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UNIVERSIDADE DA AMAZONIA

CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE


CURSO DE FISIOTERAPIA

ANDRESSA PRISCILA CARDOSO DE ANDRADE


BRUNA GABRIELA BRAVIN RABELLO
DANIELE JACOB BASTOS

TRATAMENTO DA FASCITE PLANTAR: ESTUDO COMPARATIVO


ENTRE O PROTOCOLO DE ALONGAMENTO E ALONGAMENTO
ASSOCIADO AS ONDAS CENTIMETRICAS (MICROONDAS)

BELÉM - PA
2007
ANDRESSA PRISCILA CARDOSO DE ANDRADE
BRUNA GABRIELA BRAVIN RABELLO
DANIELE JACOB BASTOS

TRATAMENTO DA FASCITE PLANTAR: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O


PROTOCOLO DE ALONGAMENTO E ALONGAMENTO ASSOCIADO AS ONDAS
CENTIMETRICAS (MICROONDAS)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Fisioterapia do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde da Universidade da
Amazônia, como requisito para obtenção do
grau de Fisioterapeuta.
Orientador: Profº. Paulo Eduardo do Santos
Avila

BELÉM - PA
2007
ANDRESSA PRISCILA CARDOSO DE ANDRADE
BRUNA GABRIELA BRAVIN RABELLO
DANIELE JACOB BASTOS

TRATAMENTO DA FASCITE PLANTAR: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O


PROTOCOLO DE ALONGAMENTO E ALONGAMENTO ASSOCIADO AS ONDAS
CENTIMETRICAS(MICROONDAS)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Fisioterapia do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde da Universidade da
Amazônia, como requisito para obtenção do
grau de Fisioterapeuta.
Orientador: Profº. Paulo Eduardo do Santos
Avila

BANCA EXAMINADORA

______________________________________
Profº. Paulo Eduardo do Santos Avila
Orientador

_______________________________________
Membro

_______________________________________
Membro

Apresentado em: ____ / ____ / 2007.

Conceito: ___________________

BELÉM - PA
2007
À Deus, por guiar-me sempre.
Meus pais e meu irmão pela confiança, amor e
incentivo.
A minha avó e avós (in memorian).
E aos demais familiares.

Andressa Priscila Cardoso de Andrade

A minha família, meu porto de abrigo, meu


apoio, meu recanto, aos quais devo em grande
parte o que eu sou.

Bruna Gabriela Bravin Rabello

À Deus, pelo amor incondicional, aos meus


pais,avós e irmãos, pelo incentivo e refúgio nos
distintos momentos.

Daniele Jacob Bastos


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, pela vida, por estar sempre no meu caminho, iluminando e
guiando às escolhas certas.

Aos meus pais: Sabina da Memória e Fernando Andrade, que foram à base de tudo pra mim,
apoiando-me nos momentos difíceis com força, confiança, amor, ensinando-me a persistir nos
meus objetivos e ajudando a alcançá-los.

Ao meu irmão Pedro Paulo, agradeço pela companhia, carinho e momentos de descontração
vividos a cada dia, que nos ajudaram a superar as diferenças.

À minha avó Graciema Andrade, pelo carinho, incentivo e acreditar no meu potencial em
todos os momentos.

À minha amiga Dulcilene e minha afilhada Izis pela convivencia, paciência e carinho.

Aos meus tios e primos, pela atenção e apoio durante essa minha trajetória.

À minha amiga Daniele Bastos, pelos incansáveis momentos dedicados a nossa pesquisa, por
estar presente em distintos e importantes momentos da minha graduação e se tornar uma irmã.

À Bruna Rabello que também participou da realização deste trabalho.

Aos meus amigos de graduação do curso em especial Natália Silva e Marília Garcia, pelo
convívio e amizade, compreensão e estudos.

Ao orientador Ft. Paulo Ávila, agradeço as cobranças, exigências, dinamismo, confiança e por
acreditar em nosso potencial.

A co-orientadora Ft. Tainá Alves, muito obrigada pelo apoio, paciência, incentivos e ajuda
quando precisávamos.

Aos pacientes que acreditaram na nossa proposta de tratamento e aceitaram participar da


mesma.

Enfim a todos que contribuíram para o sucesso deste trabalho. Muito obrigada.

Andressa Priscila Cardoso de Andrade

A Deus, o centro da minha vida, por ter me sustentado em Suas mãos para que eu não
tropeçasse em meio as adversidades e provações.

Aos meus pais que me ensinaram: “Para ser grande é preciso ser perseverante e forte”. Em
especial à minha mãe pela inteira dedicação e por muitas vezes ter deixado de lado seus
sonhos para acreditar nos meus. Vocês são os responsáveis por essa conquista, e eu os amo
muito. Obrigada pela confiança e pelo amor em mim depositados.

Aos meus queridos irmãos que mesmo distantes se fizeram presentes em todos os momentos,
Herlen por ter sido o meu exemplo, Carlos por ter confiado em mim quando muitas vezes nem
eu mesma acreditava, Tais por ter sido a razão desta caminhada. A lembrança afetuosa de
vocês e o abraço amoroso a cada reencontro fizeram com que eu chegasse ate aqui. Eu amo
vocês.

Ao Marcos Antonio, por sempre estar ao meu lado, pelo carinho e companheirismo.

À Leila Eleutério que tem sido a minha segunda mãe.

A Daniele e Andressa minha eterna gratidão pela amizade verdadeira, por terem me aceitado
de braços abertos e confiança em mim depositada.

Aos amigos que durante esses anos de faculdade foram minha segunda família, vocês nunca
saberão o quanto foram importantes para mim.

Ao orientador, Paulo Ávila, seus conhecimentos e incentivos, foram fundamentais para a


concretização deste projeto.

A todos os pacientes que participaram desta pesquisa.

Enfim a todas as pessoas que me ajudaram, não poderia deixar de expressar à minha imensa
gratidão.

Muito obrigada!

Bruna Gabriela Bravin Rabello

A Deus: Meu amparo e refugio, alegria da minha alma, onde encontrava esperança. E as mãos
que guiam-me e acolhem.

Aos meus pais Daniel e Emília, minha corrente forte que jamais partirá. As mãos amigas que
me acalentam, dão força e guiam – me. É com grande alegria e gratidão que dedico esta
minha vitória a vocês, pessoas que me possibilitaram todo suporte seja ele emocional ou
financeiro, no decorrer de minha vida. Se venço hoje, é graças também a vocês. Os amo e essa
conquista é nossa!’’ Vini, vidi, vici’’ (Júlio César)

Aos meus avós Orlando e Emília, pelo amor que tem para comigo. Por acreditarem e torcerem
sempre por mim, me incentivando em todos os momentos em que precisei. Se cheguei aqui é
porque tive vocês como base. Vocês são únicos e o meu agradecimento é eterno. Eu consegui
junto com vocês vencer mais uma. Muito obrigada!

À minha avó Maria, pelo carinho e incentivo no decorrer da minha vida. Muito obrigada.
Aos meus irmãos David e Ana Paula, agradeço pelas nossas diferenças, mas que sempre nos
uniam pelo amor de um para com o outro. Sinto-me feliz em dedicar o findar de mais uma
etapa da minha vida à vocês, pessoas que ajudam-me nos momentos de dificuldades.
Obrigada por todo amor e carinho.

Às minhas madrinhas Nilma e Marivone, aos meus tios Nonato, Alexandre e Getúlio, por
todo carinho, atenção e incentivo durante a minha vida. Mais uma fase encerra-se, também
graças à ajuda de vocês. Muito obrigada por tudo. A vitória é nossa.

Ao Igor, Marilia e Natália, pela confiança, amizade edificada e por todos os momentos
compartilhados. A Andressa, por não desistir do nosso ideal, por toda paciência e pelo jeito
único de ser. A Bruna e aos distintos amigos, pela compreensão e incentivo. Muito obrigada

Ao orientador Ft. Paulo Ávila, pelas cobranças, exigências, dinamismo e paciência. Muito
obrigada por tudo.

À co-orientadora Ft. Tainá Alves, muito obrigada por toda ajuda e por acreditar no nosso
potencial, nos incentivando quando precisávamos.

Aos pacientes que acreditaram na nossa proposta de tratamento e eram receptíveis. Meu muito
obrigada.

Daniele Jacob Bastos


Se enxerguei longe, foi porque me apoiei em
ombros de gigantes.

Issac Newton
RESUMO

Andressa Priscila Cardoso de ANDRADE, Bruna Gabriela Bravin RABELLO e Daniele


Jacob BASTOS. Fascite plantar: tratamento comparativo entre protocolo de alongamento e
alongamento associado às ondas centimetricas (microondas), Universidade da Amazônia,
UNAMA, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Curso de Fisioterapia, Belém-PA, 2007,
Monografia de conclusão de curso.
A fascite plantar é resultado de uma desordem nas fibras da aponeurose plantar, causada
possivelmente por anomalidades anatômicas e uso excessivo. Outros fatores podem estar
associados a mesma, tais como: a falta de flexibilidade do arco longitudinal e a rigidez das
musculaturas da panturrilha, assim como o uso de calçados inadequados e o aumento do
tamanho do passo durante a corrida. A irradiação por microondas eleva consideravelmente a
temperatura do fluxo sanguíneo, muscular e da pele. O mesmo é eficaz em tecidos fibróticos e
tem bom efeito em tecidos musculares, visto que, a medida que se eleva a temperatura do
tecido, conseqüentemente, a temperatura do fluxo sanguíneo também aumenta. Os
alongamentos são realizados como técnicas de prevenção de lesões do tipo ocupacionais e
desportivas, já que favorece um aumento da força muscular. Ocorre uma alteração na relação
comprimento-tensão do músculo, e com o encurtamento, este não é mais capaz de produzir o
pico de tensão, então se desenvolve uma fraqueza com retração.Os tratamentos
fisoterapêuticos vêm trazendo bons resultados que estão conseguindo não só acelerar a
reabilitação de pacientes, como também evitar o surgimento e/ou retardar agravamento de
inúmeras enfermidades. Foram atendidos, 29 pacientes, os quais foram encaminhados para
tratamento fisioterapêutico, com o diagnóstico médico de fascite plantar. Sendo divididos nos
seguintes grupos de tratamentos: 15 pessoas no grupo de tratamento com o protocolo de
alongamento e microondas e, 14 pessoas pertencentes ao grupo que foi aplicado apenas o
protocolo de alongamento. No presente estudo é possível observar o fato de que na maioria
dos momentos o grupo tratado através do alongamento associado ao micro ondas, apresentou
diferenças entre os momentos pré e pós-sessão de tratamento, mais acentuadas que no grupo
tratado apenas através do alongamento, porém, sem que estas diferenças tenham nível
estatístico de significância. Outro fator relevante, foi o número de pessoas que utilizam salto
alto, tendo 9 no grupo 1 e 10 no grupo 2, o que também vem a ser um fator de agravamento
do quadro, da patologia estudada.

Palavras-chaves: Fascite plantar. Microondas. Alongamento. Tratamento fisioterapêutico.


ABSTRACT

Andressa Priscilla Cardoso de ANDRADE, Bruna Gabriela Bravin RABELLO and Daniele
Jacob BASTOS. Plantar fascitis: comparison treatment between protocol of stretching and
stretching involved with the centimetricas waves (microwave), Universidade da Amazônia,
UNAMA, Biological Sciences and Health Center, Physiotherapy Course, Belém , PA, 2007,
Course completion Monograph.
The Plantar fascitis is the result of a disorder in the aponeurosis plant fibers, possibly caused
by anomalitis anatomic and excessive use. Other factors may be associated to it, such as: the
lack of the longitudinal arc flexibility and the rigidity of aspect of the calf, and the use of
inappropriate footwear and increasing the size of the step during the race. The microwave
irradiation for raises considerably the temperature of the blood flow, muscle and skin .The
same is effective in tissue fibrotic and has good effect on muscle tissue, as they elevate the
temperature of the tissue, consequently, the temperature of blood flow also increases. The
stretching is performed as techniques for the prevention of occupational injuries of the type
and sports, as favors an increase in muscle strength. It occurs a change in the muscle length-
tension relationship, and with the shortening, it is no longer capable of producing the peak
voltage, then develops a weakness with retraction. The physiotherapeutic treatments are
bringing good results are achieved not only speed up rehabilitation of patients, but also avoid
the appearance and/or delay worsening of numerous disorders. They were served, 29 patients,
which were sent for treatment physiotherapeutic, with the medical diagnosis of plantar
fascitis. Being divided in the following groups of treatments: 15 people in the group treated
with the protocol of stretching and microwave, and 14 people belonging to the group which
has been applied only to the protocol elongation. In the present study it is possible to see the
fact that in most occasions the treated group through stretching associated with the micro
wave, presented differences between the times pre - and post-session of treatment, more
pronounced than in the group treated only through the stretch, but without statistical
significance. Another important factor was the number of people using high jump, and 9 in
Group 1 and 10 in Group 2, which also has to be a factor in aggravation of the table, in the
pathology studied.

Keywords: Plantar fascitis. Microwave. Stretching. Treatment physiotherapeutic.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADM Amplitude De Movimento


CEP Comitê de Ética em Pesquisa
EVA Escala Analógica Visual
FISIOCLINICA Clinica Escola de Fisioterapia da Universidade da Amazônia
FP Fascite Plantar
HDA Histórico da Doença Atual
HF Histórico Familiar
IASP International Association For The Study of Pain
IMC Ìndice de Massa Corporal.
ISP Instituto São Paulo
MI Membro Inferior
QP Queixa Principal
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Paciente deitado com os joelhos estendidos ou parcialmente flexionado 69


deverá realizar uma forte dorsoflexão dos pés, tentando manter os artelhos relaxados.
Figura 2 - Paciente deitado com os joelhos estendidos ou parcialmente flexionado, com 69
uma faixa elástica cinza, deverá puxar o pé em dorsoflexão.
Figura 3 - Paciente em pé, deverá dar um passo à frente com um só pé, mantendo o 70
calcanhar do pé de trás no solo (o pé de trás é o que está sendo alongado).
Figura 4 - Alongamento na prancha inclinada 70
Figura 5 - Teste de encurtamento. 71
Figura 6 -Aparelho de microondas Microtherm MW893 Biosistemas, da marca KLD. 72
Figura 7 - Faixa elástica da marca theraband da cor cinza claro. 72
Figura 8 - Cronômetro da marca KADIO. 72
Figura 9 - Prancha de propriocepção do ISP (Instituto São Paulo). 72
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Distribuição por sexo nos grupos 41


Gráfico 2 - Localização do tratamento 42
Gráfico 3 - Existência de sensibilidade 42
Gráfico 4 - Dor na palpação 43
Gráfico 5 - Ocorrência de encurtamento 44
Gráfico 6 - Ocorrência de edema 44
Gráfico 7 - Fica muito tempo em pé? 46
Gráfico 8 - Uso de sapato com salto alto 46
Gráfico 9 - Se já realizou tratamento anterior 47
Gráfico 10 - Horário predominante da dor 48
Gráfico 11 - Fatores que desencadeiam a dor 49
Gráfico 12 - Fatores que aliviam a dor 49
Gráfico 13 – Localização da dor 51
Gráfico 14 - Hábitos dos sujeitos 51
Gráfico 15 - Queixa principal 52
Gráfico 16 – Diagnóstico 52
Gráfico 17 - Curva de evolução da sensação de dor no protocolo e alongamento 54
Gráfico 18 - Curva de evolução da sensação de dor no protocolo de alongamento + 55
microondas
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Estatística descritiva da amostra 53


Tabela 2 - Estatística comparativa (t) dos grupos 1 (alongamento) e 2 (alongamento 57
associado ao microondas)
Tabela 3 - Análise da variância de 1 critério com o teste de Turkey para comparação 58
entre os 10 momentos pré-sessão para casa protocolo de tratamento
Tabela 4 – Estatística comparativa (t) entre as diferenças nos protocolos 1 60
(alongamento) e 2 (alongamento + microondas)
Tabela 5 - Estatística descritiva e comparativa (t) entre as diferenças pré-sessão 1 X 61
pós- sessão 10, entre os 2 protocolos de tratamentos
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 29

2 REFERENCIAL TEORICO 31

2.1 ANATOMIA E BIOMECÂNICA DO TORNOZELO E PÉ RELACIONADOS À 31


FASCITE PLANTAR

2.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE DOR 32

2.3 FASCITE PLANTAR 32

2.4 ALONGAMENTO COMO FORMA DE TRATAMENTO DA FASCITE 34


PLANTAR

2.5 FLEXIBILIDADE 36

2.6 ONDAS CENTIMÉTRICAS (MICROONDAS) 37

3 MATERIAIS E MÉTODOS 39

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 41

5 CONCLUSÃO 62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63

ANEXO A 68

ANEXO B 69

ANEXO C 71

ANEXO D 72

ANEXO E 73

APÊNDICE A 74

APÊNDICE B 76

APÊNDICE C 79

APÊNDICE D 80
Andrade, Andressa Priscila Cardoso de

A553t Tratamento da Fascite Plantar: estudo comparativo


entre o protocolo de alongamento e alongamento
associado as ondas centimétricas (microondas) / Andressa
Priscila Cardoso de Andrade, Bruna Gabriela Bravin
Rabello, Daniele Jacob Bastos; orientadas pelo Profº.
Paulo Eduardo do Santos Ávila. _ Belém, 2007.
80 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em


Fisioterapia). Universidade da Amazônia. Centro de
Ciências Biológicas e da Saúde.

1. Fascite plantar. 2. Alongamento. 3. Tratamento


fisioterápico. I. Rabello, Bruna Gabriela Bravin. II.
Bastos, Daniele Jacob. III. Ávila, Paulo Eduardo dos
Santos. IV. Título.

CDD 615.82
29

1 INTRODUÇÃO

A fascite plantar (FP) é uma inflamação uni ou bilateral, decorrente de microtraumatismos


repetitivos na origem da fáscia plantar sobre a tuberosidade medial do calcâneo. Esta síndrome
atinge cerca de 10% da população em pelo menos um momento da vida e sua causa mais comum
é de origem mecânica, envolvendo forças compressivas que ampliam o arco longitudinal do pé
(ZANON, 2006).
Bussières (2004), afirma que a fascite provavelmente seja um processo inflamatório
ocasionado por microtraumas, que vêm a acelerar o processo de envelhecimento (degeneração)
normal da aponeurose plantar. Essa assertiva corrobora com o pensamento de Herbert et al (2003)
de que as forças de tração que ocorrem durante o apoio desencadeiam o processo inflamatório,
resultando em fibrose e degeneração.
O uso excessivo dos músculos abdutor do hálux, flexor curto dos dedos e quadrado
plantar e a inatividade dos músculos dorsiflexores posicionam o pé em eqüino, o que,
consequentemente, promove encurtamento da fáscia plantar gerando dor nesta região. Essa dor
aparece também durante a deambulação após período de imobilização e dor no calcâneo pela
manhã (CYRIAX, 2001).
Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que
promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu
comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior
amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais alongado um
músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto,
maior sua flexibilidade (KISNER, 2005).
No presente estudo, em um dos grupos associamos o alongamento com o microondas que
segundo Greve (1999) e Guimarães (1998), o princípio do aquecimento por microondas baseia-se
na vibração molecular, principalmente nos tecidos ricos em água. Quando as moléculas de água
são colocadas num campo eletrostático, elas sofrem variações constantes na sua localização e esta
vibração irá gerar calor. A terapia pode atingir até cinco centímetros de profundidade,
dependendo da quantidade de tecidos adiposos, a terapia poderá superficializar-se.
30

A amostra do artigo é composta por 29 pacientes, que foram atendidos na Clínica Escola
de Fisioterapia da Universidade da Amazônia.
Os pacientes foram divididos em dois grupos, primeiro utilizou somente o protocolo de
alongamento e o segundo utilizou o protocolo de alongamento associado ao microondas.
31

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ANATOMIA E BIOMECÂNICA DO TORNOZELO E PÉ RELACIONADOS A FASCITE


PLANTAR

O calcâneo é o maior osso da base do pé. Em sua parte posterior localiza-se a imponente
tuberosidade do calcâneo que tem em sua continuação para a superfície inferior, dois processos
dirigidos para diante, o processo lateral e o processo medial da tuberosidade do calcâneo. Na
rugosidade da tuberosidade do calcâneo, insere-se o tendão de Aquiles. Em alguns casos há uma
protuberância para diante, no processo medial da tuberosidade do calcâneo, o esporão do
calcâneo (PLATZER, 1997).
Segundo Arábia (1999), as estruturas fundamentais do calcâneo estão recobertas por um
tecido gorduroso altamente especializado, cuja principal função é a absorção do choque. Este
tecido absorve de 20% a 25% da força durante o contado do calcanhar com o solo. Sua habilidade
para resistir a estas forças resulta de sua composição anatômica única, a qual os glóbulos de
gordura encontram-se encapsulados por uma estrutura reticulada fibroelástica, com septos que se
unem superficialmente a pele e as camadas mais profundas do calcâneo. Estudos histológicos
revelaram terminações nervosas livres e corpúsculos de Paccini localizados nesse tecido
gorduroso.
A fáscia plantar (aponeurose plantar) encontrada na face plantar do pé, seguindo
longitudinalmente, divide-se em porções central, lateral e medial. A aponeurose plantar é uma
estrutura rígida composta de elementos atados como uma treliça, este é o mecanismo pelo qual as
articulações do tarso podem ser passivamente estabilizadas quando um individuo executa
elevações do calcanhar ou qualquer atividade que exija extensão dos dedos do pé. A fascite
plantar é resultado de uma desordem nas fibras dessa aponeurose, causada possivelmente por
anormalidades anatômicas e uso excessivo.
Lopes (1996) complementa que no impacto do calcanhar, o pé está levemente supinado e
a tíbia em rotação externa, após o impacto do calcanhar, o pé prona e permanece nesta posição,
durante a fase de suporte. Durante a pronação, a tíbia sofre uma rotação sobre o tálus,
32

proporcional ao nível de pronação. A hiperpronação é um mecanismo compensador para o


genuvaro, tíbia vara, encurtamento do tendão de Aquiles, gastrocnêmio e sóleo.

