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A Câmara de Paredes vai impor ao povo taxas máximas no Imposto Municipal sobre
Imóveis – dificultando, ainda mais, a vida das famílias - e estabelecer a Derrama máxima
sobre os lucros das empresas (1,5%), complicando assim, ainda mais, a vida de quem
desenvolve actividade económica no concelho.
As taxas que a Câmara vai impor, num dos momentos mais difíceis que o mundo atravessa,
serão elevadas para o dobro, no que respeita aos prédios urbanos avaliados ao abrigo da
revogada lei 42/98 (1,4%) e aos prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI – Código do
Imposto Municipal sobre Imóveis, de 0,8% nos casos dos que se encontrem devolutos há
mais de um ano e, ao triplo nos casos de prédios em ruínas.
Os vereadores do Partido Socialista manifestaram a sua total discordância com a aplicação
de taxas máximas, apresentadas por Celso Ferreira e pelo PSD, especialmente “quando
servem apenas para alimentar projectos megalómanos (vaidades) e desfasados da
realidade”.
O socialista Artur Penedos salientou que, para praticar o bem junto da comunidade,
especialmente das crianças, dos idosos e dos mais desfavorecidos, “podem contar
connosco”, adiantando que “O PSD tem um projecto e aplica-o. Nós não concordamos, mas
só temos uma forma de mostrar a nossa discordância, votar contra as propostas que
apresentarem, ou contra os caminhos que querem seguir”. Esclareceu que “sempre que o
bem comum estiver acima de qualquer suspeita, contam com o nosso voto”.
“SEMPRE QUE O BEM COMUM ESTIVER ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA, CONTAM COM O
NOSSO VOTO”
Em nome da bancada socialista, Penedos sublinhou que “não compreendemos nem
aceitamos que em matéria de impostos a cobrar pela Câmara se passe da aplicação de
mínimos para os máximos legais dessa taxa”.
Destacou, ainda, que “não aceitamos que, num momento tão difícil, em que as famílias e as
empresas atravessam grandes dificuldades, em que o Governo procura criar condições para
reduzir o peso dos impostos na actividade económica e, assim, aliviar as dificuldades que as
famílias enfrentam, haja a menor tentação para se apresentar um orçamento que vai
sobrecarregar e penalizar os paredenses”.
Os socialistas entendem que as famílias e as empresas atravessam momentos difíceis e
como tal, especialmente neste momento, defendem que, ao contrário do que é proposto
pelos social-democratas, deviam ser aplicadas as taxas mínimas aos impostos a cobrar pela
Câmara.
Penedos recordou que já no mandato de 2001-2005, em que também foi vereador, tinha
defendido que “devíamos ter uma atitude salomónica”, mas também nessa altura o PSD
aplicou as taxas máximas e contou com o voto favorável de Celso Ferreira.
O socialista afirmou que “estamos em desacordo com toda e qualquer atitude que contribua
para que a Câmara se demita das suas responsabilidades e deixe de fazer esforços para
ajudar as famílias e as empresas”.
Justificou, ainda, o voto contra o orçamento paredense para o próximo ano, afirmando que
“não estamos disponíveis para aumentar as dificuldades dos munícipes e muito menos
para gastar um milhão de euros num mastro” – que designam de “monumento” – para
comemorar a implantação da República com a colocação de uma bandeira, cobrando mais
impostos aos munícipes. “Por mais estranho que possa parecer, Celso Ferreira quer gastar
um milhão de euros na construção de um “pórtico”, com 100 metros de altura, para lá
colocar a bandeira nacional”, afirmou.
Os socialistas reprovam o "desperdício e o novo-riquismo”, especialmente nas condições
difíceis que o país atravessa, em que “ainda há famílias a passar fome no concelho”.
Consideram o Orçamento de 2010 “mais do mesmo”, isto é, um “Orçamento onde impera a
engenharia financeira (irrealizável, mas grande!), onde as rubricas “Outros”, em vez de
meramente residuais, dispõem, muitas delas, da verba mais significativa e, para piorar a
situação, um aumento dos impostos a cobrar pela Câmara, que penaliza as famílias e as
empresas e que poderá levar, deste modo, ao agravamento do desemprego e da exclusão
social”.
SOCIALISTAS EXIGEM CONDIÇÕES DE TRABALHO DIGNAS