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Ns 4 BOLETTM DOS AMTGOS DOS AçORES / ASSOCTAçÃO ECOLOGTCA SET. / DEZ.

1990

- ENERGIA, um tema de Educação Ambiental

- Em defesa do Pombo Torcaz

- Ambiente e Defesa do Consumidor


NOVA SEDE
Por cedência da Junta de Freguesia do Pico da Pedra, a
AMBIENTE E DEFESA sede da associaçáo passou, desde o passado dia 25 de
DOCONSUMIDOR Abril, para o edifício daquele organismo, situado na Avenida
da Paz.
Serconsumidor, hoje, é cada Esperamos, em breve, colocar à disposição dos interessa-
vez mais diÍícil. Mais diÍícil por- dos uma Base de Dados sobre Flora, Fauna e Espeleologia.
que exige um permanente aler- O que se encontra já disponível é a nossa biblioteca com
ta. Em casa, na rua, ou no local cerca de 500 títulos.
de trabalho, somos quase cons-
tantemenle solicitados na nos- PROJECTO BIOSPEL. S. MIGUEL 90
sa condição de consumidores.
São tantos e tantos os artigos e Com assinalável êxito, desen-
serviços que a publicidade e o volveu-se durante cer€ de duas
marketing se esforçam por fa- semanas do passado mês de
zer indispensáveis e melhores Agosto o projecto BIOSPEL - S.
que quaisquer oúros que a nossa MIGUEL 90, iniciativa conjunta
legítima liberdade de dizer não dos AMIGOS DOS AÇORES e
ou de optar é um acto cada vez de OS MONTANHEIROS, ten-
menos pessoal e livre, poÍque do sido Íeito o levantamento fo-
condicionado por Íactores que tográfico e topográfico de várias
pouco ou nada têm a veí con- grutas e algares da llha de S. Miguel.
nosco ou com as noqsas pr@rias
necessidades.
A deÍesa do consumidor e
dos seus direitos apresenta-se
como uma das grandes priori-
dades dos nossos dias. E deÍe- No passado dia 7 de Setembro realizou-se, em Ponta Del-
gada, a terceira reuniáo da Comissáo Consuhiva do P.R.O.T.A.
sa do consumidor, em muitos
casos, é também deÍesa do am- com o objectivo de analisar o relatório da fase de pré-
biente. diagnóstico.
PÍaticamente todo o acto de O Presidente dos AMIGOS DOS AçORES representa, na-
consumir, mais ou menos di-
quela Comissão, as associações açorianas com preocupa-
rectamente, tem um impacto ções na área da defesa do ambiente.
ambiental. Saber consumir, no
sentido qder de consumir me- PROJECTO COASTWATCH EUROPE
nos queÍ de consumir melhor, é
indispensável à preservação do O Projecto Coastwatch Europe estendeu-se este ano, pela
ambiente. primeira vez, aos Açores.
Conscientes desta realidade, De 20 de Outubro a 4 de Novembro realizaram-se os tra-
os AMIGOS DOS AÇORES con- balhos de campo, na llha de S. Miguel.
tinuam, como sempre, a dedi- Este projecto que é coordenado a nível nacional pelo
car uma particular atençáo à Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente,
deÍesa do consumidor. Na cer- e que a nível localtem a coordenaçáo dos AMIGOS DOS
teza de que sem bons consumi- AçORES, Íoiapoiado pela Secretaria Regionaldo Turismo
dores nunca haverâ verdadei- e Ambiente.
ramente um bom Ambiente. Contamos apresentar, num dos próximos números do
Vidália, uma síntese dos resultados obtidos.
