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Apostila de Direito Internacional Público – Prof.

Rodrigo Luz 1

4. Sujeitos de Direito Internacional Público: Estados soberanos

Personalidade
Originária vs. Derivada: Estados vs. Organizações Internacionais

Elementos Constitutivos do Estado


Convenção Pan-Americana sobre Direitos e Deveres dos Estados (Montevidéu, 1933):
“Artigo 1o - O Estado, como pessoa de Direito Internacional, deve preencher
os seguintes requisitos:
a) Ter uma população permanente;
b) Possuir um território definido;
c) Possuir um governo;
d) Ter capacidade para estabelecer relações com outros Estados”.

Considerações acerca de:


- necessidade de reconhecimento por parte dos demais Estados; e
- finalidades de garantia existencial e de desenvolvimento social e do cidadão.

Reconhecimento de Estado vs. Reconhecimento de Governo

Reconhecimento de Estado: Natureza declaratória, não constitutiva.


Formas de reconhecimento: expressa ou tácita.

Reconhecimento de governo: argüido quando ocorre uma ruptura política.


Segundo Accioly, “O reconhecimento do novo governo não importa no reconhecimento de
sua legitimidade, mas significa apenas que este possui, de fato, o poder de dirigir o Estado e de
o representar internacionalmente.”
Ainda o autor: “O reconhecimento de governos não deve ser confundido com o de Estados.
Mas o de um Estado como que comporta, automaticamente, o do governo que, no momento, se
acha no poder.”

Classificação dos Estados

Celso de Albuquerque Mello classifica os Estados, quanto à sua estrutura, em:


- simples (ex. França e Uruguai) e

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- compostos (vários Estados-membros): Repartição de competências.

Podem-se classificar os Estados quanto à estrutura da seguinte forma:


a) Estados Simples (Unitários)
b) Estados Compostos (complexos)
i) Por coordenação
- Estado Federal - Ex.: Brasil e EUA.
- Confederação de Estados – Cria-se um órgão comum, chamado
Assembléia ou Dieta. Para que as decisões da Dieta sejam
implementadas, é necessário que os Estados as ratifiquem. Cada
Estado conserva sua soberania e personalidade própria.
- União de Estados – Subdivide-se em:
. União Pessoal
. União Real
- Commonwealth – Comunidade Britânica de Nações. O monarca
inglês é o Chefe da Comunidade, que possui uma Conferência de
Primeiros Ministros, que se reúne em Londres, sem regularidade. A
Comunidade não possui personalidade internacional.
ii) Por Subordinação –
- Estado Vassalo – situação intermediária entre a completa
subordinação e a independência.
- Protetorado – Estado protegido por outro.
- Estados Clientes – entrega a outro Estado a defesa de
determinados negócios ou interesses. Ex.: Haiti e Panamá.
- Estados Satélites – subordinados à extinta URSS.
- Estado Exíguo – Não apresenta condições de exercer plenamente a
sua soberania. Ex. Mônaco, San Marino, Liechtenstein e Andorra.

Formação dos Estados

- Descoberta de novas terras


- DESCOLONIZAÇÃO - O direito de independência é o direito outorgado ao povo
de descolonizar-se, critério definido por meio da Resolução ONU 1514/60. Vimos
que, na Carta da ONU, foi-lhe definida a atribuição de colaborar com a
independência dos povos colonizados.

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- SECESSÃO - Significa a separação de uma parte do território de um Estado


existente para a criação de um novo Estado. O DIP aplica várias restrições à
secessão. Em princípio, ofende o princípio da integridade territorial do Estado
independente.
- FUSÃO - Ocorre tal fenômeno quando dois ou mais Estados se unem e formam
um terceiro Estado, que, em conseqüência, tem nova personalidade
internacional. Exemplo: Iêmen do Norte e Iêmen do Sul se fundiram, formando
a República do IÊMEN.

Considerações acerca da anexação. Exemplos: Etiópia absorvida pela Itália no governo de


Mussolini (anexação total) e o atual estado do Acre, que no passado pertencia à Bolívia (parcial).

Sucessão de Estados

Substituição de um Estado (predecessor) por outro Estado (sucessor) na responsabilidade


pelas relações internacionais de determinado território.
Em regra, na sucessão de Estados devem ser observadas as seguintes questões:
- respeitos aos direitos adquiridos dos particulares,
- os bens públicos passam ao Estado sucessor e
- as leis do Estado sucessor passam a ser aplicadas imediatamente.

Direitos e Deveres

a) Direitos do Estado
Para fins didáticos, vejamos a divisão utilizada por Hee Moon Jo, no que se refere aos
direitos do Estado:
- INDEPENDÊNCIA - Significa a não-subordinação a outro Estado.
- DEFESA - O Estado tem direito de se defender quando sua independência for
violada.
- IGUALDADE – Carta da ONU: “a organização é baseada no princípio da igualdade
soberana de todos os membros”.
- SOBERANIA SOBRE OS RECURSOS NATURAIS E ATIVIDADES ECONÔMICAS.

