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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS

ESCOLARES: PROBLEMÁTICAS E CONCEITOS IMPLICADOS.

As Bibliotecas Escolares são um recurso presente, actual e


essencial Desde o seu arranque, após as recomendações do relatório
Parent em 1963, a Biblioteca da Escola, tende a afirmar-se, cada vez
mais, como uma parte integrante dos recursos pedagógicos,
oferecidos aos alunos e aos professores, nos planos cultural e
informativo. Os alunos frequentam a biblioteca com o objectivo de aí
realizar os trabalhos escolares ou simplesmente para encontrar
leituras em função de um interesse, de uma necessidade ou de uma
aprendizagem específica. Os professores podem recorrer aos
especialistas em documentação e aos numerosos recursos
documentais disponíveis para responder aos processos pedagógicos
que privilegiam na sua prática de ensino.

A implementação das tecnologias de informação e comunicação


dizem respeito, em primeiro plano, à biblioteca e ao seu pessoal e
reforça, assim, o seu papel enquanto centro de informação ao serviço
dos alunos e dos professores. As tecnologias permitem aos
utilizadores descobrirem modos renovados de acesso à informação
para consulta de documentos em suportes digitais, ou interrogar
bancos de dados locais ou distantes através das auto-estradas da
informação.

A utilização esclarecida dos meios tecnológicos adequados


favorece a pesquisa, sem fronteiras da informação. Obriga, no
entanto, a aprender a validar a fiabilidade destas novas fontes de
informação. Neste contexto, deve desenvolver nos alunos uma
cultura de informação, baseada no rigor e no discernimento.

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares pretende


ser um instrumento pedagógico de melhoria contínua que permita
avaliar o trabalho da Biblioteca Escolar e o impacto desse trabalho na
escola e nas aprendizagens dos alunos e identificar os aspectos
positivos e aqueles que, por apresentarem resultados menos
satisfatórios, requerem maior reflexão, determinando, nalguns casos,
numa mudança das práticas.

A auto-avaliação deve ser um processo pedagógico para a


procura de uma melhoria contínua das Bibliotecas Escolares. O que se
pretende é integrar a Biblioteca Escolar no processo de ensino e de
aprendizagem, através do recurso de metodologias activas que
estimulem uma aprendizagem com base em recursos e em tarefas de
investigação.
É importante a existência de uma Biblioteca Escolar agradável e bem
equipada, então esse facto deve estar associado a uma utilização
capaz de produzir resultados que contribuam de forma certa para os
objectivos da escola onde ela se insere.
A auto-avaliação deve ser encarada como um processo pedagógico e
regulador, na procura de uma melhoria contínua da Biblioteca
Escolar. Todos irão beneficiar com a análise e reflexão realizada.
Pretende-se que o modelo de auto-avaliação seja exequível e
facilmente integrável nas práticas de gestão, dai que devam ser
implementadas rotinas de funcionamento, como por ex: efectuar-se
um registo escrito de todas as reuniões/contactos de trabalho
realizados pelo/a coordenador/a ou equipa da Biblioteca Escolar, para
que através da recolha de evidências, a Biblioteca Escolar identifique
o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu desempenho.
A auto-avaliação deverá contribuir para a elaboração do
novo plano de desenvolvimento, ao possibilitar a identificação mais
clara dos pontos fracos e fortes, o que orientará o estabelecimento de
objectivos e prioridades, de acordo com uma perspectiva realista face
à Biblioteca Escolar e ao contexto em que se insere. (Modelo de Auto-
Avaliação, 2008)

Devem realizar-se estudos estatísticos periodicamente para


identificar tendências e uma avaliação anual deve cobrir todas as
áreas principais do documento de planeamento para avaliar se todos
os objectivos e metas a que se propuseram para a Biblioteca estão a
ser atingidos.
Hoje, no entanto, a avaliação das Bibliotecas Escolares deve
centrar-se sobretudo nos aspectos qualitativos, isto é, na apreciação
das modificações positivas que o seu funcionamento tem nas
atitudes, valores e conhecimento dos utilizadores e não dar tanta
importância só à dimensão quantitativa, como por exemplo, o número
de empréstimos e de utilizadores do espaço.

O que importa é o resultado, o valor que os nossos serviços


acrescentam nas atitudes e nas competências dos alunos, como
escreve Ross Todd num dos textos.

