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O documento discute conceitos básicos de explosivos, incluindo sua classificação, propriedades e tipos principais. Apresenta breve histórico do desenvolvimento de explosivos, desde a pólvora até o ANFO e lamas explosivas. Explica também os mecanismos de detonação e como os explosivos liberam energia para fragmentar rochas.
O documento discute conceitos básicos de explosivos, incluindo sua classificação, propriedades e tipos principais. Apresenta breve histórico do desenvolvimento de explosivos, desde a pólvora até o ANFO e lamas explosivas. Explica também os mecanismos de detonação e como os explosivos liberam energia para fragmentar rochas.
O documento discute conceitos básicos de explosivos, incluindo sua classificação, propriedades e tipos principais. Apresenta breve histórico do desenvolvimento de explosivos, desde a pólvora até o ANFO e lamas explosivas. Explica também os mecanismos de detonação e como os explosivos liberam energia para fragmentar rochas.
Conceitos Bsicos Classificao dos explosivos Principais propriedades Tipos de explosivos Acessrios de detonao
Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Explosivos
Definio uma substncia, ou mistura de substncias qumicas, que tem a propriedade de, ao ser iniciado convenientemente, sofrer transformaes qumicas violentas e rpidas, transformando-se em gases, que resultam em liberao de grandes quantidades de energia em reduzido espao de tempo.
Breve Histrico A plvora foi, sem dvida, o primeiro passo para o desenvolvimento dos produtos conhecidos hoje como explosivos. Inicialmente utilizada pelos chineses como pirotcnico passou com algumas modificaes a propelente de projeteis e armamentos em geral.
No fim da idade mdia (por volta de 1354 d.C.), na Europa, o monge Shwartz obteve mistura explosiva semelhante a dos chineses, que foi em seguida sendo adotada e aplicada, em suas diversas formas e variaes, para fins blicos.
O segundo passo foi dado em 1847 com a descoberta da Nitroglicerina pelo italiano Ascanio Sobreno. Foi uma verdadeira revoluo, pois este preparado oferecia um poder de exploso muitas vezes maior que o da plvora. Porm era muito perigoso quando submetido a movimentos bruscos Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro ou atrito, fato eu limitava as condies de segurana em seu manuseio. Em 1863 o Sueco Alfred Nobel superou este inconveniente adicionando diatomcea a Nitroglicerina. Produzindo desta forma a Dinamite: explosivo potente que oferecia ao mesmo tempo boas condies de segurana.
A casualidade por outro lado, em 1923, na cidade alem de Oppau, deu existncia industrial a outro membro da famlia dos explosivos, quando ao tentar-se dinamitar uma partida de Nitrato de Amnio que havia empedrado pela ao da umidade provocou-se enorme exploso.
De outro acidente nasceu o ANFO (Amonium Nitrate and Fuel Oil) mistura de Nitrato de Amnio e leo Diesel, quando o choque entre dois navios, carregando os dois produtos, resultou em incndio seguido de violenta exploso que arrasou o Porto de Texas.
Completando a famlia dos explosivos nasceram em 1958 as Lamas Explosivas: misturas em proporo adequada de Nitrato de Amnio, leo Diesel, gua e outros produtos tais como p de Alumnio, Goma, Brax... que pela enorme quantidade de energia til desenvolvida, apresentam grande capacidade de trabalho na ruptura de rocha e materiais duros em geral.
Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Mecanismos O explosivo utiliza a energia para arrancar o macio rochoso que est adiante dele, no sentido da face livre ou linha de menor resistncia. Em furo suficientemente adensado, um explosivo pode produzir presses de at 100.000 atmosferas. uma soma fabulosa de energia que deve ser bem aproveitada devido ao seu curto espao de durao, pois ela provm do grande volume de gases liberados pela exploso. Durante a exploso a temperatura pode alcanar de 2500 a 4000 o C. A nitroglicerina, principal substncia explosiva, aumenta de 18000 a 19000 vezes o seu volume original.
