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1) O trabalho em física refere-se à energia transferida pela aplicação de uma força ao longo de um deslocamento.
2) O trabalho de uma força é calculado através da integral de linha da força aplicada ao longo do deslocamento.
3) O trabalho é positivo quando a força atua no sentido do deslocamento e negativo quando atua no sentido oposto.
1) O trabalho em física refere-se à energia transferida pela aplicação de uma força ao longo de um deslocamento.
2) O trabalho de uma força é calculado através da integral de linha da força aplicada ao longo do deslocamento.
3) O trabalho é positivo quando a força atua no sentido do deslocamento e negativo quando atua no sentido oposto.
1) O trabalho em física refere-se à energia transferida pela aplicação de uma força ao longo de um deslocamento.
2) O trabalho de uma força é calculado através da integral de linha da força aplicada ao longo do deslocamento.
3) O trabalho é positivo quando a força atua no sentido do deslocamento e negativo quando atua no sentido oposto.
Disambig grey.svg Nota: Para trabalho em sua acepo econmica, veja trabalho (desambiguao). Mecnica clssica Orbital motion.gif Diagramas de movimento orbital de um satlite ao redor da Terra, mostrando a velocidade e acelerao. Cinemtica[Expandir] Dinmica[Expandir] Histria[Expandir] Trabalho e Mecnica[Esconder] Energia cintica Energia potencial Trabalho Conservao da energia Fora conservativa Fora de contato Funo de Lagrange Potncia Retropropulso Princpio de Hamilton Sistema de partculas[Expandir] Colises[Expandir] Movimento rotacional[Expandir] Sistemas Clssicos[Expandir] Formulaes[Expandir] Gravitao[Expandir] Fsicos[Expandir] v e Em fsica, trabalho (normalmente representado por W, do ingls work, ou pela letra grega \tau) uma medida da energia transferida pela aplicao de uma fora ao longo de um deslocamento.
O trabalho de uma fora F aplicada ao longo de um caminho C pode ser calculado de forma geral atravs da seguinte integral de linha:
\operatorname{W} _{c} = \int_{c} \mathbf{F}\cdot d\mathbf{r} onde: F o vector fora r o vector deslocamento. O trabalho um nmero real, que pode ser positivo ou negativo. Quando a fora atua no sentido do deslocamento, o trabalho positivo, isto , existe energia sendo acrescentada ao corpo ou sistema. O contrrio tambm verdadeiro, uma fora no sentido oposto ao deslocamento retira energia do corpo ou sistema. Qual tipo de energia, se energia cintica ou energia potencial, depende do sistema em considerao.
Como mostra a equao acima, a existncia de uma fora no sinnimo de realizao de trabalho. Para que tal acontea, necessrio que haja deslocamento do ponto de aplicao da fora e que haja uma componente no nula da fora na direco do deslocamento. por esta razo que aparece um produto interno entre F e r. Por exemplo, um corpo em movimento circular uniforme (velocidade angular constante) est sujeito a uma fora centrpeta. No entanto, esta fora no realiza trabalho, visto que perpendicular trajectria.
Portanto h duas condies para que uma fora realize trabalho:
a) Que haja deslocamento;
b) Que haja fora ou componente da fora na direo do deslocamento.
Esta definio vlida para qualquer tipo de fora, independentemente da sua origem. Assim, pode tratar-se de uma fora de atrito, gravtica (gravitacional), elctrica, magntica, etc.
ndice [esconder] 1 Tipos de trabalho 2 Trabalho e energia 3 Conceito 4 Unidades 5 Outras unidades 6 Outras frmulas 7 Resoluo numrica de equaes diferenciais 8 Ver tambm 9 Referncias Tipos de trabalho[editar | editar cdigo-fonte] Trabalho nulo, quando o trabalho igual a zero; Trabalho potente/motor, quando a fora e o deslocamento esto no mesmo sentido; Trabalho resistente, quando a fora e deslocamento possuem sentidos contrrios (geralmente representado por T= -F.d Trabalho e energia[editar | editar cdigo-fonte] Se uma fora F aplicada num corpo que realiza um deslocamento dr, o trabalho realizado pela fora uma grandeza escalar de valor:
d{\operatorname{W}} = {\mathbf{F}} \cdot d{\mathbf{r}} Se a massa do corpo for suposta constante, e obtivermos dWtotal como o trabalho total realizado sobre o corpo (obtido pela soma do trabalho realizado por cada uma das foras que atua sobre o mesmo), ento, aplicando a segunda lei de Newton pode-se demonstrar que:
d \operatorname{W} _{total} = d\operatorname{ E_{c}} onde Ec a energia cintica. Para um ponto material, Ec definida como:
\operatorname{E_{c}} = \frac{\operatorname{m} \operatorname{v^{2}}}{2} Para objectos extensos compostos por diversos pontos, a energia cintica a soma das energias cinticas das partculas que constituem um tipo especial de foras, conhecidas como foras conservativas, pode ser expresso como o gradiente de uma funo escalar, a energia potencial, V:
{\mathbf{F}} = - grad{\operatorname{(V)}} Se supusermos que todas as foras que atuam sobre um corpo so conservativas, e V a energia potencial do sistema (obtida pela soma das energias potenciais de cada ponto, devidas a cada fora), ento:
- d \operatorname{V} = d{\operatorname{E_{c}}} \Rightarrow d{( \operatorname{E_{c} + V} )} = 0 Este resultado conhecido como a lei de conservao da energia, indicando que a energia total \operatorname{E_{t}} = \operatorname{E_{c} + V} constante (no funo do tempo).
Conceito[editar | editar cdigo-fonte] Os princpios do conceito de trabalho remontam s equaes de Galileu do movimento retilnio uniformemente variado (MRUV). Temos que o deslocamento \Delta s (positivo para uma direo da reta e negativo para a outra) equivale a
\Delta s = \frac {v^2 - v_0^2}{2a} O que nos d uma relao entre o deslocamento e a mudana de velocidade (v a velocidade correspondente ao final do deslocamento e v_0 a velocidade correspondente ao seu incio).
Essa equao o primeiro passo para um tratamento da mecnica que seja independente do tempo envolvido. Mas ainda h nela um fator que remete ao tempo: a acelerao. De forma qualitativa, essa equao nos diz que, quanto maior for o mdulo da acelerao que levou o corpo da velocidade v_0 velocidade v, menor o espao percorrido durante essa transformao. De modo simples: se a mudana de velocidade demorou mais, ento sobrou mais tempo para que o corpo se movesse enquanto isso. Para eliminar esse fator que to dependente da maneira como se deu a mudana de velocidades (o que contraditrio com um tratamento atemporal), devemos multiplicar ambos os lados da equao por a e passar a pensar em a\Delta s como uma entidade nica, relacionada apenas com a variao absoluta do quadrado da velocidade dividido por dois:
a \Delta s = \frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} Independentemente de como foi realizada a transformao, o \frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} ser sempre igual entidade a \Delta s, de modo que finalmente temos um tratamento atemporal no movimento uniformemente variado.
Entretanto, queremos estender isso ao movimento geral. Para isso, primeiro temos que estabelecer uma relao entre o movimento retilnio e o movimento curvo, a fim de estender nossos conceitos de um para o outro. Para fazer isso, lembramos as relaes entre os vetores velocidade, posio e acelerao: a acelerao a derivada temporal da velocidade e a velocidade a derivada temporal da posio. Agora pensemos em qualquer "deslocamento infinitesimal" d \vec r. Temos que:
d\vec r = \frac {d \vec r}{dt} . dt = \vec v dt Ou seja, qualquer deslocamento infinitesimal se d na direo da velocidade instantnea (desde que a posio seja descrita por uma funo vetorial contnua). Como a direo da velocidade instantnea uma s, ento cada deslocamento infinitesimal retilnio.
Agora, devemos descobrir o quanto a nossa entidade \frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} muda nesse intervalo infinitesimal de tempo em que os deslocamentos so retilnios. Para isso, derivamos a entidade em relao ao tempo:
\frac {d}{dt} \left[ \frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} \right] = v\frac {dv}{dt} Note que a derivada \frac {dv}{dt} NO corresponde ao vetor acelerao, como mostraremos logo.
