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Agrupamento de Escolas de Vale Rosal

A integração do processo de auto-avaliação no contexto da escola

Tarefa 2

A BE deve contribuir positivamente para o ensino e a aprendizagem, podendo-


se estabelecer uma relação entre a qualidade do trabalho nela desenvolvido e os
resultados escolares dos alunos. Daí a necessidade de um instrumento que permita
avaliar, isto é, medir o impacto do trabalho realizado pela BE na escola do século
XXI, que assenta em novos contextos e conceitos de aprendizagem, onde o grande
desafio que se coloca é o de transformar informação em conhecimento e tornar o
aluno como construtor do conhecimento.
A aplicação do modelo possibilita o reconhecimento do papel da BE como centro de
aprendizagem e de formação de alunos autónomos no trabalho de pesquisa em
diferentes suportes, permite identificar práticas de sucesso, que por isso devem
continuar a ser implementadas, e fraquezas que implicam reflexão e um maior
investimento em determinadas práticas, por forma a melhorar a eficácia dos serviços
prestados e a satisfação dos utilizadores da BE.
A avaliação da BE deve instituir-se como um compromisso da escola, na sua
globalidade, já que o seu melhor desempenho irá beneficiar o trabalho de todos,
docentes e alunos.
O modelo de auto-avaliação assenta na recolha de evidências. O “Modelo de Auto-
Avaliação da Biblioteca Escolar: manual para o professor bibliotecário” tem como
objectivo organizar o processo de avaliação, e apresenta possíveis instrumentos para
a recolha de evidências, que irão suportar a avaliação e sugestões de acções para cada
indicador, que devem ser postas em prática, no sentido de melhorar o desempenho da
BE em campos específicos. Deste modo, as evidências recolhidas depois de
interpretadas permitem extrair conhecimento que oriente futuras acções e que
delineie caminhos. A pesquisa centra-se no impacto e não nos inputs com a finalidade
de aferir a eficácia dos serviços e os resultados que estes produziram na prática.

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Surgirá, com certeza, alguma dificuldade em fazer entender aos vários intervenientes
que a avaliação da BE tem de envolver e mobilizar toda a escola. Estamos perante
aquilo que considero ser uma ameaça, pois muitos dos intervenientes vão oferecer
resistência, não vão entender, irão colocar entraves, alegarão falta de tempo, o que
não deixa de ser a realidade das escolas de hoje – burocratização do papel do
professor.
Mais importante, como é possível realizar aplicar o modelo numa escola onde o
horário da BE é assegurado em mais de cinquenta por cento apenas por um
professor (o professor bibliotecário), não havendo um assistente operacional. No
contexto da minha BE tudo cabe à equipa de professores (com um número reduzido
de horas), o que mostra um quotidiano problemático, em que o tempo se esvai em
tarefas que poderiam ser desempenhadas por pessoas menos qualificadas. Apesar
deste cenário, conseguimos implementar várias actividades de promoção da leitura e
da literacia tais como: exposições, concursos, participação nas actividades/projectos
do PNL, realização da Feira do Livro e convidar escritores/ilustradores.
Evidentemente que as 35 horas são em muito ultrapassadas e a planificação e
realização destas e outras actividades resulta do empenho e dedicação da Equipa,
de muito trabalho realizado em casa e na escola para além do horário.
Muito do que é referido na bibliografia disponibilizada na plataforma como
caminhos a percorrer já faz parte da nossa prática tais como:
 recolha de evidências (embora de uma forma mais incipiente) que são

transmitidas em Conselho Pedagógico no sentido de comunicar o valor da


biblioteca escola;
 estrutura tecnológica integrada que suporta as actividades de ensino e
aprendizagem – apoio individual ou em grupo prestado aos alunos na
pesquisa e realização de trabalhos nas áreas curriculares disciplinares e não
disciplinares ( mais facilitado este ano com a implementação do PTE
permitiu o apetrechamento a BE com mais computadores)
 articular, colaborar e comunicar em permanência na escola - muitas das

actividades que constam do Plano Anual de Actividades da BE articulam

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com várias disciplinas o que pressupõe articulação, colaboração e
comunicação. O Plano Anual de Actividades da BE articula com o Plano
Anual de Actividades da Escola/Agrupamento;
 o relatório de auto-avaliação é realizado, apresentado em Conselho

Pedagógico e entregue ao órgão de gestão;

 como não dispomos de um orçamento próprio realizamos actividades (Feira


do Livro, convite a escritores/ilustradores) de modo a conseguirmos
aumentar a colecção, e assim contribuirmos para o enriquecimento pessoal
e desenvolvimento do gosto pela leitura.

A Escola Básica Integrada de Vale Rosal, apesar de este ser o seu terceiro ano de
funcionamento, tem desenvolvido esforços no sentido de realizar um trabalho
contínuo com professores e alunos, adequando o trabalho da BE aos objectivos
educativos e ao sucesso dos alunos envolvendo, sempre que possível, os restantes
estabelecimentos de ensino do Agrupamento.
Quando é pedido para “delinear um plano de acção que contemple o conjunto de
medidas necessárias à alteração da situação e à sua consecução com sucesso” trata-se
de uma tarefa de muito difícil execução, pois este plano fica à partida dependente de
factores externos à própria escola em sentido lato. O nosso plano de acção tem como
primeira, e principal, prioridade dotar a BE de recursos humanos que tornem possível
o seu bom funcionamento e a aplicação do modelo, o que como todo nós sabemos, é
muito difícil, quando a escola se debate com o grave problema de falta de
funcionários.
Outra prioridade é a criação de uma cultura de Agrupamento que, este ano também
constitui um desafio, dado o elevado número de novos professores que passaram a
integrar o agrupamento. Este aspecto pode constituir uma oportunidade ou uma
ameaça, ainda prematuro aferir. No sentido da criação de uma cultura de
Agrupamento temos, enquanto equipa, encetado todos os esforços no sentido de
envolver a comunidade escolar na BE quer, através de um Plano Anual de
Actividades que articula com as áreas curriculares não disciplinares e com as várias
áreas disciplinares, quer através da disponibilidade para todas as solicitações por
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parte dos colegas, quer ainda solicitando a opinião/sugestão dos colegas
relativamente a assuntos inerentes à BE, enquanto núcleo agregador e promotor de
novas competências na escola.
Necessidade de Formação Especializada para os elementos da equipa com
consequente disponibilização para a frequência de acções. Esta formação “aliviaria” a
professora bibliotecária para aquelas que são de facto as suas principais funções.

O envolvimento da directora que desde o início deve envolver-se como líder


coadjuvante no processo e aglutinar vontades e acções, de acordo com o poder que a
sua posição lhe confere, é um factor determinante para a avaliação da BE, na minha
escola é uma realidade. A direcção está consciente das dificuldades da BE, da sua
grande ameaça – falta de recursos humanos – e da necessidade de aplicar o modelo,
da sua importância para melhoria do sucesso dos alunos. Para colmatar esta ameaça
tem feito diligências junto de instâncias superiores, ainda sem resultado. A RBE
também tem conhecimento da situação, aguardamos resposta.

Concluindo, o reconhecimento de todos, ou da maioria, que a BE é o local


privilegiado, e que assume na escola um papel fundamental na resposta que esta tem
de dar aos desafios da sociedade de informação, permitirá provar que os professores
bibliotecários fazem a diferença, e como tal, há que criar condições para que possam
desenvolver trabalho e uma liderança interventiva e actuante para a formação para as
Literacias e para a construção do conhecimento.

Clara Oliveira

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