A detonao de um explosivo ocorre uma srie de fenmenos tanto de natureza dinmica como de natureza esttica, que so: 1. A onda de choque percorre a rocha a uma velocidade de 3000 a 5000 m/s causando fissuras na rocha 2. O dimetro inicial do furo alargado para o dobro por deformaes plsticas 3. A onda de choque produz tenses radiais e tangenciais na rocha ao se deslocar do centro para a periferia. 4. Ao chegar frente livre da bancada a onda de choque tende a projetar o material da superfcie (lanamento do material a grandes distncias). Este lanamento to mais acentuado quanto mais fraturada for a rocha.
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Classificao dos explosivos
Explosivos iniciadores primrios So extremamente sensveis e, por isso, adequados detonao da massa de explosivos da perfurao. Produzem um efeito de sopro intenso ou onda de choque capaz de iniciar a detonao da mesma. Acessrios de detonao azida de chumbo.
Altos explosivos secundrios Detonam a velocidades entre 2500 e 7500m/s, acompanhados de quantidades enormes de gases e presses muito altas (100.000 atmosferas). A detonao d origem formao de uma onda de choque que percorre o macio rochoso, causando fissuras na rocha. A onda de choque, aliada presso dos gases formados pela exploso, quebra a rocha empurrando-a em direo face livre.
Baixos explosivos A reao de detonao consiste numa queima rpida sem a produo de onda de choque de grande intensidade. Plvora negra usada para corte de rocha destinada produo de paraleleppedos, placas de revestimento, blocos de mrmore,...
Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Do ponto de vista da composio os explosivos usados na escavao de rocha classificam-se:
Explosivos simples So aqueles formados por um nico componente qumico. Nitroglicerina, nitroglicol, nitrocelulose, trotil e ciclonite
Explosivos mistos Formados por substncias que consumem e produzem oxignio, mas que no so explosivos quando isolados. Pertencem a esta categoria os nitratos orgnicos, cloratos e percloratos. O mais importante o nitrato de amnio que, misturado com leo diesel, um explosivo de larga utilizao (ANFO).
Explosivos compostos So resultantes da mistura de explosivos simples com substncias capazes de consumir e tambm produzir oxignio. A maior parte dos explosivos comerciais pertence a esta categoria, porque apresentam a vantagem de variando-se as propores ou tipo de componentes, serem obtidos determinadas qualidades desejveis. Consegue-se, dessa maneira, melhoras as propriedades do explosivo simples adicionando-se a uma substncia produtora de oxignio.
Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro De acordo com a consistncia os explosivos podem ser classificados:
Explosivos plsticos e semi-plsticos Adaptam-se a forma do furo, podendo assim preencher maior volume.
Explosivos slidos So utilizados sob a forma de cartuchos contendo o explosivo em p.
Explosivos lquidos Grande facilidade de carregamento.
Principais propriedades dos explosivos
Os diferentes tipos de explosivos apresentam caractersticas definidas que o recomendam para algumas aplicaes e desaconselham para outras. Por isso, necessrio avaliar quais as propriedades desejadas para um determinado tipo de trabalho, procedendo-se uma escolha criteriosa.
1. Fora: traduz a quantidade de energia liberada na detonao e significa, portanto, a capacidade de o explosivo produzir trabalho de desmonte de rocha. Relacionada com o explosivo padro Nitroglicerina (100%). 2. Velocidade: uma grandeza importante que deve ser levada em conta em vista do tipo de rocha a explodir. a velocidade da reao qumica Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro da massa do explosivo onda da detonao (intensa luz, calor e gases a presso elevada). Explosivos base de nitroglicerina velocidade de 4000 a 7500ms. Explosivos base de nitrato de amnio velocidade de 1500 a 3000m/s. Explosivo base de nitrato de amnio velocidade de 1500 a 3000m/s. 3. Resistncia gua: outra propriedade importante, pois em muitos casos, haver concentrao de gua nas perfuraes. Se o explosivo utilizado tiver baixa resistncia gua, ficar neutralizado e no detonar. Normalmente os produtos nitroglicerinados, quanto maior a quantidade de nitroglicerina maior a resistncia gua. J os explosivos amoniacais normalmente tem pouca resistncia gua sendo reforado a embalagem. Classe Resistncia (horas)
1 Indefinida 2 32 71 3 16 a 31 Muita boa 4 8 a 15 5 4 a 7 Resistncia boa 6 1 a 3
Resistncia gua nmero de horas em que, tendo o explosivo ficado submerso em gua, ainda capaz de ser iniciado com eficincia e detonar completamente. 7 No existe No resiste gua
4. Segurana no manuseio: o explosivo, desde a sua produo at detonao final nas perfuraes, armazenado, transportado, sofrendo Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro uma srie de transbordos e choques. Por isso imprescindvel que apresente segurana no manuseio, isto , que no detone com facilidade. Testes quantitativos iniciao por exploso ou projtil; por onda de choque; sensibilidade a descargas eltricas. 5. Densidade: um explosivo de alta densidade permite maior concentrao, isto , possibilita introduzir maior nmero de kg por metro de perfurao. Quando se deseja uma alta fragmentao da rocha conveniente utilizar explosivo de alta densidade. 6. Sensibilidade: sensibilidade de explosivos secundrios detonao provocada pelo acessrio. Sensibilidade iniciao e propagao. 7. Volume de gases: ao longo do processo de exploso ocorre o desenvolvimento de maior ou menor quantidade de gases. Baixa expanso gasosa - < 800 l/kg. Alta expanso gasosa - > 800 l/kg. 8. Gases txicos: os gases formados durante a detonao de explosivos podem ser txicos. Categoria A Classe 1 (pouco txicos). Categoria B Classe 2 (quantidade elevada de gases txicos). Categoria C Classe 3 (quantidade elevada de gases txicos).
Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Tipos de explosivos
Plvoras negras As plvoras foram muito utilizadas at a descoberta da nitroglicerina. Apresentam baixa velocidade, enquadradas na categoria de baixos explosivos, altamente higroscpicos, no podendo ser empregados em presena de gua. - apresentam-se na forma de p, ou comprimidos em tubos cilndricos na forma de cartucho entre 1 e 2. Tipo A contem nitrato de potssio, enxofre e carvo vegetal. Utilizada para cortar pedras, paraleleppedos, lajotas para revestimentos e pisos. Tipo B contem nitrato de sdio, enxofre e carvo vegetal. mais lenta e tambm com menor fora, utilizada para detonao de argilas e folhelhos.
Dinamites e gelatinas So constitudas por explosivos de base (trinitroglicerina....), explosivos complementares (trotil....), substncias ativas absorventes (serragem de madeira, cortia, aveia, centeio); substncias geradoras de oxignio (nitrato de amnio, sdio, potssio, clorato e percloratos); substncias que aumentam a potncia (p de silcio, alumnio e magnsio) e substncias que abaixam o ponto de congelamento (cloreto de sdio, bicarbonato de sdio).
Dinamite comum: contem nitroglicerina, nitrato de sdio, celulose e enxofre. Consistncia semiplstica a slida. Mais sensveis e caras. Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Velocidade de detonao maior. Cartuchos 1 1/8a 1 de dimetro e 8, 16 e 32de largura caixa de 25 kg.
Dinamite especial ou amoniacal: parte da nitroglicerina substituda por nitrato de amnio. So mais seguras e econmicas. Velocidade de detonao menor. Cartuchos 1 1/8a 1 de dimetro e 8, 16 e 32de largura caixa de 25 kg.
Gelatina: contem nitroglicerina, nitrato de sdio, enxofre e farinhas orgnicas. Consistncia plstica e semiplstica. Permite acomodao ao furo.
Gelatina especial ou amoniacal: parte de nitroglicerina substituda por nitrato de amnia.
Nitrato de amnio: produto qumico largamente utilizado como fertilizante agrcola. So seguros, detonam com escorva, necessitam de uma iniciao atravs de cartucho de alto explosivo para serem detonados. ANFO (ammonium nitrate + fuel oil): nenhuma resistncia gua, baixa densidade, baixa velocidade de detonao, baixo custo e precisam de escorva.
Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Granulados: explosivos em forma de gros, geralmente com carbonitratos como explosivo bsico e que exigem alto explosivo para que ocorra a detonao. Sacos plsticos de 25 kg.
Lamas explosivas: consistncia de uma pasta fluda, sensibilizados por nitroglicerina. Apresenta como caracterstica principal gua em sua frmula. Alta densidade com elevada razo linear de carregamento. Alta resistncia gua.Muito utilizado atualmente.
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Explosivos base de Nitroglicerina
Dinamite
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Lamas explosivas
Densidades altas a baixas Preenchimento total do furo Alta resistncia gua
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Explosivos granulados
Derramados diretamente nos furos Baixa densidade, baixa velocidade e aprecivel volume gasoso Carga de coluna Excelente desempenho em rochas brandas Nenhuma resistncia gua
Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Emulses
Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Acessrios de detonao Introduzidas as cargas explosivas nos furos, procede-se detonao inicial, atravs de acessrios especiais, que provocar a exploso das cargas.
1. Estopim: um filamento de plvora enrolado e protegido por fio ou fita (tecidos impermeabilizantes), encerado ou com revestimento plstico. Queimam com velocidade constante e conhecida 110 a 130 m/s. Produzem na extremidade oposta um sopro ou chama capaz de provocar a detonao de plvora ou espoleta. 2. Esploleta simples (comum): so cpsulas de alumnio, fechada em uma extremidade, preenchida por uma carga iniciadora (azida de chumbo), uma carga de base (tetra-nitrato de penta eritritol). So sempre iniciadas por estopim introduzido na outra extremidade da cpsula por meio de um alicate especial. Usadas para detonaes secundrias e no so usadas em detonaes simultneas. 3. Espoletas eltricas: so detonadas por uma corrente eltrica sendo necessria uma intensidade mnima para provocar a exploso, permitem detonar diversas cargas ao mesmo tempo. Podem ser instantneas ou de tempo. 4. Cordel detonante: a forma mais segura para detonao a cu aberto (sem eletricidade). O cordel em si um explosivo e por isso quando detona, age como escorva para cargas explosivas, detonado- as tambm. O ncleo formado por um alto explosivo (tetranitrato de penta-eritritol PETN) com uma velocidade de 7000m/s. O Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro revestimento pode ser de cera e algodo; cera, algodo e revestimento plstico; cera, algodo e alma de arame no revestimento plstico (nylon). A iniciao do cordel pode ser feita com espoleta comum ou espoleta eltrica (ligada ao cordel no momento da detonao). Possibilita a detonao com retardos atravs de utilizao de conectores. As conexes podem ser feitas por ns ou fitas. 5. Acendedores: so acessrios de detonao destinados a iniciar espoletas ou prprio explosivo principal (reforadores). Citam-se: estopim de segurana, estopim ultra-rpido, conector para estopim, cordo ignitor, reforadores (boosters)
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SEQUNCIA DE CARREGAMENTO DOS FUROS Relatrio Bruno Scarci (2006) Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro
AMARRAO DOS CORDIS DETONANTES PREENCHIMENTO DO TAMPO Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro
AMARRAO DO RETARDOS: RETARDO VERMELHO (17mil/ s) RETARDO VERDE (25mil/ s) Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro
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ESTOPIM PRESTES A SER ACESSO Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro
DETONAO Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro