Sei sulla pagina 1di 5

1ª Parte_Tarefa _2 _Análise Crítica ao Modelo Auto avaliação das Bibliotecas

Escolares

Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação


das Bibliotecas Escolares

Com base em toda a literatura consultada, conclui-se que, cada vez mais, a acção
das bibliotecas escolares deverá contribuir para a aprendizagem e o sucesso educativo
dos alunos. Tal como Ross Todd afirma, as suas práticas deverão provar o impacto que
têm nas aprendizagens. Para isso, é fundamental proceder-se a uma auto-avaliação
sistemática visando a melhoria contínua da qualidade, num contexto de mudança.

O Modelo de Auto-avaliação da RBE surge assim para dar resposta a esta


necessidade que, até então, se traduzia na elaboração de simples relatórios de
actividades desenvolvidas.

• O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de


melhoria. Conceitos implicados
O modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares é um instrumento
pedagógico, orientador da qualidade do trabalho desenvolvido na BE, que tem como
objectivo: “avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no
funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas
de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem maior
investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.”

Neste modelo estão implícitos os seguintes conceitos:

 A noção de valor - «O valor não é algo intrínseco às coisas, tem sobretudo a ver
com experiências e benefícios que se retira delas», o importante é o resultado
das acções da BE, aquilo que contribui para a melhoria das atitudes e
competências dos utilizadores;

 A noção de auto - avaliação - «processo pedagógico, inerente à gestão e procura


de uma melhoria contínua da BE». A aplicação deste modelo pretende ser
facilmente integrável nas práticas de gestão da BE, alguns procedimentos
deverão tornar-se práticas habituais e não apenas serem implementados com
vista à avaliação;

 A ideia de avaliação que deverá ser entendida não como um fim, mas como um
processo que conduzirá à reflexão, permitindo traçar estratégias que originem
mudanças;

 O modelo como instrumento pedagógico de melhoria, irá permitir «orientar as


escolas através da definição de factores críticos de sucesso para áreas nucleares

A formanda: Maria João Sousa


8-11-2009
1ª Parte_Tarefa _2 _Análise Crítica ao Modelo Auto avaliação das Bibliotecas
Escolares

ao funcionamento e sucesso da BE e sugerindo possíveis acções para melhoria»


com vista ao desenvolvimento de uma biblioteca escolar de qualidade. Este
trabalho deverá basear-se na recolha sistemática de evidências (Todd, evidence-
based practice) permitindo identificar pontos fracos e fortes e estabelecer
objectivos e prioridades de acordo com a realidade de cada BE.

Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as


bibliotecas escolares
Como foi inicialmente referido, a avaliação das Be’s sempre se efectuou embora
através de simples relatórios de actividades apresentados no final do ano lectivo no
Conselho Pedagógico e enviados à Direcção Regional-RBE. Estes consistiam,
normalmente, num balanço do funcionamento geral do serviço e na enumeração de um
conjunto de actividades realizadas e consequentes “êxitos”, mas em pouco contribuíam
para a mudança de procedimentos, no ano seguinte, pois o impacto junto das “chefias”
ganhava pouco relevo.

No contexto actual, a aplicação de um modelo de auto-avaliação da BE,


proposto pela Rede de Bibliotecas Escolares, vem alterar significativamente a forma
como tem sido encarado o funcionamento e o trabalho desenvolvido nas bibliotecas.
Sendo a biblioteca considerada por alguns o coração da escola, é importante que
investigue e apresente os resultados da sua acção, identificando o sucesso e o impacto
dos seus serviços e os gaps condicionantes desse sucesso. Esta avaliação terá
consequentemente reflexos na avaliação interna e externa da escola, por a nível
institucional, passará a ganhar também outra importância.

Além disso, este documento, favorece o trabalho do professor bibliotecário e sua


equipa, pois está orientado para uma análise dos processos e dos resultados numa
perspectiva formativa, permitindo identificar as necessidades e os pontos fracos com
vista a melhorá-los. Assim, e de um modo bem definido, sabemos o que temos de fazer,
o que se espera de nós e que caminho temos de percorrer para melhorar as nossas
práticas.

• Organização estrutural e funcional. Adequação e


constrangimentos
Como se Estrutura o Modelo?

O Modelo é constituído por quatro Domínios, divididos em Subdomínios.

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular

A.1 Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes

A formanda: Maria João Sousa


8-11-2009
1ª Parte_Tarefa _2 _Análise Crítica ao Modelo Auto avaliação das Bibliotecas
Escolares

A.2. Desenvolvimento da literacia da informação

B. Leitura e Literacia

C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular

C.2. Projectos e parcerias

D. Gestão da Biblioteca Escolar

D.1. Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços


prestados pela BE

D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços

D.3. Gestão da colecção

Dentro de cada subdomínio identificam-se conjuntos de Indicadores ou critérios, os


quais apontam para os aspectos nucleares de intervenção da BE inerentes a esse
subdomínio. Os factores críticos de sucesso são exemplos de situações, ocorrências e
acções que operacionalizam o respectivo indicador. Para cada indicador são apontados
possíveis instrumentos para a recolha de evidências que irão suportar a avaliação, bem
como acções de melhoria a implementar.

Quanto aos perfis de desempenho que caracterizam o que se espera da BE, em cada
área analisada, a avaliação é atribuída numa escala de quatro níveis (1 a 4) que
correspondem à designação de: Excelente, Bom, Satisfatório e Fraco.
A aplicação do modelo no ano transacto, no domínio A, permitiu-me fazer uma
avaliação mais profunda do funcionamento da biblioteca, contudo senti, por vezes,
alguns constrangimentos sobretudo porque alguns pontos fracos advêm de faltas de
apoio quer institucional e exterior quer da colaboração de alguns colegas. Na área em
que incidiu a avaliação, era constantemente focada a articulação com os outros docentes
e os órgãos pedagógicos, e apesar de, na minha prática, fazer um trabalho conjunto com
alguns departamentos, senti dificuldade em admitir que não trabalhava com todos, o que
considero francamente um exagero. Além de domínio A, tive também de avaliar de
forma mais sucinta os outros domínios e senti que havia alguma repetição de aspectos a
avaliar, nomeadamente no domínio B e C, pelo que, se calhar, deveriam ser integrados
respectivamente nos domínios A e D.

• Integração/ Aplicação à realidade da escola


Em relação à integração/aplicação do modelo à realidade da escola, já referi
atrás que foi implementado (embora experimentalmente) no ano transacto. Penso que é

A formanda: Maria João Sousa


8-11-2009
1ª Parte_Tarefa _2 _Análise Crítica ao Modelo Auto avaliação das Bibliotecas
Escolares

um documento que permite orientar práticas e «evidenciar o impacto e o papel da


biblioteca escolar na escola», tal como Ross Todd afirma.

O modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização com vista à


obtenção da melhoria contínua da qualidade. Pressupõe a liderança forte do professor
bibliotecário, que tem de mobilizar a escola para a necessidade e implementação do
processo avaliativo. É um processo de melhoria que deve facultar informação de
qualidade, capaz de apoiar uma tomada de decisão interligada à avaliação da escola.

• Competências do professor bibliotecário e estratégias


implicadas na sua aplicação.
O professor bibliotecário deve evidenciar as seguintes competências:
a. Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;
b. Ser proactivo;
c. Saber exercer influência junto de professores e do Conselho Executivo;
d. Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade
educativa;
e. Ser observador e investigativo;
f. Ser capaz de ver o todo - “the big picture”;
g. Saber estabelecer prioridades;
h. Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
i. Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
j. Saber gerir recursos no sentido lato do termo;
k. Ser promotor dos serviços e dos recursos;
l. Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e
contribuir para as aprendizagens;
m. Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.
n. Saber trabalhar com departamentos e colegas.

O professor bibliotecário deve revelar uma liderança forte associada a uma visão e
gestão estratégica, isto é:

- Pensar estrategicamente;
- Gerir estrategicamente, de acordo com as prioridades da escola e para o sucesso;
- Promover uma cultura de avaliação;

A formanda: Maria João Sousa


8-11-2009
1ª Parte_Tarefa _2 _Análise Crítica ao Modelo Auto avaliação das Bibliotecas
Escolares

- Comunicar permanentemente. Articular prioridades.

No contexto actual, considero bastante exigente o que se está pedir aos


professores bibliotecários tendo em atenção o facto de conviverem com tantas
adversidades. São tarefas demasiadas para uma só pessoa, por isso temos muitas das
nossas acções bastante incompletas.

Bibliografia:

Texto da sessão: “O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares:


problemáticas e conceitos implicados”, Disponível na plataforma.

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares . Disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/np4/31.html

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares – Instrumentos de recolha de dados . Disponível em
http://www.rbe.minedu.pt/np4/np4/31.html

Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based
practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf>:

A formanda: Maria João Sousa


8-11-2009

Potrebbero piacerti anche