2.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A DOR

A Associação Internacional para Estudo da dor (IASP- International Association for the
Study of Pain) define a dor como sendo “uma experiência sensorial e emocional desagradável,
associada com um dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano”
(TRIBIOLI, 2003).
Essa dor é o motivo mais comum para os pacientes procurarem assistência médica, e a
síndrome dolorosa miofascial é a causa imediata ou o componente mais freqüente da dor
músculo-esquelética. O manejo dos pacientes com síndromes dolorosas miofasciais é um dos
problemas mais importantes encontrados na prática clínica. (CARNEIRO, 2004)
O diagnóstico de síndrome dolorosa miofascial, eminentemente clínico, depende da
presença do “ponto-gatilho” ou de dolorimento e da reprodução da sintomatologia álgica do
paciente através da digitopressão local. A pesquisa sistemática desses pontos mediante técnica
palpatória permite o diagnóstico. A ausência de dados positivos em exames laboratoriais e de
imagem dificulta o diagnóstico desta entidade clínica, que constitui causa freqüente de dor no
sistema músculo-esquelético (IMAMURA, 1996).
A dor produzida pela fascite plantar geralmente não é incapacitante, embora possa limitar
algumas atividades (HAMER, 2003; ALDRIGE, 2004).

2.3 FASCITE PLANTAR

A fascite plantar pode ser definida como uma afecção caracterizada pela dor na região
plantar do calcâneo, que pode se estender por toda a fáscia plantar. Sua manifestação é insidiosa,
e sua sintomatologia é mais evidente pela manhã, ou após um período de repouso. Geralmente
33

melhora após atividade (primeiros passos), embora em alguns casos, a dor possa persistir por
todo o dia (BUSSIÈRES, 2002; HEBERT, et al., 2003; SNIDER, 2000; ALDRIDGE, 2004).
Segundo Snider (2000), a fascite plantar ocorre com mais freqüência em indivíduos
obesos. Essa afirmação é corroborada pelo estudo de Riddle (2004) que demonstra uma relação
estreita entre o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC), e as manifestações clínicas da
doença.
Para Cyriax (2001) a fascite plantar tem início com um esforço prolongado em posição
ortostática, em pacientes com encurtamento dos músculos da panturrilha, poderá estar
relacionada ainda com os traumatismos de repetição, associados à intensidade, duração e
freqüência da atividade, e a dureza do piso.
O quadro clínico caracteriza-se pela dor de início insidioso principalmente no primeiro
apoio matinal, que em geral, melhora após período de atividade. Durante o sono, a inatividade
dos músculos dorsoflexores posiciona o pé em equino, o que consequentemente, promove
encurtamento da fáscia plantar (HEBERT, et al., (2003).
No exame físico, verifica-se uma deambulação antálgica sobre a face lateral do pé ou
mesmo digitígrada. A palpação revela o ponto gatilho na região medial e plantar da tuberosidade
do calcâneo e a dorsoflexão dos dedos exacerba os sintomas pela distensão da fáscia plantar. A
marcha com apoio sobre o calcâneo provoca dor. A distensão da fáscia pela manobra de
dorsoflexão dos dedos reproduz os sintomas. A presença de pontos dolorosos na porção proximal
do músculo gastrocnêmio medial demonstra a concomitância de uma síndrome dolorosa
miofascial que envolve o complexo calcâneo plantar (GREVE, 1999).
E segundo Carneiro (2004) o componente fisiopatológico pode ter origem em contratura
muscular, restrição dos movimentos, distúrbios articulares, stress biomecânico como as lesões
relacionadas a atividades, ou em processos inflamatórios. O diagnóstico é feito com base em
dados da história clínica e do exame físico, e inclui a identificação do músculo ou músculos
afetados.
A imagem da ressonância identifica a extensão do processo inflamatório, as rupturas
parcial e total e o espessamento devido à cicatrização hipertrofiam. (GREVE, 1999)
Acredita-se que meios analgésico e o tratamento conservador utilizado na fisioterapia são
suficientes embora a recuperação seja lenta. Vários autores sugerem o alongamento progressivo
da fáscia plantar, do tendão de Aquiles e do músculo tríceps sural. Alguns indivíduos beneficiam-
34

se do uso de órteses no período noturno, que mantêm o tornozelo em flexão dorsal e portanto,
com a fáscia plantar alongada (IMAMURA, 1996).
A temperatura também tem um considerável efeito sobre o comportamento do tecido
sujeito a uma força tensional, sabe-se que o uso de calor aumenta a fluência do tecido
provavelmente por desestabilizar suas ligações intermoleculares. Isto facilitaria o deslizamento
entre as moléculas aumentando as características de viscosidade que permitem o alongamento.
(GREVE, 1999)

2.4 ALONGAMENTO COMO FORMA DE TRATAMENTO DA FASCITE PLANTAR

Kisner; Colby (2005), afirmam que, alongamento é um termo geral usado para descrever
qualquer manobra fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles e
subseqüentemente melhorar a amplitude do movimento por meio de estiramento de estruturas
que tiveram encurtamento adaptativo e tornaram-se hipomóveis com o tempo.
Esse alongamento muscular é proporcional à força a que o músculo é submetido. Todavia,
a proporção de deformação plástica é maior para exercícios que utilizam forças menores (por
mais tempo), ao passo que o estiramento provocado por grandes forças tende a ser do tipo
elástico, não permanente. Um exercício de alongamento baseado em forças intensas, além disso,
tende a produzir dor, espasmo e até ruptura (estiramento) muscular (GREVE, 1999).
O mesmo pode prevenir limitações, contraturas, fraqueza muscular e retração do mesmo.
Tendo como meta geral: recuperar ou restabelecer a amplitude de movimento normal das
articulações e a mobilidade dos tecidos moles que cercam a articulação. As principais metas do
alongamento específico é aumentar a flexibilidade geral, evitar ou minimizar o risco de lesões
músculo-tendíneas. 0Com isso resulta em benefícios como relaxamento do stress e tensão,
relaxamento muscular, alívio de dores, do sofrimento muscular e o risco reduzido de lesões
(SILVA, 2004).
Os alongamentos são realizados como técnicas de prevenção de lesões do tipo
ocupacionais e desportivas, já que favorece um aumento da força muscular. Este processo
funciona da seguinte forma, à medida que o músculo perde sua flexibilidade normal, ocorre
também uma alteração na relação comprimento-tensão do músculo e com o encurtamento, este
35

não é mais capaz de produzir o pico de tensão, então se desenvolve uma fraqueza com retração. A
perda da flexibilidade independente da causa pode provocar dor originando-se no músculo, tecido
conectivo ou periósteo. Isso por sua vez, também diminui a força muscular (VIANA, 2003;
KITCHEN, 2003).
Segundo os mesmos autores, o tempo de duração do alongamento refere-se ao período de
tempo no qual uma força é aplicada e os tecidos encurtados são mantidos na posição alongada. O
termo duração, freqüentemente se refere ao tempo de aplicação de um único ciclo de
alongamento. A duração do alongamento precisa ser colocada no contexto junto com muitos
outros fatores incluindo intensidade e freqüência. Pois apesar de extensas pesquisas há ainda
discordância quanto ao tempo em que um único ciclo de alongamento deve ser mantido ou ao
número de ciclos de alongamentos que devem ser aplicados para obter os ganhos mais efetivos
na amplitude de movimento.
Greve et al. (1999) afirma que vários estudos têm-se voltado por exemplo, para a
discussão do número ideal de sessões diárias e semanais, tempo do alongamento, técnicas
aplicadas e para a análise da participação dos componentes neurais e viscoelásticos durante o
programa.
Já para Hall; Brody (2001) o alongamento é o método no qual, os músculos e os tecidos
conjuntivos que estão sendo estirados (estendidos) são mantidos em posição estacionária em seu
maior comprimento possível por um período de 15 a 30 segundos, com o paciente sendo mantido
numa posição que permita o relaxamento completo do músculo a ser alongado em uma
superfície de apoio confortável.
Os mesmos autores dividem os efeitos do alongamento em agudos e crônicos. Os efeitos
agudos sendo representados pelos resultados imediatos de curto prazo do estiramento, portanto
proveniente do alongamento do componente elástico da unidade músculo-tendinosa. Já os efeitos
crônicos representam os resultados em longo prazo do estiramento, atingindo maior número de
sarcômeros após um período de imobilização prolongada em posição alongada.
O alongamento deverá ser sempre constituído de movimentos ativos, utilizando-se às
vezes passivamente o peso do próprio corpo, como para alongar a musculatura posterior da coxa
e da perna (LOPES, 1996).
Hall; Brody (2001) complementam que o alongamento do arco plantar e a expansão dos
dedos ocasionados pela pronação, submetem a aponeurose a um aumento de tensão. O fato de
36

que aproximadamente 60% do peso corporal estejam distribuídos sobre o calcanhar, de 31 a 38%
na região da cabeça dos metatarsos e somente cerca de 5% na região medial do pé (VIANA,
2003; KITCHEN, 2003), talvez explique essa falta de relação direta com o tipo de pé.

2.5 FLEXIBILIDADE

A flexibilidade muscular por sua vez, tem sido definida como a habilidade de um músculo
alongar-se, permitindo que uma articulação (ou eventualmente mais de uma) se mova através da
sua amplitude de movimento (ADM). Contrariamente, a perda da flexibilidade muscular é
revelada pela redução da capacidade de um músculo deformar-se, resultando numa redução da
ADM (SHUBACK, 2004).
A flexibilidade divide-se ainda em: dinâmica (mobilidade ativa) e passiva (mobilidade
passiva). A primeira refere-se a uma amplitude ativa de uma articulação, esse aspecto da
flexibilidade depende do grau em que uma articulação pode ser movida por uma contração
muscular e quantidade de resistência tecidual encontrada durante o movimento ativo. A segunda
é o grau que uma articulação pode ser movida passivamente por meio da amplitude de
movimento disponível. Portanto a flexibilidade depende da extensibilidade dos músculos e
tecidos conjuntivos que cruzam e cercam uma articulação. Com a passiva sendo um pré-requisito
da dinâmica, mas não uma garantia dela (KISNER; COLBY, 2005).
O treinamento de flexibilidade é uma das alternativas para prevenção de lesões músculo-
tendinosas e articulares. O mesmo pode atuar aumentando a extensibilidade dos tecidos
articulares e peri-articulares, permitindo movimentos de grande amplitude das articulações, sem
que haja lesões destes tecidos (SHUBACK, 2004).
Os exercícios de flexibilidade muscular estão entre os mais comumente utilizados na
reabilitação e na prática esportiva. Normalmente os seus objetivos incluem reduzir os riscos de
lesões, minimizar a dor muscular tardia e melhorar o desempenho muscular geral (HERBERT,
2002).
Buscar técnicas que aperfeiçoem os protocolos utilizados nessas intervenções está entre
um dos grandes objetivos terapêuticos da atualidade entre fisioterapeutas, médicos desportistas e
37

profissionais de educação física. Estudos têm-se voltado, por exemplo, para a discussão do
número ideal de sessões diárias e semanais, tempo do alongamento, técnicas aplicadas e para a
análise da participação dos componentes neurais e viscoelásticos durante o programa (VIEIRA, et
al., 2005)

2.6 ONDAS CENTIMÉTRICAS (MICROONDAS)

Para escolher a melhor forma de calor que se deve empregar em cada caso dependerá do
tamanho da área tratada, da profundidade do tecido que se quer atingir, da facilidade ou
dificuldade presente em cada caso da aplicação da fonte de calor, da disponibilidade do
equipamento ou fontes de calor, das preferências do profissional e do paciente, e a doença ou o
ferimento que o paciente apresenta. As microondas penetram até o tecido muscular, razão pela
qual se recomenda no tratamento da musculatura profunda. Não deve ser usado no nível cerebral
nem em eminências ósseas (MÉNDEZ, 2003).
O uso do calor como o agente analgésico se dá devido aos benefícios reconhecidos como:
fornecer uma maior extensibilidade aos tecidos de colágenos, reduzir a rigidez das junções,
aliviar os espasmos musculares, proporcionando redução do processo inflamatório e do edema,
aumentando o fluxo sanguíneo e contribuindo para o alívio a dor (MÉNDEZ, 2003).
As microondas englobam em uma faixa de modalidades de aquecimento fisioterápico
divisível em aquecimento superficial, onde a energia é absorvida primeiramente pela pele; e
aquecimento profundo ou por diatermia, em que parte considerável da energia penetra na
superfície antes da absorção nos tecidos mais profundos (KITCHEN, 2003).
A explicação das propriedades fisiológicas das microondas são que o campo elétrico onde
se organizam os dipolos teciduais (ou moléculas de água), sofrem uma alteração devido à
freqüência elevada, provocando variações rápidas dos bipolos intra e extra-celulares produzindo
colisões moleculares (ou energia friccional) que são fontes de calor (BISSCHOP, 2001).
A absorção da radiação é pequena nas gorduras, mas grande nos tecidos musculares por
possuir maior número de células dipolares. A irradiação por microondas eleva consideravelmente
a temperatura do fluxo sanguíneo, muscular e da pele. Á medida que se eleva a temperatura do
38

tecido, conseqüentemente, a temperatura do fluxo sanguíneo também aumenta, onde o calor pode
ser dissipado rapidamente através da massa do tecido para outro, devido à condução e convecção
realizadas pelo sangue circulante (KITCHEN, 2003).
Para a fascite plantar, o uso do microondas propicia vários efeitos benéficos como: melhor
nutrição à região, devido à aceleração da circulação, pela remoção dos subprodutos da lesão
(histaminas, prostaglandinas) e remoção dos subprodutos do catabolismo; para distúrbios
inflamatórios, um pequeno aquecimento promove melhora do fluxo sangüíneo, facilitando
difusão de oxigênio e eliminação de metabólitos; propicia alívio da dor, pois o calor promove
vasodilatação que acelera a remoção dos produtos inflamatórios e metabólitos que induzem a dor,
promovendo também redução tensional (VIANA, 2003).
Os termorreceptores e nociceptores respondem à mudança da temperatura e provocam
alívio da dor. Kitchen (2003) cita que devido à profundidade de aquecimento atingida com a
irradiação por microondas os receptores térmicos localizados no tecido muscular, também podem
ser estimulados como controle segmentar da dor, proporciona redução do espasmo e dores
musculares, decorrentes de lesões tendíneas e de estruturas articulares. O mesmo autor sugere que
este efeito deve-se ao aquecimento das terminações fusiformes aferentes secundárias e dos órgãos
de Golgi do tendão dos músculos afetados; o calor também propicia relaxamento local.
Os efeitos do microondas sobre as lesões traumáticas são similares aos produzidos em
inflamação, as lesões recentes devem ser tratadas com a mesma precaução da inflamação aguda,
pois o calor excessivo pode aumentar a exsudação de líquido a partir de vasos lesionados; é
contra indicado em regiões onde exista um crescimento tumoral ou infecções tuberosas, nem
mesmo em zonas recentemente expostas a doses terapêuticas de raio X (VIANA, 2003).
39

3 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo do presente projeto é um ensaio clínico controlado e randomizado, do tipo


experimental, de caráter qualiquantitativo analítico com dois grupos experimentais, um fazendo
uso somente de alongamento e outro de alongamento associado ao microondas, sendo os
pacientes divididos por amostras aleatórias simples, nos respectivos grupos. Foi realizado a partir
da coleta de dados por meio de pesquisa de campo associado à aplicação de protocolos de
tratamento com a utilização de uma ficha de avaliação fisioterapêutica (Apêndice A), que foi
utilizada para o armazenamento e controle dos dados de cada paciente.
Na ficha avaliativa faz-se presente o teste que comprova o encurtamento muscular da
cadeia posterior dos membros inferiores (Anexo C). Além, da avaliação da dor e da incapacidade
funcional através de uma escala analógica de Jones Agne (Anexo A), a qual foi realizada no
início e no final de cada atendimento das 10 sessões.
A pesquisa foi realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade da Amazônia –
Fisioclínica, localizada na cidade de Belém, na Avenida Alcindo Cacela, nº 359, durante março a
outubro de 2007.
As fontes de informações constituíram-se de levantamentos bibliográficos (livros, revistas
científicas, periódicos, acervo particular), bibliotecas virtuais (LILACS, MEDLINE E SCIELLO)
e relato dos pacientes estudados.
O estudo foi realizado mediante aprovação do orientador da pesquisa (Apêndice C);
aprovação do comitê de ética e pesquisa (Anexo E), com um total de 29 pacientes, encaminhados
por médicos ortopedistas, que foram informados sobre a realização da pesquisa, e ao
concordarem, assinaram o termo de consentimento livre esclarecido onde seus dados foram
mantidos em total privacidade e confiabilidade (Apêndice B).
Os pacientes foram atendidos no turno vespertino, de segunda a sexta-feira salvo feriados,
durante 10 sessões. Cada sessão teve duração de aproximadamente 50 minutos para cada
paciente, sendo realizada e anotada a avaliação da dor pré e pós-utilização do tratamento pré
determinado, seja ele utilizando-se somente do alongamento ou do mesmo em associação com o
40

microondas na ficha previamente elaborada e os pacientes foram divididos aleatoriamente em


dois grupos.
▪ Grupo 1: Constituído por 15 pacientes que tiveram como conduta fisioterapêutica,
aplicação somente da série de alongamento de Andrews (2000) modificado.

▪ Grupo 2: Constituído por 15 pacientes que tiveram como conduta fisioterapêutica,


aplicação do ondas centimétricas (microondas), com tempo de 18 minutos (segundo
BISSCHOPP) com dose III (Jones Agne), em seguida foi feita a aplicação do protocolo de
alongamento, utilizando os parâmetros do protocolo de alongamento de Andrews (2000)
modificado (Anexo B).
A escolha dos pacientes teve como critérios de inclusão, pacientes com fascite plantar na
fase crônica do processo inflamatório, do sexo feminino e com idade entre 25 a 60 anos. Foram
excluídos da pesquisa os pacientes que apresentaram patologias associadas, como torção ou
fratura de tornozelo. Pessoas com processos inflamatórios em região próxima ao local de
tratamento, hipertensas, diabéticas, que apresentaram alguma labirontopatia, pacientes grávidas e
que faltaram ao tratamento.
A pesquisa apresentou como riscos a utilização do microondas em casos que o paciente
apresentou processos inflamatórios, com intensa vasodilatação e exsudação de líquido, podendo
assim, agravar os sintomas. Em caso de infecções bacterianas, podendo acelerar o processo
inflamatório. Porém, antes de cada sessão, era feita a inspeção do membro a ser tratado e o
paciente era questionado sobre qualquer processo inflamatório.
Foi utilizado para o tratamento o aparelho de microondas Microtherm MW893
Biosistemas, da marca KLD (anexo D). Uma faixa elástica da marca theraband da cor cinza claro
(anexo D). Um cronômetro da marca KADIO (anexo D). E uma prancha de propriocepção do ISP
(Instituto São Paulo) (anexo D).
Os dados foram tratados a partir de um pacote estatístico BioEstat. 4.0 (Ayres, 2005),
onde estão sendo apresentados em forma de quadros e gráficos, distribuídos percentuais de dados
quantitativos. Também foi utilizado o Teste t de Student do tipo bicaudal com nível α de 5% e
índice de significância (p ≤ 0,05) para diferenças pré e pós-tratamento e para diferenças entre os
métodos, para uma melhor visualização dos resultados encontrados na pesquisa.
41

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Gráfico 1 - Distribuição por sexo nos grupos

15

10

Feminino
5
Masculino

0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

O gráfico 1 evidencia um componente qualitativo da amostra estudada, o sexo dos sujeitos


estudados. Nele é possível notar que todos os sujeitos dos dois grupos estudados, são do sexo
feminino.
Os dados qualitativos descritos acima, vieram à escolha do trabalho para o atendimento
somente de mulheres, visto que para Prentice (2002), os dados epidemiológicos mostram que a
população feminina é a mais acometida de fascite plantar, e esta, em geral, é em 60% obesa, na
faixa etária do climatério, quando aumenta de peso. Nos homens é a causa mais comum da
talalgia plantar em esportistas, com destaque para os que praticam corrida.
42

Gráfico 2 – Localização do tratamento

10

4 Direito
Esquerdo
2

0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 2 se verifica a distribuição do tratamento por localização (lateralidade) nos


dois grupos. Nele se verifica que 10 sujeitos do grupo 1 trataram o lado direito, enquanto 4
trataram o lado esquerdo. No grupo 2 foram 8 sujeitos tratados no lado direito e 7 no lado
esquerdo.

Gráfico 3 - Existência de sensibilidade

16
14
12
10
8
6 Sim
4 Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 3 observa-se que nos dois grupos, em todos os casos, ocorreu a presença de
sensibilidade à dor.
43

Gráfico 4 - Dor na palpação

15

10

Sim
5
Não

0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 4, o qual analisa a presença de dor na palpação, se verifica que em todos os


casos, nos dois grupos, ocorreu a presença da dor.
O que é comprovado por Hebert, et al., (2003); Hamer, et al (2003), estes relatam que
pontos dolorosos na região medial da panturrilha e do tendão calcâneo podem ser encontrados, o
que demonstra uma relação entre a fascite plantar e a rigidez do tendão calcâneo e musculatura
posterior da perna.
O exame físico evidencia dor à palpação da tuberosidade medial do calcâneo, região de
inserção da fáscia plantar. Mann (1986) descreve um sinal característico, encontrado ao exame
físico, que consiste na flexão dorsal forçada dos dedos do pé, a qual tenciona a fáscia plantar e
reproduz dor localizada, geralmente na inserção ao nível da tuberosidade medial do calcâneo. O
local da palpação da dor pode fazer o diagnóstico diferencial com a patologia do coxim
gorduroso e com a síndrome do túnel do tarso. (IMAMURA, 1996)
44

Gráfico 5 - Ocorrência de encurtamento

12
10
8
6
Sim
4
Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 5, é possível verificar que no grupo 1, 12 dos sujeitos tratados apresentaram


quadro de encurtamento enquanto apenas 2 não apresentaram tal quadro. No grupo 2, foram 12 os
sujeitos com encurtamento e 3 sem encurtamento.
Devido ao aumento significativo da utilização do salto alto por mulheres e em decorrência
das alterações funcionais causados pelo uso do mesmo, torna-se imprescindível a verificação da
presença ou não do encurtamento do músculo tríceps sural, sabendo-se que a persistência dessa
situação poderá ressaltar patologias já existentes ou desencadear novas. (TRACKER, 2004)

Gráfico 6 - Ocorrência de Edema

12
10
8
6
Sim
4
Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.


45

No gráfico 6 se verifica que entre os sujeitos tratados no grupo 1, somente 2 sujeitos


apresentaram edema, enquanto 12 não apresentaram. No grupo 2, 9 sujeitos não apresentaram
edema, porém, 6 apresentaram.
Acredita-se que o edema pode ter sido um fator que tenha influenciado nos resultados,
visto que para Bisschop (2001), os efeitos fisiológicos da termoterapia incluem vasodilatação,
melhora do metabolismo e da circulação local, aumento da extensibilidade dos tecidos moles,
relaxamento muscular e analgesia e redução da rigidez articular. Tais efeitos ocorrem por
mecanismos locais diretos e reflexos.
As respostas locais devem-se pelo aumento da temperatura tecidual e da atividade
metabólica local. Os efeitos reflexos incluem respostas regionais e generalizadas. As ações
regionais caracterizam-se pelo aumento do fluxo sanguíneo na área tratada e pelo relaxamento
muscular. Com isso tende a diminuição de possíveis edemas na área tratada. As ações
generalizadas incluem o aumento do fluxo sanguíneo no hemicorpo contra lateral, a sedação, o
relaxamento e as modificações das propriedades visco elásticas teciduais. Constituem excelente
método de preparo para a terapia por exercícios, pois reduz a resistência elástica (elastina) e
plástica (colágeno) dos componentes teciduais.
O mesmo cita que o relaxamento de musculaturas tensas ou contraturadas e o
fortalecimento podem ser proporcionadas por exercícios isométricos, ativo-livres e contra-
resistidos, proporcionam a diminuição do edema e da inflamação, melhoram as condições
circulatórias, aceleram o processo cicatricial e o relaxamento muscular, reduzem a dor e
incapacidade funcional.
Como já foi citado pelos autores acima, notamos que a utilização somente do
alongamento já proporciona uma redução de possíveis edemas, estes, comprovados na amostra do
trabalho. Em virtude disto, a associação do alongamento e do microondas, pode acelerar esse
processo de diminuição de edema, diminuindo assim, a dor do paciente.
46

Gráfico 7 - Fica muito tempo em pé?

16
14
12
10
8
6 Sim
4 Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 7 se verifica que nos dois grupos, todos os sujeitos tratados afirmaram ficar
muito tempo de pé ao longo do dia, o que pode ser um fator agravante da dor.

Gráfico 8 - Uso de sapato com salto alto

10

4 Sim
Não
2

0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 8 é possível constatar que 10 sujeitos não faz uso regular de sapatos de salto
alto, são cinco em cada grupo, enquanto que 9 no grupo 1 e 10 no grupo 2 são usuários freqüentes
destes sapatos, o que também pode ser um fator de agravamento do quadro.
Atualmente, a utilização de calçados de salto alto com suas diferentes formas e alturas
tornam-se cada vez mais comum. Estudos literários relatam que no decorrer dos últimos dois
47

anos, tem-se observado o uso freqüente de calçados de salto alto por mulheres, em lugares
públicos, entre elas, devido à estética e aos detalhes da moda, independente dos avanços no
sentido de transformar esse tipo de calçado em um sapato tecnicamente funcional e confortável
para os pés. (PINFILD, 2004)
Quanto ao uso do salto alto, ocorrem mudanças no posicionamento dos pés fazendo com
que os arcos plantares fiquem aumentados; a articulação do tornozelo em flexão plantar e a
musculatura referida em trabalho isométrico. Ainda, segundo alguns autores, o salto alto muda
toda a biomecânica do passo e da posição ortostática, referindo o fato da presença de alterações
provocadas pelo uso freqüente do mesmo. (HAMER, 2003)
A permanência do músculo tríceps sural em posição isométrica ao utilizar o salto alto
resulta em um encurtamento adaptativo muscular, portanto, qualquer força externa exercida para
alongar o músculo encurtado, continuará retraído, pelo músculo antagonista, tibial anterior estar
excessivamente alongado. (HAMER, 2003)

Gráfico 9 - Se já realizou tratamento anterior

10

4 Sim
Não
2

0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 9 se verifica que no grupo 1 cinco sujeitos já haviam realizado algum tipo de
tratamento anteriormente. Já no grupo 2, esse número é mais acentuado, são nove os casos de
sujeitos que já trataram anteriormente o quadro. Talvez esse número maior no grupo 2, possa ter
favorecido os resultados da pesquisa.
48

Gráfico 10 - Horário predominante da dor

10

6
Matutino
4 Vespertino
Noturno
2
Não Fixo
0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 10 se verifica que no grupo 1, o horário do dia em que as dores são mais
intensas é o período matutino, enquanto no grupo 2 esse horário mais intenso não é fixo e sim
variável.
A fascite plantar é causa comum de dor no retro pé. O diagnóstico é eminentemente
clínico, fundamentado na história no exame físico. A principal queixa é a da dor no primeiro
apoio matinal ou após permanecer longo período em carga sobre a superfície plantar.
(IMAMURA, 1996)
Hebert et al (2003) complementa o parágrafo acima dizendo que no primeiro apoio há um
estiramento brusco, que traciona a origem da fáscia e exacerba a dor, comprovando assim o
período de dor sentida pelo grupo um, e o segundo turno mais relatado pelo grupo dois, o qual
cita que os mesmo não têm horário fixo para a dor.
49

Gráfico 11 - Fatores que desencadeiam a dor

12
10
8 Posição do pé
Prática de esporte
6
Caminhar
4 Flexão plantar
2 Extensão plantar
0 Outros
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

Com relação aos fatores que desencadeiam a dor, visto no gráfico 11, no grupo 1, o fator
mais indicado foi quando os sujeitos ficavam de pé, o que se assemelha relativamente com o
ocorrido no grupo 2, onde se verifica que na posição de pé e ao caminhar o quadro de
desencadeamento se acentua.
Ambos os grupos tratados relatam dor ao ficar na posição de pé, isto que é comprovado
por Riddle, et al (2004) afirmando que as perdas funcionais decorrentes da fascite plantar, estão
relacionadas somente às atividades que envolvem corrida, e atividades profissionais e hobbies
que envolvem sustentação de peso. O segundo fator relatado no grupo dois vem ser reafirmado
por Hebert, et al (2003), segundo o mesmo, corridas, saltos e atividades de impacto pioram a dor.

Gráfico 12 - Fatores que aliviam a dor

14
12
10 Repouso
8 Exercício
6 Movimento
4 Alongamento
2
Medicação
0
Outros
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.


50

Os fatores que aliviam a dor, no gráfico 12, indicam que no grupo 1 e no grupo 2, o alívio
é maior quando os sujeitos se encontram em repouso. No grupo 2, outros dois componentes
mostraram-se importantes, quando os sujeitos fazem movimento e quando usam medicação, a dor
tende a aliviar.
Os medicamentos antiflamatórios não esteróides ajudam em alguns casos relativamente
agudos, mas também são muito úteis em um programa de tratamento prolongado. A infiltração de
esteróides locais deve ser utilizada em alguns casos, mas com muita precaução, já que pode
produzir necroses gordurosas e quando são usados repetidamente podem levar a uma ruptura da
fáscia plantar. Diversos tipos de palmilhas têm sido utilizadas ajudando a descarregar a região
central e anteromedial do calcâneo e para sustentar o arco longitudinal. (WAPNER; SHARKEY,
1991)
De acordo com Imamura, et al (1996), o tratamento preconizado inicialmente é
conservador e consiste no emprego de antiinflamatórios não hormonais e no uso de palmilhas de
material macio com suporte para o arco longitudinal medial e elevação do salto. As atividades em
ortostatismo prolongado, as marchas de longas distâncias assim como a prática de esportes que
envolvam saltos e corridas devem ser restritas. Exercícios de alongamento da fáscia plantar e dos
músculos da panturrilha devem ser realizados. Vários autores sugerem o alongamento
progressivo da fáscia plantar, do tendão de Aquiles e do músculo tríceps sural, baseados nos
achados de Kibler (1991). Alguns indivíduos beneficiam-se do uso de órteses no período noturno
que mantêm o tornozelo em flexão dorsal e, portanto, com a fáscia plantar alongada.
51

Gráfico 13 - Localização da dor

6
5
4 Calcanhar
3 Calc. Post/Medial
Calcanhar lat.
2
Calcanhar med.
1 Calcanhar post.
0 Calcanhar sup.
Alongamento Along + Micro Arco Plantar
Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

O gráfico 13 indica a localização mais evidente da dor nos sujeitos. Nele se verifica que
no grupo 1 esta se localiza mais acentuada no calcanhar posterior e medial, além de no calcanhar
medial, enquanto no grupo 2 se acentua mais no calcanhar posterior e medial e no calcanhar
lateral.

