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BELÉM - PA
2007
ANDRESSA PRISCILA CARDOSO DE ANDRADE
BRUNA GABRIELA BRAVIN RABELLO
DANIELE JACOB BASTOS
BELÉM - PA
2007
ANDRESSA PRISCILA CARDOSO DE ANDRADE
BRUNA GABRIELA BRAVIN RABELLO
DANIELE JACOB BASTOS
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Profº. Paulo Eduardo do Santos Avila
Orientador
_______________________________________
Membro
_______________________________________
Membro
Conceito: ___________________
BELÉM - PA
2007
À Deus, por guiar-me sempre.
Meus pais e meu irmão pela confiança, amor e
incentivo.
A minha avó e avós (in memorian).
E aos demais familiares.
Agradeço primeiramente à Deus, pela vida, por estar sempre no meu caminho, iluminando e
guiando às escolhas certas.
Aos meus pais: Sabina da Memória e Fernando Andrade, que foram à base de tudo pra mim,
apoiando-me nos momentos difíceis com força, confiança, amor, ensinando-me a persistir nos
meus objetivos e ajudando a alcançá-los.
Ao meu irmão Pedro Paulo, agradeço pela companhia, carinho e momentos de descontração
vividos a cada dia, que nos ajudaram a superar as diferenças.
À minha avó Graciema Andrade, pelo carinho, incentivo e acreditar no meu potencial em
todos os momentos.
À minha amiga Dulcilene e minha afilhada Izis pela convivencia, paciência e carinho.
Aos meus tios e primos, pela atenção e apoio durante essa minha trajetória.
À minha amiga Daniele Bastos, pelos incansáveis momentos dedicados a nossa pesquisa, por
estar presente em distintos e importantes momentos da minha graduação e se tornar uma irmã.
Aos meus amigos de graduação do curso em especial Natália Silva e Marília Garcia, pelo
convívio e amizade, compreensão e estudos.
Ao orientador Ft. Paulo Ávila, agradeço as cobranças, exigências, dinamismo, confiança e por
acreditar em nosso potencial.
A co-orientadora Ft. Tainá Alves, muito obrigada pelo apoio, paciência, incentivos e ajuda
quando precisávamos.
Enfim a todos que contribuíram para o sucesso deste trabalho. Muito obrigada.
A Deus, o centro da minha vida, por ter me sustentado em Suas mãos para que eu não
tropeçasse em meio as adversidades e provações.
Aos meus pais que me ensinaram: “Para ser grande é preciso ser perseverante e forte”. Em
especial à minha mãe pela inteira dedicação e por muitas vezes ter deixado de lado seus
sonhos para acreditar nos meus. Vocês são os responsáveis por essa conquista, e eu os amo
muito. Obrigada pela confiança e pelo amor em mim depositados.
Aos meus queridos irmãos que mesmo distantes se fizeram presentes em todos os momentos,
Herlen por ter sido o meu exemplo, Carlos por ter confiado em mim quando muitas vezes nem
eu mesma acreditava, Tais por ter sido a razão desta caminhada. A lembrança afetuosa de
vocês e o abraço amoroso a cada reencontro fizeram com que eu chegasse ate aqui. Eu amo
vocês.
Ao Marcos Antonio, por sempre estar ao meu lado, pelo carinho e companheirismo.
A Daniele e Andressa minha eterna gratidão pela amizade verdadeira, por terem me aceitado
de braços abertos e confiança em mim depositada.
Aos amigos que durante esses anos de faculdade foram minha segunda família, vocês nunca
saberão o quanto foram importantes para mim.
Enfim a todas as pessoas que me ajudaram, não poderia deixar de expressar à minha imensa
gratidão.
Muito obrigada!
A Deus: Meu amparo e refugio, alegria da minha alma, onde encontrava esperança. E as mãos
que guiam-me e acolhem.
Aos meus pais Daniel e Emília, minha corrente forte que jamais partirá. As mãos amigas que
me acalentam, dão força e guiam – me. É com grande alegria e gratidão que dedico esta
minha vitória a vocês, pessoas que me possibilitaram todo suporte seja ele emocional ou
financeiro, no decorrer de minha vida. Se venço hoje, é graças também a vocês. Os amo e essa
conquista é nossa!’’ Vini, vidi, vici’’ (Júlio César)
Aos meus avós Orlando e Emília, pelo amor que tem para comigo. Por acreditarem e torcerem
sempre por mim, me incentivando em todos os momentos em que precisei. Se cheguei aqui é
porque tive vocês como base. Vocês são únicos e o meu agradecimento é eterno. Eu consegui
junto com vocês vencer mais uma. Muito obrigada!
À minha avó Maria, pelo carinho e incentivo no decorrer da minha vida. Muito obrigada.
Aos meus irmãos David e Ana Paula, agradeço pelas nossas diferenças, mas que sempre nos
uniam pelo amor de um para com o outro. Sinto-me feliz em dedicar o findar de mais uma
etapa da minha vida à vocês, pessoas que ajudam-me nos momentos de dificuldades.
Obrigada por todo amor e carinho.
Às minhas madrinhas Nilma e Marivone, aos meus tios Nonato, Alexandre e Getúlio, por
todo carinho, atenção e incentivo durante a minha vida. Mais uma fase encerra-se, também
graças à ajuda de vocês. Muito obrigada por tudo. A vitória é nossa.
Ao Igor, Marilia e Natália, pela confiança, amizade edificada e por todos os momentos
compartilhados. A Andressa, por não desistir do nosso ideal, por toda paciência e pelo jeito
único de ser. A Bruna e aos distintos amigos, pela compreensão e incentivo. Muito obrigada
Ao orientador Ft. Paulo Ávila, pelas cobranças, exigências, dinamismo e paciência. Muito
obrigada por tudo.
À co-orientadora Ft. Tainá Alves, muito obrigada por toda ajuda e por acreditar no nosso
potencial, nos incentivando quando precisávamos.
Aos pacientes que acreditaram na nossa proposta de tratamento e eram receptíveis. Meu muito
obrigada.
Issac Newton
RESUMO
Andressa Priscilla Cardoso de ANDRADE, Bruna Gabriela Bravin RABELLO and Daniele
Jacob BASTOS. Plantar fascitis: comparison treatment between protocol of stretching and
stretching involved with the centimetricas waves (microwave), Universidade da Amazônia,
UNAMA, Biological Sciences and Health Center, Physiotherapy Course, Belém , PA, 2007,
Course completion Monograph.
The Plantar fascitis is the result of a disorder in the aponeurosis plant fibers, possibly caused
by anomalitis anatomic and excessive use. Other factors may be associated to it, such as: the
lack of the longitudinal arc flexibility and the rigidity of aspect of the calf, and the use of
inappropriate footwear and increasing the size of the step during the race. The microwave
irradiation for raises considerably the temperature of the blood flow, muscle and skin .The
same is effective in tissue fibrotic and has good effect on muscle tissue, as they elevate the
temperature of the tissue, consequently, the temperature of blood flow also increases. The
stretching is performed as techniques for the prevention of occupational injuries of the type
and sports, as favors an increase in muscle strength. It occurs a change in the muscle length-
tension relationship, and with the shortening, it is no longer capable of producing the peak
voltage, then develops a weakness with retraction. The physiotherapeutic treatments are
bringing good results are achieved not only speed up rehabilitation of patients, but also avoid
the appearance and/or delay worsening of numerous disorders. They were served, 29 patients,
which were sent for treatment physiotherapeutic, with the medical diagnosis of plantar
fascitis. Being divided in the following groups of treatments: 15 people in the group treated
with the protocol of stretching and microwave, and 14 people belonging to the group which
has been applied only to the protocol elongation. In the present study it is possible to see the
fact that in most occasions the treated group through stretching associated with the micro
wave, presented differences between the times pre - and post-session of treatment, more
pronounced than in the group treated only through the stretch, but without statistical
significance. Another important factor was the number of people using high jump, and 9 in
Group 1 and 10 in Group 2, which also has to be a factor in aggravation of the table, in the
pathology studied.
1 INTRODUÇÃO 29
2 REFERENCIAL TEORICO 31
2.5 FLEXIBILIDADE 36
3 MATERIAIS E MÉTODOS 39
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 41
5 CONCLUSÃO 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63
ANEXO A 68
ANEXO B 69
ANEXO C 71
ANEXO D 72
ANEXO E 73
APÊNDICE A 74
APÊNDICE B 76
APÊNDICE C 79
APÊNDICE D 80
Andrade, Andressa Priscila Cardoso de
CDD 615.82
29
1 INTRODUÇÃO
A amostra do artigo é composta por 29 pacientes, que foram atendidos na Clínica Escola
de Fisioterapia da Universidade da Amazônia.
Os pacientes foram divididos em dois grupos, primeiro utilizou somente o protocolo de
alongamento e o segundo utilizou o protocolo de alongamento associado ao microondas.
31
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O calcâneo é o maior osso da base do pé. Em sua parte posterior localiza-se a imponente
tuberosidade do calcâneo que tem em sua continuação para a superfície inferior, dois processos
dirigidos para diante, o processo lateral e o processo medial da tuberosidade do calcâneo. Na
rugosidade da tuberosidade do calcâneo, insere-se o tendão de Aquiles. Em alguns casos há uma
protuberância para diante, no processo medial da tuberosidade do calcâneo, o esporão do
calcâneo (PLATZER, 1997).
Segundo Arábia (1999), as estruturas fundamentais do calcâneo estão recobertas por um
tecido gorduroso altamente especializado, cuja principal função é a absorção do choque. Este
tecido absorve de 20% a 25% da força durante o contado do calcanhar com o solo. Sua habilidade
para resistir a estas forças resulta de sua composição anatômica única, a qual os glóbulos de
gordura encontram-se encapsulados por uma estrutura reticulada fibroelástica, com septos que se
unem superficialmente a pele e as camadas mais profundas do calcâneo. Estudos histológicos
revelaram terminações nervosas livres e corpúsculos de Paccini localizados nesse tecido
gorduroso.
A fáscia plantar (aponeurose plantar) encontrada na face plantar do pé, seguindo
longitudinalmente, divide-se em porções central, lateral e medial. A aponeurose plantar é uma
estrutura rígida composta de elementos atados como uma treliça, este é o mecanismo pelo qual as
articulações do tarso podem ser passivamente estabilizadas quando um individuo executa
elevações do calcanhar ou qualquer atividade que exija extensão dos dedos do pé. A fascite
plantar é resultado de uma desordem nas fibras dessa aponeurose, causada possivelmente por
anormalidades anatômicas e uso excessivo.
Lopes (1996) complementa que no impacto do calcanhar, o pé está levemente supinado e
a tíbia em rotação externa, após o impacto do calcanhar, o pé prona e permanece nesta posição,
durante a fase de suporte. Durante a pronação, a tíbia sofre uma rotação sobre o tálus,
32
A Associação Internacional para Estudo da dor (IASP- International Association for the
Study of Pain) define a dor como sendo “uma experiência sensorial e emocional desagradável,
associada com um dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano”
(TRIBIOLI, 2003).
Essa dor é o motivo mais comum para os pacientes procurarem assistência médica, e a
síndrome dolorosa miofascial é a causa imediata ou o componente mais freqüente da dor
músculo-esquelética. O manejo dos pacientes com síndromes dolorosas miofasciais é um dos
problemas mais importantes encontrados na prática clínica. (CARNEIRO, 2004)
O diagnóstico de síndrome dolorosa miofascial, eminentemente clínico, depende da
presença do “ponto-gatilho” ou de dolorimento e da reprodução da sintomatologia álgica do
paciente através da digitopressão local. A pesquisa sistemática desses pontos mediante técnica
palpatória permite o diagnóstico. A ausência de dados positivos em exames laboratoriais e de
imagem dificulta o diagnóstico desta entidade clínica, que constitui causa freqüente de dor no
sistema músculo-esquelético (IMAMURA, 1996).
A dor produzida pela fascite plantar geralmente não é incapacitante, embora possa limitar
algumas atividades (HAMER, 2003; ALDRIGE, 2004).
A fascite plantar pode ser definida como uma afecção caracterizada pela dor na região
plantar do calcâneo, que pode se estender por toda a fáscia plantar. Sua manifestação é insidiosa,
e sua sintomatologia é mais evidente pela manhã, ou após um período de repouso. Geralmente
33
melhora após atividade (primeiros passos), embora em alguns casos, a dor possa persistir por
todo o dia (BUSSIÈRES, 2002; HEBERT, et al., 2003; SNIDER, 2000; ALDRIDGE, 2004).
Segundo Snider (2000), a fascite plantar ocorre com mais freqüência em indivíduos
obesos. Essa afirmação é corroborada pelo estudo de Riddle (2004) que demonstra uma relação
estreita entre o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC), e as manifestações clínicas da
doença.
Para Cyriax (2001) a fascite plantar tem início com um esforço prolongado em posição
ortostática, em pacientes com encurtamento dos músculos da panturrilha, poderá estar
relacionada ainda com os traumatismos de repetição, associados à intensidade, duração e
freqüência da atividade, e a dureza do piso.
O quadro clínico caracteriza-se pela dor de início insidioso principalmente no primeiro
apoio matinal, que em geral, melhora após período de atividade. Durante o sono, a inatividade
dos músculos dorsoflexores posiciona o pé em equino, o que consequentemente, promove
encurtamento da fáscia plantar (HEBERT, et al., (2003).
No exame físico, verifica-se uma deambulação antálgica sobre a face lateral do pé ou
mesmo digitígrada. A palpação revela o ponto gatilho na região medial e plantar da tuberosidade
do calcâneo e a dorsoflexão dos dedos exacerba os sintomas pela distensão da fáscia plantar. A
marcha com apoio sobre o calcâneo provoca dor. A distensão da fáscia pela manobra de
dorsoflexão dos dedos reproduz os sintomas. A presença de pontos dolorosos na porção proximal
do músculo gastrocnêmio medial demonstra a concomitância de uma síndrome dolorosa
miofascial que envolve o complexo calcâneo plantar (GREVE, 1999).
E segundo Carneiro (2004) o componente fisiopatológico pode ter origem em contratura
muscular, restrição dos movimentos, distúrbios articulares, stress biomecânico como as lesões
relacionadas a atividades, ou em processos inflamatórios. O diagnóstico é feito com base em
dados da história clínica e do exame físico, e inclui a identificação do músculo ou músculos
afetados.
A imagem da ressonância identifica a extensão do processo inflamatório, as rupturas
parcial e total e o espessamento devido à cicatrização hipertrofiam. (GREVE, 1999)
Acredita-se que meios analgésico e o tratamento conservador utilizado na fisioterapia são
suficientes embora a recuperação seja lenta. Vários autores sugerem o alongamento progressivo
da fáscia plantar, do tendão de Aquiles e do músculo tríceps sural. Alguns indivíduos beneficiam-
34
se do uso de órteses no período noturno, que mantêm o tornozelo em flexão dorsal e portanto,
com a fáscia plantar alongada (IMAMURA, 1996).
A temperatura também tem um considerável efeito sobre o comportamento do tecido
sujeito a uma força tensional, sabe-se que o uso de calor aumenta a fluência do tecido
provavelmente por desestabilizar suas ligações intermoleculares. Isto facilitaria o deslizamento
entre as moléculas aumentando as características de viscosidade que permitem o alongamento.
(GREVE, 1999)
Kisner; Colby (2005), afirmam que, alongamento é um termo geral usado para descrever
qualquer manobra fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles e
subseqüentemente melhorar a amplitude do movimento por meio de estiramento de estruturas
que tiveram encurtamento adaptativo e tornaram-se hipomóveis com o tempo.
Esse alongamento muscular é proporcional à força a que o músculo é submetido. Todavia,
a proporção de deformação plástica é maior para exercícios que utilizam forças menores (por
mais tempo), ao passo que o estiramento provocado por grandes forças tende a ser do tipo
elástico, não permanente. Um exercício de alongamento baseado em forças intensas, além disso,
tende a produzir dor, espasmo e até ruptura (estiramento) muscular (GREVE, 1999).
O mesmo pode prevenir limitações, contraturas, fraqueza muscular e retração do mesmo.
Tendo como meta geral: recuperar ou restabelecer a amplitude de movimento normal das
articulações e a mobilidade dos tecidos moles que cercam a articulação. As principais metas do
alongamento específico é aumentar a flexibilidade geral, evitar ou minimizar o risco de lesões
músculo-tendíneas. 0Com isso resulta em benefícios como relaxamento do stress e tensão,
relaxamento muscular, alívio de dores, do sofrimento muscular e o risco reduzido de lesões
(SILVA, 2004).
Os alongamentos são realizados como técnicas de prevenção de lesões do tipo
ocupacionais e desportivas, já que favorece um aumento da força muscular. Este processo
funciona da seguinte forma, à medida que o músculo perde sua flexibilidade normal, ocorre
também uma alteração na relação comprimento-tensão do músculo e com o encurtamento, este
35
não é mais capaz de produzir o pico de tensão, então se desenvolve uma fraqueza com retração. A
perda da flexibilidade independente da causa pode provocar dor originando-se no músculo, tecido
conectivo ou periósteo. Isso por sua vez, também diminui a força muscular (VIANA, 2003;
KITCHEN, 2003).
Segundo os mesmos autores, o tempo de duração do alongamento refere-se ao período de
tempo no qual uma força é aplicada e os tecidos encurtados são mantidos na posição alongada. O
termo duração, freqüentemente se refere ao tempo de aplicação de um único ciclo de
alongamento. A duração do alongamento precisa ser colocada no contexto junto com muitos
outros fatores incluindo intensidade e freqüência. Pois apesar de extensas pesquisas há ainda
discordância quanto ao tempo em que um único ciclo de alongamento deve ser mantido ou ao
número de ciclos de alongamentos que devem ser aplicados para obter os ganhos mais efetivos
na amplitude de movimento.
Greve et al. (1999) afirma que vários estudos têm-se voltado por exemplo, para a
discussão do número ideal de sessões diárias e semanais, tempo do alongamento, técnicas
aplicadas e para a análise da participação dos componentes neurais e viscoelásticos durante o
programa.
Já para Hall; Brody (2001) o alongamento é o método no qual, os músculos e os tecidos
conjuntivos que estão sendo estirados (estendidos) são mantidos em posição estacionária em seu
maior comprimento possível por um período de 15 a 30 segundos, com o paciente sendo mantido
numa posição que permita o relaxamento completo do músculo a ser alongado em uma
superfície de apoio confortável.
Os mesmos autores dividem os efeitos do alongamento em agudos e crônicos. Os efeitos
agudos sendo representados pelos resultados imediatos de curto prazo do estiramento, portanto
proveniente do alongamento do componente elástico da unidade músculo-tendinosa. Já os efeitos
crônicos representam os resultados em longo prazo do estiramento, atingindo maior número de
sarcômeros após um período de imobilização prolongada em posição alongada.
O alongamento deverá ser sempre constituído de movimentos ativos, utilizando-se às
vezes passivamente o peso do próprio corpo, como para alongar a musculatura posterior da coxa
e da perna (LOPES, 1996).
Hall; Brody (2001) complementam que o alongamento do arco plantar e a expansão dos
dedos ocasionados pela pronação, submetem a aponeurose a um aumento de tensão. O fato de
36
que aproximadamente 60% do peso corporal estejam distribuídos sobre o calcanhar, de 31 a 38%
na região da cabeça dos metatarsos e somente cerca de 5% na região medial do pé (VIANA,
2003; KITCHEN, 2003), talvez explique essa falta de relação direta com o tipo de pé.
2.5 FLEXIBILIDADE
A flexibilidade muscular por sua vez, tem sido definida como a habilidade de um músculo
alongar-se, permitindo que uma articulação (ou eventualmente mais de uma) se mova através da
sua amplitude de movimento (ADM). Contrariamente, a perda da flexibilidade muscular é
revelada pela redução da capacidade de um músculo deformar-se, resultando numa redução da
ADM (SHUBACK, 2004).
A flexibilidade divide-se ainda em: dinâmica (mobilidade ativa) e passiva (mobilidade
passiva). A primeira refere-se a uma amplitude ativa de uma articulação, esse aspecto da
flexibilidade depende do grau em que uma articulação pode ser movida por uma contração
muscular e quantidade de resistência tecidual encontrada durante o movimento ativo. A segunda
é o grau que uma articulação pode ser movida passivamente por meio da amplitude de
movimento disponível. Portanto a flexibilidade depende da extensibilidade dos músculos e
tecidos conjuntivos que cruzam e cercam uma articulação. Com a passiva sendo um pré-requisito
da dinâmica, mas não uma garantia dela (KISNER; COLBY, 2005).
O treinamento de flexibilidade é uma das alternativas para prevenção de lesões músculo-
tendinosas e articulares. O mesmo pode atuar aumentando a extensibilidade dos tecidos
articulares e peri-articulares, permitindo movimentos de grande amplitude das articulações, sem
que haja lesões destes tecidos (SHUBACK, 2004).
Os exercícios de flexibilidade muscular estão entre os mais comumente utilizados na
reabilitação e na prática esportiva. Normalmente os seus objetivos incluem reduzir os riscos de
lesões, minimizar a dor muscular tardia e melhorar o desempenho muscular geral (HERBERT,
2002).
Buscar técnicas que aperfeiçoem os protocolos utilizados nessas intervenções está entre
um dos grandes objetivos terapêuticos da atualidade entre fisioterapeutas, médicos desportistas e
37
profissionais de educação física. Estudos têm-se voltado, por exemplo, para a discussão do
número ideal de sessões diárias e semanais, tempo do alongamento, técnicas aplicadas e para a
análise da participação dos componentes neurais e viscoelásticos durante o programa (VIEIRA, et
al., 2005)
Para escolher a melhor forma de calor que se deve empregar em cada caso dependerá do
tamanho da área tratada, da profundidade do tecido que se quer atingir, da facilidade ou
dificuldade presente em cada caso da aplicação da fonte de calor, da disponibilidade do
equipamento ou fontes de calor, das preferências do profissional e do paciente, e a doença ou o
ferimento que o paciente apresenta. As microondas penetram até o tecido muscular, razão pela
qual se recomenda no tratamento da musculatura profunda. Não deve ser usado no nível cerebral
nem em eminências ósseas (MÉNDEZ, 2003).
O uso do calor como o agente analgésico se dá devido aos benefícios reconhecidos como:
fornecer uma maior extensibilidade aos tecidos de colágenos, reduzir a rigidez das junções,
aliviar os espasmos musculares, proporcionando redução do processo inflamatório e do edema,
aumentando o fluxo sanguíneo e contribuindo para o alívio a dor (MÉNDEZ, 2003).
As microondas englobam em uma faixa de modalidades de aquecimento fisioterápico
divisível em aquecimento superficial, onde a energia é absorvida primeiramente pela pele; e
aquecimento profundo ou por diatermia, em que parte considerável da energia penetra na
superfície antes da absorção nos tecidos mais profundos (KITCHEN, 2003).
A explicação das propriedades fisiológicas das microondas são que o campo elétrico onde
se organizam os dipolos teciduais (ou moléculas de água), sofrem uma alteração devido à
freqüência elevada, provocando variações rápidas dos bipolos intra e extra-celulares produzindo
colisões moleculares (ou energia friccional) que são fontes de calor (BISSCHOP, 2001).
A absorção da radiação é pequena nas gorduras, mas grande nos tecidos musculares por
possuir maior número de células dipolares. A irradiação por microondas eleva consideravelmente
a temperatura do fluxo sanguíneo, muscular e da pele. Á medida que se eleva a temperatura do
38
tecido, conseqüentemente, a temperatura do fluxo sanguíneo também aumenta, onde o calor pode
ser dissipado rapidamente através da massa do tecido para outro, devido à condução e convecção
realizadas pelo sangue circulante (KITCHEN, 2003).
Para a fascite plantar, o uso do microondas propicia vários efeitos benéficos como: melhor
nutrição à região, devido à aceleração da circulação, pela remoção dos subprodutos da lesão
(histaminas, prostaglandinas) e remoção dos subprodutos do catabolismo; para distúrbios
inflamatórios, um pequeno aquecimento promove melhora do fluxo sangüíneo, facilitando
difusão de oxigênio e eliminação de metabólitos; propicia alívio da dor, pois o calor promove
vasodilatação que acelera a remoção dos produtos inflamatórios e metabólitos que induzem a dor,
promovendo também redução tensional (VIANA, 2003).
Os termorreceptores e nociceptores respondem à mudança da temperatura e provocam
alívio da dor. Kitchen (2003) cita que devido à profundidade de aquecimento atingida com a
irradiação por microondas os receptores térmicos localizados no tecido muscular, também podem
ser estimulados como controle segmentar da dor, proporciona redução do espasmo e dores
musculares, decorrentes de lesões tendíneas e de estruturas articulares. O mesmo autor sugere que
este efeito deve-se ao aquecimento das terminações fusiformes aferentes secundárias e dos órgãos
de Golgi do tendão dos músculos afetados; o calor também propicia relaxamento local.
Os efeitos do microondas sobre as lesões traumáticas são similares aos produzidos em
inflamação, as lesões recentes devem ser tratadas com a mesma precaução da inflamação aguda,
pois o calor excessivo pode aumentar a exsudação de líquido a partir de vasos lesionados; é
contra indicado em regiões onde exista um crescimento tumoral ou infecções tuberosas, nem
mesmo em zonas recentemente expostas a doses terapêuticas de raio X (VIANA, 2003).
39
3 MATERIAIS E MÉTODOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
15
10
Feminino
5
Masculino
0
Alongamento Along + Micro Ondas
10
4 Direito
Esquerdo
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas
16
14
12
10
8
6 Sim
4 Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas
No gráfico 3 observa-se que nos dois grupos, em todos os casos, ocorreu a presença de
sensibilidade à dor.
43
15
10
Sim
5
Não
0
Alongamento Along + Micro Ondas
12
10
8
6
Sim
4
Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas
12
10
8
6
Sim
4
Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas
16
14
12
10
8
6 Sim
4 Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas
No gráfico 7 se verifica que nos dois grupos, todos os sujeitos tratados afirmaram ficar
muito tempo de pé ao longo do dia, o que pode ser um fator agravante da dor.
