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Este Artigo trata de um assunto de extrema importância: A Função Social do Contrato, contemplada pelo Direito Civil; Sua importância reflete diretamente na realidade das pessoas quando da obrigação obtida através de contrato, bem como dos seus direitos decorrentes, em que pese figure como algo "normal", a realidade mostra e comprova sua necessidade, inovação resultando no aperfeiçoamento das relações contratuais como um todo, pois para estas são auferidas uma relevância extrema: ao celebrar contrato, as partes automaticamente evidenciam uma função social advinda não só do instrumento como delas próprias.
Este Artigo trata de um assunto de extrema importância: A Função Social do Contrato, contemplada pelo Direito Civil; Sua importância reflete diretamente na realidade das pessoas quando da obrigação obtida através de contrato, bem como dos seus direitos decorrentes, em que pese figure como algo "normal", a realidade mostra e comprova sua necessidade, inovação resultando no aperfeiçoamento das relações contratuais como um todo, pois para estas são auferidas uma relevância extrema: ao celebrar contrato, as partes automaticamente evidenciam uma função social advinda não só do instrumento como delas próprias.
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Este Artigo trata de um assunto de extrema importância: A Função Social do Contrato, contemplada pelo Direito Civil; Sua importância reflete diretamente na realidade das pessoas quando da obrigação obtida através de contrato, bem como dos seus direitos decorrentes, em que pese figure como algo "normal", a realidade mostra e comprova sua necessidade, inovação resultando no aperfeiçoamento das relações contratuais como um todo, pois para estas são auferidas uma relevância extrema: ao celebrar contrato, as partes automaticamente evidenciam uma função social advinda não só do instrumento como delas próprias.
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Equilíbrio entre as partes no sentido de um justo preço do negócio que se ausente, autorizava o adquirente a alegar a lesão e anular o ajuste. A economia liberal reclamava o modelo jurídico que, assentado sobre uma pressuposta igualdade formal dos indivíduos, garantisse ampla liberdade contratual, instrumento de acesso da burguesia à propriedade e instrumento, ainda, da contratação da mão-de-obra necessária ao comércio e à indústria, que substituíam o perfil econômico agrário do feudalismo. A realidade clássica, do contrato, é fundada na força de vontade como fonte primária da vinculatividade dos ajustes. Mas a desigualdade gerada nas relações jurídicas, em especial na esfera contratual, passou a exigir um novo modelo de Estado. É a mesma preocupação com a dignidade humana e com o solidarismo que impõe novo padrão de conduta das partes que transacionam e que, também, determina e assegura o equilíbrio de suas prestações. O contrato visto como um instrumento de cooperação e colaboração entre as partes. O equilíbrio que, como exigência do justo contratual, e malgrado reconduzido à idéia de cooperação entre os contratantes, marca de uma relação solidária entre as pessoas, merece específica menção. No direito romano a própria noção de jus era a da arte do bom e do eqüitativo, procurando-se dar a cada um o que fosse seu mas já se consagrava uma idéia de justiça como garantidora de uma relação de igualdade. Karl Larenz = o princípio da justiça contratual se manifesta, nos contratos que chama de recíprocos, em rigor bilaterais, sinalagmáticos e comutativos, quer pela equivalência objetiva entre prestação e contraprestação, quer pela eqüitativa distribuição dos ônus e riscos contratuais entre as partes contratantes. Pelo princípio objetivo de equivalência entre prestação e contraprestação, procura-se garantir que, entre ambas, haja um valor sensivelmente correspondente, forma por que se realiza o justo contratual. Mas mesmo garantida a equivalência objetiva, ou seja, que a uma prestação se assegure uma contraprestação que, objetivamente, e não em função da avaliação das partes (subjetivo), contrabalance as vantagens e desvantagens a elas inerentes, remanesce a dificuldade de se identificar qual a justa extensão desse balanceamento ou, na visão escolástica do justum pretium, qual o justo valor retributivo da prestação de cada um dos contratantes. Código de Defesa do Consumidor – princípio do equilíbrio contratual na sua expressão genérica = art. 51, 1º, II, presumidamente exagerada cláusula que restringisse direito ou obrigação fundamental inerente à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual; ou, igualmente, quando no mesmo artigo, mas no 4º, facultou-se ajuizamento de ações visando a anulação de cláusulas que de qualquer forma não assegurassem o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes. O que se procura na vertente da justiça contratual é uma equilibrada repartição entre os contratantes, de benefícios e encargos contratuais. No novo CCB, art. 1.128 e art. 234 = o ordenamento, ao efetuar atribuição de riscos, na ausência de previsão contratual, procura preservar sua justa repartição e, assim, o equilíbrio das vantagens e ônus das partes. A justiça contratual, porque envolve esse indispensável equilíbrio entre direitos e obrigações das partes numa relação contratual, tem o seu campo de eleição, naturalmente, no contrato comutativo, que é aquele que pressupõe uma relação de equivalência entre prestação e contraprestação, e que, de resto, constitui a mais importante categoria contratual da vida real, e a mais comum. Fala-se em igualdade substancial no sentido de obrigar o Estado, através de mecanismos legais, a intervir nas relações privadas para evitar as desigualdades. - Lesão e Cláusulas Abusivas: No Brasil, o CC de 1916 nada dispôs sobre a lesão, defendendo-se a sua reintrodução no ordenamento por meio, primeiro, da proibição da usura pecuniária (Dec.-Lei n.º 22.626/33) e, depois, e mais com conteúdo penal, pela punição da usura real (Dec. –Lei n.º 869/38). No novo CCB, a lesão voltou a ganhar previsão genérica, ao lado do estado de perigo, a que também subjacente à idéia de desequilíbrio contratual. No art.157, considera-se ocorrer a lesão “quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta:. Já o art. 156,”configura-se o estado de perigo quando alguém, premido pela necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa”. A Lei n.º 8.078/90, que regulamenta as relações de consumo = o equilíbrio contratual é mesmo um princípio das relações entre fornecedores e consumidores, considerou-se exatamente a hipótese de prestações desproporcionais ou que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada. E, presumida sua vulnerabilidade, cogitou-se apenas do elemento objetivo, e não tarifado, da lesão, pelo juiz, das cláusulas que a induzam. A cláusula abusiva é essencialmente aquela que vem marcada pela unilateralidade, que é resultado da posição da força, de superioridade de uma das partes contratantes, impondo um desequilíbrio contratual, de vantagens e riscos, que a ordem jurídica corrige ou, antes, impede. Seu fundamento está ligado à exigência de que as contratações decorram de um comportamento leal e de cooperação entre os contratantes. Ou seja, relacionam-se a boa-fé objetiva e justiça contratual de tal arte que o comportamento solidário seja o pressuposto necessário para uma contratação justa, que. não se compadece com a previsão de resultado desigual por conta da desigualdade substancial das partes Com o CDC, não só às relações de consumo se aplica a vedação das cláusulas abusivas, porque seu fundamento está não na explicitude da lei, apenas, mas em princípios que lhe são superiores, como o da justiça contratual e o da boa-fé objetiva. A desigualdade dos contratos precisa ter sido livre e conscientemente querida. A cláusula que a induz precisa ter sido desejada, realmente ajustada, entabulada na exata conformidade, inclusive, com a natureza do contrato que se consuma. O sistema das cláusulas abusivas não visa reprimir o abuso de direito, mas sim a injustificada e exagerada desvantagem de uma parte contratante diante da outra. Foi com a edição da Lei n.º 8.078/90 que a figura das cláusulas abusivas recebeu tratamento sistemático. Princípio do não contágio = a nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes. - Alteração das Circunstâncias: Sob a denominação “alteração das circunstâncias”, examinam-se as causas ulteriores de modificação do equilíbrio contratual, que servem a rescindir ou revisar o quanto entabulado pelas partes, a pretexto de salvaguarda desse princípio de equânime distribuição das vantagens e riscos dos ajustes “rebus sic stantibus” = se considerava implícita a todos ajustes de prestações sucessivas ou diferidas. Aos canonistas importava a questão moral e religiosa da honra à promessa e juramento feitos, mas condicionados à permanência das circunstâncias sob cujo jugo se a externou. Já os glosadores se ocupavam do estudo do Corpus Iuris Civilis, possibilitaram a sistematização da cláusula rebus. Modelo de Estado Liberal inaugurado = se primava pela não interferência do Estado nos contratos, a cláusula rebus perdeu força. Considerava-se o equilíbrio contratual a partir do que as partes, dotadas de formal igualdade, haviam