Antes disso, voltemos por um instante nossa entidade a \Delta s = \frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} (que s vlida para o MRUV). Claramente, se considerarmos o deslocamento como sendo sempre positivo, ento uma acelerao negativa (no sentido oposto ao do movimento) implica uma diminuio da magnitude da velocidade, enquanto uma acelerao positiva (no mesmo sentido do movimento) aumenta a magnitude da velocidade.
E quanto a uma acelerao que no se d na mesma direo do deslocamento? Vejamos a seguinte relao:
\vec v = v \hat v Onde v a magnitude da velocidade e \hat v o vetor unitrio que indica a direo da velocidade. Sendo assim, para obter a acelerao derivamos a expresso v \hat v, usando a regra da cadeia:
\vec a = \frac {dv}{dt} \hat v + v \frac {d \hat v}{dt} Onde vemos que um componente da acelerao (na mesma direo da velocidade), muda a magnitude da velocidade (\frac {dv}{dt} \hat v), enquanto o outro componente muda apenas a direo da velocidade (v \frac {d \hat v}{dt}, lembrando que a derivada de um vetor unitrio sempre na direo perpendicular a esse vetor unitrio). Ou seja, como destacamos acima, a derivada \frac {dv}{dt} corresponde a apenas um componente da acelerao: o componente que se d na direo da velocidade.
Esse componente equivale a:
\frac {dv}{dt} = \frac {\vec a \cdot \vec v}{v} Note que, quando esse produto escalar negativo, porque a componente da acelerao que est na direo do deslocamento est no sentido oposto a ele. Isso implica uma diminuio da magnitude da velocidade, em concordncia com a situao encontrada no MRUV.
Agora, a mudana infinitesimal na nossa entidade \frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} fica:
\frac {d}{dt} \left[ \frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} \right] = v\frac {dv}{dt} = \vec a \cdot \vec v Mas queremos saber essa mudana em um intervalo de tempo qualquer. Ento integramos com relao ao tempo:
\frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} = \int \vec a \cdot \vec v dt Finalmente achamos a nossa entidade. No entanto, em analogia ao que aconteceu no MRUV, o que temos aqui uma integral dependente do tempo, o que no condiz com o que estamos buscando desde o incio: um tratamento atemporal. Assim, fazemos simplesmente:
\int \vec a \cdot \vec v dt = \int \vec a \cdot \frac {d\vec r}{dt} dt O que constitui uma integral de linha:
\int_C \vec a \cdot d \vec r = \frac {v^2}{2} - \frac {v_0^2}{2} Com os limites de integrao, obviamente, correspondendo aos pontos inicial e final da trajetria.
Nosso *trabalho* est quase pronto. S precisamos multiplicar essa entidade que encontramos pela massa. Isso tem inmeras vantagens, mas aqui daremos apenas uma razo conceitual: a acelerao um conceito secundrio em comparao com a importncia da fora. Trocar, na equao acima, a acelerao pela fora quer dizer trazer essa entidade para mais perto do mundo fsico. Isso tambm se deve ligao do trabalho com o conceito de energia, que uma quantidade que se conserva, e que est ligada massa.
\int_C m \vec a \cdot d\vec r = \int_C \vec F \cdot d\vec r Assim, temos, finalmente, o trabalho TOTAL sobre uma partcula:
W = \int_C \vec F \cdot d\vec r Onde \vec F a fora resultante. O trabalho realizado por uma outra fora qualquer anlogo, trocando-se a fora total pela fora qualquer. Note que a componente do trabalho de uma fora qualquer que contribui para a componente fora resultante na direo do deslocamento , justamente, o produto escalar entre a fora qualquer e a direo do deslocamento, o que justifica essa similaridade.
Unidades[editar | editar cdigo-fonte] A unidade SI de trabalho o joule (J), que se define como o trabalho realizado por uma fora de um newton (N) atuando ao longo de um metro (m) na direco do deslocamento. O trabalho pode igualmente exprimir-se em N.m, como se depreende desta definio. Estas so as unidades mais correntes, no entanto, na medida em que o trabalho uma forma de energia, outras unidades so por vezes empregadas.
