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Este documento apresenta um capítulo sobre introdução à estática e resistência dos materiais. Discute conceitos fundamentais de estática como equilíbrio de forças e tipos de estruturas. Apresenta exemplos históricos e modernos de estruturas e sistemas estruturais utilizados em construções civis. Explica a importância do estudo da estática no curso de arquitetura.
Este documento apresenta um capítulo sobre introdução à estática e resistência dos materiais. Discute conceitos fundamentais de estática como equilíbrio de forças e tipos de estruturas. Apresenta exemplos históricos e modernos de estruturas e sistemas estruturais utilizados em construções civis. Explica a importância do estudo da estática no curso de arquitetura.
Este documento apresenta um capítulo sobre introdução à estática e resistência dos materiais. Discute conceitos fundamentais de estática como equilíbrio de forças e tipos de estruturas. Apresenta exemplos históricos e modernos de estruturas e sistemas estruturais utilizados em construções civis. Explica a importância do estudo da estática no curso de arquitetura.
Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2013-2014, Afonso Mesquita
Curso de Mestrado Integrado em
Arquitectura ESTTICA E RESISTNCIA DOS MATERIAIS (6847) 3 Ano - 1 Semestre Parte Terica - Captulo 1 Afonso Mesquita Ano Lectivo 2014/2015 U N I V E R S I D A D E
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B E I R A
I N T E R I O R F A C U L D A D E
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E N G E N H A R I A D e p a r t a m e n t o
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A r q u i t e c t u r a Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 2 16/09/2014 1. 2. Esttica das partculas. Foras 3. Elementos estruturais lineares: elemento tipo barra e tipo viga/pilar(coluna) 4. Equilbrio no plano e no espao. Esttica dos corpos rgidos 5. Caractersticas e Propriedades geomtricas de figuras planas 6. Conceitos fundamentais de Resistncia dos Materiais NDICE 1. Introduo. Generalidades Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 3 16/09/2014 1. INTRODUO 1.1 Conceito de Esttica A Esttica corresponde parte da Mecnica Clssica ou Newtoneana que estuda os sistemas constitudos por corpos rgidos sob aco de foras que se equilibram no espao e no tempo. Etimologicamente, a palavra esttica vem do Grego statikos que traduz o conceito de imobilidade. Esta rea do saber de importncia fundamental no estudo e compreenso do comportamento de certo tipo de estruturas como o caso dos prticos constitudos atravs de elementos tipo viga e pilar, utilizados, por sua vez, nos esqueletos resistentes de diversos tipos de edifcios e pontes, e cuja concepo e aplicao ser mais desenvolvida no contexto da unidade curricular de Concepo de Estruturas (6851). Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 4 16/09/2014 Em termos gerais, habitual definir-se a Mecnica Clssica como a cincia que descreve e prev as condies de repouso ou movimento de corpos sob a aco de foras, subdividindo-se em . Mecnica dos Corpos Rgidos; . Mecnica dos Corpos Deformveis; . Mecnica dos Fluidos. Por sua vez, a Mecnica dos Corpos Rgidos subdividida em . Esttica (estudo de corpos sob a aco de foras que se equilibram, possuindo acelerao nula); . Dinmica (estudo do movimento de corpos e das causas desse movimento acelerao diferente de zero). Iniciar-se-, pois, o estudo da Esttica identificando diversos conceitos, princpios de base e grandezas fsicas na qual ela se baseia. A ttulo de enquadramento da matria global, apresentam-se seguidamente alguns exemplos a fim de ajudar a visualizar o contexto em causa. Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 5 16/09/2014 A Fig. 1.1 ilustra dois exemplos de estruturas realizadas em diferentes pocas da cultura e civilizao europeias onde se visualizam elementos em equilbrio sob o efeito de foras. Em particular, o conjunto megaltico de Stonehenge (Fig. 1.1a) constitui um dos primeiros exemplos de estruturas que incluram pilares e vigas. A Fig. 1.1b) permite observar um dos exemplos mais conseguidos da arquitectura grega relativamente construo harmoniosa utilizando pilares e vigas (Parthenon). a) Stonehenge, England (aproximadamente 2000 A.C.) b) Parthenon, Acropolis, Greece (438 A.C.) Fig. 1.1 Estruturas da Antiguidade em equilbrio Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 6 16/09/2014 Na Fig. 1.2 esquematiza-se de uma forma simplificada, para as estruturas ilustradas na Fig. 1.1, um conjunto de foras correspondentes ao peso referente aos elementos horizontais (vigas) e aos elementos verticais (colunas) bem como s respectivas foras de reaco devido sua actuao e que formam um determinado sistema, o qual dever estar em equilbrio. a) Stonehenge, England b) Parthenon, Acropolis, Greece Fig. 1.2 Trajectrias de foras em estruturas da antiguidade Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 7 16/09/2014 Fig. 1.3 Trajectrias de foras numa estrutura treliada integrada numa ponte a) N estrutural: foras concorrentes b) Modelo global e cargas aplicadas Na Fig. 1.3a) apresenta-se o exemplo relativo a um n estrutural de uma estrutura metlica do tipo trelia, esquematizando-se o conjunto de foras concorrentes nesse n. A Fig. 1.3b) reproduz o modelo estrutural global. Foras concentradas G Carga distribuda, g G/2 G/2 G G G Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 8 16/09/2014 1.2 Porqu estudar Esttica no Curso de Arquitectura? firmitas utilitas venustas decorum Vejamos a opinio de alguns ilustres arquitectos e engenheiros. Marcus Vitruvius, engenheiro e arquitecto romano (sc. I A.C.), definiu na sua obra De Architectura quatro princpios fundamentais a implementar no contexto de uma construo: Traduzindo por palavras simples o conceito subjacente a cada um dos termos anteriores, podemos referir o seguinte: Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 9 16/09/2014 a firmitas refere-se qualidade do que firme e slido e corresponde estabilidade, a qual tem por base o carcter construtivo da arquitectura onde se requer uma determinada resistncia para os materiais e para a estrutura global; a utilitas originalmente referia-se utilidade, tendo sido ao longo da histria associada funcionalidade e comodidade; a venustas, encontra-se associada esttica e ao conceito de beleza; e o decorum, associado dignidade da arquitectura, necessidade de rejeio de elementos suprfluos e ao respeito das tradies e ordens arquitectnicas. Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 10 16/09/2014 Alfred Willer "No se admite mais que hoje se faa um anteprojecto e no se localizem os elementos estruturais, ou seja, o projecto arquitectnico e o estrutural esto ligados, pois quem prope a estrutura e quem a viabiliza e a dimensiona o engenheiro. Logo, o arquitecto tem que ter uma boa experincia de como funciona a estrutura. O objectivo da cadeira de Esttica no curso de Arquitectura no tornar o Arquitecto um projectista estrutural, mas contribuir para que os estudantes entendam como funciona uma estrutura, conhecer as vrias opes estruturais e propor, dentro do projecto arquitectnico, uma soluo vivel". Elgson Ribeiro Gomes "Utilizo a tcnica dos engenheiros acrescentando graa e bom gosto. A utilizao da tcnica deve ser feita de forma moderada e modesta para que no se produzam efeitos que descaracterizem a obra". Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 11 16/09/2014 Pelos depoimentos referenciados conclui-se que os Arquitectos tiveram sempre em considerao a relevante importncia da Esttica no desenvolvimento dos projectos, tanto a nvel Arquitectnico como Estrutural, destacando-se a necessidade do trabalho conjunto entre o Arquitecto e o Engenheiro Civil com vista obteno de um produto final de qualidade, seja sob o ponto de vista esttico, de segurana ou de utilizao. Oscar Niemeyer "A Arquitectura e a Engenharia so duas coisas inseparveis. A estrutura a prpria arquitectura, no existe arquitectura sem estrutura. Quando o tema permite, preciso invadir o campo fecundo da imaginao e fantasia e procurar a forma diferente, a surpresa arquitectural. E a surgem as conquistas estruturais inovadoras: os grandes vos, as grandes consolas, as cascas finssimas, enfim, tudo o que pode demonstrar o progresso da tcnica em toda a sua plenitude". 12 16/09/2014 1.3 Alguns exemplos de estruturas na indstria da construo 1.3.1 Coberturas - Estruturas com elementos treliados ou em grelha, em ao, e coberturas em ao e madeira lamelada-colada Fig. 1.4 Sistemas treliados, Revista Arquitetura & Ao, 2010 e imagens Google Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 13 16/09/2014 Fig. 1.5 Sistemas treliados, Arquivo pessoal de R. Simes, 2008 e Revista Tectnica, 2009 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 14 16/09/2014 Fig. 1.6 Sistemas treliados, Arquivo pessoal de Rui Simes, 2008 Estruturas com elementos treliados em ao e coberturas de revestimento metlico Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 15 16/09/2014 Fig. 1.7 Sistemas em madeira e lamelados-colados, Google imagens Estruturas com elementos em madeira lamelada-colada Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 16 16/09/2014 1.3.2 Pavilhes industriais com estrutura porticada Estruturas com elementos porticados em ao e beto pr-esforado Fig. 1.8 - Pavilhes industriais, Arquivo pessoal de Rui Simes, 2008 e Martins da Cruz & Cruz S.A. Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 17 16/09/2014 Fig. 1.8-A Geometrias para a cobertura de prticos metlicos: em arco, planas e de 2 guas, Google imagens Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 18 16/09/2014 Fig. 1.8-B Prticos industriais com perfis estruturais laminados, DAlembert, F., 2005 a) Dimenses padro b) Prtico de vo simples c) Prtico de vos mltiplos d) Hipteses de ampliao Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 19 16/09/2014 Fig. 1.9 Cobertura da fachada da estao ferroviria de Berlim, Fonte: Google (wikipdia) Estruturas com elementos treliados em ao e cobertura de vidro Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 20 16/09/2014 1.3.3 Edifcios comerciais, de escritrios e pblicos (estruturas metlicas e mistas ao-beto, beto-madeira ou ao- madeira) Fig. 1.10 Edifcios comerciais e de escritrios Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 21 16/09/2014 Fig. 1.11 Edifcios comerciais Salvador Shopping, Revista Arquitetura & Ao, 2010 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 22 16/09/2014 Fig. 1.12-A Edifcio universitrio - College for Architecture, Art and Planning (AAP), Ithaca, Estados Unidos, Fonte: Google (wikipdia) Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 23 16/09/2014 Fig. 1.12-B Edifcio universitrio - College for Architecture, Art and Planning (AAP), Ithaca, Estados Unidos, Fonte Google (wikipdia) Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 24 16/09/2014 Fig. 1.13 Pavimentos mistos e pilares/vigas mistas ao-beto Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 25 16/09/2014 1.3.4 Parques de estacionamento Fig. 1.14 Silo de estacionamento, Wolfsburg, Revista Arquitetura & Ao, 2010 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 26 16/09/2014 1.3.5 Pontes metlicas e mistas (ao-beto) Fig. 1.16 Ponte, Arquivo pessoal de Grski, 2010 Fig. 1.15 Ponte da Passagem, Vitria, Arquitetura & Ao, 2010 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 27 16/09/2014 Fig. 1.17 Ponte della Costituzione, Venezia, de S. Calatrava (2008), Google imagens Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 28 16/09/2014 Fig. 1.18 Pontes, Arquivo pessoal de Rui Simes, 2008 e Revista Arquitetura & Ao, 2010 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 29 16/09/2014 1.3.6 Estdios e recintos desportivos Fig. 1.19 Estdios, Arquivo pessoal de R. Simes, 2008 e Metlica, 2009 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 30 16/09/2014 Fig. 1.20 Aeroporto Francisco S Carneiro, Porto, Revista Metlica, CMM, N 15, 2007 1.3.7 Aeroportos Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 31 16/09/2014 Fig. 1.21 Aeroporto Barajas, Madrid, Revista Arquitetura & Ao, 2010 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 32 16/09/2014 1.3.8 Estruturas com aos especiais Fig. 1.22 Estruturas com ao Corten, Google imagens Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 33 16/09/2014 1.3.9-A Estruturas com ao enformado a frio - Habitaes Fig. 1.23 Estruturas com ao enformado a frio, Google imagens Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 34 16/09/2014 Fig. 1.24 Estrutura com elementos de ao enformado a frio, Revista Metlica, CMM, N 17, 2008 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 35 16/09/2014 1.3.9-B Estruturas com perfis laminados Habitaes Conjugao de ao, vidro, pedra, beto e madeira Fig. 1.25 Estruturas incluindo perfis de ao e beto armado, Google imagens Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 36 16/09/2014 1.3.9-C Estruturas em beto armado para habitaes Fig. 1.26 Estrutura em beto armado, Brito e Silva (2010) e imagens Google Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 37 16/09/2014 1.3.10 Torres elicas perfis tubulares de seco varivel Fig. 1.27 Estruturas para torres elicas, Revista Arquitetura & Ao, e Google imagens Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 38 16/09/2014 1.3.11 Edifcios (para escritrios e habitao) com estrutura especial Fig. 1.28 Torso Tower, Malm, Arquivo pessoal de A. Mesquita, 2009 A.M. Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 39 16/09/2014 Fig. 1.29 Torso Tower, Malm, Fonte: Google (wikipdia) Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2013-2014, Afonso Mesquita 40 16/09/2014 40 16/09/2014 Fig. 1.30 The Shard - London Bridge Tower, Fonte: Google (wikipdia), 2012 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 41 16/09/2014 Fig. 1.31 London Fig. 1.32 Madrid Fonte: Google (wikipdia), 2012 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 42 16/09/2014 Fig. 1.33 - La Grande Arche , La Dfense Paris, Fonte: Google (wikipdia), 2012 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 43 16/09/2014 Fig. 1.34 Comparao entre a altura mxima de diversas estruturas Portuguesas, Fonte: adaptado de Google (wikipdia) built Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 44 16/09/2014 1.3.12 Coberturas especiais em ao-vidro Fig. 1.35 Estrutura de cobertura de 2 guas, Fundao Cognacq Jay, Paris, Revista Arquitetura & Ao, 2010 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 45 16/09/2014 Fig. 1.36 Estrutura com abbada em forma de concha, incluindo grelha com perfil tubular e vidro, - Bristol, Revista Metlica, CMM, N 19, 2009 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 46 16/09/2014 Fig. 1.37 Estrutura em grelha de ao inox e painel de vidro - Paris, Revista Arquitetura & Ao, 2010 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 47 16/09/2014 Fig. 1.38 Estrutura ondulada com painel de vidro - Varsvia, Revista Arquitetura & Ao, 2010 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 48 16/09/2014 1.4 Conceitos bsicos, definies gerais e unidades em Mecnica No mbito da Mecnica Newtoneana a quantificao das grandezas fsicas com as quais se trabalha requer a definio de certas unidades de medida. O sistema de unidades adoptado designa-se por Sistema Internacional de Unidades (SI), no qual esto definidas trs grandezas consideradas fundamentais: o espao , a massa e o tempo. A unidade fundamental de espao (comprimento) o metro, enquanto a de massa o quilograma, e a de tempo corresponde ao segundo. Este sistema constitui um sistema absoluto de unidades e independente do local em que se fazem as medies das grandezas fsicas indicadas. Assim, em resumo, tem-se: Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 49 16/09/2014 i) ESPAO Corresponde noo de posio de uma partcula ou de um ponto material. O conceito de posio corresponde ao de um vector cujo incio se encontra na origem de coordenadas de um dado referencial e cuja extremidade acaba no stio especfico em que se encontra o ponto ou partcula em causa. O vector encontra-se associado a uma propriedade fsica da partcula, posio, representando-se por r , como se ver no Captulo 2. Um vector corresponde, pois, a um segmento orientado no espao. Unidade S.I. - Metro [m] Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 50 16/09/2014 O conceito de espao , assim, associado noo de posio de um determinado ponto P. A sua posio pode ser definida atravs de trs comprimentos medidos a partir de um certo ponto de referncia (tambm designado por origem do referencial ponto O ) segundo trs direces escolhidas de forma ortogonal entre si. Tais comprimentos, so identificados como sendo as coordenadas do ponto P no referencial escolhido, ou seja, x , y e z. O referencial de coordenadas cartesianas, historicamente atribudo ao filsofo francs Ren Descartes, definido atravs da intercepo de trs eixos perpendiculares entre si (x, y e z) no caso tridimensional ou atravs de dois eixos ortogonais traados num nico plano, correspondente ao caso bidimensional (x,y). P O x y z y x z x y z - eixos y x z Coordenadas r Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 51 16/09/2014 Fig. 1.39 Exemplos de instrumentos de medida de comprimentos e aplicaes Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 52 16/09/2014 ii) TEMPO Traduz uma medida da sucesso de eventos (ocorrncia de algo na escala cronolgica). O instante ou tempo em que ocorre um determinado evento deve ser registado e considerado. Certos processos fsicos ocorrem em intervalos de tempo curtos ou muito curtos (sismos) ou mesmo extremamente reduzidos (fenmenos atmicos). Outros fenmenos existem que podem durar dias, semanas, meses ou anos (chuvas, actividade vulcnica ou reapario de cometas). Unidade S.I. - Segundo [s] Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 53 16/09/2014 iii) MASSA Define a quantidade de matria que um corpo possui. O conceito de massa utilizado para comparar os corpos (elementos estruturais, por exemplo) com referncia a determinadas experincias mecnicas assumidas como padro. Dois corpos com a mesma massa so atrados pela Terra da mesma forma, oferecendo igualmente a mesma resistncia mudana do seu estado de