10
4 Sim
Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas
No gráfico 8 é possível constatar que 10 sujeitos não faz uso regular de sapatos de salto
alto, são cinco em cada grupo, enquanto que 9 no grupo 1 e 10 no grupo 2 são usuários freqüentes
destes sapatos, o que também pode ser um fator de agravamento do quadro.
Atualmente, a utilização de calçados de salto alto com suas diferentes formas e alturas
tornam-se cada vez mais comum. Estudos literários relatam que no decorrer dos últimos dois
47
anos, tem-se observado o uso freqüente de calçados de salto alto por mulheres, em lugares
públicos, entre elas, devido à estética e aos detalhes da moda, independente dos avanços no
sentido de transformar esse tipo de calçado em um sapato tecnicamente funcional e confortável
para os pés. (PINFILD, 2004)
Quanto ao uso do salto alto, ocorrem mudanças no posicionamento dos pés fazendo com
que os arcos plantares fiquem aumentados; a articulação do tornozelo em flexão plantar e a
musculatura referida em trabalho isométrico. Ainda, segundo alguns autores, o salto alto muda
toda a biomecânica do passo e da posição ortostática, referindo o fato da presença de alterações
provocadas pelo uso freqüente do mesmo. (HAMER, 2003)
A permanência do músculo tríceps sural em posição isométrica ao utilizar o salto alto
resulta em um encurtamento adaptativo muscular, portanto, qualquer força externa exercida para
alongar o músculo encurtado, continuará retraído, pelo músculo antagonista, tibial anterior estar
excessivamente alongado. (HAMER, 2003)
10
4 Sim
Não
2
0
Alongamento Along + Micro Ondas
No gráfico 9 se verifica que no grupo 1 cinco sujeitos já haviam realizado algum tipo de
tratamento anteriormente. Já no grupo 2, esse número é mais acentuado, são nove os casos de
sujeitos que já trataram anteriormente o quadro. Talvez esse número maior no grupo 2, possa ter
favorecido os resultados da pesquisa.
48
10
6
Matutino
4 Vespertino
Noturno
2
Não Fixo
0
Alongamento Along + Micro Ondas
No gráfico 10 se verifica que no grupo 1, o horário do dia em que as dores são mais
intensas é o período matutino, enquanto no grupo 2 esse horário mais intenso não é fixo e sim
variável.
A fascite plantar é causa comum de dor no retro pé. O diagnóstico é eminentemente
clínico, fundamentado na história no exame físico. A principal queixa é a da dor no primeiro
apoio matinal ou após permanecer longo período em carga sobre a superfície plantar.
(IMAMURA, 1996)
Hebert et al (2003) complementa o parágrafo acima dizendo que no primeiro apoio há um
estiramento brusco, que traciona a origem da fáscia e exacerba a dor, comprovando assim o
período de dor sentida pelo grupo um, e o segundo turno mais relatado pelo grupo dois, o qual
cita que os mesmo não têm horário fixo para a dor.
49
12
10
8 Posição do pé
Prática de esporte
6
Caminhar
4 Flexão plantar
2 Extensão plantar
0 Outros
Alongamento Along + Micro Ondas
Com relação aos fatores que desencadeiam a dor, visto no gráfico 11, no grupo 1, o fator
mais indicado foi quando os sujeitos ficavam de pé, o que se assemelha relativamente com o
ocorrido no grupo 2, onde se verifica que na posição de pé e ao caminhar o quadro de
desencadeamento se acentua.
Ambos os grupos tratados relatam dor ao ficar na posição de pé, isto que é comprovado
por Riddle, et al (2004) afirmando que as perdas funcionais decorrentes da fascite plantar, estão
relacionadas somente às atividades que envolvem corrida, e atividades profissionais e hobbies
que envolvem sustentação de peso. O segundo fator relatado no grupo dois vem ser reafirmado
por Hebert, et al (2003), segundo o mesmo, corridas, saltos e atividades de impacto pioram a dor.
14
12
10 Repouso
8 Exercício
6 Movimento
4 Alongamento
2
Medicação
0
Outros
Alongamento Along + Micro Ondas
Os fatores que aliviam a dor, no gráfico 12, indicam que no grupo 1 e no grupo 2, o alívio
é maior quando os sujeitos se encontram em repouso. No grupo 2, outros dois componentes
mostraram-se importantes, quando os sujeitos fazem movimento e quando usam medicação, a dor
tende a aliviar.
Os medicamentos antiflamatórios não esteróides ajudam em alguns casos relativamente
agudos, mas também são muito úteis em um programa de tratamento prolongado. A infiltração de
esteróides locais deve ser utilizada em alguns casos, mas com muita precaução, já que pode
produzir necroses gordurosas e quando são usados repetidamente podem levar a uma ruptura da
fáscia plantar. Diversos tipos de palmilhas têm sido utilizadas ajudando a descarregar a região
central e anteromedial do calcâneo e para sustentar o arco longitudinal. (WAPNER; SHARKEY,
1991)
De acordo com Imamura, et al (1996), o tratamento preconizado inicialmente é
conservador e consiste no emprego de antiinflamatórios não hormonais e no uso de palmilhas de
material macio com suporte para o arco longitudinal medial e elevação do salto. As atividades em
ortostatismo prolongado, as marchas de longas distâncias assim como a prática de esportes que
envolvam saltos e corridas devem ser restritas. Exercícios de alongamento da fáscia plantar e dos
músculos da panturrilha devem ser realizados. Vários autores sugerem o alongamento
progressivo da fáscia plantar, do tendão de Aquiles e do músculo tríceps sural, baseados nos
achados de Kibler (1991). Alguns indivíduos beneficiam-se do uso de órteses no período noturno
que mantêm o tornozelo em flexão dorsal e, portanto, com a fáscia plantar alongada.
51
6
5
4 Calcanhar
3 Calc. Post/Medial
Calcanhar lat.
2
Calcanhar med.
1 Calcanhar post.
0 Calcanhar sup.
Alongamento Along + Micro Arco Plantar
Ondas
O gráfico 13 indica a localização mais evidente da dor nos sujeitos. Nele se verifica que
no grupo 1 esta se localiza mais acentuada no calcanhar posterior e medial, além de no calcanhar
medial, enquanto no grupo 2 se acentua mais no calcanhar posterior e medial e no calcanhar
lateral.
3
Fumo
2 Álcool
At. Física
1
Outros
0
Alongamento Along + Micro Ondas
15
12
6
Dor
3
0
Alongamento Along + Micro Ondas
Gráfico 16 - Diagnóstico
10
8
6
4
Fascite Plantar
2
Esporão Calcâneo
0
Alongamento Along + Micro
Ondas
53
Outro aspecto que se pode notar na descrição da amostra, é a grande heterogeneidade que
é constatada da amostra, o que se pode constatar através do elevado desvio padrão verificado em
todos os componentes estudados, inclusive no aspecto etário, onde se verifica um desvio padrão
de 13,04 para o grupo tratado através do alongamento e de 9,96 no grupo tratado através da
combinação entre o alongamento e o micro ondas.
Para Jordão (2004), ao comprometer a deambulação e o ortostatismo do indivíduo, a
fascite plantar pode afetar sua saúde em seu aspecto social; Sant’anna (2004) diz que o
tratamento da fascite plantar pode estar associado a causas intrínsecas como obesidade e
características biomecânicas; e a causas extrínsecas, como tipo de vida, atividades repetitivas que
podem levar a microtraumatismos, e até mesmo, calçados inadequados.
7
5
3 Pré
1 Pós
-1 Diferença
-3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Para Bandy; Irion (1994), o alongamento pode ser usado como um método de recuperação
da ADM, facilitando desta forma a restauração da mobilidade normal e melhora da função total.
Existe uma grande variedade de técnicas de alongamento, entre elas o alongamento estático. Este
é uma técnica de tensão isométrica aplicada lentamente a um músculo na sua maior extensão e
mantida em tal posição por um período de tempo. Taylor, et al (1990), relatam ainda que os
reflexos de estiramento estejam minimizados pelo movimento lento e pela ausência de dor, sendo
assim recomendada por ser de fácil execução e ter pouco risco de lesão.
Dentre os poucos estudos encontrados não foi observado um consenso a respeito da
durabilidade do efeito do alongamento, variando a permanência do efeito de uma hora até quatro
semanas após o término do treinamento. Parece, então, que o aumento da flexibilidade muscular,
vista logo após o alongamento é, em grande parte, um fenômeno transitório que têm um valor
terapêutico necessário para curtos períodos de tempo, como em atividades físicas. Já os aumentos
duráveis no comprimento muscular irão resultar de um remodelamento adaptativo e não
simplesmente da deformação viscoelástica. Esse remodelamento adaptativo viria a partir da
existência de uma demanda funcional. (THACKER, et al, 2004)
7
5
3 Pré
Pós
1
Diferença
-1
-3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Esta eficácia se confirma mais evidentemente, através da observação de que houve uma
redução estatisticamente significativa na sensitividade à dor nos sujeitos, entre o início e o final
do tratamento, antes da sessão 1 e depois da sessão 10.
Tabela 3 - Análise de variância de um critério com teste de Tukey para comparação entre os dez momentos pré-
sessão para cada protocolo de tratamento.
Tabela 4 - Estatística comparativa (t) entre as diferenças nos protocolos 1 (alongamento) e 2 (alongamento + micro
ondas).
VARIÁVEL T P
Idade -0,15 0,88
Sessão 1 -0,40 0,69
Sessão 2 -1,04 0,31
Sessão 3 -0,57 0,57
Sessão 4 -0,55 0,58
Sessão 5 -0,85 0,41
Sessão 6 -1,96 0,06
Sessão 7 0,29 0,78
Sessão 8 -1,08 0,29
Sessão 9 -0,47 0,64
Sessão 10 0,69 0,50
Fonte: Pesquisa de campo.
Ao comparar-se os dois grupos, e por tanto, os dois métodos de tratamento, visto na tabela
4, observou-se que não houveram diferenças estatisticamente significativas entre estes, o que
evidencia relativa semelhança na evolução do tratamento entre os dois métodos.
Outro aspecto que se constata no quadro anterior, é o fato de que na maioria dos
momentos o grupo tratado através do alongamento associado ao micro ondas, apresentou
diferenças entre os momentos pré e pós-sessão de tratamento, mais acentuadas que no grupo
tratado apenas através do alongamento, o que demonstra um efeito mais acentuado do tratamento
em cada sessão através do alongamento associado ao micro ondas, porém, sem que estas
diferenças tenham nível estatístico de significância.
Este resultado pode ser explicado pela afirmativa do autor Guimarães (1998), que diz que
calor produzido pelo microondas tem efeitos terapêuticos importantes sobre os processos
inflamatórios, este tipo de calor provoca uma dilatação nas artérias e capilares que produz um
aumento do fluxo sanguíneo na região tratada.
O presente estudo compara-se com um outro que utilizando o US como meio de
intervenção na FP, Crawford (1996) não obteve resultados significativos. Apesar de também não
mostrarmos mais eficiência no tratamento com microondas, não obtendo resultados
61
Tabela 5 - Estatística descritiva e comparativa (t) entre as diferenças pré-sessão 1 X pós-sessão 10, entre os 2
protocolos de tratamento.
Média ± D. Padrão
VARIÁVEIS Along. Al. + M. O. t p
Pré sessão 1 – Pós sessão 10 -5,64 ± 2,56 -6,67 ± 3,37 -0,92 0,36
Fonte: Pesquisa de campo.
5 CONCLUSÃO
Os resultados deste estudo não podem ser considerados generalizados a uma população, haja
visto, que o mesmo foi realizado sobre um único sexo. Entretanto, vale a pena ressaltar a
importância de se investigar novos recursos no tratamento desta afecção que não incapacita, no
entanto leva à limitação das atividades diárias e desportivas.
O presente estudo mostra que com apenas dez sessões e sem uso de medicamentos o
paciente apresenta ausência ou diminuição do quadro álgico, porém notou-se que em alguns a dor
era reincidente, pois os mesmos realizavam o tratamento em determinado período e depois
voltavam a adotar os mesmos erros (não alongar-se, usar salto alto, não praticar atividades físicas
dentre outros) que ocasionavam no encurtamento da cadeia posterior da perna, conseqüentemente
a volta da álgica na planta do pé.
Tendo em vista o exposto acima, sugerimos que sejam desenvolvidas mais pesquisas na
área de fisioterapia preventiva, visando divulgar a pratica do alongamento, no cotidiano das
pessoas evitando assim, problemas ou patologias futuras.
Com base no que se observou, no presente estudo, o qual não houve diferença estatística
entre os dois métodos de tratamento proposto na pesquisa para tratar a fascite plantar, no entanto
ambos os métodos foram eficazes para a redução da dor e reabilitação do paciente para suas
atividades de vida diária e laborais.
63
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amplitude de extensão ativa do joelho e no pico de torque. Revista Brasileira de Fisioterapia, n.
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67
WAPNER, K. L.; SHARKLEY, P. F. The use of night splints for treatment of recalcitrant plantar
fascitis. Foot and Ankle, n. 12, p. 135-138, 1991.
ANEXO A
FICHA DE AVALIAÇÃO DA DOR
(JONES AGNE)
1. De acordo com a intensidade de sua dor, observe a escala visual analógica abaixo
(escala de dor) e marque a opção correspondente ao seu quadro de dor atual.
ANEXO B
PROTOCOLO DE ALONGAMENTOS (ANDREWS, 2000 - MODIFICADO)
Figura 2 - Paciente em decúbito dorsal com os joelhos estendidos ou parcialmente flexionado, com uma faixa
elástica da cor cinza, deverá puxar o pé em dorsoflexão.
70
ANEXO C
TESTE DE ELEVAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR (PALMER, 2000)
ANEXO D
MATERIAIS UTILIZADOS NA PESQUISA
ANEXO E
ACEITE DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA
76
APÊNDICE A
DADOS PESSOAIS
Nome: ________________________________________________________________________
Endereço:_____________________________________________________________________
Data de nascimento:____/____/____ Profissão:_____________ Sexo:_______ Idade:_______
Telefone:______________ Bairro:_________________ Data da avaliação:____/____/____
Médico Responsável: ________________________________________________________
Diagnóstico clínico:________________________________________________________
Diagnóstico funcional :_____________________________________________________
HISTÓRICO
QP___________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
HDA:_________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
HF:__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Hábitos: Fumo Álcool Atividade física Outros
EXAME FÍSICO
Fica muito tempo em pé: Sim Não Utiliza sapatos de salto alto: Sim Não
Obejtivo Fisioterapêtico:_____________________________________________________
Conduta Fisioterapêutica:____________________________________________________
__________________________________
Responsável
78
APÊNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
GARANTIAS
DECLARAÇÃO
____________________________________
Assinatura do Paciente
80
_____________________________________
Assinatura da Testemunha
APÊNDICE C
TERMO DE APROVAÇÃO DO ORIENTADOR DA PESQUISA
DECLARAÇÃO
Eu Paulo Eduardo Santos Avila, aceito orientar o trabalho, que terá como foco principal a
Fisioterapia Traumato - ortopédica com o tema “Tratamento da fascite plantar: estudo
comparativo entre o protocolo de alongamento e sua associação com ondas centimétricas
(microondas).’’ De autoria de Andressa Cardoso de Andrade, Bruna Gabriela Bravin Rabello e
Daniele Jacob Bastos, declarando ter total conhecimento das normas de realização de trabalhos
científicos vigentes, segundo o manual de orientação de trabalhos científicos do Curso de
Fisioterapia da UNAMA 2007 estando ciente da necessidade de minha participação na banca
examinadora por ocasião da defesa do trabalho.
Belém-Pará, 15 de janeiro de 2007.
__________________________________ __________________________________
Assinatura Carimbo e Rubrica
Paulo Eduardo Santos Ávila Paulo Eduardo Santos Ávila
82
APÊNDICE D
_______________________________________
Valéria Marques F. Normando
Coordenadora da FISIOCLÍNICA