Gráfico 14 - Hábitos dos sujeitos

3
Fumo
2 Álcool
At. Física
1
Outros
0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.


52

No gráfico 14 se verifica os hábitos mais freqüentes dos sujeitos estudados. Nele se


verifica os hábitos mais evidentes entre os sujeitos do grupo 1 são o fumo, o álcool e outros,
enquanto o mais evidente nos sujeitos do grupo 2 foi os outros e, em menor grau, o álcool .

Gráfico 15 - Queixa principal

15

12

6
Dor
3

0
Alongamento Along + Micro Ondas

Fonte: Pesquisa de campo.

No gráfico 15 se observa que todos os sujeitos investigados, nos dois grupos,


apresentavam quadro de dor antes de iniciar o tratamento.
Para Carneiro (2004), os músculos dos doentes com dor, tornam-se tensos e
descondicionados o aumento de tensão gera a compressão de pequenos vasos e capilares e
isquemia muscular, o que resulta no acúmulo de substâncias algiogênicas e instalação de dor, que
acentua a hipertonia muscular. Os exercícios de alongamento procuram devolver aos músculos
fadigados e encurtados, o seu comprimento de repouso, condição fundamental para que adquira
potência máxima.

Gráfico 16 - Diagnóstico

10
8
6
4
Fascite Plantar
2
Esporão Calcâneo
0
Alongamento Along + Micro
Ondas
53

Fonte: Pesquisa de campo.


O gráfico 16 indica que no grupo 1, dez sujeitos apresentavam quadro de fascite plantar
enquanto quatro apresentavam quadro de esporão de calcâneo. Já no grupo 2 foram nove os
sujeitos com fascite plantar e seis com esporão de calcâneo.
Kisner (2005) relata que a fase de apoio durante a marcha, provoca um estiramento brusco
da aponeurose, as forças de tração durante a fase de apoio na marcha levam ao processo
inflamatório, que resulta em fibrose e degeneração, podendo desenvolver um esporão de calcâneo
no local da lesão causando dor sempre que o calcanhar estiver no solo.

Tabela 1 - Estatística descritiva da amostra.


ALONGAMENTO ALONG. + MICRO ONDAS
VARIÁVEL PRÉ PÓS DIF PRÉ PÓS DIF
Idade 42,29 ± 13,04 42,93 ± 9,96
Sessão 1 6,07±2,40 4,07±2,87 -2,00±1,75 6,87±3,16 4,53±2,29 -2,33±2,69
Sessão 2 4,86±2,85 3,36±3,03 -1,50±1,95 5,87±2,72 3,53±2,50 -2,33±2,35
Sessão 3 3,64±2,73 2,71±2,67 -0,93±1,44 3,67±2,38 2,47±1,64 -1,20±1,08
Sessão 4 2,93±2,70 2,21±2,64 -0,71±1,20 3,33±2,26 2,33±2,23 -1,00±1,56
Sessão 5 2,50±2,56 2,21±2,72 -0,29±1,20 2,60±1,88 1,80±2,24 -0,73±1,62
Sessão 6 2,00±2,32 1,64±1,98 -0,26±1,01 2,13±1,55 1,00±0,25 -1,33±1,13
Sessão 7 2,14±2,41 1,00±1,46 -1,14±1,41 1,73±1,49 0,73±0,96 -1,00±1,25
Sessão 8 1,64±2,17 0,79±1,31 -0,86±1,03 1,67±1,68 0,27±0,46 -1,40±1,64
Sessão 9 1,07±1,59 0,50±0,76 -0,57±1,02 0,87±0,83 0,13±0,35 -0,73±0,80
Sessão 10 0,57±0,86 0,14±0,36 -0,43±0,76 0,47±0,83 0,20±0,56 -0,27±0,46
Fonte: Pesquisa de campo.

Através da tabela 1, é possível verificar a descrição das características da amostra


estudada nos dois protocolos de tratamento desenvolvidos na investigação.
Como se pode observar, nos dois grupos estudados, houve uma redução gradual na
sensitividade a dor, o que se pode constatar através da observação da evolução nos três
componentes, a dor em nível pré-sessão, a dor em nível pós-sessão e a dor em nível da diferença
entre os dois momentos pré-sessão e pós-sessão.
54

Outro aspecto que se pode notar na descrição da amostra, é a grande heterogeneidade que
é constatada da amostra, o que se pode constatar através do elevado desvio padrão verificado em
todos os componentes estudados, inclusive no aspecto etário, onde se verifica um desvio padrão
de 13,04 para o grupo tratado através do alongamento e de 9,96 no grupo tratado através da
combinação entre o alongamento e o micro ondas.
Para Jordão (2004), ao comprometer a deambulação e o ortostatismo do indivíduo, a
fascite plantar pode afetar sua saúde em seu aspecto social; Sant’anna (2004) diz que o
tratamento da fascite plantar pode estar associado a causas intrínsecas como obesidade e
características biomecânicas; e a causas extrínsecas, como tipo de vida, atividades repetitivas que
podem levar a microtraumatismos, e até mesmo, calçados inadequados.

Gráfico 17 - Curva de evolução da sensação de dor no protocolo e alongamento

7
5
3 Pré
1 Pós
-1 Diferença
-3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte: Pesquisa de campo.

O aspecto ressaltado anteriormente, pode ser confirmado através da observação do gráfico


17, onde se pode verificar que a sensitividade a dor reduziu constantemente ao longo do
tratamento, tanto em nível pré-sessão quanto em nível pós-sessão, no grupo tratado através do
alongamento.
Com relação a diferença na dor entre os dois momentos, pré-sessão e pós-sessão,
verificado através da linha vermelha no gráfico 1, se observa que esta foi diminuindo
gradativamente, evidenciando que a cada momento do tratamento, os sujeitos se apresentavam
com níveis menos intenso de dor antes das sessões de tratamento, o que evidencia um quadro
evolutivo no quadro tratado.
55

Para Bandy; Irion (1994), o alongamento pode ser usado como um método de recuperação
da ADM, facilitando desta forma a restauração da mobilidade normal e melhora da função total.
Existe uma grande variedade de técnicas de alongamento, entre elas o alongamento estático. Este
é uma técnica de tensão isométrica aplicada lentamente a um músculo na sua maior extensão e
mantida em tal posição por um período de tempo. Taylor, et al (1990), relatam ainda que os
reflexos de estiramento estejam minimizados pelo movimento lento e pela ausência de dor, sendo
assim recomendada por ser de fácil execução e ter pouco risco de lesão.
Dentre os poucos estudos encontrados não foi observado um consenso a respeito da
durabilidade do efeito do alongamento, variando a permanência do efeito de uma hora até quatro
semanas após o término do treinamento. Parece, então, que o aumento da flexibilidade muscular,
vista logo após o alongamento é, em grande parte, um fenômeno transitório que têm um valor
terapêutico necessário para curtos períodos de tempo, como em atividades físicas. Já os aumentos
duráveis no comprimento muscular irão resultar de um remodelamento adaptativo e não
simplesmente da deformação viscoelástica. Esse remodelamento adaptativo viria a partir da
existência de uma demanda funcional. (THACKER, et al, 2004)

Gráfico 18 - Curva de evolução da sensação de dor no protocolo de alongamento + microondas

7
5
3 Pré
Pós
1
Diferença
-1
-3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte: Pesquisa de campo.

O gráfico 2, permite uma observação semelhante a encontrada no gráfico 1, onde se


observa no grupo tratado através do alongamento e do micro ondas, uma redução na sensitividade
a dor ao longo do tratamento, tanto antes quanto depois de cada sessão de tratamento.
56

Também se verificou a redução gradual na diferença na dor entre os momentos pré-sessão


e pós-sessão de tratamento, o que se confirma através da linha vermelha no gráfico 2,
evidenciando melhoria no quadro dos sujeitos tratados, em função do protocolo adotado no
tratamento, já que a diminuição na diferença se deveu a redução na intensidade da dor percebida
antes de cada sessão de tratamento, ao longo deste.
Segundo Thacker, et al (2004), em algumas práticas clínicas, para se obter um maior
ganho da flexibilidade usam-se técnicas de alongamento associadas ao calor. Espera-se que o
aquecimento aumente o suprimento de sangue e a liberação do oxigênio da mioglobina e
hemoglobina para os músculos. Estas mudanças preparam o corpo para as atividades físicas, por
acelerar o metabolismo das fibras musculares e diminuir a resistência intramuscular, aumentando
assim a variedade de movimento e a eficiência mecânica. Várias são as modalidades de
aquecimento, como bolsa de calor úmido, parafina, ultra-som, turbilhões e ondas curtas, e ainda,
exercícios aeróbicos. (DRAPER, 2004)
Em contrapartida Pinfild (2004), com propósito de determinar o efeito do alongamento
estático após diatermia com ondas curtas versus alongamento estático na flexibilidade dos
músculos isquiotibiais, reconheceu que a associação do alongamento com modalidades térmicas
podem mudar a viscoelasticidade do tecido conjuntivo resultando em uma deformação plástica
após o alongamento. Seu estudo utilizou como instrumento de medida de ADM o goniômetro
universal e fizeram parte deste, 30 mulheres divididas em três grupos: grupo 1, sendo controle;
grupo 2, alongamento estático por três minutos três vezes/semana durante um mês e o grupo 3,
diatermia por ondas curtas contínuo por 20 minutos e alongamento estático sustentado por três
minutos, três vezes por semana, durante um mês.
57

Tabela 2 - Estatística comparativa (t) dos grupos 1 (alongamento) e 2 (alongamento e microondas).

