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1. O documento discute o conceito de inferência e apresenta exemplos de seu uso na análise e compreensão de textos literários, como trechos do livro S. Bernardo, de Graciliano Ramos.
2. São explicados os tipos de inferências - de base textual, contextual e sem base textual - e apresentados exercícios sobre o tema retirados de provas de concursos e vestibulares.
3. O documento fornece ferramentas para a realização de análises inferenciais de diferentes trechos literários.
1. O documento discute o conceito de inferência e apresenta exemplos de seu uso na análise e compreensão de textos literários, como trechos do livro S. Bernardo, de Graciliano Ramos.
2. São explicados os tipos de inferências - de base textual, contextual e sem base textual - e apresentados exercícios sobre o tema retirados de provas de concursos e vestibulares.
3. O documento fornece ferramentas para a realização de análises inferenciais de diferentes trechos literários.
1. O documento discute o conceito de inferência e apresenta exemplos de seu uso na análise e compreensão de textos literários, como trechos do livro S. Bernardo, de Graciliano Ramos.
2. São explicados os tipos de inferências - de base textual, contextual e sem base textual - e apresentados exercícios sobre o tema retirados de provas de concursos e vestibulares.
3. O documento fornece ferramentas para a realização de análises inferenciais de diferentes trechos literários.
i mpl i cam a construo de representao semntica baseada na informao textual e no contexto. (Luiz Antnio Marcuschi)
Ou seja, um leitor competente faz inferncias
quando completa as informaes implcitas do texto, com base em traos lingusticos ou, meramente, contextuais. TIPOS DE INFERNCIAS a) Inferncias de base textual: compreendidas a partir de pressupostos. Esse tipo de inferncia tambm pode ser chamada de DEDUO. b) Inferncias de base contextual: compreendidas a partir de subentendidos. Dependem do contexto de produo do texto e do conhecimento prvio do leitor. c) Inferncias sem base textual: so as chamadas extrapolaes infundadas. Inferncias de base contextual D. Glria gostava de conversar com seu Ribeiro. Eram conversas interminveis, em dois anos: ele falava alto e olhava de frente, ela cochichava e olhava para os lados. Quando me via, calava-se. Compreendo perfeitamente essas mudanas. Fui trabalhador alugado e sei que de ordinrio a gente mida emprega as horas de folga depreciando os que so mais grados. Ora, as horas de folga de D.Glria eram quase todas. Trecho de S. Bernardo, de Graciliano Ramos (Cap. 12) 1. possvel inferir que D.Glria e o narrador no tinham um bom relacionamento . 2. Infere-se que, no passado, Paulo Honrio tambm falava sobre pessoas consideradas superiores a ele. 3. Depreende-se da leitura da obra que D.Glria possua muitas horas livres e que gastava esse tempo confabulando sobre Paulo Honrio. Deduo Desde ento procuro descascar fatos, aqui sentado mesa da sala de jantar, fumando cachimbo e bebendo caf, hora em que os grilos cantam e a folhagem das laranjeiras se tingem de preto. s vezes entro pela noite, passo tempo sem fim acordando lembranas. Outras vezes no me ajeito com esta ocupao nova. Trecho de S. Bernardo, de Graciliano Ramos (Cap.36) Infere-se do verbo descascar a atitude do narrador de refletir sobre fatos de sua vida h muito esquecidos e escondidos em sua memria. Deduz-se da leitura do verbo descascar a atitude do narrador de refletir sobre fatos de sua vida h muito esquecidos e escondidos em sua memria. Extrapolao Se eu tivesse uma prova de que Madalena era inocente, dar- lhe-ia uma vida como ela nem imaginava. Comprar-lhe-ia vestidos que nunca mais acabariam, chapus caros, dzias de meias de seda. Seria atencioso, muito atencioso, e chamaria os melhores mdicos da capital para cura-lhe a palidez e a magrm. Consentiria que ela oferecesse roupa s mulheres dos trabalhadores. Trecho de S. Bernardo, de Graciliano Ramos (Cap.28) Conclui-se que o narrador tinha certeza da culpa de Madalena. Verbos / comandos de questes sobre inferncias textuais:
INFERE-SE;
DEDUZ-SE;
DEPREENDE-SE;
CONCLUI-SE;
PRESSUPE-SE;
SUBENTENDE-SE;
SEGUNDO O AUTOR, ...;
POSSVEL INFERIR...;
O AUTOR PRETENDEU DIZER QUE...;
EXERCCIOS
(SENADO FEDERAL 2008 FGV) Leia o quadro a seguir:
Assinale: (A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (B) se nenhuma afirmativa estiver correta. (C) se todas as afirmativas estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. A respeito do quadrinho, analise as afirmativas a seguir:
I. A percepo do humor da tirinha s completa se o leitor conhecer a fbula da tartaruga e a lebre. II. possvel afirmar que o guarda tem uma interpretao equivocada a respeito do motorista. III. Pode-se prever que o guarda tambm parar as tartarugas. O que leva um compositor popular consagrado, uma glria da MPB, a escrever romances? Para responder a essa pergunta, convm lembrarmos algumas caractersticas da personalidade de Chico Buarque de Holanda. Primeiro, a forte presena de um pai que, alm de ser um historiador notvel, era um fino crtico literrio. Depois, o fato de Chico ter se dado conta de que sua genial produo musical no bastava para dizer tudo que ele tinha a nos dizer.
No se pode dizer que o que o Chico nos diz nos romances no tem nada a ver com o que ele passa aos seus ouvintes atravs das suas canes. No recm-lanado Budapeste, por exemplo, eu, pessoalmente, vejo um clima de bem-humorada resignao do personagem com suas limitaes, um clima que me parece que encontrei, em alguns momentos, na sua obra musical. Uma coisa, porm, so as imagens sugestivas das canes; outra a complexa construo de um romance. A distncia entre ambas talvez pudesse ser comparada quela que vai das delicadas e rsticas capelas romnicas s imponentes catedrais gticas.
Chico Buarque percorreu esse caminho com toda a humildade de quem queria aprender a fazer melhor, mas tambm com a autoconfiana de quem sabia que podia se tornar um mestre romancista.
Valeu a pena. A autodisciplina lhe permitiu mergulhar mais fundo na confuso da nossa realidade, nas ambigidades do nosso tempo.
A fico, s vezes, possibilita uma percepo mais aguda das questes em que estamos todos tropeando. No caso deste romance mais recente de Chico Buarque, temos um rico material para repensarmos, sorrindo, o problema da nossa identidade: quem somos ns, afinal? (Leandro Konder, Jornal do Brasil, 18/10/2003) (ESAF) Em relao s idias do texto, assinale a opo que apresenta inferncia incorreta. a) Um compositor consagrado pode considerar sua produo musical insuficiente para expressar suas idias. b) A convivncia com pessoas que produzem obras importantes na histria e na crtica literria pode contribuir para estimular a escrita de romances. c) Chico Buarque no precisou aprender a escrever romances, pois isso j fazia parte de sua vida como compositor e como herdeiro de um talento familiar. d) Algumas caractersticas da obra musical de Chico Buarque permanecem em sua obra romanesca. e) A construo romanesca muito mais complexa que a elaborao de canes da msica popular. (ESAF) Em relao ao texto, assinale a opo correta. a) A pergunta inicial contm o pressuposto de que, para o senso comum, uma pessoa consagrada como compositor deve sempre se aventurar a escrever romances. b) Da expresso seus ouvintes no segundo pargrafo, infere-se que o autor do texto l os romances, mas no ouve as msicas de Chico Buarque. c) O sinal indicativo de crase em quela que vai das delicadas... opcional. d) Em autodisciplina lhe o pronome fator de coeso textual que se refere a tempo. e) A literatura pode desvelar de forma mais esclarecedora algumas questes complexas da nossa realidade.