplicabilidade que envolve o ambiente
físico e emocional do trabalhador, dentro e fora do seu ambiente de trabalho.
Já a Segurança do Trabalho pode ser definida como uma série demedidas técnicas,
médicas e psicológicas, destinadas a prevenir os acidentes profissionais, educando as
pessoas nos meios de evitá-los, como também procedimentos capazes de eliminar as
condições inseguras do ambiente. Tem como principal objetivo a prevenção de
Acidentes do Trabalho e a promoção da Saúde Ocupacional. Esta, por sua vez, avança
numa proposta interdisciplinar, com base na Higiene Industrial, relacionando ambiente
de trabalho-corpo do trabalhador. Incorpora a teoria da multicausalidade, na qual um
conjunto de fatores de risco é considerado na produção da doença, avaliada através da
clínica médica e de indicadores ambientais e biológicos de exposição e efeito.
Vale ressaltarlembramos que as noções aqui apresentadas são a base, mas não o
todo, dos aspectos de higiene, saúde e segurança do trabalhador no exercício de suas
atividades e que, portanto, para o estudante, complementam os conhecimentos mais
técnicos da área. São igualmente úteis para aumentar a sua eficiência no
desenvolvimento de suas atividades laborais.
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AULA 1 –Introdução à Segurança do Trabalho
Esse espaço físico é preparado para receber o trabalhador nas mais diversas
atividades: fabricação de móveis, construção de edifícios, prestação de serviços,
extração de minério, dentre outras. Assim, nesses ambientes, podemos encontrar:
ferramentas manuais (alicates, facas etc), máquinas (prensa hidráulica, serra circular
etc); ruído intenso; fontes de calor e frio; produtos químicos potencialmente tóxicos –
gases, poeiras, névoas, etc.
Objetivos
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TÓPICO 1 –Conceitos e Definições em Segurança do Trabalho
Objetivos do tópico:
A segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são
adotadas visando a minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais,
bemcomo proteger a integridade física e a capacidade de trabalho do trabalhador.
Como exemplo, podemos citar o trabalho realizado nos portos, onde o trânsito de
carga e descarga de materiais exige planejamento nas vias de movimento de carga, seja
ele efetuado por meio de cargas suspensas ou transporte viário, no sentido de se
evitaros acidentes.Medidas preventivas também devem ser observadas no transporte e
levantamento de cargas realizados por trabalhadores, objetivando evitar lesões na
coluna vertebral e dores musculares.
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TÓPICO 2–Histórico da Segurança do Trabalho
Objetivo do tópico:
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transformados em fábricas, colocando-se no seu interior o maior número possível de
máquinas de fiação e tecelagem.
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dos empregadores e dos trabalhadores têm os mesmos direitos que os do governo.O
Brasil possui uma legislação relativamente recente em matéria de Segurança do
Trabalho. Até o início do século XX, a economia era baseada no braço escravo e na
agricultura, porém isso não significa dizer que, nessa época, não havia acidentes
decorrentes do trabalho.Somente após a Primeira Guerra Mundial - 1919, resultante de
tratados internacionais, como o Tratado de Versalhes, medidas legislativas foram
cogitadas no país, visando à proteção dos trabalhadores, que começavam a se
concentrar nas cidades.No Brasil, podemos fixar por volta de 1930 a nossa Revolução
Industrial e, embora tivéssemos já a experiência de outros países, em menor escala, é
bem verdade, atravessamos os mesmos obstáculos, o que fez com que se falasse, em
1970, que o Brasil era o campeão mundial de acidentes do trabalho.
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foram o IAPTEC (para trabalhadores em transporte e cargas), IAPC (para os
comerciários), IAPI (industriários), IAPB (bancários), IAPM (marítimos e portuários) e
IPASE (servidores públicos).
1943 – Criada a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que trata de segurança e
saúde do trabalho no Título II, Capítulo V do Artigo 154 ao 201.
1978 – Criação das Normas Regulamentadoras – NRs (regulamentação da CLT, art. 154
a 201).
