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Inspeção periódica de caldeiras de recuperação é essencial para garantir sua segurança e confiabilidade operacional. Ensaios não destrutivos como medições de espessura e líquidos penetrantes devem ser aplicados em áreas críticas para detectar desgaste e trincas. Um plano de inspeção bem elaborado com coordenação de inspetores experientes permite o uso seguro destas caldeiras e minimiza custos de manutenção.
Inspeção periódica de caldeiras de recuperação é essencial para garantir sua segurança e confiabilidade operacional. Ensaios não destrutivos como medições de espessura e líquidos penetrantes devem ser aplicados em áreas críticas para detectar desgaste e trincas. Um plano de inspeção bem elaborado com coordenação de inspetores experientes permite o uso seguro destas caldeiras e minimiza custos de manutenção.
Inspeção periódica de caldeiras de recuperação é essencial para garantir sua segurança e confiabilidade operacional. Ensaios não destrutivos como medições de espessura e líquidos penetrantes devem ser aplicados em áreas críticas para detectar desgaste e trincas. Um plano de inspeção bem elaborado com coordenação de inspetores experientes permite o uso seguro destas caldeiras e minimiza custos de manutenção.
Caldeiras de recuperao constituem-se tanto do ponto de vista de processo
quanto do ponto de vista de segurana, em equipamento chave dentro de uma indstria de celulose. A indisponibilidade da caldeira de recuperao ocasiona a parada geral da fbrica, com preju!os econ"micos de grande monta. #o ponto de vista de segurana, tanto patrimonial quanto das pessoas, a caldeira de recuperao $ um equipamento que demanda cuidados acima da m$dia dos equipamentos convencionais. %anto isto $ reconhecido, que as associa&es que congregam as indstrias de celulose em diversos pases comp&em grupos de trabalho dedicados e'clusivamente ( segurana das caldeiras de recuperao e o )rasil no $ e'ceo ( esta regra. * vrios anos, a A)%C+ criou o Comit, de -egurana em Caldeiras de .ecuperao do )rasil /C-C.)0. 1m dos sub-comit,s do C-C.), o de 2anuteno e 3nspeo, dedica-se e'clusivamente a estudar e difundir boas prticas que garantam a confiabilidade operacional das caldeiras de recuperao, atrav$s da aplicao de procedimentos de inspeo e manuteno adequados. 1m dos principais documentos de recomendao j publicado pelo C-C.) $ o 4uia de 3nspeo +eri5dica de Caldeiras de .ecuperao. 6 item 7.8.9 trata especificamente da aplicao dos :nsaios ;o #estrutivos na inspeo de caldeiras de recuperao, recomendando t$cnicas a serem adotadas, locais a serem e'aminados e at$ mesmo sugerindo amostragens a serem aplicadas. A seguir, transcrevemos de forma adaptada o teor do item 7.8.9 do 4uia de 3nspeo do C-C.)< 3.1.2- Ensaios No Destrutivos Medies de espessura: Medies ultra-snicas de espessura peridicas so essenciais para controlar a vida til dos tubos, detectar desgastes anormais e confirmar a Presso Mima de !rabal"o #dmiss$vel %PM!#& da unidade' #baio so recomendadas lin"as gerais para um plano de prospeco ultra-snica para medio de espessura' (s tubos de fornal"a so medidos entre ) e * n$veis ou elevaes, dependendo do tipo de proteo contra corroso eistente' Prioritariamente so medidos os n$veis de ar de combusto e +ueimadores, e os tubos curvados ao redor das diversas aberturas da fornal"a' ,m reas cr$ticas - recomendado +ue a medio se.a feita em tr/s pontos da semicircunfer/ncia do tubo eposta aos gases, ao inv-s de uma nica medio central' Partes como o nari0, +ue sabidamente eperimentam maior desgaste, tamb-m devem receber ateno especial nas medies' #s regies altas da fornal"a e teto, em contrapartida, geralmente apresentam baias taas de corroso e podem ser eaminadas com menor fre+1/ncia ou amostralmente' (s tubos de supera+uecedores so medidos prioritariamente em partes curvas, e nos trec"os retos, nas lin"as de centro dos sopradores de fuligem' (s tubos de economi0adores devem ser medidos com prioridade para as partes inferiores, mais frias, e nas lin"as de sopragem' 2uidado especial deve ser tomado para verificar a c"amada corroso do lado frio, prima ao invlucro, estendendo-se as medies ultra-snicas a estes locais se necessrio' 3sto se aplica de forma especial +uando o invlucro estiver corro$do nas regies primas 4s entradas de sopradores de fuligem' (s