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Este documento apresenta técnicas de avaliação e testes de buchas de alta tensão de transformadores de potência utilizando varredura de frequências. Os testes de fator de dissipação e capacitância são realizados em diferentes frequências para detectar degradação precoce do isolamento, levando em conta os fenômenos de efeito pelicular e polarização. Os resultados são comparados com valores de referência para avaliar o estado do isolamento.
Este documento apresenta técnicas de avaliação e testes de buchas de alta tensão de transformadores de potência utilizando varredura de frequências. Os testes de fator de dissipação e capacitância são realizados em diferentes frequências para detectar degradação precoce do isolamento, levando em conta os fenômenos de efeito pelicular e polarização. Os resultados são comparados com valores de referência para avaliar o estado do isolamento.
Este documento apresenta técnicas de avaliação e testes de buchas de alta tensão de transformadores de potência utilizando varredura de frequências. Os testes de fator de dissipação e capacitância são realizados em diferentes frequências para detectar degradação precoce do isolamento, levando em conta os fenômenos de efeito pelicular e polarização. Os resultados são comparados com valores de referência para avaliar o estado do isolamento.
Abstract--Este trabalho apresenta as tcnicas de avaliao e
testes de buchas de Alta tenso de transformadores de potncia. Mostra os procedimentos e resultados prticos envolvendo testes de fator de dissipao e capacitncia que pode ser aplicado pelas equipes de manuteno. Este trabalho mostra ainda a realizao de testes avaliando a condio de isolamento buchas, usados para subsidiar a tomada de deciso sobre a condio da instalao.
I ndex Terms buchas, diagnstico, efeito pelicular, variao de frequncia, testes e anlises, deteco de defeitos I. INTRODUO VALIAR e produzir um diagnstico confivel do estado de equipamentos de subestao tem requerido dos profissionais envolvidos com essa atividade a adoo de tcnicas e ferramentas que permitam obter uma avaliao eficaz e rpida desses equipamentos. Devido crescente presso para reduzir custos, as empresas do setor eltrico so foradas a manter as antigas instalaes em operao por tanto tempo quanto possvel. Estatsticas recentes tm mostrado que cerca de um tero dos transformadores tm mais de 30 anos. As buchas de alta tenso so componentes crticos dos transformadores de potncia e particularmente buchas capacitivas de alta tenso necessitam de maior ateno e testes regulares para se evitar falhas inesperadas. Diante das novas regras de mercado do setor eltrico, do envelhecimento das instalaes e da diminuio do nmero de profissionais envolvidos com a avaliao dos equipamentos na subestao, torna-se imperativo a busca de procedimentos e ferramentas que possibilitem a obteno de dados das instalaes de forma rpida e precisa. Este trabalho mostra tcnicas de avaliao e testes em buchas de alta tenso utilizando varredura de frequncias. Por meio da observao dos fenmenos de efeito pelicular e da polarizao do meio dieltrico, o trabalho avalia a condio do isolamento e buchas de alta tenso atravs do teste de Fator de Dissipao e Capacitncia em vrias frequncias, e a comparao das curvas resultantes com os dados e caractersticas do elemento sob teste. O trabalho tambm mostra que o teste realizado apenas a 60 Hz pode levar a diagnsticos errados ou incompletos. Com a
M. E. C. Paulino gerente tcnico da Adimarco, Rio de Janeiro, RJ, Brazil (e-mail: marcelo@adimarco.com.br ou mecpaulino@yahoo.com.br). A. T. L. Ameida professor titular da Universidade Federal de Itajub, MG, Brazil (e-mail: tadeu.lyrio@unifei.edu.br). variao de frequncia possvel detectar a degradao no isolamento em um estgio inicial, com uma anlise mais detalhada. II. AVALIAO DE BUCHAS COM VARIAO DE FREQUNCIA Os testes mais comuns realizados em buchas de alta tenso so: Medida de fator dissipao e capacitncia do isolamento RIV (Radio-Influence-Voltage) Resistncia de isolamento DC Teste do leo ou da umidade no isolamento Neste trabalho foi analisada a aplicao dos ensaios de fator de dissipao e capacitncia. Essa aplicao, juntamente com a avaliao do leo, consiste no procedimento de teste de