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AULA 2–Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Objetivos
• Compreender a CIPA;
• Conhecer a CIPA quanto às suas normas, seus atributos esuas
responsabilidades;
• Saber dimensionar uma CIPA;
• Saber organizar o processo eleitoral de uma CIPA.
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TÓPICO 1 – Organização da CIPA.
Objetivos do tópico:
Exemplo:
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Figura 6 – Fragmento do quadro III da NR 05
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TÓPICO 2–Atribuições da CIPA
Objetivo do tópico:
e)realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadasem seu plano de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
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m) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
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• Atribuições do Secretário da CIPA...
b) Preparar as correspondências.
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VOCÊ SABIA?A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não
poderáser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus
membros,ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso
deencerramento das atividades do estabelecimento.
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TÓPICO 3 – O Treinamento
Objetivo do tópico:
a) Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originadosdo
processo produtivo.
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A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade
ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à
empresaescolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.
Havendo alguma irregularidade em relação ao que está determinado pela NR 05,
emrelação ao treinamento da CIPA, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho
eEmprego (SRTE – MTE) determinará a complementação ou a realização de outro, queserá
efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresasobre a
decisão.
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TÓPICO 4 – O processo eleitoral
Objetivo do tópico:
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Pode-se optar por meios eletrônicos da coleta e contagem dos votos.
Os votos deverão ser apurados em horário normal de trabalho, com
acompanhamento de representantes do empregador e dos empregados, em número a ser
definido pela comissão eleitoral.
Em caso de participação inferior a 50% (23inqüenta por cento) dos empregados na
votação, não haverá a apuração dos votos, e a comissão eleitoral deverá organizar outra
votação que ocorrerá no prazo máximo de 10 (dez) dias.
As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocoladas na unidade
descentralizada do TEM, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.
Compete à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTEMTE),
confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder a
sua anulação, quando for o caso. Neste último caso, a empresa convocará nova eleição no
prazo de 5 (cinco) dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a
prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo
eleitoral.
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05,ressalvado as alterações disciplinadas em atos normativos de setores
econômicosespecíficos.
Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e
apuração,em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso
devacância de suplentes.
Os membros da CIPA, eleitos e designados, serão empossados no primeiro dia útil
apóso término do mandato anterior, quando a empresa já possuir CIPA. No caso da
primeiraCIPA, os membros serão empossados imediatamente após a sua composição.
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AULA 3 – Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) eEquipamento de
Proteção Individual (EPI)
Objetivos
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TÓPICO 1 – O que é um EPC?
Objetivos do tópico:
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b) Uso de indivíduos surdos nas áreas com alto nível de ruído;
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b) Isolamento no tempo e no espaço. Ex.: atividades com maior nível de ruído
realizadas em turno inverso ao da empresa e localização de máquinas barulhentas
ou perigosas,instaladas fora do ambiente de trabalho;
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TÓPICO 2 – O que é um EPI?
Objetivos do tópico:
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a) Sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
osriscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) Para atender situações de emergência.
A recomendação do EPI adequado ao risco, ao empregador, é de competência do
ServiçoEspecializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou
daComissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) quando as empresas
estiveremdesobrigadas a manter o SESMT. Ainda, nas empresas desobrigadas de
constituirCIPA, cabe ao designado, mediante orientação de profissional tecnicamente
habilitado,recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador.
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ATENÇÃO!É importante você saber que a escolha certa do EPI está diretamente
associadaao conhecimento dos tipos de riscos: riscos físicos, químicos, biológicos e
ergonômicos, aos quais o trabalhador estará exposto. Assim, a compra deveráestar
baseada na proteção que se quer dar ao trabalhador – o que se quer proteger(cabeça,
mãos, olhos, etc.), a vida útil do equipamento – uma compra mais barata pode significar
um baixo custo-benefício, quais os limites de sua utilização – o que na realidadeele elimina
ou atenua e principalmente como realizar a sua limpeza e conservação.
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TÓPICO 3 – O que compete a cada um dos envolvidos quanto ao uso do
EPI.
Objetivo do tópico:
Cabe ao Empregador:
Cabe ao empregado:
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AULA 4 – Investigação de acidentes de trabalho
Objetivos
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TÓPICO 1 – Importância da investigação de acidentes
Objetivo do tópico:
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TÓPICO 2 – Conceitos básicos sobre acidentes
Objetivo do tópico:
Perigo de acidente
É toda a situação com potencial de criar danos, ferimentos ou lesões pessoais, danospara a
propriedade, instalações, equipamentos, ambiente ou perdas econômicas.
Risco de acidente
Combinação da probabilidade de ocorrência de uma situação potencialmente perigosae
sua gravidade.
Acidente
Evento indesejável, não programado, que resulta em morte, doença, lesão, dano ou outras
perdas.
Incidente
Evento não planejado, não desejado, em que não há perdas de qualquer natureza.
Desvios
São as posturas, ações ou condições ambientais inseguras que podem gerar acidentes ou
incidentes.
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Exemplo 1: Um trabalhador vai executar uma pintura dentro de um tanque
dearmazenamento de combustível e, devido ao tempo em que permaneceufechado, há
pouco oxigênio em seu interior e existe a presença de gasesprovenientes do combustível
armazenado. Neste caso temos:
Acidente com lesão corporal - a ferramenta cai do andaime e atinge um colega de trabalho
que corta o ombro.
Figura 17 – Andaime
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TÓPICO 3 – O primeiro passo para uma investigação de acidentes
Objetivo do tópico:
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O responsável dentro da empresa pela investigação de acidentes
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TÓPICO 4 –Responsabilidade profissional dos acidentes
Objetivo do tópico:
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TÓPICO 5 –Evidências a serem observadas no local do acidente
Objetivo do tópico:
As evidências são tudo aquilo que é real, fundamentado e pode esclarecer os fatos.
As provasfísicas podem ser registradas, anotadas, fotografadas, medidas e analisadas,
confirmando acausa do acidente. Como evidências, podemos registrar:
Um ambiente insalubre, sem qualidade do ar que se respira, pode ter contribuído para
a causa do acidente, dessa forma, sempre que necessário, deve-se medir a concentração
do ar, procurando-se falhas administrativas, inefi ciência no controle da engenharia,
obediência ao limite de exposição permitido, efi ciência ou não dos EPC’s e EPI’s utilizados.
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Condições ambientais
Os desenhos feitos dos locais de acidentes, layouts, croquis, dentre outros oferecem
informações detalhadas e próximas ao acontecimento real, geralmente fornecem dados
que as fotografias não conseguem mostrar. Assim, podemos captar com o desenho o
posicionamento no norte magnético, ângulos, distâncias, posicionamento de pessoas,
máquinas e ferramentas, dados estruturais ou geográficos que poderão ser apresentados
posteriormente, na análise ou relatório final da investigação de acidentes.
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Utilização de entrevista na investigação de acidentes
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Tópico 6 – Fatores relacionados aos acidentes
Objetivo do tópico:
Erros operacionais
São aqueles decorrentes da atividade normal do trabalhador que levam a uma situação
de perigo. Podemos citar a retirada das proteções de segurança das máquinas e
ferramentas para manutenção e falha na recolocação desse item de segurança, uso de
ferramentas defeituosas na execução da tarefa, pisos ou aberturas de tetos desprotegidos,
presença de gases, vapores líquidos, emanações ou pós tóxicos, decorrentes do processo
de trabalho, exposições a ruídos e vibrações resultantes do processo produtivo.
São fatores subjetivos de influência nas causas dos acidentes. O estado de espírito, as
alternâncias de humor levam o trabalhador a proceder com negligência ou imprudência,
devido às atitudes negativas ou hostis em relação a um colega, supervisor ou alguma tarefa
de trabalho, desrespeito com as normas de segurança, negligência em aderir às instruções,
conduta inadequada.
Atitude pessoal em que o trabalhador se propõe a executar uma atividade para a qual
não está qualificado, configurando erro por imperícia.
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Os registros de lesões no acidentado ou seus colegas de trabalho, enfermidades
registradas no setor de saúde, acidentes anteriores, ações disciplinares e treinamentos
podem ajudar na identifi cação de áreas historicamente mais problemáticas dentro da
empresa, que requerem maior atenção. Nesse caso, deve-se fazer uma pesquisa nos
relatórios da empresa, incluindo situações de ataques verbais ou condutas agressivas e
frequência nos programas de treinamentos que servirão de parâmetros na probabilidade
de ocorrência de acidentes.
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Você sabia?As boas investigações são baseadas em práticas justas e não em encontrar
culpados, dessa forma, o relatório final pode indicar a necessidade de uma nova forma de
proteção, outros tipos de Equipamentos de Proteção Individual, melhores procedimentos
ou atualização nos treinamentos.
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AULA 5– Mapeamento dos Riscos Ambientais
De acordo com a Portaria nº 25, o Mapa de Riscos deve ser elaborado pela CIPA,
com a participação dos trabalhadores envolvidos no processo produtivo e com a
orientação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho (SESMT) do estabelecimento, quando houver. É considerada indispensável à
colaboração das pessoas expostas ao risco.
Em caso de não se poder aplicar a primeira linha, deve-se partir para a tentativa de
conviver com o risco sob controle. A intervenção passa a se manifestar através do uso
de soluções coletivas constituídas pelos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).
Considerado uma das primeiras medidas não paternalistas nesta área, o Mapa de
Risco é um modelo participativo dotado de soluções práticas que visam eliminação
e/ou controle de riscos e a melhoria do ambiente e das condições de trabalho. A
adoção desta medida favorece trabalhadores (com a proteção da vida, da saúde e da
capacidade profissional) e empregadores (com a redução da falta ao trabalho, aumento
da produtividade).
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processo de trabalho, e elaborar o MAPA DE RISCOS, com a participação do maior
numero de servidores, com assessoria do SESMT, onde houver.”.
Objetivos
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TÓPICO 1 –Mapa de Riscos
Objetivos do tópico:
MAPA DE RISCOS
O QUE É?
ETAPAS DE ELABORAÇÃO
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- os servidores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e
saúde, jornada de trabalho;
- os instrumentos e materiais de trabalho;
- as atividades exercidas;
- o ambiente.
- queixas mais frequentes e comuns entre os servidores expostos aos mesmos riscos;
- acidentes de trabalho ocorridos;
- doenças profissionais diagnosticadas;
- causam mais frequentes de ausência ao trabalho.
DISPOSIÇÕES
Após discussão e aprovação pela CIPA, o Mapa de Riscos, deverá ser afixado em cada
local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os servidores. A falta
de elaboração e de afixação do Mapa de Riscos, nos locais de trabalho, pode implicar
em multas de valor elevado.
Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam estar
presente nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos:
- agentes físicos;
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- agentes químicos;
- agentes biológicos;
- agentes ergonômicos;
- agentes de acidentes.
Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos ambientais que
podem provocar danos à saúde ocupacional dos servidores. Para elaboração do mapa
de riscos, consideram-se os riscos ambientais os seguintes:
São consideradas agentes físicas as diversas formas de energia a que possam estar
expostos os trabalhadores, tais como: ruídos, vibração, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como, o
infrassom e o ultrassom.
• Riscos à saúde
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Pressões anormais: embolia traumática pelo ar, embriaguez das profundidades,
intoxicação por oxigênio e gás carbônico, doença descompressiva.
- Poeiras minerais: provêm de diversos minerais, como sílica, asbesto, carvão mineral, e
provocam silicose (quartzo), asbestos (asbesto), pneumoconioses (ex.: carvão mineral,
minerais em geral).
- Poeiras vegetais: são produzidas pelo tratamento industrial, por exemplo, de bagaço
de cana de açúcar e de algodão, que causam bagaçose e bissinose, respectivamente.
• Riscos à saúde
Efeitos irritantes: são causados, por exemplo, por ácido clorídrico, ácido sulfúrico,
amônia, soda cáustica, cloro, que provocam irritação das vias aéreas superiores.
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Efeitos anestésicos: a maioria dos solventes orgânicos assim como o butano,
propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, álcoois, tolueno, tem
ação depressiva sobre o sistema nervoso central, provocando danos aos diversos
órgãos. O benzeno especialmente é responsável por danos ao sistema formador do
sangue.
• Riscos à saúde
• Riscos à saúde
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na vida social (com reflexos na saúde e no comportamento), hipertensão arterial,
taquicardia, cardiopatias (angina, infarto), tenossinovite, diabetes, asmas, doenças
nervosas, tensão, medo, ansiedade.
arranjo físico;
edificações;
sinalizações;
instalações elétricas;
máquinas e equipamentos sem proteção;
equipamento de proteção contra incêndio;
ferramentas defeituosas ou inadequadas;
EPI inadequado;
armazenamento e transporte de materiais;
iluminação deficiente.
• Riscos à saúde
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Edificações com defeitos de construção a exemplo de piso com desníveis, escadas
com ausência de saídas de emergência, mezaninos sem proteção, passagens sem a
altura necessária: quedas, acidentes.
COMO ELABORAR?
Após o estudo dos tipos de risco, deve se dividir o órgão em setores ou pavimentos;
geralmente isso corresponde às diferentes seções do órgão. Essa divisão facilitará
a identificação dos riscos de acidentes de trabalho. Em seguida o grupo deverá
percorrer as áreas a serem mapeadas com lápis e papel na mão, ouvindo as pessoas
acerca de situações de riscos de acidentes de trabalho. Sobre esse assunto, é
importante perguntar aos servidores o que incomoda e quanto incomoda, pois isso
será importante para se fazer o mapa. Também é preciso marcar os locais dos
riscos informados em cada área.
Nesse momento, não se deve ter a preocupação de classificar os riscos. O
importante é anotar o que existe e marcar o lugar certo. 0 grau e o tipo de risco serão
identificados depois.
Com as informações anotadas, a CIPA deve fazer uma reunião para examinar
cada risco identificado na visita ao órgão. Nesta fase, faz-se a classificação dos perigos
existentes conforme o tipo de agente, de acordo com a Tabela de Riscos Ambientais.
Também se determina o grau ("tamanho"): pequeno, médio ou grande.
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O tamanho do círculo representa o grau do risco. E a cor do círculo representa otipo
de risco.
• VERDEFísicos
• VERMELHO Químicos
• MARROMBiológicos
• AMARELOErgonômicos
• AZULDe Acidentes
O AGENTE MAPEADOR
- observação;
- percepção;
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- criatividade;
- visão global;
- objetividade, poder de síntese;
- capacidade de comunicação;
- educação / discrição;
- bom senso;
- capacidade de organização;
- receptividade à segurança;
- persistência / agente de mudança;
- simpatia.
CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS
Para sua ação, o mapeador deve possuir conhecimentos básicos sobre o órgão, a
CIPA, o SESMT (Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho),
segurança patrimonial, bem como sobre aspectos legais do acidente do trabalho.
O ÓRGÃO
- o histórico da organização;
- sua política de ação (geral);
- a organização do trabalho;
- as normas e procedimentos;
- as instalações prediais; - o organograma administrativo;
- receptividade à segurança;
- persistência;
- simpatia.
APOIO TÉCNICO
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- centro de processamento de dados;
- departamento jurídico;
- departamento de recursos humanos (com suas áreas de assistência social,
psicologia do trabalhador, setor de pessoal, seleção e recrutamento);
- projeto e desenvolvimento de produtos etc..
ETAPAS DO MAPEAMENTO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Anjelo; MARIZ, Francisco. Segurança do trabalho: defenda essa causa. Natal:
ETFRN, 1989.
SAAD, Eduardo Gabriel (Org.). Introdução à segurança do trabalho: textos básicos para
estudantes de engenharia. São Paulo: FUNDACENTRO, 1981.
TORREIRA, Raúl Peragallo. Manual de segurança industrial. São Paulo: Margus, 1999.
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