2
O POMBO TORCAZ, à se- O POMBO TORCAZ pode pécies cinegéticas, mas tem
melhança dum punhado de ser avistado em bandos redu- que se Íazer pautar, sobretu-
outras aves, ao passar alazer zidos, em Ílorestas, pastagens do, por uma eÍicaz Íiscaliza-
parte integrante da comuni- ou terrenos cultivados, onde
dade ornitológica açoriana, busca todos os tipos de vege-
adquiriu determinadas carac- tais que encerram a sua dieta
terÍsticas que o distinguem dos alimentar.
demais existentes noutÍos oon- Fora do período de reprodu-
tos do globo. ção agregam-se em colónias
Gradualmente, o
POMBO nocturnas e rasgam os ares
TORCAZ Íoi-se adaptando aos durante o dia, cobrindo gran-
condicionalismos geográÍicos des distâncias.
impostos pela insularidade Devido aos seus hábitos, é
açórica, dando lugar a uma relativamente diÍícil observá-
subespécie endémica deste lo, e sempre que se apercebe
arquipélago, Columba oalum- da presença humana nas proxi- ção das zonas onde esta ave
bus azorica. midades o POMBO TORCAZ ocorre.
O POMBO TORCAZ consti- esvoaça ruidosamente do seu E vital sensibilizar as popu-
tui um imoortante elemento ninho, com um bater de asas lações para a importância da
aviÍaunístico enriquecedor do que lhe é bastante peculiar. O preservação da fauna orni-
património natural dos Aço- seu chamamento é grave e re- tológica, punir os prevaricado-
res. No entanto, esta espécie petido, e pode ser expresso res e criar condições que pro-
tem sido muito perseguida por honomatopaicamente por um piciem a integração plena desta
caçadores, que nela vêem um "cooo-coo, coo-coo, cu" inten- ave, por Íorma a que o
óptimo alvo das suas incur- so e monótono. número de eÍectivos se veja
sões, apesar de ser actual- Provavelmente motivado pela aumentado.
mente protegida ao abrigo da perseguição a que tem estado São estes os grandes ob-
Leida Caça em vigor. sujeito, o POMBO TORCAZ jectivos da CAMPANHA
Esta raça açoriana do TOR- adquiriu um estatuto de ave POMBO TORCAZ, que de di-
CAZ nidiÍica nos Gruoos Orien- bravia, sendo hodiernamente versiÍicadas formas procuÍa
tal e Central da região e o o seu número de eÍectivos ex- alertar para a importância da
ninho é construído a meia al- cessivamente reduzido. salvaguarda do nosso pa-
tura das árvores, no tÍonco ou Por tudo isto, a oportunidade trimónio natural, neste caso
entre ramos. Em meados de da CAMPANHA POMBO particular para a protecção
Abril e estendendo-se até Jun- TORCAZ lançada pela Asso- duma ave que necessita ser
ho tem lugar a postura dos 2 ciação Ecológica Amigos dos acarinhada pelas nossas gen-
ou 3 ovos, e após duas longas Açores, e dinamizada pelo seu tes.
semanas de incubação eclo- Núcleo de Ornitologia (NOA- Pelas aves, que são nossas
dem os juvenis. Decorrido um TA). lmpõe-se uma protecção amigas, sejamos amigos das
mês sobre o nascimento, os integral da raça TORCM no aves!
juvenis deixam o ninho para Arquipélago dos Açores, que
dar continuidade a mais um não se pode cingir à promul- NOATA / AMIGGS DOS ACOFES

ciclo geracional de vida. gação de legislação sobre es-


Inimigo Público do Ambiente e da Saúde
o 2e mais prejudicial à res musculares generaliza-
saúde humana e am- das. Com o decorrer do
hiental. E, @rno este her- tempo os sinlomas vão-se
bicida é muito barato e agravando dando origem às
eficaz. ele é muito utili- doenças já referidas. De
zado nos Açores e em realçar que no rótulo da em-
todo o mundo, contri- balagem do Gramoxone
buindo, assim, para o vendido nos Açores exis-
aumento do perigo que tem instruções para o agri-
existe quando o homem o:ltor, no caso de senür estes
entra em contacto direc- sintomas, se deslocar rapi-
to com o Gramoxone, damente ao médico para
O contacto directo, efectuar um tratamento anü-
sem protecçãoalguma, tóxico.Só é pena que essas
com o Gramoxone pode instruções venham em le-
resultar em grande fata- tras muito pequenas, que
lidade para a saúde geralmente passam desa-
humana já que, em con- percebidas pelos agriculto-
tacto com a pele, este res mais desatentos. E corno
herbicida pode provocar em Portugal o nível de
Íeridas graves. Mas nem analÍabetismo é elevado na
sóapeleéprejudicada classe primária, mais parti-
no organismo humano, cularmente nos Açores,
O Gramoxone, derivado porque também a inalaçáo essas instruções deveriam
do perigoso Paraquaio - um através de um descuido pode ser sempre repetidas ver-
dos venenos mais efectivos provocar Íuturamente a Íi- balmente pelo vendedor ao
e perigosos que existem na brose pulmunar e renal re- agricultor de modo a que,
Íace da Terra - é utilizado úo duas doen- este sendo analfabeto,
tardada, que
pelos agricultores dos Aço- ças irreversíveis. E não pudesse ter ocasião de
res como herbicida no existe um remedio que com- tomar consciência do peri-
combale às ervas daninhas bata os eÍeitos deste po- go com que iria trabalhar,
das quintas e plantaçóes tente herbicida? A resposta assim contribuindo pan que
que existem na nossa Re- é nãol Por isso o Homem o mesmo trabalhador e/ou
gião. tem de ter muito cuidado agricultor tomasse sérias
Distribuído pela Quimigal com este perigoso herbici- medidas de precauçáo - que
nos Açores, ele é conside- da. seriam, também, obrigato-
rado, pelo produto que Os sintomas iniciais dos riamente explicadas pelo
contém, por todos os Eco- efeitos do Gramoxone sáo vendedor de Gramoxone.
logistas e AssociaçÕes de caracterizados por vómitos Nessas rnedidas de precau-
deÍesa do Ambiente, como Írequentes, diarreias e do- ção estaria incluída obriga-
alta toxici- ne 1. E se o Gramoxone
dade para as causa já lantos estragos, o
espécies a que irá causar um Super-
que não es- Gramoxone ou ainda um
táo, em Hiper-Gramoxone já que a
princípio, Íábrica tende a aperfeiçoá-
destinadas. lo cada vez mais!!!
Em gran- Por isso, juntando a min-
des utiliza- ha voz a muitas vozes, digo
ções, e mes- que o controlo eÍectuado às
mo em pe- ervas daninhas pelos pesti-
quenas utili- cidas não é o único camin-
zações, com ho. Durante muitos séculos
o deconerdo se utilizou mão-de-obra
tempo o Gra- humana que, além de aju-
moxone dar a criar novos postos de
pode acumu- trabalho, não provoca doen-
lar-se no solo ças nos humanos nem más
e prejudicar a condições ambientais. Na
fertilidade do substituição dos herbicidas
mesmo. Por podiam empregar-se con-
estas razões, hecimentos tecnológicos
em muitos para desenvolver mélodos
toriamente a já tradicional países, o Gramoxone ou naturais cada vez mais so-
frase em produtos químicos, outros derivados do para- fisticados que ajudassem a
e que nunca é cumprida: quato e até rnesmo o próprio agricultura sem a destruir.
"Manter aÍastado das crian- paraquato, são proíbidos, Assim far-se-ia um projecto
ças!". Ora como nos Aço- tais como: Finlândia, Ho- a longo prazo e não a curto
res a mão de obra inÍantilé landa, Suécia (grandes pro- ptazo.
elevada, por vezes sáo as dutores de produtos de 1e Os herbicidas tais como o
próprias crianças que, sem necessidade), Filipinas, Tur- Gramoxone dão uma solu-
protecção alguma, espal- quia, lsraele Nova Zelândia çáo barata e a curto píazo,
ham o produto pelos sítios (onde a produção do solo mas a que preço? Conti-
onde este é supostamente estava diminuíndo, assim nuando assim, o honem não
necessário. como a população mais vai deixar espaço para as
Mas o Gramoxone náo pobre, devido aos efeitos gerações futuras se desen-
provoca estragos só na neÍastos do G ramoxone). volverem. Nem a própria na-
saúde humana, já que a Assim. o Gramoxone de- tureza sobreviverál E de-
sua aplicação representa, via ser banido de Portugal pois... onde o homem irá
também, um perigo para os já que à medida que tempo cullivar os seus alimentos?
animais selvagens - inala- passa, ele, sendo inimigo (Texto escrito com base no
dores inconscientes do her- público ne 2, pode tornar-se "Correio del Sol", jomal espanhol, e
num comunicado conjunlo dos
bicida - e para as plantas, mais pedgoso e assim tnrs-
Amigos daTerra e P.A.N.)
sendo comprovada a sua Íormar-se em inimigo público
JOÃO CABRAL
Por J. Contente'

rNrRoDuÇÃo en uncra-
Este artigo não pretende uma dis- rão de
cussão exaustiva das questões mooo
ambientais. Procura-se explanar al- sucinto-
guns vectores relacionados com o 1. ln:
tema ENERGIA, enquanto se sublin- terpÍeta-
ha a natureza complexa e com-
preensível dos problemas envolvi- bientâl
dos. Áiém disso, este Ìexto pÍessu- o rienta-
põe, como toda a lógida da Educação I]Ít
Ambiental, uma abordagem educa- A
cional baseada em métodos aclivos cons-
e interdisciplinares, dentro do âmbito ciência
de uma educação escolar geral. dos pro-
Numa altura em oue se inicia a blemas
implementaçáo da reforma educati- ambien-
va, e perante a actual exiguidade de tais e o envolvimento consequente vos, os alunos devem ser orientados
material de apoio, espera-se poder das pessoas que não podem emergir para análises críticas de situaçÕes e
conÍibuir, de algum modo, para a enquanto estas questões náo ÍoÍem fenómenos. Este asoecto seÍá Íaia-
clarificação da abordagem CTS colocadas, claramente, na activi- do posteÍiormente.
(Ciência, Tecnologia, Sociedade), dade diária de todos os indivíduos. 2. Discussõês êm orupo
por exemplo, no quadío da chamada Por isso, no sector educativo, é Esta é uma técnica básica que
Área Escola. aconselhável começar pela interpre- pode ser aplicada, conjuntamente,
PoÍ último, reíua-se que a premên- tação ambiental orientada. Este com todas as outras enunciadas
cia do lema em epígraÍe é óbvia, quer método inicia-sê com uma análisê do aqui. AprendeÍ a alterar pontos de
pelo lugar destacado que ele ocupa ambiente alicerçada em observa- vista, a ser tolerante e a desenvolvor
nos novos planos curriculares, quer çóes e pesquisas, regressando-se, melhor as relaçÕes sociais, sáo algu-
pela sua acuidade no quotidiano indi- ulteriormente. a Íonìes documentais mas das Íinalidades da Educaçáo
vidual e colectivo do nosso temoo. e humanas dê origem distinta (publi- Ambientâl que podem'perseguir-se'
I MÊTODOS EDUCATIVO. E caçó€s, pessoas de reconhecida com esta técnica. É indispensável,
suÁslPucaQóEs competência, etc.). também, lêver à casa dos alunos a
Independentemente do tema es- Por vezes, há necessidade de necessidade para a organização de
colhido, a Educaçáo Ambiental re- desenvolver alguma actividade que discussÕes e diálogos, capazes de
quer o uso dos chamados métodos possa ser'transplantada' paía luga- prolongar e cimentar aquelas Íinali-
activos, em oposiçáo ao sistema res diÍerentes daqueles que os in- dades, como medidas da sua
clássico da "€xposição-leitura' e ao divíduos úvem dia-a-dia. Nestê eÍicácia real.
conhecimento baseado, exclusiva- caso, as experências sistemáticas 3. Análisê de valores
mente, naquilo que o proÍessor diz. têm-se mostrado muito úteis. Contu- Equâcionando problemas am-
Os métodos utilizados em Educaçáo do, essas experiências devem apli- bientais. orocurando as suas cau-
Ambiental Íundamentiam-se em tro- car-se, subsequentemente, na vida sas, a busca de soluçóes e a escolha
cas constiantes entre 0 grupo consti- prática, posto que, uma das suas de alternativas, eis alguns passos
tuído pelos proÍessores e alunos, no grandes finalidades é criar uma moti- que impelem as pessoas a recoírer a
desenvolvimento da àutonomia do vação real para a acção, no ambiente juízos de valor (bom-mau, belo-
aluno, na Íormulação de objectivos normal dos alunos. Em qualquer Íeio...) que nâo s€ podem subesti-
de modo claro € ajustado a contex- caso, a inlLôryretaçáo dos dados aiu- maÍ. Pelo contrário, é impeÍioso todo
tos/situaçóes/turma/indivíduo e, aìn- da a estabelecer os elementos oue o esÍorço conducente à identiÍicaçáo
da, na avaliação constante, durante estáo na origem do tÍabalho, na ope- dos valores a que cada um se reÍere,
e no final de um projecto especíÍico raçáo de pÍocessos e estÍuturas ob- permanentemente, algumas vezes
ou de uma activkJade. Estes méto- servadas ou, simplesmente, as inter- de modo não explicito. Seria bas-
dos abrangem diversos tipos clt-o acções existentes entre estes ele- tiante in@rrecto ignorar o conflito de
abordegens que, s€guidamente, se mentos. Além dos asoectos doscriti- opinióes e, consequentement€, as

6
escolhas de diferentes valores; es- Uma
tas opçÕes devem inserir-se num oficina
clima tolerante e atencioso. Esta de tra-
peÍspectivaé essencial para qual- balho ex-
quer tipo de Educaçáo Ambiental perimen-
real porque reflecte, claramente, o tal é mui-
que acontece na vida sócio-política io valio-
responsável. Quer dizer, se, a Edu-
caçáo Ambiental existe para ser um pÍe que
vector acutiiante numa verciadeìra hâ ne-
educação cívica. entáo, a análise de cessi-
valores integrá-la-á de um modo pre- dade de
ponderante. cnar oo-
4. Jogos e simulaçÕes .jectos,
Embora os jogos e as simulaçÕes pelo me-
envolvam sìtuaçóes'artificiais", Íaci- nos, com
litam as abordagens referidas ante- uma Íunçáo demonstrativa. lsto dos objectos, lugares, aparelhos
riormente. Mesmo sem recorrer, sis- ocorre, por exemplo, quando tenta- construídos e ambientes naturais.
tematicamente, aos jogos e simula- mos comunicar com alguém (outras Algumas vezes, a acção opera-
çÕes, podemos utilizá-los, muitas classes, país ou comunidade) aÍa- cional confina-se a estudos sócio-
vezes, com inúmeras vantagens. vés de jornais, cartazes ou painéis, económicos. técnicos. etc. ou à
A técnica do 'jogo de papéis" (role- ÍotogÍafias, Íilmes, projecções de combinação destes vários aspectos.
olaying) baseia-se, tradicional- transparências, etc. Todavia, este Neste caso oode Íalar-se em investi-
mente, nos pedidos Íeitos aos partici- tipo de comunicação com o mundo gaçáo-acção
pantes para retratarem certas perso- exterior e a relativa simplicidade dos 7
nalidades bem definidas (figuras meios utilizados não evocam, neces- A abordagem global da Educação
políticas ou públicas, consumidores sariamente, o nome de oÍicina de Ambiental abrange uma continui-
com determinado status social. etc.), trabalho. Esta envolve a construção dade educacional que progride a
no contexto de um problema particu- de modelos trabalhados ou, melhor partir do início da actividade, da apre-
lar, numa situaçáo real bem deÍinida ainda, protótipos de tamanho normal sentação ou da demonstÍação dos
e clariÍicada em termos de valores. O planeados e construídos para usos motivos, da formulaçáo preliminar de
acomoanhamento das discussÕes coíespondentes ao real. O objecto objectivos... até a uma curta avalia-
acerca das causas de um dado pro- construído já é, então, um elêmento ção a médio prazo, envolvendo, em
blema ambiental e a escolha de solu- da solução do problema. todos os c€ìsos, veÍificações cons-
çÕes, são meios excelentes para 6. A acçáo dirigida à solução do tantes das acçÕes de cada Íase em
clarificar valores, possibilitando, por DÍOOtema combinação com os objectivos e a
vezes, a oportunidade de identificar Outra finalidade Íulcral da Educa- avaliação.
as actividades de campo mais apro- ção Ambiental é projectar/implemen- Esta continuidade educacional
priadas. tar acçÕes concretas no âmbito dos admite possíveis mudanças de di-
Considera-se a simulaçáo ade- estudos ambientais. Além disso, a Íecção consequentemente, nas
quada para as descíiçÕes das inter- implementaçáo destes projectos é, adaptaçÕes baseadas no incremento
acçÕes de elementos e, em certos em si mesma, uma maneira de se da melhor compreensão dos proble-
casos, paÍa uma quantificação chegar a uma avaliação da própria mas e na matuÍação do grupo de
aproximada de efeitos interrelacio- acção, à eficácia dos métodos de proÍessores-alunos. Por outro lado,
nados. Nesta base, seria possível análise usados, às aplicaçÕes mantém-se um mínimo organizacio-
construií modelos muito simples (ou práticas do conhecimento e às 'di- nal para impedir a quebra de motiva-
mais elaborados) apoiados em mensões" (skills), entÍetanto, adqui- ção e para asseguÍaÍ o rendimento,
prìncípios mais ou menos com- ridas. Em geíal, costuma sustentaÊ ern resultados concretos, como grati-
plexos. Contudo, é preciso ter cuida- se que os registos escritos são, per ficaçáo dos participantes e interve-
do em náo tornar os Íesultados de um st uma espécie de base educacional nrentes no processo.
jogo "artificial" em "imagens do Íutu- e uma acçáo operacional. Porém, (Continua)
ro". Por isso, os Íesultados devem náo há acção eÍicaz enquanto náo
ser submetidos a uma análise críÌica existir um projecto a não ser que o ' Mestrando em Metodologia do
rigorosa. projecto tenha a implementação con- Ensino das Ciências no Dep. Educ.
5. Oficinas de trabalho exoerimen- veniente Dara oroduzir uma ordem Faculdade de Ciências - Universi-
g tangível - estrutuÍada e recupeÍável - dade de Lisboa
ADOPTA ESTES HÁB|TOS QUOTIDIANOS
PARA NÃO DANIFICARES O MEIO AMBIENTE
Em cada uma há três indicaçõês concrêtas
Aprêsentam-se aqui as onze am€aças mais importanles para o rneio ambi€nt6'
o"táoXïïï;r" quarto ou na sala de jantar' Assim
randamentos bem visÍveis paratie para as tuasvisitas, na portad€ casa, no
t€ lembraráo diariaÍÍì€nle dos teus deveres.
uma consciôncia sobre o Íì€io ambi€nte e sobre
Quhá com eles sê dêsenrolará Uma espócie de bola ds neve em Íavorde
a qualiâade de vida. Há que dês€ncadsar uma avalanchê d€ êsp€rança'

. NÃO OUERO CONTAMINAR O AR, - Renunciarei aos produtos quÍmicos conlra as ervas

- Rsnunciar€i a usar o auÌomóvel sem nêcêssidado o daninhas.


- Não arrancarei qualquer espócie protegida'
viajarei nos transpoÍlos públicos, debicicleta oua
oó.
- Como condutor, não circularei a mais de 80 KnVh e 7 - QUERO FOMENTAR O CULTIVO E A VENDA DE

apoiarei o Íabrico de automóv€is com catalizador.


ALIMENTOSSÃOS.
- Escolherei alimentos Prov€nientes de cultivo êcoló'
- Não utilizaÍ€i nenhum pulverizador nem "aerosol'
gico e sem ingredient€s artÍiciais.
com propulsorgasoso (cloroÍluorcarbonetos) paía
proleger a camada dê ozono. - Não comprarei alim€ntos provenient€s de criaçõ€s
intênsivas d€ animais.
. OUERO MANTER A AGUA LIMPA. - ComPrarei directamênl6 ao Produlor'
- Lltilizarei m€nos água.
- Compiarei os dstsrgênt6s menos conlaminanl6s o 8 - QUERO EVITAR DESPERDÍCIOS.
- Renunciarei a embalag€ns d€snecsssárias'
serei poupado no s€u uso.
- Comprarei b€bidas com €mbalagêns retornáveis e
- D€positarei os maleÍiais ven€nosos - Lacas' Óloos'
medicarn€ntos, otc. - em embalagens especiais
usar€i a cesta d6 coÍpras emlugardosacode
plástico.
- Farsi a sêl€cção dos resÍduos.
- OUERO PROTEGER A PAISAGEM E O SOLO.
- Náo utilizarei mais pêsticidas ou adubos inÚ1ois'
- No meu tempo livre respeitarei a Natureza. 9 - QUERO EVITAR O RUíDO.
- üilizarei máquinas e êl€clÍodomésticos silenciosos'
- Não atiÍarei lixo Para o chão.
- Ter€i em€t€nção a tranquilidade dos outros'
- RênunciaÍ€i ao uso contínuo d€ rádio ê d€ tslevisáo'
- QUERO DIMINUIR O CONSUMO DE ENERGIA E
UTILIZAR MENOS MATÉRIAS PRIMAS.
olectrodoméslicos que consumam pouca
- Adquiriroi 10 -OUERO SER UM CONSUMIDOR CONSCIENTE
onêrgla. DO MEIO AMBIENTE.
- Renunciarei à sua utilizaçáo d€snêc€ssária. - Só comprarei produtos quê contaminem o nÌ€nos
- Com uma lemperatuÍa mais baixa consumo rnonos oossívgl a nalureza ê o m€io ambiente.

en€rgia calaÍ€tando portas ê janelas s€m sair Preju-


- com o m€u comportam€nto ao comprar, obrigarei os
produtor€s a oÍerecerem produtos compatÍveis
dicado.
com o ÍÍl€io ambiênt€.
- OUERO PROTEGER OS ANIMAIS.
-OclienteéoRei.
- Não coÍrprarêi nenhum Produto quo inplhus a nìoílo
d€ ssÉci€s Prot€gidas, como peles, dentes de elê- 1 1 - QUERO CUMPRIR ESTES DEZ MANDAMENTOS

lants. osso d€ bal€ia, stc. I.IO MEU DIA.A.DIA.

- Não ulilizarei cosmélicos nem outros artigos d€


- EsÍorçar-Ír쀀i em sup€rar as contradiçÓ€s, inclusF
vó as minhas, € €ntusiasíÍìarèi amigos s conhscidos
higi€n€ €m culos lrabalhos d€ investigaçáo lenham
a colaborar.
skjo utilizados animais.
sua ospóc'l€, de um mundo humano'
- Actuarsi sempr€ a Íavor
- Trataroiconveni€nlêm€nte, segundo a
. SÓ TEMOS UMA TERRA
os animais domóslicos.

.OUERO PRESERVAR A DIVERSIDADE DA FLO- Tradução e adaPlação de um t€rilo d€


RA "lniciativa PÍivada de Cidadãos Ind€p€nd€nles",
- CuÌtivarei no npu iaÍdim ou €m casa as ina'Ìs variadas RFA
olanlas.
NITRATOS E NITRITOS
DUAS PESTES DA AGRICULTURA ''MODERNA,,

Escondidos no verde dos legumes, na água lidades, conserva-las de ataques de microorganis_


que bebemos, nos Íiambres, salsichas,...,-os
mos (Clostridium botulinum-gerador de botulÉmo),
nitratos são um veneno comum e que poderá assim como emprestar a cor vermelha à carne.
causar danos sérios à nossa saúde. Ainda nas carnes é possível encontrarem-se as
O que são os nitratos?
temíveis nitrosaminas.
Os nítratos são moléculas simples (NO3), ex- A cerveja, devido ao lúpulo ser fortemente adu_
tremamente solúveis na água, que em concen- bado com produtos químicos (adubos azotados),
trações normais não apresentam algum perigo. apresenta Íortes doses de nitratos. De acordo com
No organismo humano os nitratoé poúem,-se análises feitas (na Alemanha) em cervejas, verifi_
transÍormar em nitritos (NO2) que ao contrário cou-se que 70% destas apíesentavam também
do seu antecedente nitrato é exÌiemamente reac_ nitrosaminas (os secadores de lúpulos a gás pro_
tivo. duzem óxidos de azoto que em reacção cõm com_
Em doses elevadas os nitritos podem provo_ postos de malte provocam as nitrosaminas).
car a asÍixia do organismo (a hemoglobina Ííca
Devido à aplicação de adubos quÍmicos (azota_
incapaz de fixar o oxigénio no sangie;. podem dos) em grandes quantidades, as águas (rios,
também combinar-se com as aminal e provocar lagos, lençóis Íreáticos,...) apresentam já consi-
o aparecimento das nitrosaminas, substâncias deráveis doses. Ao aplicarem os adubos azotados
altamente cancerígenas. estes são lixiviados (arrastados pela água), indo
contaminar as águas.
Onde se encontram os nitratos? As Írutas, desde que maduras apresentam teo-
res muito baixos em nitralos, e nos frutos secos são
De uma Íorma geral os nitratos encontram_se na
.
agua, nos vegetais, cervejas e ainda nas carnes
praticamente insigniÍicantes. O mesmo não se
passa nasverduras, quealiadas a uma maiorcapa_
industriais (salsichas, chouriços, presuntos, Íiam- cidade genética em fixar nitratos têm de suportai as
bres...) assim como em alguns produtos que con- doses brutais Íornecidas pelos agroquímicos (sul_
têm conservantes com E-zSi, E-252, E_ZSO. g- Íato de amónio, nitriamoniacal, ureia,...)
249. Alguns vegetais têm maior capacidade genética
Nas carnes, especialmente as de origem suína, em captar os nitratos.
os nitratos encontram-se presentes com duas fina-

Capacidade Elevada Capacidade Média Capacidade Baixa


Espinafres Couve Roxa Couve de Bruxelas
Acelgas Couve Flor Cebolas
Repolho Branco Aipo Feijão Verde
AlÍace Nabo Pepinos
Beterraba Cenouras Tomates
Rábanos Beringelas Pimentos

As plantas necessitam como é sabido de azoto. Excesso de nitratos. porquê?


sendo este absorvido na forma nítrica (Íorma mine_
ral). A sua passagem da Íorma mineral (nitratos) A Íertilização azotada com base em adubos
para a Íorma orgânica (proteínas) é processada químicos é a grande responsável. Esta possui
quer nas raízes quer nas folhas. Devido a este Íacto
eÍeitos duplos, por um lado contamina as águas
os legumes-folhas contém mais nitratos que os (nos lençóis Íreáticos a água pode permaúcer
legumes-Írutos (o Íruto absorve o azoto sob aÍorma com nitratos durante dezenas de anos) e poÍ outro
orgânica-proteína). lado contamina os alimentos que paradoxalmente
(Continua na pag. lO)
NITRATOS E NITRITOS
DUAS PESTES DA AGRICULTURA ''MODERNA''
(Continuaçâo da pag.9)

ou subsolo são também um Íac-


tor muito importante de contami-
nação. As extrumações excessi-
vas ou a Íega com chorume não
se podem negligenciar nataxa de
aumento de niratos.

Os perigos dos nitratos.

Estes só por si não têm mal


algum. O problema reside na
tÍansÍoímação em nitrito pelo
organismo humano, diga-se de
Íaz crescer. Como toÍnear o problema? Aumentar o passagem uma transÍormação que ocorre Íacil-
preço dos adubos? Não parece lógico, isso só menle.
acarretaria num aumento de preço dos legumes. Na cavidade bucal devido à acção de microorga-
Diminuir as adubações azotadas é uma solução nismos os nitratos transformam-se em nitÍitos, e
razoâvel, resta saber qual o agricultor que está estes, quando chegam ao estômago, (um meio
disposto a fazê-lo. Nenhuma mudança qualitativa ácido), em reacção com aminas, transÍormam-se
do ponto de vista técnico se Íeali2ará, sem que a em nitÍosaminas, substâncias cancerígenas.
mente se modiÍique também e raro será o agricultor Os bebés são os que estão mais expostos a in-
que estará disposto a obter menos produçÕes. Por toxicações com os nitratos (desconfie dos espina-
outro lado o consumidor fica sem qualquer defesa: Íres do Popeye). A hemoglobina Íetal é muito
como averiguar se os legumes contém menos ni- susceptível de, com a interÍerÔncia dos nitritos, se
tratos? tÍansformar em metaemoglobinemia, perdendo a
O excesso de nitratos depende também de ou- capacidade (irreversível) de armazenar oxigénio
tros factores, como a natureza do solo, pluviome- ocorrendo a morte por asfixia. Na França por exem-
tria, cobertura.vegetal, drenagem e também da plo a legislação de produtos lácteos só peÍmite um
luminosidade. E pÍecisamente a luminosidade que conteúdo de nitratos até 50 mg/kg. Em Portugal?...
está na origem dos legumes de inverno cultivados
em estuÍas terem um teor maior de nitratos. Com (ExtÍacto de um artigo publico em "A JOANIN-
efeito, a Íalta de luz impede a planta de metabolizar HA". na 1 9, Abril e Maio de 1988, da autoria de Luis
com eÍicácia os nitÍatos que assimilou devido ao Ío- Filipe Marques)
toperíodo. Nota - "4 JOANINHA" é o boletim da AGROBIO
os esgotos, quer urbanos, quer pecuários, ou - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica
ainda os Íamiliares, quando lançados em rios, lagos sediada na Rua D. Dinis. 2 - 1200 LISBOA.

ENDEREÇOS:
CORRESPON DÊNCIA: APARTADO 29
95OO PONTA DELGADA
SEDE: Av.da Paz, 14 (EdiÍício da Junta de Freguesia)
Pico da Pedra
9600 RIBEIRA GRANDE
CONTACTOS TELEFONICOS: 91774 (Teófilo Braga)
31820 (George Hayes)
27 245 (Gualler Cordeiro)

10
guns roleiros turísticos, a Câmara Municipal
de Angra do Heroismo resolveu encerra_las,
apesar dos proteslos dos Grupos -Lula
Ecológica" e "Os Montanheiros" paÍa que
nouvesse uma solução alternativa, aprovei-
lando as nascentes e mantendo as mesmas
abertas.
A Caldeira Guilherme Monrz e zonas orcun_
dantes onde incêndios de grandes proporçÕes
destruiÍam importante parte da sua vegeta_
ção.
Mais recenlemenle surgiram novos "Des_
cobridores" que começam a plantar eucaliptos
a seu belo prazer. Mais uma vez,Os Montan_
heiros" alerlaÍam para esla nova ,,praga" c!n-
3",W
W linuando os eucaliptos em crescimento alé
que um dia, talvez tarde demais, o problema
surgirá com a proporção devida.
Há poucas semanas foi cometido um novo
atentado @ntra o nosso património espe_
leológico, qual íoi o nosso grande espanlo ao
termos deparado @m um gÍande',buraco" no
local onde deverÍamos enconlrar a Furna de
Sanla Maria (na zona do Cabrito), ou seja, sem
conhecimenlo da Secretaria do Turismo e
Ambiente e dos próprios Monlanheiros. A
Câmara de Angra do HeroÍsmo violou e des-
truiu completamente mais uma cavidade vul_
cânica na llha Terceira.
Mais uma vez alerlam-se as pessoas res-
A llha ïerceira é como se sabe uma das mais rÍcas oos ponsáveis para que de futuro não aconteçam
Açores em cavidades vulcânicas.
mais desaires em que a Natureza é a prÍncipal
Como exemplo disso é o Algar do Carvão, chaminé vulcâni-
vÍtima podendo muitas vezes seÍ evilados
ca de grande interesse geológico, hoje consideÍada Reserva
estes verdadeiros atentados ao nosso pa_
Natural Geológica. Várias vezes foi alvo de vários vandalismos,
trimónio Nalural.
após o arrombamenlo da porla de acesso aquela chaminé,
sa- Corvém ainda alertar a quem de direito para
lientando-se o "assalto,,a várias concre@es de Silica (SlO2)
que as Reservas Naturais dos Açores e por-
por norte americanos estacionados na Base das Lajes.
No que não até as próprias llhas, possam teÍ uma
exlerior, dos cones que suportam esta chaminé foi Íeita exrra_
protecção adequada para que em 1 992 com a
cção indevida de bagacina e só após anos de insislência
da So- entrada de Portugal na CEE não apaÍeça al_
ciedade de Exploração Espeleotógica.Os Montanheiros,,, junto
gum estrangeiro malu@ e @mece a compÍar
das entidades locais, responsáveis pelo Meio Ambiente, se pÕs
as nossas llhas aos poucos lÍansÍormando-as
lermo à exlracção desta (esperamos), com aconstruçãooe
um mais larde de paraÍsos em lixeiras turÍsticas.
muro de prolecçáo ao caminho de acesso a esla mesma
exlra- ... Enquanto uns lulam pela protecção do
cção.
meio Ambienle outros vão destÍuÍndo o Am_
As Furnas do Cabrilo e da Água depois de eslarem dezenas
biente do Meio...
de anos aberlas ao TuÍismo, vindo ainda hoje mencionac,as nal_
OS MONTANHEIROS

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HUMOR

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