estabelecido, e a que se obrigava de forma quase absoluta. O direito francês admitiu que o juiz pudesse intervir em ajustes de trato sucessivo ou execução diferida, desequilibrados por fatos extraordinários e imprevisíveis. Fê-lo mediante a consagração da teoria da imprevisão em nível jurisprudencial. No âmbito legislativo, com a edição, em 21/01/1918 da Lei Faillot, que permitia a resolução de ajustes que tivessem marcada onerosidade excessiva em virtude do fato da guerra. Desenvolveu-se assim a teoria da imprevisão, com a aplicação aos contratos comutativos de trato sucessivo ou de execução diferida, ainda não cumpridos, em que fatos extraordinários e imprevisíveis alterassem o sinalagma, de forma a tornar o cumprimento excessivamente oneroso a uma das partes e vantajoso à outra. WINDSCHEID = Teoria da Pressuposição = Tratava-se quase de condição implícita ou não desenvolvida, mas concernente a um fato pressuposto por uma parte e conhecível pela outra, cuja alteração ou frustração autorizaria a intervenção no ajuste, tal como quando, sem nada expresso a propósito, contudo cognoscível pelo outro contratante, se compra na pressuposição da obtenção de financiamento, não concedido, porém. OERTMANN = Teoria da Base do Negócio – existiriam fundamentos sobre os quais se firmam o negócio, ou sem os quais ele não se firma, mas diferentes dos motivos, porque não levam, propriamente, à decisão de contratar, quando muito condicionam a contratação, e porque não são unilaterais, não são conhecíveis como na pressuposição, contudo necessariamente conhecidos da contraparte. São circunstâncias que constituem fundamentos para as partes, formando uma base, por isso subjetiva, sobre a qual contratam. LARENZ Teoria da Base Subjetiva = Representação bilateral das partes na sua comum representação. Admite mesmo que a representação dos contratantes seja aquela que os leve a contratar e que, uma vez quebrada, induza verdadeiro erro sobre os motivos do negócio. Teoria da Base Objetiva = Romper-se-ia a base objetiva, autorizando a revisão dos contratos, sempre que, por alteração das circunstâncias, se destruísse a relação de equivalência entre prestação ou contraprestação e sempre que se frustrasse a finalidade do ajuste. A perturbação da equivalência das prestações, por transformações extraordinárias, deve ser de tal ordem que, como conseqüência, o contrato, confrontado com seu sentido originário, não mais possa ser qualificado de bilateral. Também seria causa de rompimento da base objetiva a frustração do fim do contrato. Essa finalidade frustrada não pode ser de cada qual das partes, isoladamente, o que retiraria o caráter objetivo da teoria da base, rompida pela frustração. A impossibilidade deve sempre se referir ao fim comum das partes, por isso, ao fim objetivo do próprio contrato. A doutrina da frustation os contracts, da edição do Law Reform Act, tratando do reembolso de despesas havidas diante de contrato frustrado. Exemplo do rompimento da base pela frustração do fim do contrato, os conoration cases, verificam uma prestação ainda materialmente possível mas já dissonante do fim específico e objetivo do contrato. FLUME = naturalia negotii, de cada tipo contratual ou mesmo de cada contrato específico, como se regula a questão dos riscos a serem suportados por cada qual das partes. Fatos supervenientes que tornassem desequilibrado o contrato redundariam num seu desvirtuamento, portanto em maltrato a regra do art. 85, ademais fazendo atuar o dever anexo de colaboração, decorrente da boa-fé objetiva, voltado ao atingimento do fim contratual e, assim, autorizando a parte prejudicada a postular revisão. A grande dificuldade da teoria da imprevisão, erige-se em seu requisito que o fato que determina a alteração das circunstâncias seja extraordinário e imprevisível. Ou, ao menos, que não tenha sido previsto pelas partes. De requisito mantido no novo Código Civil, cujo art. 478 exige, para resolução contratual por alteração das circunstâncias, que jabá onerosidade excessiva a uma das partes, frise-se decorrente de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis. Geralmente se recusa a imprevisão quando se trata de dificuldade financeira, até por desemprego superveniente, de um dos contratantes, circunstância pessoal, e não de afetação direta da prestação, segundo se tem entendido. A imprevisibilidade não é requisito de aplicação da onerosidade excessiva do Código de defesa do consumidor (como não devia ser no Código Civil), e com razão de ser porque, afinal, a alteração das circunstâncias, móvel da revisão do contrato, justifica-se como forma de controlar o sinalagma dos ajustes.