ALONGAMENTO ALONG. + MICRO ONDAS


VARIÁVEL t p t p
Pré X Pós Sessão 1 4,27 < 0,01 3,36 < 0,01
Pós Sessão 2 2,88 0,01 3,85 < 0,01
Pré X Pós Sessão 3 2,41 0,03 4,29 < 0,01
Pré X Pós Sessão 4 2,22 0,04 2,49 0,03
Pré X Pós Sessão 5 0,89 0,39 1,87 0,08
Pré X Pós Sessão 6 1,33 0,21 3,90 < 0,01
Pré X Pós Sessão 7 3,04 0,01 3,10 < 0,01
Pré X Pós Sessão 8 3,12 0,01 3,31 0,01
Pré X Pós Sessão 9 2,10 0,06 3,56 < 0,01
Pré X Pós Sessão 10 2,12 0,05 2,26 0,04
Pré sessão 1 X Pós sessão 10 8,89 < 0,01 7,65 < 0,01
Fonte: Pesquisa de campo.

A tabela 2 indica a existência de diferenças estatisticamente significativas na sensitividade


à dor, nos sujeitos tratados nos dois métodos adotados no estudo em questão.
Como se pode verificar, os sujeitos tratados através do protocolo de alongamento,
apresentaram redução estatisticamente significativa na dor após a primeira, a segunda, a terceira,
a quarta, a sétima, a oitava e a décima sessão de tratamento, onde se verificou que a dor após
cada uma destas sessões de tratamento, reduziu de forma significativa.
É possível constatar ainda, a eficácia do tratamento realizado através do protocolo de
alongamento, quando se observa a redução estatisticamente significativa na sensitividade à dor,
verificada entre o momento em que os sujeitos iniciaram o tratamento (momento pré-sessão 1) e
o momento em que os sujeitos encerraram o tratamento (momento pós-sessão 10).
Com relação ao tratamento realizado através do alongamento e microondas, observou-se
comportamento semelhante ao anterior. Houve redução estatisticamente significativa em quase
todos os momentos do tratamento, exceção feita a um único momento, na sessão cinco do
tratamento, onde esta diferença ocorreu, porém não de forma significativa, evidenciando-se
assim, a eficácia do tratamento realizado.
58

Esta eficácia se confirma mais evidentemente, através da observação de que houve uma
redução estatisticamente significativa na sensitividade à dor nos sujeitos, entre o início e o final
do tratamento, antes da sessão 1 e depois da sessão 10.

Tabela 3 - Análise de variância de um critério com teste de Tukey para comparação entre os dez momentos pré-
sessão para cada protocolo de tratamento.

ALONGAMENTO ALONG. + MICRO ONDAS


MOMENTO F p F p

7,45 < 0,01 16,01 < 0,01


Sessão 1 X Sessão 3 --- --- 6,16 < 0,01
Sessão 1 X Sessão 4 5,04 < 0,05 6,80 < 0,01
Sessão 1 X Sessão 5 5,73 < 0,01 8,21 < 0,01
Sessão 1 X Sessão 6 6,53 < 0,01 9,11 < 0,01
Sessão 1 X Sessão 7 6,30 < 0,01 9,88 < 0,01
Sessão 1 X Sessão 8 7,10 < 0,01 10,01 < 0,01
Sessão 1 X Sessão 9 8,02 < 0,01 11,55 < 0,01
Sessão 1 X Sessão 10 8,82 < 0,01 12,31 < 0,01
Sessão 2 X Sessão 4 --- --- 4,87 < 0,05
Sessão 2 X Sessão 5 --- --- 6,29 < 0,01
Sessão 2 X Sessão 6 --- --- 7,18 < 0,01
Sessão 2 X Sessão 7 --- --- 7,95 < 0,01
Sessão 2 X Sessão 8 5,16 < 0,05 8,08 < 0,01
Sessão 2 X Sessão 9 6,07 < 0,01 9,62 < 0,01
Sessão 2 X Sessão 10 6,87 < 0,01 10,39 < 0,01
Sessão 3 X Sessão 9 --- --- 5,39 < 0,01
Sessão 3 X Sessão 10 4,93 < 0,05 6,16 < 0,01
Sessão 4 X Sessão 9 --- --- 4,75 < 0,05
Sessão 4 X Sessão 10 --- --- 5,52 < 0,01
Fonte: Pesquisa de campo.
59

A tabela 3 mostra a existência de diferenças estatísticas entre cada sessão de tratamento,


no momento pré-sessão (antes do início de cada sessão). Nele é possível observar-se que o grupo
tratado através do alongamento associado ao micro ondas, apresentou mais momentos de redução
significativa da dor do que o grupo tratado somente através do alongamento.
Guimarães ( 1998) elucida este fato devido os efeitos fisiológicos do microondas sobre a
diminuição da dor. O autor sugere que a dor é resultado do acúmulo de produtos metabólicos, e
que o aumento do fluxo sanguíneo, na região dolorosa, devido ao calor, favorece a eliminação
destas substancias e consequentemente da dor.
O grupo tratado através do alongamento, somente mostrou redução significativa na dor
quando se comparou a sessão 1 com a 4, a 5, a 6, a 7, a 8, a 9 e a 10; a sessão 2 com a 8, com a 9
e com a 10; e a sessão 3 com a 10, o que permite afirmar que a partir da quarta sessão de
tratamento, observou-se redução estatisticamente significativa na sensitividade à dor dos sujeitos
tratados pelo método proposto.
No grupo tratado através da associação entre o alongamento e o micro ondas observou-se
um quadro mais amplo e favorável, onde verificou-se a redução significativa da dor entre mais
momentos do tratamento. Nele se verificou a redução significativa na sensitividade à dor entre os
momentos da sessão 1 para a sessão 3, para a 4, para a 5, para a 6, para a 7, para a 8, para a 9 e
para a 10; da sessão 2 para a sessão 4, para a 5, para a 6, para a 7, para a 8, para a 9 e para a 10;
da sessão 3 para as sessões 9 e 10, bem como da sessão 4 para as sessões 9 e 10. Isto permite
afirmar que através deste protocolo, os sujeitos mostraram redução significativa da sensitividade
à dor, a partir da terceira sessão de tratamento.
Assim, pode-se afirmar que através do protocolo de associação entre alongamento e micro
ondas, o efeito é discretamente mais rápido do que no protocolo em que se usou somente o
alongamento, encontrando-se a redução na dor e um momento mais precoce no primeiro do que
no segundo método de tratamento.
60

Tabela 4 - Estatística comparativa (t) entre as diferenças nos protocolos 1 (alongamento) e 2 (alongamento + micro
ondas).

VARIÁVEL T P
Idade -0,15 0,88
Sessão 1 -0,40 0,69
Sessão 2 -1,04 0,31
Sessão 3 -0,57 0,57
Sessão 4 -0,55 0,58
Sessão 5 -0,85 0,41
Sessão 6 -1,96 0,06
Sessão 7 0,29 0,78
Sessão 8 -1,08 0,29
Sessão 9 -0,47 0,64
Sessão 10 0,69 0,50
Fonte: Pesquisa de campo.

Ao comparar-se os dois grupos, e por tanto, os dois métodos de tratamento, visto na tabela
4, observou-se que não houveram diferenças estatisticamente significativas entre estes, o que
evidencia relativa semelhança na evolução do tratamento entre os dois métodos.
Outro aspecto que se constata no quadro anterior, é o fato de que na maioria dos
momentos o grupo tratado através do alongamento associado ao micro ondas, apresentou
diferenças entre os momentos pré e pós-sessão de tratamento, mais acentuadas que no grupo
tratado apenas através do alongamento, o que demonstra um efeito mais acentuado do tratamento
em cada sessão através do alongamento associado ao micro ondas, porém, sem que estas
diferenças tenham nível estatístico de significância.
Este resultado pode ser explicado pela afirmativa do autor Guimarães (1998), que diz que
calor produzido pelo microondas tem efeitos terapêuticos importantes sobre os processos
inflamatórios, este tipo de calor provoca uma dilatação nas artérias e capilares que produz um
aumento do fluxo sanguíneo na região tratada.
O presente estudo compara-se com um outro que utilizando o US como meio de
intervenção na FP, Crawford (1996) não obteve resultados significativos. Apesar de também não
mostrarmos mais eficiência no tratamento com microondas, não obtendo resultados
61

estatisticamente comprovando a eficácia do protocolo de alongamento ou do mesmo associado ao


microondas, as características dos estudos foram completamente diferentes. Crawford utilizou
baixa intensidade (0,5 w/cm²) e modo pulsátil de aplicação, enquanto o nosso recurso
termoterápico utilizou grau de calor maior (microondas). Observou-se que o método proposto
acrescentou ganhos funcionais e de melhora da dor, e que, a realização somente dos exercícios de
alongamentos, por 10 sessões seriam eficazes para a redução da dor. Porém notamos que quando
associado ao microondas essa melhora é mais rápida e acentuada em algumas sessões já citadas
no quadro anterior.
O exposto acima vem complementar-se por Imamura, et al (1996), o qual fala que a
restauração do comprimento normal da fibra muscular e da amplitude completa do movimento
articular irá evitar a sobrecarga muscular. A prevenção de dolorimento pode ser obtida através de
exercícios domiciliares de alongamento e uso da termoterapia proporcionando relaxamento
muscular e alívio da dor, realizados de forma regular e progressiva.

Tabela 5 - Estatística descritiva e comparativa (t) entre as diferenças pré-sessão 1 X pós-sessão 10, entre os 2
protocolos de tratamento.

Média ± D. Padrão
VARIÁVEIS Along. Al. + M. O. t p
Pré sessão 1 – Pós sessão 10 -5,64 ± 2,56 -6,67 ± 3,37 -0,92 0,36
Fonte: Pesquisa de campo.

A tabela 5 indica a comparação na redução da sensitividade à dor entre os momentos pré-


sessão 1 e pós-sessão 10, nos dois grupos de tratamento. Nele é possível observar-se a redução
mais acentuada na sensitividade a dor no grupo tratado pela associação entre o alongamento e o
micro ondas, quando comparado com o grupo tratado exclusivamente através do alongamento,
porém, como pode se verificar, não é significativa esta diferença, o que evidencia mais uma vez,
a evolução mais acentuada no primeiro do que no segundo método, porém sem diferença
estatística.
62

5 CONCLUSÃO

Os resultados deste estudo não podem ser considerados generalizados a uma população, haja
visto, que o mesmo foi realizado sobre um único sexo. Entretanto, vale a pena ressaltar a
importância de se investigar novos recursos no tratamento desta afecção que não incapacita, no
entanto leva à limitação das atividades diárias e desportivas.
O presente estudo mostra que com apenas dez sessões e sem uso de medicamentos o
paciente apresenta ausência ou diminuição do quadro álgico, porém notou-se que em alguns a dor
era reincidente, pois os mesmos realizavam o tratamento em determinado período e depois
voltavam a adotar os mesmos erros (não alongar-se, usar salto alto, não praticar atividades físicas
dentre outros) que ocasionavam no encurtamento da cadeia posterior da perna, conseqüentemente
a volta da álgica na planta do pé.
Tendo em vista o exposto acima, sugerimos que sejam desenvolvidas mais pesquisas na
área de fisioterapia preventiva, visando divulgar a pratica do alongamento, no cotidiano das
pessoas evitando assim, problemas ou patologias futuras.
Com base no que se observou, no presente estudo, o qual não houve diferença estatística
entre os dois métodos de tratamento proposto na pesquisa para tratar a fascite plantar, no entanto
ambos os métodos foram eficazes para a redução da dor e reabilitação do paciente para suas
atividades de vida diária e laborais.
63

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68

ANEXO A
FICHA DE AVALIAÇÃO DA DOR

(JONES AGNE)
1. De acordo com a intensidade de sua dor, observe a escala visual analógica abaixo
(escala de dor) e marque a opção correspondente ao seu quadro de dor atual.