movimento ou de repouso sob aplicao de uma fora. O conceito de massa no deve ser confundido com o de peso. Unidade S.I. - Quilograma [kg] Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 54 16/09/2014 o que se traduz por toda a fora se caracterizar por uma certa intensidade, uma determinada direco, um sentido e um ponto de aplicao. A fora , pois, uma grandeza vectorial (Cap. 2). Conhecidas as trs grandezas fsicas fundamentais do S.I. importa perceber qual o conceito de fora e como se determina por definio, uma vez que ser esta a grandeza que mais se quantificar ao longo dos prximos captulos. Assim, entende-se por fora toda a aco de um corpo sobre outro (por contacto ou distncia), tendo por Unidade S.I. o Newton [N], em homenagem ao cientista ingls Isaac Newton. Conforme se apresentar posteriormente, tem-se pela 2 Lei de Newton, a expresso F = m a , ou seja , P = m g Em termos dimensionais, 1 Newton [N] = 1 [kg] x 1 [m/s 2 ] P = m . g Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 55 16/09/2014 Uma fora surge quando entre dois corpos se estabelece uma interaco. Uma fora no se pode ter, transportar ou guardar, apenas se pode exercer ou experimentar. Quando uma determinada interaco se interrompe, a(s) respectiva(s) fora(s) em causa desaparece(m), no sendo possvel recuper-la(s). Deste modo, o Newton [N] define-se como a fora necessria para imprimir a uma massa de 1 [kg] uma acelerao de 1 [m/s 2 ]. Uma vez que a acelerao mdia na superfcie terrestre vale aproximadamente 9,81 m/s 2 , a relao entre as unidades de fora, Newton e Quilograma-fora [kgf] de 1 Newton [N] 0,1019 [kgf], isto , 1 kgf 9,81 N . Assim, e em termos prticos, o peso de um corpo com 1 kg de massa sujeito acelerao gravtica igual a P = m.g = 1 kg . 9,81 m/s 2 = 9,81 N 10 N Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 56 16/09/2014 No quadro seguinte apresentam- se os mltiplos e submltiplos das unidades SI habitualmente considerados. Smbolo Prefixo Unidade Factor multiplicativo T tera 10 12 G giga 10 9 M mega 10 6 k quilo 10 3 h hecto 10 2 da deca 10 1 Unidade de referncia d deci 10 -1 c centi 10 -2 m mili 10 -3 m micro 10 -6 n nano 10 -9 Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 57 16/09/2014 Unidade Comprimento Quilmetro [km] 1 km = 1000 m = 10 3 m Centmetro [cm] 1 cm = 0,01 m = 10 -2 m Milmetro [mm] 1 mm = 0,001 m = 10 -3 m Tempo Milisegundo [ms] 1 ms = 0,001 s = 10 -3 s Massa Tonelada 1 Ton = 1000 kg = 10 3 kg Grama 1 g = 0,001 kg = 10 -3 kg Fora QuiloNewton 1 kN = 1000 N = 10 3 N MegaNewton 1 MN = 1.000.000 N = 10 3 kN = 10 6 N Exemplos: Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 58 16/09/2014 a) MATRIA toda a substncia que ocupa espao. b) PARTCULA OU PONTO MATERIAL Traduz um corpo de dimenses infinitesimais. c) CORPO um conjunto de partculas que ocupam uma determinada posio mais ou menos fixa entre si. Na realidade, um corpo uma quantidade de matria delimitada por uma superfcie fechada. Se a sua posio relativa for fixa, trata-se de um corpo rgido, caso contrrio, designa-se por corpo deformvel. Para anlise de uma srie de princpios, relaes e casos prticos existe ainda o interesse em definir os seguintes conceitos: Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 59 16/09/2014 1.5 Princpios fundamentais da Mecnica Clssica Tais princpios correspondem a conceitos insusceptveis de demonstrao matemtica, cuja veracidade garantida atravs da via experimental bem como da intuio: 1 - Lei do paralelogramo para a adio de foras (Cap. 2). 2 - Princpio da transmissibilidade. 3 - Leis fundamentais de Newton (1, 2 e 3). Assim, 1 Lei de Newton Se a resultante de um grupo de foras que actuam numa partcula nula, a partcula permanecer em repouso (se inicialmente em repouso) ou mover-se- com velocidade constante segundo uma linha recta (se inicialmente em movimento). Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 60 16/09/2014 3 Lei de Newton - As foras de aco e de reaco entre corpos em contacto tm a mesma intensidade, a mesma linha de aco mas sentidos opostos. 4 - Lei da gravitao ou da atraco universal (no considerada em Esttica) 2 Lei de Newton - Se a resultante de um grupo de foras que actuam numa partcula no nula, a partcula ter uma acelerao cuja intensidade proporcional intensidade da resultante, com a mesma direco e o mesmo sentido. Ver-se- ao longo dos prximos captulos a aplicao prtica dos Princpios fundamentais anteriormente enunciados com especial destaque para a 3 Lei de Newton ! Esttica e Resistncia dos Materiais, DECA/FE/UBI, ARQ - 2014-2015, Afonso Mesquita 61 16/09/2014