Além dos direitos apresentados, deve ser destacada a previsão contida na Carta da OEA,
vista anteriormente, que consagra:
- o direito de existir independentemente de reconhecimento,
- o direito a não sofrer intervenção em assuntos internos e

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- a inviolabilidade do território

b) Deveres do Estado
- RESPEITO AO DIP - Os direitos do Estado não são mais ilimitados, devendo ser
exercidos dentro dos limites do Direito Internacional;
- COOPERAÇÃO INTERNACIONAL – Necessária para a manutenção da paz
internacional e para o desenvolvimento da sociedade internacional; e
- NÃO-INTERVENÇÃO NO ASSUNTO INTERNO DO ESTADO – A intervenção é uma
violação ao Direito Internacional. Exceção: a realizada pela ONU.

Restrições aos Direitos Fundamentais dos Estados

a) Imunidade à Jurisdição Estatal

Imunidade Pessoal e Real

É um privilégio concedido a certas pessoas e coisas, em virtude de cargos e funções que


exerçam seus possuidores, de escaparem à jurisdição do Estado em que se encontram.
Esse privilégio é concedido, por exemplo, aos Chefes de Estado e de Governo, aos
Ministros das Relações Exteriores, aos agentes diplomáticos, bases militares, tropas estrangeiras,
funcionários internacionais e aos imóveis da missão diplomática.
Dentre os privilégios dos integrantes das missões diplomáticas, destaca-se a ampla
imunidade de jurisdição penal, civil e tributária, bem como o fato de serem fisicamente invioláveis
e não serem obrigados a depor como testemunhas. Além disso, são estendidos aos familiares
desses agentes os privilégios oriundos da imunidade penal, civil e tributária.
São também fisicamente invioláveis os locais da missão diplomática com todos os bens ali
situados, assim como os locais residenciais utilizados pelo quadro diplomático e pelo quadro
administrativo e técnico.
Com relação aos privilégios consulares, em linhas gerais se assemelham àqueles da
missão diplomática. Entretanto, a imunidade penal e cível só alcança os atos do ofício, ou seja,
não alcança os crimes comuns.

Renúncia à imunidade

É possível o Estado, somente ele, renunciar, se entender conveniente, às imunidades de


natureza penal e civil de que gozam seus representantes. Não é dado nem ao representante o
direito à renúncia.

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Por fim, cabe salientar que as Convenções de Viena citadas dispõem que os detentores dos
privilégios mencionados estão obrigados a respeitar as leis e regulamentos do Estado territorial,
apesar da imunidade recebida. A aplicação do direito local tem fundamental importância no que se
refere à celebração e à execução de contratos, uma vez que normalmente o contratante
estrangeiro não costuma ser o diplomata e sim o Estado estrangeiro.

Imunidade Estatal

Com relação ao Estado estrangeiro, havia a velha e notória regra costumeira que
estabelecia que nenhum Estado Soberano poderia ser submetido contra sua vontade à condição
de parte perante o foro doméstico de outro Estado. No entanto, há algum tempo, a idéia de
imunidade absoluta do Estado estrangeiro à jurisdição local vem sendo derrubada.
No Brasil, em 1989, o STF decidiu que o Estado estrangeiro não possui imunidade em
causa trabalhista (Apelação Cível 9.696).
E a execução? O que as novas normas internacionais e a jurisprudência brasileira definiram
é que o Estado pode ser acionado. No entanto, tais normas não atropelam a imunidade dos bens
da representação diplomática ou consular.

b) Servidão
Limitações à soberania de um Estado resultante de um tratado pelo qual o membro da
comunidade internacional que a sofre se compromete a não exercer determinados direitos
(servidão negativa) ou a permitir que seu território possa ser utilizado por outros Estados
(servidão positiva). Como exemplo de servidão positiva, pode ser citado o artigo V do GATT por
meio do qual os países permitem que as mercadorias originárias de e destinadas a outros países
cruzem seus territórios.
As declarações de não-militarização de áreas fronteiriças se encaixam no conceito de
servidão negativa.

c) Arrendamento do Território
É a cessão, a título oneroso e por prazo determinado, da jurisdição do território de um
Estado a outro Estado, cuja soberania continua a pertencer ao Estado cedente. Exemplo: Bases
militares dos EUA em países como Filipinas, Grã-Bretanha e Cuba.

d) Neutralidade Permanente
Ocorre quando um Estado se compromete, a partir de uma convenção especial, a não
participar, de forma permanente, de quaisquer conflitos, salvo nos casos de legítima defesa.
Exemplos: Suíça, desde 1815, pelo Congresso de Viena; Vaticano, desde 1929, pelo Tratado de
Latrão, e a Áustria, que se declarou neutra espontaneamente em 1955.

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