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Análise Crítica ao Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

Introdução

Quando li o presente modelo de auto avaliação pela primeira vez, ficou clara
uma ideia, nós sabemos o que nos espera, está tudo escrito de forma muito clara, é só!
executar.

Foi muito bom constatar que a recolha de evidências também já foi pensada
assim. Em relação ao modelo sabemos o que temos que fazer e isso, parece-me uma
grande vantagem.

1 - Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos aplicados.


Este modelo enquanto instrumento pedagógico assenta na avaliação dos
resultados alcançados em conjunto com o plano de actividades da biblioteca escolar,
permitindo confrontar os objectivos definidos com os resultados alcançados. O modelo
apresenta-se como um instrumento facilitador na obtenção de evidências. Tudo isto
porque o trabalho desenvolvido na Biblioteca Escolar terá consequentemente de ser
aferido para se saber o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas
aprendizagens dos alunos. A partir daqui pode-se identificar as áreas de sucesso e alterar
os aspectos menos bem sucedidos.
A auto-avaliação traça uma “ponte” entre as escolas e os resultados obtidos e por
isso é importante que, para aplicar o modelo de auto-avaliação da biblioteca esta esteja
associada a toda as estruturas pedagógicas da Escola de forma a aferir resultados
concretos.
Quanto aos conceitos aplicados destaca-se o poder estrutural de todo o processo:
- O papel da BE no desenvolvimento da Escola e consequentemente o efeito que
produz na aprendizagem “e não o desempenho individual do coordenador ou elementos
da equipa da biblioteca devendo a auto-avaliação ser encarada como um processo
pedagógico e regulador (…) na melhoria contínua da BE”, tal como refere o modelo de
auto-avaliação. A reorientação aplicando acções de melhoria, após a análise sob a
recolha de evidências.
- A adequação/readaptação de acordo com uma perspectiva realista do contexto
em que se insere a BE. A tal “utilização flexível”, com adaptação à realidade de cada
escola que refere o documento da RBE.
- A exequibilidade da aplicação do modelo e a integração nas práticas de gestão
da equipa da biblioteca. Assumir um trabalho diário e contínuo definido como rotina
habitual para que o modelo de avaliação não seja encarado como excessivo com o
perigo de se transformar numa espiral desenfreada de documentos, grelhas, registos,
papéis etc.
- A noção de valor da avaliação da BE baseada na exploração dos seus recursos
como um objectivo pedagógico e efectivo nos resultados de aprendizagem.

2 - Pertinência da existência de um modelo de avaliação para as bibliotecas


escolares.
A ideia de criar um modelo de avaliação das bibliotecas escolares permite
perspectivar a organização estrutural no seu todo. Apresenta-se assim como um
instrumento de melhoria, uma vez que a recolha sistemática de evidências permitirá a
possibilidade de transformar/inovar na busca da qualidade. A sua pertinência alia-se à
missão de transformar em resultados objectivos o que se vai definindo e desenvolvendo
na BE.
Este modelo é um instrumento pedagógico de melhoria contínua, que permite
aos órgãos de Gestão e aos professores Bibliotecários avaliar o trabalho da Biblioteca
Escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas
aprendizagens dos alunos.
O esforço que tem existido pela RBE, na valorização/investimento dos recursos
e optimização dos espaços da BE tem como objectivo atribuir-lhe um papel crucial no
processo educativo e provocar uma responsabilidade colectiva nas escolas. Com este
modelo é valorizada a necessidade de provar o impacto que as práticas das bibliotecas
escolares exercem no contexto da escola e por isso, há a necessidade de avaliar o
trabalho desenvolvido pelos professores Bibliotecários. Pode ser difícil saber-se se os
caminhos que estamos a seguir são os mais certos, mas a recolha de evidências poderá
fornecer informações sobre a sustentabilidade desses mesmos caminhos, o que alterar
para melhorar e em que se deve apostar. Por muito que acreditemos na nossa intuição só
poderemos avaliar com segurança se a avaliação qualitativa da BE assentar na aferição
mais ou menos objectiva do impacto que os utilizadores retiram dos seus serviços.
3 - Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.
A política da biblioteca deve ser traçada tendo em conta a realidade social e
pedagógica da escola, e deve reflectir as suas finalidades e os seus objectivos.
O modelo apresenta-se organizado em quatro domínios (A. Apoio ao
Desenvolvimento Curricular; B. Leitura e Literacias; C. Projectos, Parcerias e
Actividades Livres e de Abertura à Comunidade; D. Gestão da Biblioteca Escolar) e
num conjunto de indicadores temáticos sobre os quais assenta o trabalho da BE. Estes
domínios são considerados cruciais no desenvolvimento e qualidade das bibliotecas
escolares. Mas, parece evidente que deve existir uma responsabilidade de todos em
torno da aplicação do documento. Este deve ser continuamente testado e validado, com
a acção e envolvimento de todos.
A sua adequação parece enquadrar-se no contexto geral das Bibliotecas, embora
se deva ajustar/adaptar a cada realidade sempre que se julgue pertinente.
Os seus constrangimentos podem surgir se a Escola contar apenas com o
professor Bibliotecária para a realização das tarefas e para a sua aplicação.

4 - Integração/Aplicação à realidade da Escola


A implementação do modelo implica um compromisso praticamente de toda a
escola na sua realização e para tal é imperativo que:
- a direcção forme uma equipa multidisciplinar (de 4/5 elementos);
- o professor bibliotecário reúna com os docentes e os departamentos de forma a
recolher informação;
- o professor bibliotecário preste informações ao conselho pedagógico, e peça
sugestões;
- o professor bibliotecário e a equipa, recolham evidências dos alunos, dos
docentes e até dos funcionários;
- a equipa seleccione o domínio a avaliar, (neste momento já está seleccionada é
o Domínio B);
- a equipa estabeleça formas de tratamento dos dados recolhidos.
O modelo está faseado para ser aplicado durante quatro anos. Durante esse
tempo e com uma avaliação permanente pode-se corrigir o que está mal e reforçar as
boas práticas.
5. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua
aplicação
Na concepção da nova BIBLIOTECA, cabe ao professor bibliotecário
transformar a biblioteca escolar em “espaço de conhecimento”.
O Professor Bibliotecário deve possuir entre outras, as seguintes competências:
- saber exercer influência junto da direcção da escola;
- ser bom comunicador ;
- saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola;
- ser útil, relevante e respeitado pelos outros membros da comunidade educativa;
- saber estabelecer prioridades;
- ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
- saber gerir recursos;
- saber trabalhar com alunos, professores e restante comunidade.
Relativamente à implementação do Modelo de Auto-Avaliação, as estratégias
implicadas na sua aplicação podem ser apresentadas por fases:
A primeira será de recolha de informação, definição de objectivos, definição de
momentos de auto-avaliação, identificação dos seus pontos fortes e fracos com a ajuda
da comunidade escolar e recolha sistemática (diária) de evidências.
Na segunda fase, divulgação dos resultados obtidos e identificação dos pontos
fortes e fracos do processo.
Actualmente, uma biblioteca cheia de livros pode não ser sinónimo de qualidade,
hoje a biblioteca presta serviços e é por essa prestação de serviços que será avaliada por
todos. Por isso torna-se imperativo a obtenção de dados estatísticos, de modo
sistemático e diário. O tratamento dos dados deve ter como objectivos o melhoramento
dos serviços.

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