Outras unidades[editar | editar cdigo-fonte] O Quilojoule, equivalente a 10^3 joules e o erg, que equivale a: 1 joule = 10^3*10^2*10^2 erg = 10^7 erg.
Outras frmulas[editar | editar cdigo-fonte] Para o caso simples em que o corpo se desloca em movimento retilneo e a fora paralela direco do movimento, o trabalho dado pela frmula:
\operatorname{W} = \operatorname{Fr} \; onde F apenas a magnitude da fora e r a distncia percorrida pelo corpo. Caso a fora se oponha ao movimento, o trabalho negativo. De forma mais geral, a fora e o deslocamento podem ser tomados como grandezas vectoriais e combinados atravs do produto interno:
\operatorname{W} = \mathbf{F}\cdot\mathbf{r} Esta frmula vlida para situaes em que a fora forma um ngulo com a direco do movimento, desde que a magnitude da fora e direco do deslocamento sejam constantes. A generalizao desta frmula para situaes em que a fora e a direco variam ao longo da trajectria (ou do tempo) pode ser feita recorrendo ao uso de diferenciais. O trabalho infinitesimal dW realizado pela fora F ao longo do deslocamento infinitesimal dr ento dado por:
d\operatorname{W} = \mathbf{F}\cdot d{\mathbf{r}} A integrao de ambos os lados desta equao ao longo da trajectria resulta na equao geral inicialmente apresentada.
Resoluo numrica de equaes diferenciais[editar | editar cdigo-fonte] O movimento dos projteis , em sendo considerado uma nica fora - o peso -, seria o movimento real se o movimento fosse realizado no vcuo. Uma soluo mais realista obtm-se tendo em conta tambm a fora de resistncia do ar. A acelerao do projtil ser ento
\vec{a} = \vec{g} + \dfrac{\vec{F}_\mathrm{r}}{m}
em que \vec{g} a acelerao da gravidade e \vec{F}_\mathrm{r} a fora de resistncia do ar, fora essa que depende da velocidade, da massa volmica do ar, \rho, e da forma e do tamanho do projtil.
Se o projtil for uma esfera de raio R a expresso para a fora de resistncia do ar ser, a partir da equao ...
Escolhendo um sistema de eixos em que a gravidade aponta no sentido negativo do eixo dos y e a velocidade \vec{v_0} com que lanado o projtil est no plano xy, o peso e a fora de resistncia do ar atuaro sempre no plano xy e o movimento do projtil estar limitado a esse plano. 1
Assim sendo, a velocidade e a acelerao tm duas componentes, segundo x e y, e combinando as duas equaes anteriores, as derivadas das componentes da velocidade so,
\dfrac{\mathrm{d}\,v_y}{\mathrm{d}\,t} = -g - k\,v_y\,\sqrt{v_x^2+v_y^2} em que a constante positiva C igual a,
C = \dfrac{\pi\,\rho\,R^2}{4\,m}
A introduo do efeito da resistncia do ar complica muito o problema, porque estas equaes no so equaes de variveis separveis e devero ser resolvidas em simultneo, j que as duas componentes v_x e v_y aparecem nas duas equaes.
Um caso particular o caso da queda livre vertical, em que a velocidade inicial zero; nesse caso, a fora de resistncia do ar atua unicamente na vertical e em sentido oposto ao peso, o movimento unicamente ao longo do eixo dos y e a equao diferencial para a componente vertical da velocidade ,
Ver tambm[editar | editar cdigo-fonte] Wikiquote O Wikiquote possui citaes de ou sobre: Trabalho Equao de Torricelli Trabalho no campo eltrico Teorema do trabalho-energia Referncias Ir para: a b [ Dinmica e Sistemas Dinmicos. Porto: Jaime E. Villate, 20 de maro de 2013. 267 pgs]. Creative Commons Atribuio-Partilha (verso 3.0) ISBN 978-972-99396-1-7. Acesso em 27 jun. 2013.