campo mais eficaz para deteco antecipada da degradao do isolamento da bucha. Ele tambm mede a corrente de teste alternada (CA), que diretamente proporcional capacitncia da bucha. Para a avaliao dos resultados do teste de fator dissipao e capacitncia do isolamento em 50/60 Hz, as normas IEC 60137 e IEEE C57.19.01 indicam os limites de avaliao [1,2]. TABLE I AVALIAO PARA DIFERENTES TIPOS DE BUCHAS SEGUNDA AS NORMAS IEC 60137 E IEEE C57.19.01 [1,2] Tipo RIP OIP RBP I solamento Papel impregnado a resina Papel impregnado a leo Papel envelopado a resina DF tan (IEC 60137) < 0,7% * < 0,7% * < 1,5% * PF cos IEEE C57.19.01 < 0,85% * < 0,5% * < 2% * * a 1.05 Um/3 e 20C As tabelas 2 e 3 mostram as tolerncias para avaliao de buchas adotadas neste trabalho para as medidas realizadas a 50/60 Hz. TABLE II AVALIAO DA CAPACITNCIA [3] C = Cmedida Cref* Avaliao C < 5% Aceitvel 5% < C < 10% Deve ser investigada C > 10% Crtica *sendo Cref o valor de placa ou de bucha nova
TABLE III AVALIAO DO FATOR DE DISSIPAO [3] Avaliao FPmed < 2 x FPref Aceitvel FPmed < 3 x FPref Deve ser investigada FPmed > 3 x FPref Crtica *sendo FPref o valor de placa ou de bucha nova Avaliao de Buchas de Alta Tenso com Variao de Frequncia M. E. C. Paulino, e A. T. L. Almeida, A
2 Entretanto, at os dias de hoje, o fator de dissipao ou o fator de potncia s foram medidos na frequncia da linha. Este trabalho realiza as medies de isolamento em uma larga faixa de frequncia, produzindo uma assinatura da bucha testada em funo da frequncia. As medidas podem ser feitas em frequncias diferentes da frequncia da linha e seus harmnicos. Com este princpio, os testes podem ser realizados tambm na presena de alta interferncia eletromagntica em subestaes de alta tenso. A faixa de frequncia utilizada nesse trabalho varia de 15 a 600 Hz. Os testes podem ser realizados sem problemas, pois, nesta faixa de frequncias, as capacitncias e indutncias do sistema eltrico testado so praticamente constantes, sendo permitida uma variao mxima de 1% nos valores de capacitncia ou indutncia medidos. O teste do isolamento consiste na medida da superposio de vrios efeitos, tais como as propriedades do papel sozinho e do leo isolante. A anlise das propriedades dieltricas dada com a combinao da polarizao interfacial no isolamento leo e papel, combinando suas caractersticas. Assim, para avaliarmos o isolamento, devemos considerar que o dieltrico perde sua capacidade de isolar devido a: Movimento de ons e eltrons (corrente de fuga) Perdas por causa do efeito da polarizao A. Perdas por Corrente de Fuga A perda por movimento de eltrons, ou seja, por corrente de fuga no isolamento dependente da frequncia da tenso aplicada no isolamento. Este fenmeno ocorre devido ao efeito pelicular. O efeito pelicular (Skin effect em ingls) um efeito caracterizado pela repulso entre linhas de corrente eletromagntica, criando a tendncia de esta corrente fluir na superfcie do condutor eltrico. Quando uma corrente eltrica constante flui em um condutor homogneo, ela se distribui uniformemente pela sua seo transversal. Quando se trata de uma corrente alternada, esta no se distribui de maneira uniforme pela seo do condutor. Este efeito proporcional intensidade de corrente, frequncia, ao campo eltrico, s dimenses e forma do condutor e a condutividade eltrica [4]. Para um condutor de seo transversal circular, a distribuio da corrente eltrica varia ao longo do raio da seo, sendo maior na superfcie. Freqentemente encontrado em sistemas de corrente alternada, o efeito pelicular responsvel pelo aumento da resistncia aparente de um condutor eltrico, devido diminuio da rea efetiva do condutor. Para comprovar a influncia do raio do condutor na resistncia frente ao aumento de frequncia, utilizaram-se as funes de Bessel para calcular a impedncia interna de condutores cilndricos contnuos e tubulares, levando-se em considerao o efeito pelicular [5]. A figura 1 mostra a resistncia aumentando com a frequncia, sendo quanto maior a espessura do tubo, mais inclinada a curva se apresenta. Assim, o efeito pelicular causa, com o aumento da frequncia, o aumento da densidade de corrente nas pores externas do condutor, evidenciando a ocorrncia de corrente de fuga superficial. Alm disso, as perdas aumentam com o aumento da frequncia.
Fig. 1 Comportamento da resistncia de condutores cilndricos tubulares. B. Perdas por Efeito da Polarizao O comportamento de um material isolante quanto polarizao tem uma caracterstica semelhante utilizada na compreenso da anlise de um capacitor. A capacitncia est relacionada s caractersticas geomtricas do capacitor e se o espao entre as placas for preenchido com um material isolante, o fenmeno da polarizao vai influenciar na capacitncia, aumentando-a. Entretanto, a criao de dipolos no isolante absorve energia dos terminais do capacitor, devolvendo-a quando este descarregado, configurando as perdas por polarizao. As perdas por polarizao so geradas devido aos efeitos de suspenso e rotao. No entanto, a polarizao eltrica dos materiais no tem origem em uma nica fonte e a polarizao total de um material dieltrico ser a soma de todos os tipos presentes neste material. A suspenso de eltrons completamente reversvel. O mecanismo demonstrado na figura 2. Este tipo de polarizao tambm chamado de Polarizao do tomo. A polarizao de dipolos mostrada na figura 3.
Fig. 2 Polarizao de eltrons em um campo eltrico
Fig. 3 Polarizao de dipolos em um campo eltrico
O dipolo tpico uma molcula de gua. Quando o campo eltrico altera a polaridade, a orientao da molcula de gua alterada para 180. Esta rotao, relacionada com a frequncia aplicada, causa as perdas descritas. A superfcie, os limites de elementos internos e intermedirios (incluindo a superfcie da precipitao) podem ser carregados, isto , elas contm dipolos que so orientados para alguns graus devido a um 3 campo externo e deste modo contribuir para a polarizao do material, gerando perdas adicionais que so conhecidas por polarizao interfacial. Este efeito ocorre, por exemplo, na interface entre o leo do transformador e o isolamento slido tais como papel ou placa de transformador. III. ENSAIO EM BUCHAS INSTALADAS EM AUTOTRANSFORMADOR E EM BUCHA RESERVA As buchas de alta tenso de autotransformadores instaladas em uma Subestao de 500 kV possuem os valores de referncia mostrados na tabela 3. A figura 4 mostra o autotransformador da fase B sob teste. TABLE III VALORES DE REFERNCIA PARA C1 DE BUCHAS 500 KV Bucha Capacitncia Fator de Dissipao Fase A (n 78D237) 431,9pF 0,22% Fase B (n 78D243) 421,3pF 0,20% Fase V (n 78D247) 426,6pF 0,21%
Fig. 4. Autotransformador fase B sob teste.
Foram realizadas medidas de fator de dissipao e capacitncia nas buchas H1 das fases B e V. Os resultados do teste para a frequncia de 60Hz so mostrados na tabela 4.
TABEL IV VALORES DE ENSAIO A 60 HZ PARA C1 DE BUCHAS 500 KV Medida Fator de Dissipao Capacitncia BUCHA H1 Fase B 0,2380% 425,4132 pF BUCHA H1 Fase V 0,2795% 426,0563pF
A comparao entre as unidades e os valores de referncia mostra a boa condio das buchas segundo os testes realizados. Em seguida foram realizados ensaios com variao de frequncia, cujos resultados sero apresentados adiante. A. Ensaio em Bucha Reserva de 500 kV Os testes foram repetidos em uma bucha reserva. A figura 5a mostra a bucha em seu local de armazenamento. A figura 5b mostra sua retirada para inspeo e realizao de novo teste. Como se trata de uma bucha do mesmo tipo que as buchas instaladas no transformador, eram esperados resultados iguais. Entretanto a realizao do teste com a bucha em seu local de armazenamento mostrou uma sria degradao em seu isolamento devido a forte presena de umidade.
(a) (b) Fig. 5. Bucha Reserva sob teste (a) bucha armazenada no caneco, (b) bucha sendo retirada para inspeo e novo teste.
A bucha foi ento retirada do caneco e a inspeo mostrou grande quantidade de umidade, como mostra a figura 6 no detalhe da extremidade inferior da bucha.
Fig. 6. Inspeo na bucha reserva e constatao da presena de umidade.
Foi ento realizado a secagem manual da bucha e novo teste. A tabela 5 mostra os resultados do teste na bucha reserva antes e depois da secagem manual. Fica evidenciada a degradao do isolamento. Aps a secagem manual o resultado do teste indica uma sensvel melhora do isolamento. Entretanto essa melhora no chega aos nveis observados para as buchas em funcionamento, mostrado na tabela 4.
TABELA V VALORES DE ENSAIO A 60 HZ PARA C1 DE BUCHA RESERVA 500 KV Medida Fator de Dissipao Capacitncia BUCHA H1 Reserva antes 1,3227% 409,7116pF BUCHA H1 Reserva depois 0,3353% 421,9776pF
A figura 7 mostra o resultado do teste com a variao de frequncia nas buchas das fases B e V, e na bucha reserva (antes e depois da secagem manual). Fica evidente a diferena de assinaturas evidenciando a condio do isolamento. 4
Fig. 7. Resultados de teste de Fator de Dissipao com variao de frequncia.
A figura 8 mostra os resultados de teste para as medidas de capacitncia. Repete-se a caracterstica com o mesmo efeito.
Fig. 8. Resultados de teste de Capacitncia com variao de frequncia.
Nota-se que na faixa de frequncias usada no teste, a capacitncia poder variar 1%, no mximo. A tabela 6 mostra os valores calculados da variao de frequncia.
TABEL VI VALORES DE VARIAO DO VALOR DE CAPACITNCIA Bucha Cap % Fase B 0,51 % Fase V 0,56 % Reserva (antes) 2,64 % Reserva (depois) 0,73 % IV. COMPARAES DE MEDIDAS DE CAPACITNCIA E FATOR DE DISSIPAO EM 3 FASES Foi realizada a comparao das medidas de fator de potncia entre as buchas das 3 fases de um banco de reatores ASEA/BROWN BOVERI, tipo RM46, 2002, com Potncia: 40,33 MVAr, Tenso HV: 500 kV, Corrente HV: 127 A. A figura 9 mostra uma unidade testada. As buchas testadas forma fabricadas em 2002 e so do tipo GOE 1675/1175/2500A (OIP) com isolao: 550/318[kV], e valores nominais da Capacitncia C1 de 5516 pF e do fator de dissipao de C1 com 0,46%. Os resultados de Fator de Potncia variando a frequncia so mostrados na figura 10. Nota-se que o Fator de Potncia tende a aumentar com o aumento da frequncia, comprovando o descrito anteriormente.
Fig. 9. Unidade testada de reatores ABB 40,33 MVA/500kV.
Fig. 10. Comportamento do fator de dissipao pela variao de frequncia - Comparao entre as 3 fases
Entretanto registraram-se picos negativos e positivos exatamente sobre a frequncia de 60 Hz. Isto ocorreu devido forte interferncia eletromagntica na medida, pois os reatores avaliados esto instalados ao lado de uma instalao de 500kV energizada. Vale ressaltar que se as medidas fossem feitas apenas com 60 Hz os resultados anotados certamente estariam errados, pois no levariam em considerao as condies reais do equipamento sob teste. A figura 11 mostra as medidas de capacitncia das buchas com variao de frequncia. Novamente pode-se observar o efeito da interferncia eletromagntica em 60 Hz.
Fig. 11. Comportamento da Capacitncia pela variao de frequncia - Comparao entre as 3 fases A, B e V. 5 Observam-se tambm os valores de capacitncia que praticamente no se alteram, apresentando uma variao de cerca de 0,7% em toda a escala de frequncias. A comparao entre as fases mostra uma diferena mxima de menos de 1% entre os valores de capacitncia. V. ANLISE DE FALHA EM TRANSFORMADOR ELEVADOR Em uma atividade de manuteno foram realizados testes para anlise das buchas do transformador elevador de 134,4 MVA - 13,8/138 kV, instalado na UHE Jupi, CESP, Brasil. A figura 12 mostra o transformador sob teste.
Os resultados dos testes nas buchas de alta tenso no evidenciarem problemas, conforme mostra a figura 13. O ensaio foi realizado no modo UST-A, medindo a capacitncia C1 da bucha. Os valores a 60 Hz coincidem com os valores de referncia e valores de ensaios anteriores, alm da caracterstica com variao de frequncia mostrar a repetibilidade entre as fases e atestar a condio boa do isolamento das buchas H1, H2 e H3.
Fig. 13. Ensaio de Fator de Potncia das buchas de AT.
Entretanto, os resultados do ensaio das buchas de baixa tenso evidenciaram um srio problema no isolamento nessas buchas, conforme mostra a figura 14. Os valores na frequncia de 60 Hz apresentam valores conformes e esperados. Entretanto, com a variao de frequncia, fica clara a evidncia de falha pelo desvio entre as buchas aps 150 Hz. Como o uso de uma ponte tipo Schering, com capacitor de referncia e capacidade de variao de frequncia, a equipe tcnica tem a sua disposio todos os dados para efetuar uma anlise eficaz, como os resultados das medidas das Perdas Watt com a variao da frequncia, utilizando a tcnica de Colar Quente, como mostrada na figura 15. A figura 16 mostra os resultados para a variao da Perda Watt com a frequncia.
Fig. 14. Ensaio de Fator de Potncia das buchas de BT.
Fig. 15. Conexo para ensaio de Fator de Potncia das buchas de BT.
Fig. 16. Resultados de Perda Watt nas buchas de BT.
Nota-se que ao redor de 60 Hz a perda Watt, basicamente composta pela corrente de fuga superficial, desprezvel. 6 Comparando-se as caractersticas de fator de potncia e perda Watt notamos uma grande semelhana. Portanto pode-se concluir que: A perda Watt aumenta com a frequncia devido ao efeito pelicular, ento existe um caminho para estabelecimento da corrente de fuga evidenciando falha no isolamento; A diferena entre as buchas das 3 fases implica em diferentes condies de falha entre elas; Como a medida foi realizada sem a influncia da corrente de fuga superficial (teste colar quente), a corrente de fuga evidenciada no flui pela superfcie da bucha, mas por uma conexo interna. Aps a abertura da caixa de buchas (figura 17a) foi verificado o afrouxamento dos parafusos das barras de conexo entre as buchas de BT e a barra do enrolamento conforme a figura 17b, alm de trincas na base de fixao.
Fig. 17a. Caixa de buchas de BT. Fig. 17b. Conexo buchas de BT. VI. CONCLUSES Este trabalho apresentou aplicaes envolvendo tcnicas com variao de frequncia capazes de realizar testes com maior rapidez e eficcia. Essas tcnicas permitem a realizao do teste de Fator de Dissipao em vrias frequncias, gerando assinaturas representando o estado atual do isolamento. Isto permite a comparao das curvas resultantes de um determinado teste com uma assinatura de referncia. Os procedimentos para identificao de problemas em buchas de transformadores de potncia utilizando medidas com variao de frequncia identificam o tipo de falha e sua localizao. Com isto possvel detectar a degradao no isolamento em um estgio inicial, com uma anlise mais detalhada, subsidiando a tomada de deciso sobre a condio do transformador, evitando a escolha de procedimentos inadequados, aumentando os custos e o tempo de indisponibilidade. O trabalho mostrou que o teste realizado apenas a 60 Hz pode levar a diagnsticos errados ou incompletos e no capaz de avaliar satisfatoriamente o isolamento de buchas de transformadores. VII. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS [1] IEEE Standard Performance Characteristics and Dimensions for Outdoor Apparatus Bushings, IEEE Standard C57.19.01-2000, May. 2000. [2] IEC Insulated bushings for alternating voltages above 1 000 V, IEC Standard 60137 ed6.0, Jul. 2008. [3] Reference Manual CPTD1- CPC100TD1.PR.1 - OMICRON electronics GmbH, 2005 [4] Robert R., Efeito Pelicular, Revista Brasileira de Ensino de Fsica, vol. 22, no. 2, Junho, 2000. [5] MINGLI, W. and YU, F., Numerical Calculations of Internal Impedance of Solid and Tubular Cylindrical under Large Parameters, IEEE Proc.-Gener. Transm. Distrib., Vol. 151, No. 1, January 2004. [6] Paulino, M. E. C., "Avaliao do Isolamento em Transformadores de Potncia com Testes Eltricos Avanados" in Proc. 2010 9th IEEE/IAS International Conference on Industry Applications, So Paulo, SP, Brazil, 2010. [7] Paulino, M. E. C. and Beltro, V. C. V. M. Efeito Pelicular e Polarizao na Avaliao do Isolamento de Transformadores e Buchas com Variao de Frequncia. in Anais do SBSE 2010 - Simpsio Brasileiro de Sistemas Eltricos, Belm, PA, Brazil, 2010. [8] Paulino, M. E. C. Fattori, I. M. Mariano C. A., Alcntara, C. Oda, P. R., "Utilizao de Tcnicas com Variao de Frequncia para Busca de Defeitos em Transformador de Potncia" in Proc. 2010 IEEE Power Engineering Society Transmission and Distribution Conf., So Paulo, SP, Brazil, 2010. [9] IEEE Guide for Diagnostic Field Testing of Electric Power Apparatus Part 1: Oil Filled Power Transformers, Regulators, and Reactors. IEEE Std 62-1995, Inc., New York, NY, 1999. [10] Paulino, M. E. C., "Avaliao em Campo de Buchas em Transformadores de Potncia Fator de Dissipao a 60Hz Suficiente?" in Proc. CIDEL Argentina 2010 International Electricity Distribution Congress, Buenos Aires, Argentina, 2010. VIII. BIOGRAFIAS
Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino graduou- se como Engenheiro Eletricista na Escola Federal de Engenharia de Itajub (EFEI). Tambm Especialista em Manuteno de Sistemas Eltricos. Possui larga experincia em Sistemas de Controle Convencional, Manuteno de Sistemas de Automao Digitais de Subestao, Proteo de Sistemas Eltricos, Qualidade de Energia e Aplicaes em Smart Grids. Manuteno, testes e avaliao de transformadores de potncia. Atualmente gerente do Departamento Tcnico da Adimarco, no Rio de Janeiro, Brasil. Instrutor certificado pela OMICRON eletronics Tambm responsvel pela preparao, projeto e execuo de prestao de servio na rea de teste de proteo e equipamentos de sistemas eltricos de Usinas e Subestaes de 500/345/138/13,8 KV. Autor e co-autor de mais de 80 trabalhos tcnicos em eventos no Brasil e no exterior. Membro ativo de sociedades profissionais nacionais e internacionais. Membro da ABNT/COBEI e CIGR, atuando em WG B5.39, WG A2.05, WG A2.44, WG D1.35, e IEC TC57.
Antonio Tadeu Lyrio de Almeida graduou-se como Engenheiro Eletricista na Escola Federal de Engenharia de Itajub (EFEI) em 1980. Cursou especializao em Curso de Engenharia de Sistemas Eltricos pela Universidade Federal de Itajub em 1984, especializao no Curso de Engenharia de Manuteno de Subestaes pela Universidade Federal de Itajub em 1989. mestre em Engenharia Eltrica pela Universidade Federal de Itajub em 1986 no tema Especificao de Motores de Induo e Doutor em Engenharia Eltrica pela Universidade Estadual de Campinas em 1993 com trabalho de Contribuio Conservao de Energia e Manuteno de Motores de Induo Trifsicos. Atualmente professor titular da Universidade Federal de Itajub e Coordenador do CEMSE - Curso de Especializao em Manuteno de Sistemas Eltricos. Tem experincia na rea de Engenharia Eltrica, com nfase em Sistemas Eltricos de Potncia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Motores de Induo, Conservao de Energia, Manuteno, Manuteno Eltrica, Ensaios. Membro do IEEE.