O importante é esclarecer e avaliar «o que fazemos, como


fazemos, onde estamos e até onde queremos ir, e sobretudo o papel
e intervenção, as mais-valias que acrescentamos».

Como se afirma no mesmo texto de Ross Todd.

Portanto, o objectivo do Modelo de Avaliação é a transformação


das Bibliotecas Escolares em organizações capazes de aprender e de
crescer através da recolha sistemática de evidências de uma auto-
avaliação sistemática.

Sendo assim, compreende-se que o Modelo de Auto-Avaliação das


Bibliotecas Escolares se organize em quatro domínios:

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular


A.1 Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os
docentes
A.2. Desenvolvimento da literacia da informação

B. Leitura e Literacias

C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à


Comunidade
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento
curricular
C.2. Projectos e parcerias
D. Gestão da Biblioteca Escolar
D.1. Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços
prestados pela BE
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3. Gestão da colecção

Para além disto existe um conjunto de indicadores sobre os


quais assenta o trabalho da Biblioteca Escolar.
Procurou-se que a sua estruturação e os processos implicados
na sua implementação fossem clara e facilmente perceptíveis por
toda a comunidade escolar, assumindo-se como um instrumento de
melhoria.
Os documentos oficiais indicam depois a metodologia a
seguir: Seleccionar o domínio, recolher evidências, registar a auto-
avaliação, realização das mudanças necessárias.

No entanto a aquisição da melhoria contínua da qualidade das


Bibliotecas obriga a que estas estejam preparadas para a
aprendizagem contínua.

Deve existir uma motivação individual dos seus membros e a


alguma capacidade de liderança do professor bibliotecário, que tem
de mobilizar a escola para a necessidade e implementação do
processo avaliativo. Daí também a relevância dos atributos do
professor bibliotecário que deve evidenciar as seguintes
competências:

Ser um verdadeiro elo de ligação na comunidade educativa.


Saber motivar os professores e o órgão directivo para o trabalho
articulado. Ser considerado e respeitado pelos outros membros da
comunidade educativa. Saber construir um plano de acção com
etapas bem definidas. Realizar uma abordagem construtiva dos
problemas e da realidade. Ser capaz de divulgar e promover os
serviços e os recursos. Ser professor e um avaliador de recursos, com
o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens. Saber gerir
e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola. Saber
trabalhar com departamentos e colegas.
Como escreveu Mike Eisenberg e Montiel-Overall

«A relação de trabalho do professor bibliotecário tem que ser baseado na confiança


entre dois ou mais participantes vistos como iguais, envolvidos numa partilha de pensamentos,
de planos e na criação de situações de ensino integrado. Através de perspectivas e objectivos
comuns, são criadas oportunidades de aprendizagem que integram os conhecimentos
específicos de cada área e as literacias da informação, por intermédio de co-planificação, co-
execução e coavaliação da evolução dos estudantes ao longo do processo de ensino, de modo a
melhoraras suas aprendizagens em todas as áreas do currículo».

A Biblioteca Escolar é um recurso da escola que pode


influenciar a concretização dos objectivos de ensino / aprendizagem
na escola, desta forma a avaliação da Biblioteca Escolar deve ser
conhecida e divulgada a toda a comunidade educativa.
A informação resultante da auto-avaliação das Bibliotecas
Escolares terá, assim, um valor astucioso para toda a comunidade
educativa.
Podemos assim concluir que o Modelo de Auto-avaliação é um
instrumento auxiliador que nos veio permitir fazer uma análise dos
processos e dos resultados numa perspectiva formativa, permitindo
detectar as necessidades e os pontos fracos com vista a uma
melhoria. Não se deve encarar o Modelo como mais uma ferramenta
para dificultar a vida da escola.
A auto-avaliação permite-nos aprender a fazer bem. Deve-se,
no entanto, salientar que este Modelo tem que ser implementado
adaptando-o à realidade de cada escola, isto porque cada escola tem
o seu Projecto Educativo e o modelo deve ser ajustado à nossa
realidade tendo em conta somente o ou os domínios mais relevantes
para atingirmos os objectivos propostos e não obrigatoriamente todos
os domínios.
Não devemos no entanto esquecer a necessidade de uma
avaliação séria sobre tudo o que se fez, só assim nos permitirá
efectuar um bom trabalho.

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