ESCALA ANALÓGICA VISUAL – EVA


69

ANEXO B
PROTOCOLO DE ALONGAMENTOS (ANDREWS, 2000 - MODIFICADO)

1- Série de alongamentos para a reabilitação e tratamento para gastrocnêmio – solear.


Figura 1 - Paciente em decúbito dorsal com os joelhos estendidos ou parcialmente flexionado deverá realizar uma
forte dorsiflexão dos pés, tentando manter os artelhos relaxados.

Fonte: dados do autor, 2007.

Figura 2 - Paciente em decúbito dorsal com os joelhos estendidos ou parcialmente flexionado, com uma faixa
elástica da cor cinza, deverá puxar o pé em dorsoflexão.
70

Fonte: dados do autor, 2007.

2- Com o objetivo de manter ou ganhar ADM/ flexibilidade, fará uso do alongamento


estático de baixa intensidade da unidade musculoesquelética afetada.
Figura 3 - Paciente em pé, deverá dar um passo à frente com um só pé, mantendo o calcanhar do pé de trás no solo
(o pé de trás é o que está sendo alongado).

Fonte: dados do autor, 2007.

3- Com o objetivo da reabilitação proprioceptiva.


Figura 4 - Alongamento na prancha inclinada.
71

Fonte: dados do autor, 2007.


72
73

ANEXO C
TESTE DE ELEVAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR (PALMER, 2000)

Elevação passiva do MI com o joelho mantido em completa extensão. O MI é elevado


pelo tornozelo, que permanece em posição neutra e relaxada e é anotado o grau de flexão do
quadril no qual os sintomas aparecem. O lado contra- lateral do membro inferior avaliado, deverá
estar em flexão tanto de quadril quando de joelho.

Figura 5 - Teste de encurtamento.

Fonte: dados do autor, 2007.


74

ANEXO D
MATERIAIS UTILIZADOS NA PESQUISA

Figura 6 - Aparelho de microondas Figura 7 - Faixa elástica da marca


Microtherm MW893 Biosistemas, Theraband da cor cinza claro.
da marca KLD.

Fonte: dados do autor, 2007. Fonte: dados do autor, 2007.

Figura 8 - Cronômetro da marca Figura 9 - Prancha de propriocepção


KADIO. do ISP (Instituto São Paulo).

Fonte: dados do autor, 2007. Fonte: dados do autor, 2007.


75

ANEXO E
ACEITE DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA
76

APÊNDICE A

FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA


FASCITE PLANTAR.

DADOS PESSOAIS

Nome: ________________________________________________________________________
Endereço:_____________________________________________________________________
Data de nascimento:____/____/____ Profissão:_____________ Sexo:_______ Idade:_______
Telefone:______________ Bairro:_________________ Data da avaliação:____/____/____
Médico Responsável: ________________________________________________________
Diagnóstico clínico:________________________________________________________
Diagnóstico funcional :_____________________________________________________

HISTÓRICO
QP___________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
HDA:_________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
HF:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Hábitos: Fumo Álcool Atividade física Outros

EXAME FÍSICO

Local da dor: ______________________________________________________________

Sensibilidade: Sim Não Dor a palpação: Sim Não


77

Algum encurtamento (Anexo 3) : Sim Não


Presença de edemas: Sim Não

Fica muito tempo em pé: Sim Não Utiliza sapatos de salto alto: Sim Não

Horário da dor: Matutino Vespertino Noturno Sem horário fixo

Fatores que desencadeiam a dor: Posição de pé Prática de esporte Caminhar


Flexão plantar Extensão plantar Outro

Fatores que aliviam a dor: Repouso Movimento Medicação


Exercício Alongamento Outro

Realizou tratamento anteriormente: Sim Não. Qual:________________

Obejtivo Fisioterapêtico:_____________________________________________________

Conduta Fisioterapêutica:____________________________________________________

__________________________________
Responsável
78

APÊNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

As informações obtidas serão analisadas em conjunto com as de outras pacientes, não


sendo divulgada qualquer informação que possa levar a sua identificação.

ESTUDO: Tratamento da fascite plantar: estudo comparativo entre o protocolo de


alongamento e sua associação com ondas centimétricas (microondas).

Os voluntários serão atendidos na Clínica Escola da Universidade da Amazônia –


Fisioclínica, localizada na Avenida Alcindo Cacela, nº. 359, Belém-PA, no turno vespertino. O
estudo se faz necessário para que se possam comparar dois tratamentos fisioterapêuticos, um
utilizando-se somente do alongamento e outro fazendo a associação do alongamento com o ondas
centimétricas (microondas) no quadro doloroso da fascite plantar, antes e após as 10 sessões de
ambos os tratamentos. No primeiro momento, os voluntários terão seus dados coletados em uma
ficha de avaliação previamente elaborada pelas pesquisadoras junto à avaliação da dor, podendo
assim ser quantificado o quadro doloroso desse paciente antes e após a aplicação do tratamento
durante 10 sessões como forma de parâmetros avaliativos.
As principais investigadoras são as acadêmicas Andressa Priscila Cardoso de Andrade
que pode ser encontrada no conj. Providência, Rua 13 nº 181 ou nos telefones 32570628/
81520623, Bruna Gabriela Bravin Rabello que pode ser encontrada na Rua Oliveira Belo nº 881
ou no telefone 81732393 e Daniele Jacob Bastos que pode ser encontrada na Travessa Alferes
Costa nº 506 ou nos telefones 32334641 / 81621914.
Caso não sejam localizadas, poderá ainda ser contatado o fisioterapeuta Paulo Eduardo
dos Santos Ávila, orientador desta pesquisa, no endereço: Tv. 14 de Março, n° 1494, Aptº 202 ou
pelos telefones 32232373/ 8127-9498.

GARANTIAS

É garantida aos indivíduos, a liberdade de desistir ou interromper a colaboração neste


estudo no momento em que desejar, sem necessidade de qualquer explicação.
79

Os indivíduos têm direitos a se manter informados a respeito dos resultados parciais da


pesquisa.
O atendimento não será cobrado e também não haverá nenhuma recompensa financeira na
participação deste estudo.
Este trabalho será realizado com recursos disponibilizados pela Clínica Escola da
Universidade da Amazônia - Fisioclínica.
O pesquisador utilizará os dados e o material coletado, a princípio somente para esta
pesquisa, porem poderão ser utilizados em situações especiais, como em publicações científicas.
Os dados ao final do trabalho serão guardados em arquivos digitais.

DECLARAÇÃO

Declaro que compreendi as informações do que li ou que me foram explicadas sobre o


trabalho em questão.
Discuti com o fisioterapeuta Paulo Eduardo dos Santos Ávila sobre decisão em participar
nesse estudo, ficando claros para mim, quais são os propósitos da pesquisa, os procedimentos a
serem realizados, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que minha participação não tem despesas e que tenho garantia de
inclusive se optar por desistir de participar da pesquisa.
Declaro que autorizo a utilização dos dados na pesquisa em formação e a publicação de
artigos científicos.
Concordo voluntariamente em participar desse estudo podendo retirar meu consentimento
a qualquer momento sem necessidade de justificar o motivo da desistência, antes ou durante o
mesmo.
Belém, ____, de ___________________de 2007.

____________________________________
Assinatura do Paciente
80

_____________________________________
Assinatura da Testemunha

Declaro que assisti a explicação do fisioterapeuta Paulo Eduardo Santos Avila ao


paciente, que compreendeu e retirou suas dúvidas, assim como eu, a tudo o que será realizado na
pesquisa.

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o consentimento livre e


esclarecido desta paciente ou representante legal para participação no presente estudo.
Ft. Paulo Eduardo Santos Avila
(Fisioterapeuta)
Pesquisador responsável
81

APÊNDICE C
TERMO DE APROVAÇÃO DO ORIENTADOR DA PESQUISA

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA


CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA

DECLARAÇÃO

Eu Paulo Eduardo Santos Avila, aceito orientar o trabalho, que terá como foco principal a
Fisioterapia Traumato - ortopédica com o tema “Tratamento da fascite plantar: estudo
comparativo entre o protocolo de alongamento e sua associação com ondas centimétricas
(microondas).’’ De autoria de Andressa Cardoso de Andrade, Bruna Gabriela Bravin Rabello e
Daniele Jacob Bastos, declarando ter total conhecimento das normas de realização de trabalhos
científicos vigentes, segundo o manual de orientação de trabalhos científicos do Curso de
Fisioterapia da UNAMA 2007 estando ciente da necessidade de minha participação na banca
examinadora por ocasião da defesa do trabalho.
Belém-Pará, 15 de janeiro de 2007.

__________________________________ __________________________________
Assinatura Carimbo e Rubrica
Paulo Eduardo Santos Ávila Paulo Eduardo Santos Ávila
82

APÊNDICE D

AUTORIZAÇÃO DA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA – FISIOCLÍNICA

Eu Prof ª.Valéria Marques F. Normando, coordenadora da Clínica Escola da Universidade


da Amazônia - FISIOCLÍNICA, autorizo o uso do espaço de um “Box” de atendimento e
aparelho de termoterapia microondas, para a realização da pesquisa de conclusão de curso das
acadêmicas do 4º ano do curso de fisioterapia Andressa Priscila Cardoso de Andrade, Bruna
Gabriela Bravin Rabello e Daniele Jacob Bastos que me solicitam o uso do espaço interno da
Fisioclínica para o atendimento de pacientes que farão parte da pesquisa intitulada “Tratamento
da fascite plantar: estudo comparativo entre protocolo de alongamento e alongamento
associado as ondas centimetricas (microondas)”.
No período de março a outubro de 2007, no turno vespertino.

Belém _____/______/ _______

_______________________________________
Valéria Marques F. Normando
Coordenadora da FISIOCLÍNICA

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