tubos de cortina %screen& so medidos em 5 a 6 n$veis %este nmero pode ser maior dependendo das caracter$sticas da cortina&' #s partes primas 4s penetraes das paredes, tubos curvados e trec"os retos nas regies de sopragem so os focos de interesse principal' (s tubos de bancada devem ser medidos primo aos bales, se for o caso, em partes curvadas e nas lin"as de sopragem' !ubos com sinais visuais evidentes de desgaste ou corroso anormais devem ser medidos independentemente da sua locali0ao' 7$+uidos penetrantes ao redor das aberturas das bicas de smelt' 8as fornal"as de tubos compostos, onde a eperi/ncia ten"a mostrado uma incid/ncia aprecivel de trincas, al-m da recomendao acima, estender o ,nsaio tamb-m 4s portas de ar de combusto e demais aberturas da fornal"a baia' 9ependendo das circunst:ncias %tipo do tubo composto, pro.eto, carga da caldeira, composio do smelt&, tubos compostos podem sofrer trincas, tanto de corroso sob tenso fraturante %;22& como de fadiga t-rmica' < portanto importante eecutar o ,nsaio por l$+uidos penetrantes em todos os locais de maior concentrao de tenses e regies em contato direto com o fluo de smelt' 7$+uidos penetrantes em espaadores ou soldas de pain-is de screen, +uando o painel em +uesto tiver sido deformado por +ueda de blocos de sulfato' 7$+uidos penetrantes em clips e espaadores dos supera+uecedores' =adiografia para controle da +ualidade de eventuais soldas de manuteno em partes pressuri0adas' < necessrio radiografar >??@ das soldas eecutadas em tubos de gua na regio da fornal"a, assim como em +uais+uer outras locali0aes +ue teoricamente possam originar va0amentos para a fornal"a' ,nsaio 3=3; nos tubos do banco de conveco, +uando "ouver suspeita de reduo da espessura' (utros ,nsaios 8o-9estrutivos, ou os ,nsaios acima em locali0aes diferentes das citadas, devem ser aplicados segundo necessidades espec$ficas eAou suspeitas levantadas nos eames visuais' M-todos especiali0ados de ultra-som como B-;can e o prprio 3=3;, por eemplo, so indicados para eame de grandes reas ou locais com limitao de acesso' Como se v, grande a utilizao de Ensaios No Destrutivos em caldeiras de recuperao, constituindo-se sem dvida em ferramenta bsica de diagn!stico das condi"es de integridade do e#uipamento e de avaliao dos processos de degradao em curso$ Dois processos de degradao so important%ssimos de serem periodicamente avaliados, a reduo de espessura de componentes sob presso de vapor e o surgimento de trincas nos mais diversos componentes da caldeira$ &s processos de corroso so razoavelmente bem con'ecidos nas diversas regi"es das caldeiras$ Contudo, no se pode predizer com e(atido as ta(as de corroso em cada regio$ )edi"es peri!dicas amostrais permitem estabelecer ta(as de corros"es mdias e plane*ar as manuten"es com antecedncia$ &s planos de inspeo visual e medio amostral peri!dica so e(tremamente eficazes$ Estat%sticas mostram #ue menos de + dos vazamentos cr%ticos so devidos , reduo de espessura$ &s mecanismos de degradao envolvidos, os locais preferenciais para sua ocorrncia, a velocidade de degradao, a gravidade da conse#-ncia e outros fatores relativamente comple(os, fazem com #ue o plano de inspeo de caldeiras de recuperao deva ser elaborado, e(ecutado e supervisionado por pessoal no s! e(periente na tcnica de inspeo mas tambm com grande con'ecimento do e#uipamento. . a avaliao dos resultados re#uer con'ecimentos de mec/nica da fratura, e(perincia operacional com caldeiras de recuperao e con'ecimento das limita"es e toler/ncias dos mtodos de inspeo$ 0 partir disso tudo, podemos tirar algumas conclus"es$ 0 inspeo competente de caldeiras de recuperao permite uma utilizao segura, confivel e com custos de manuteno minimizados$ 0 coordenao tcnica da inspeo deve ser confiada a inspetores de caldeira e(perientes, e #ue conduzam a inspeo visual$ &s Ensaios No Destrutivos ade#uados devem ser aplicados em locais definidos pela e(perincia do inspetor da caldeira, e pelo 'ist!rico da caldeira e de outras caldeiras semel'antes e em funo dos resultados da inspeo visual inicial$ Milton Mentz , #iretor da 2=- -ervios :speciais de :ngenharia, ;vel 7 em :>?:.?1-?@+?+2 pelo -;AC?#4Bf+?A-;%, 2embro da Comisso de .ecuperao e :nergia, do Comit, de -egurana de Caldeiras de .ecuperao e da Comisso de 2anuteno da A)%C+, 2embro do Conselho #eliberativo da A):;#: