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N.a 0 BOLETIM DOS AMIGOS DA TERRA / AÇORES JUNHO 1989

o QUE SÃO OS AMtcOS DA TERRA / AÇORES?


Em actividade desde 1985 e legalizada como
associaÉo regional no final de 1987, os AMIGOS DA
TERRA / AÇORES são uma associação cultural e
lecreativa, de carácter aconfessional, apartidário e
háo lucrativo, que tem por objectivos defender a
rEtureza, o ambiente e a paz, contribuir para a cons-
tüção de um mundo mais limpo, mais justo e pacífi-
co, privilegiando para isso métodos de trabalho e de
intervençáo não-violentos.
Pela sua acção responsável, coerente e efec-
tjva em prol de um mais ecológico desenvolvimento
e melhoria da qualidade de vida, os AMIGOS DA TE-
RRA /AçORES impuseram-se nos Açores como
Jma voz tmportante e indispensável. Sempre alertas
e oportunos nas suas chamadas de atençáo para os
problemas e atentados contra a Naturezae o Ambien-
te que se têm vindo a cometer, os AMIGOS DA
TERRfuAçORES intervieram em inúmeras situa-
çôes recentes, das quais se destacam a construÇão
de uma Íábrica de cimento no local com caracteristi-
cas inadequadas, o reinício oportunista e atentatório
à legislação internacionalda caça à baleia, a questão
das lixeÍras em zonas protegidas ou que deviam ser
protegidas, a proliferação de brinquedos de gueÍra, o
localizado na Íreguesia do Pico da Pedra, na llha de
aumento descontrolado da caça ilegal, a tentativa de
S. Miguel, tem como objectivo salvaguardar algumas
introdução nos Açores dos touros de morte, os aten_
espécies da nossa flora indÍgena e servir de instru-
tados conÍa o património aÍquitectónico, etc.
mento de formaÉo e informação para quem o visitar,
Com o apoioda Comissão NacionalparaoAno
apresentando, nesta fase, 19 espécies diferentes,
Europeu do Ambiente, os AMIGOS DA TERRA/ devidamente identificadas pelo seu nome comum,
AçORES promoveram várias iniciativas, das quais
científico, famÍlia e distribuíção geográÍica.
se destaca uma Semana das Energia Renováveis, a
Mais recentemente. foí Iniciado um levanta-
qual envolveu alunos de uma Escola Secundária da
mento do patÍimónio espeleológico da llha de S.
Região e que teve como principal objectivo Íazer a
Miguel, encontrando-se actualmente identificadas
distinção entre energias renováveis e energias não-
mais de duas dezenas de grutas naturais, do qual Íoi
renováveis, suas vantagens e desvantagens, e a in_
enviado um trabalho ao 5fr Internaüonal Symposium
auguração em 5 de Junho de 1988, Dia Mundial do
on Vulcanospelleology, realizado no Japão, encon-
Ambiente, da primeirafase do Jardim de Flora IndÍoe_
trando-se ai nda prevista para este ano a colaboração
na dos Açores, o qual contou e conta com a cola6o-
com técnicos universitários das llhas Canárias na ex-
ração de várias entidades e organismos locais e re- ploraçáo da fauna dessa grutas.
gionais, bem como da International Union for Conser_
Para além disto, os AMIGOS DA ïERRtu
vation oÍ Nature Ressources (IUCN). Este Jardim,
AçORES mantiveram uma publicação perÍódica,
(Coú. Pás.7) PáO.
Ì

do assunto, bem como o Estudo da


PLANO Entomofauna do Pico da Vara, o
DE ACTIVIDADES qual se desenvolve sob a orienta-
ção de um especialista terceirense,
PARA 1989 membro da Sociedade Portuquesa
de Entomologia.
Prosseguindo os seus objec
Em sequência das muitas
s de defender a nutureza, o am
explorações de grutas da llha de S.
e paz, @ntribuindo paÍa a Mìguel levadas a efeito no último
de um mundo mais Iìm-
ano. Dretende se editar um Inven-
mais justo e pacífico, os AMI-
tário Fotográfìco das mesmas, o
DA TERRtuAÇORES irão qual surge como contributo para a
durante 1989 um con-
preservação do Património Espe-
de actividades de índole cultu-
leológico da Região, considerando-
social e/ou cientÍfico
se mesmo desejável a sua utiliza-
Uma das apostas dos AMI-
DA TERRtuAÇORES nos últi-
ção como documento de divulga-
tempos foi o lançamento e des- çáo turística da Região.
Com o objectivo de divulga-
)lvimento do pro.iecto "Jardim de números da série "Fauna do Nosso
Indígena dos Açores", inÌciado çáo e sensibilização para o nosso
património natural, e dirigÌdo parti- Ambiente", um sobre a Amei.loa e
decurso do ANO EUROPEU DO outro sobre o Cachalote, continuan-
cularmenÌe para as cnanças e Jo-
IENTE com o aooÌo de várias do-se com aedição de uma publicq
vens, desenvolver-se-à uma Cam-
oficiaÌs, cuja 1e fase Íoi ção periódica do tipo do "ZIMBROq
panhaem DeÍesa da Flora dos Aço-
a com bons resultados. res. No mesmo sentido, mas tendo mas agora com a designação 5le
entanto, é necessário, garanür a "VlDÁLIA", devido a se ter tomáfo
como objectìvo o Património em
tenção adequada das primei geral e dirigido a toda a população, conhecimento da já existência no
as espécies plantadas e passaÍ à continente de uma publicação com
insere-se um Concurso/Exposição
da 2a fase do pro.jecto, a aouele nome.
Fotográfica, subordinado ao tema
inclui, entreoutras, acriação de
"Fotografìa e Conservação". Ainda
viveiro e a introdução em terreno Finalmente, refira-se a con-
dentro dos mesmos parâmetros,
xo de espécies ameaçadas a
comemorar-se-à o DIA MUNDIAL
tinuaçáo dos.iá habituais Passeios
mundial, pelo que se irá conti- a pé, no âmbito dos quais está Pre-
DO AMBIENTE com uma Visita de
a dedicar particular atenÉo a visto o acompanhamento dos Ca-
Estudo a uma Reserva Natural,
projecto. minheiros da Portela, em Agosto
cujos destinatários serão cerca de
Do plano de actividades para de 1989; possível apoio logístico a
50 iovens do Ensino Secundário,
, transita para o próximo ano o uma expedição cientÍfica da Uni-
seleccionados a partir da apresen-
Jardim de Plantas Medicinais dos versidade de La Laguna, Caná-
tação de um trabalho original sobre
lres", iniciativa à qual se associa rias, de estudo da vida nas grutas
o Ambiente.
Câmara Municipal da Ribeira naturais (bioespeleologia); a re-
Quanto a publicações e para
cidade onde se localizará o colha de dados acerca das espé-
além do já referido Inventário Foto-
. tendo sido iá recolhidas gráfico das Grutas Natutais de S. cies animais e vegetais em perigo
das populações um importan- na regiáo, etc.
Miguel, editar-se-ão dois novos
conjunto de informaçóes acerca

PU BL|CAçOeS DISPONÍVelS
Para além dos inúmeros livros e revistas que poderão ser consultados na nossa biblioteca, enviaremos pelo
coneio, a todos os interessados as seguintes publicaçoes:

- Estado Actual e perspectivas das Energias Renováveis nos Açores


Francisco M. S. Botelho (100$00).
- Revista de lmprensa relativa ao ANO EUROPEU DO AMBIENTE (100$00)
- Fauna do nosso Ambiente (3), O POLVO, José Contente (75$00)
- Monografia do Pico da Pedra, Gilberto Bernardo (300$00)
- Alguns aspectos de intervenção humana na evolução da paisagem da llha de S.
Miguel, José Marques Moreira (750$00)

Com excepção desta última publicação as restantes serão enviadas gratuitamente aos associados com as
quotas em dia, bibliotecas, escolas e outras instituições sem fins lucrativos.
Pâ9.2
ASFLORESTASEOSEU a Ílorestação, numa polÍtica de in- dos. A sua maior parle encon-
PAPEL NA REGIÃO DOS centivo que ultrapasse a de produ-
tra-se entre as Gimnosoérmi-
AçORES ção rápida de madeira (de má qua-
lidade necessáriamente), cas (ConíÍeras) e as Angios-
mas
como um biossistema com efeitos pérmicas (árvores com Ílor),
Numa região insular, em que caracterizando-se por possui-
eficazes na regularizaÉo e salva-
o acentuado relevo, solos jovens e guarda do meio Íísico. rem um único caule lenhoso e
desiqulilibrados se reunem a um
regime de ventos e chuvas, que fre- uma copa de ramos, também
lenhosos. Podem ter aoenas
quentemente atingem proporções
preocupantes, a Íloresta apfesen- a Ánvone um metro de altura ou serem
ta-se como o cobeÍto por excelên- muito altas. A madeira, um
cia já que, exemplos como porto A árvore, símbolo da tecido secundário constituido
Santo e Cabo Verde constituem um vida, não tem impofiância porcélulas com paredes lenhi-
alerta dos perigos potenciais da
apenas como o organismo em Íicadas, aparece apenas nas
desf lorestação em áreas insutares.
Para que não se pense que a
si, mas pelas consequências e Gimnospérmicas e Dicotiledó-
comparação é desprpporcional, eÍeitos que determina. Da sua neas, produzindo-se em anéis
âtente-se que os primeiros sinais longevidade (como recorde de concêntricos anuais. Os ex-
começam quando as virtudes se 5.000 anos) perpetua um ternos, mais novos e claros
transferem para defeitos, que aos constânte equilíbrio das con- (alburno) correspondem a
anÍgos se reunem.
,
i Pluviosidade média anuai
diçÕes ecológicas. Das suas células vivas e acÌivas, e o
Í.300 mm. Clima temperado húmi- dimensÕes e grande biomas- cerne, mais escuro. a células
do chuvoso. Que se entenda as sa (chegando aos 1 00 metros monas.
enxurradas (causadoras de estra- de altura) torna-as nos seres Em algumas árvores de
gos, Íenómeno aliás Íácil de contor- dominantes e determinantes, clima húmido, a taxa de cres-
nar numa orografia como esta), sempre que estão presentes. cimento é contínua todo o ano,
mas já não é coerente a situação
Sendo as áruores ópti- pelo que não se diferenciam
problemática das águas de consu-
mas produtoras, na maioria de os anéis, atingindo esta espé-
mo, com reÍlexos na saúde pública,
e as declaradas carências de água 25 a 35 llha/ano, não poucas cies um elevado crescimento
em algumas áreas, reflexo da irre- vezes ultrapassam, em renta- em volume do tronco. como o
gularização do regime hídrrco re- bilidade da área ocupada, caso do Eucalipto globulus.
gional, que já atingiu a catástrofe qualquer outra actividade Mas, em consequência, pro-
civil. agrária (entre 16 a 42 ï/ha/ duzem madeira de baixa oua-
Do solo somos pobres. pou-
cos anos nos separam da
ano), sem necessidade de lidade, por se dar uma limitada
lava
estéril, não raros apenas algumas emprego de adubos, pestici- lenhiÍicação, por vezes acom-
centenas, numaescalaque se rege das ou mão de obra. para panhada de uma insuÍiciente
por milhares. Corpo vivo. o solo além de contribuirem, mais do deposiçáp de celulose, como
precisa de tempo para se formar e, que quatquer outra espécie, na Cr ipto me ri a j apo n ica.
onde o não houver, não se poderá
exigir muito do menos que um pal-
no melhoramento da qualida- E pelo tronco que é
de do solo (umcarvalhalíorne- transportada a água, neces-
mo de terra. Há eue acarinhá-lo e
tirar-lhe apenas o que pode dar ce ao solo 5 Vhalano de Íolhas sária á vida da árvore. O pre-
pois, mais que isso, leva apercas e ramos mortos QUe são trans- cesso é complexo, e em pade,
irremediáveis do património mais formados em húmus), quanoo devido à pressão de sucção
sensÍvel e irrecuperável dos Aço- utilizados correctamente, de- das Íolhas, por onde se dá a
res: o próprio solo. terminam a existencia de va- quase total perca de água da
A Íloresta, no seu signiÍicado
mais amplo, é o coberto menos
riados habitats, que abrigam planta - Transpiração. Uma
exigente, com maior capacidade de
numerosos seres vivos, con- árvore pode transpirar vários
protecção e renovaçáo dos solos e tribuindo para o enriqueci- litros de água numa hora, de-
com elevadas propf iedades tampo- mento e protecção da Íauna e pendendo da temperatura,
rizantes no ciclo hidrológico, sem Ílora locais, com amplos oene- humidade e vento. No enran-
deixar de comportar taxas de pro- ÍÍcios cinegéticos e de conlro- Ìo, a taxa de transpiração é
dução iguais ou superiores a qual- lo de pragas, por exemplo.
quer cultura agrÍcola.
sempre dependenÌe da sua
tr, pots, permente replanear
As árvores são organis- productividade: irreversível-
mos altamente especializa- mente, um grande crescimen-
Pá9. 3
to é sempre acomPanhado de me e caracteristicas da folha-
grande consumo de água. Por gem mofta deÍinem as linhas
exemplo, t ha de eucalìPÌal de evolução do solo subjacen-
poderá consumir 8.400.000 | te. As conÍÍeras, com Íolhas
por ano, para uma Produção que podem durarvários anos,
de 16.81. Aeficiência resultan- dão um contributo muito Pe-
te, abaixo da média (2 gll) é a queno para o solo. Para além
habitualem esPécie de cresci- do que, da decomPosição re-
menÌo rápido. EsPécies com sultam ácidos Íúlvicos agres-
taxas de crescimento mais sivos, acentuando a acidifica-
moderadas corresPondem a çáo do solo e dimunuindo a
uma maioreÍiciência no uso da taxa de húmif içã0, os microor-
água e á produção de madei- ganismos saproÍitas, acom-
ras de maior qualidade. oanhado da baixa da Íauna do
As Íolhas, Por serem as solo, como por exemplo, as
principais responsáveis Pela minhocas. Por outro lado, as
transpiraçáo, Poderão cair Íolhosas não tendem a acen-
durante os perÍodos em que tuar a acidez do solo, Possuin-
esta escasseia. Neste caso, a do uma comunidade rica de
árvore desig na-se caduciÍolia decompositores, com um in-
e entra em letargia durante a put de matéria orgânica que
éooca desÍavorável. A Íolha- oode ir até 6 t/ha/ano, aumen-
gem persistente corresPonde tando constantemente a ri-
a uma constante substituiçáo oueza do solo.
das Íolhas que caem (cada A estrutura radicular é o
Íolha du ra 3 a 4 anos, ou vários Íactor determinante na caPa- de declive acentuado Por, com
em resinosas). cidade de "orocura e colecta" o seu peso, aumentarem o
AÍolhagemde uma árvo- de água e na e na de retenção risco de deslocamento de te-
re, directamente resPonsável dos solos. Longe da vista e de rras. Nãotendo acesso ààgua
pela sua produção de matéria diÍÍcil estudo, as raízes consti- proÍunda, sáo no entanto,
orgânica, determina o grau de tUem 367o e consomem cerca muito eficazes na retenção e
penetraçáo da radiação até ao de 60% da produçáo da árvo- absorção de àgua do solo,
solo, por um lado, e o tiPo de re, em grande ParÌe Para a diminuindo, por isso, a àgua
solo, por outro. renovação de raízes Íinas, as
gravitacional e, quando asso-
No primeiro caso, a coPa principais na assimilação de ciadas a transPirações signiÍi-
em cone das conÍÍeras leva a minerais e nutrientes. cativas, têm um eÍeito directo
uma elevada intersecção da As espécies de raízes na redução da àgua exPoÌ1á-
radiação, criando condições proÍundantes, com grande vel das bacias de recePção'
de inexistência de sub-bosque capacidade de retençáo do Destes dois eÍeitos, é bem
ou vegetação junto ao solo, do solo, em zonas de declive exemplo a CriPtomeria nos
que resulta Povoamentos es- acentuado, chegam Íácilmen- Açores, cuja Plantação em
truturalmente Pouco ricos. A te aos nÍveis Íreáticos, Poden- declives acentuados constitui
Íenologia das caducif olias, Por do ter consequências graves um grave perigo, conhecen-
outro lado, leva ao desapare- quando implantadas em ba- do-se hoje adiminuição coìec-
cimento, uma paÍ1e do ano, da cias de recepção ou lençóis tada em algumas bacias de
intersecção da luz, o que Per- importantes, podendo levar, recepção, recobertas com
mite um sub-bosque e uma como o Eucalipto quando a esta espécìe.
comunidade herlcácea rnuito oluviosidade não é suÍiciente,
ricos, resultando Ílorestas à baixa considerável da água
Eduardo Dìas (assistente da
com grande diversidade biolÓ- disponível. As esPécies de lJ niversidade dos Açores)
gica. raízes supediciais, Por outro (Continua)
Nosegundocaso, ovolu' lado, são perigosas em zonas
Pâ9.4
RESERVAS nível dos 400m e o seu
NATURATS (1) prolongamento em linha LAGOA do FOGO
recta até ao encontro da
curva de nível dos B00m;
LAGOA DO FOGO curva de nível d o s
"situada entreAgua de B00m até ao limite dos
Pau, Ribeira Grande e Vila concelhos de Lagoa e Vila
Franca do Campo numa Franca do Campo.
altitude de 567 metros.
Cobre uma superÍícìe de SUL Linha rec-
149 hectares e a sua maior ta, partindo do limite dos
proÍundidade é de 27,15m. concelhos de Lagoa e Vila
As águas são duma limpi- Franca do Campo, da curva
movimentos de lerras ou
dez notável, as mais puras de nível dos B00m até ao
alterações ao relevo e ao
talvez das lagoas Açorea- encontro com a ribeira das
coberto vegetal; a navega-
nas". (in "Os Açores", Se- Três Voltas com a curva
de níveldos 500m;curva de ção a motor na lagoa; a
tembro de 1922). prática de campismo fora
I níveldos 500m até ao limi-
A urgência de uma in- dos locais para esse Íim
tervençáo tendente a disci- te das íreguesias de Agua
expressamente indicados;
plinar as actividades no d'Alto e Vila Franca do
Campo;
a realizaçáo de quaisquer
complexo Íormado pela activiades que perturbem o
Lagoa do Fogo e terrenos equilibrio natural ou as
que a marginam levou aque ESTE Limite das
condições de calma e silên-
por Decreto ne 152174, de Íreguesias de Agua d'Alto e
cio da Reserva.
15 de Abril, Íosse criada a Vila Franca do Camoo coin-
cidente com a ribeira de
O plano director da
Reserva da Lagoa do Fogo. reserva é inexistente (a lei
Em 1982, por Decreto Agua d'Alto e vereda da
previa oprazo de 12 meses
Regional nq 10/82/A, Íoi Cumieìra até ao sinal geo-
para a sua elaboração) e
criada a Reserva Naturalda désico do monte Escuro.
não Íoi aprovado o regula-
Lagoa do Fogo, cujos limi- mento que deÍine os orgãos
tes são os seguinles: De acordo com o arti-
e o modo de Íuncionamento
go 5q do Decreto que cria a
deÍinitivo da Reserva Natu-
NORTE Vereda do reserva são proibidas as
ral. Náo é exercida qual-
Mulato, desde o sinal geo- seguintes actividades: a quer vig ilância e assisÌimos
désico do Monte Escuro até caça; a introdução de plan-
diáriamente à violação da
ao seu encontro com a es- tas e animais exóticos; a
lei. Até ouando?
trada das Lombadas ; estra- realização de quaisquer
da das Lombadas até ao
seu encontro com a curva
de nível dos 400m: curva de
níveldos 400 m, desde a
reÍerida estrada até ao en-
contro com a ribeira da
Barrosa;

OESTE Ribeira da
Barrosa, desde a curva de
Pá9. s
EM DEFESA DAS AVES

O não respeito pela Lei da Caça, a


própria desadaptação desta às realidades
existentes, como é o caso de considerar
espécies cinegéticas algumas ameaçadas
de extinçáo, está a levar lentamente à
destruição da riqueza cinegética dos Aço-
res.
Entre as espécies que deverão ser ! ;,,
alvo de medidas de proteção destacamos
as seguintes:

1- A narceja (Gallianago ga-


llinago), a galinhola (Scolopax rusticola) e
o pombo torcaz (Colu mba oalumbus azori-
cos), espécies nidiÍicantes e residentes
nos Açores. Os seus efectivos são, pre- ttrO-fu ruI*^qLo
sentemente, Íracos sobretudo devido à
perturbação dos habitats e à caça.

2- O pato-real (Anas A realização de um debate a nível


platyrhynchos), ave migradora que visita regional com vista a uma melhor com-
os Açores no Inverno. Nidificava em S. preenção da situação de algumas espé-
Miguel há cerca de 30 anos e nas Flores, cies, características e hábitos e suaÍunção
vários cientistas têm registado a presença nos ecossistemas com vista a uma altera-
de ninhos e de jovens. A caça excessiva ção da lei da caça, permitindo que seja
e o desaparecimento ou diminuição de assegurada a conservação e renovação
zonas húmidas têm levado a uma regres- das várias espécies em causa Íoi a respos-
são populacional desta espécie. ta publicamente apresentada pelos AMI-
GOS DA TERRÁ/AçORES em Março do
corrente ano.
Um núcleo de ornitologia (NOATA)Íoi
criado em Ponta Delgada com o objectivo
de pôr em prática um programa intitulado
"Conservação da Natureza e Ornitologia".
São seus objectivos, entre outros, a sensi-
bilização para a preservação da natureza
em geral, a aprendizagem de técnicas de
observação de aves, a participaçáo em
censos de aves e a e a contribuição para
um melhor conhecimento da "status" de
algumas espécies da aviÍauna açoreana.
Este programa conta com o apoio cientíÍi-
co de docentes da Universidade dos Aço-
res.
des isnada .z I M B Ro
" de periodicidad íiÁ;!i!;,|'"
{ CORPOS GERENTES ELEITOS EM 18/2/89
têm editado vários trabalhos dos seus associados,
versando temas tão variados como entomologia, Direcção:
recursos energéticos endógenos ou manifestaÇões Presidente Teófilo Braga
culturais próprias da Região. Da participação em SecretáÍio: Francisco Botelho
iniciativas de outras entidades, destaca-se as 1," Tesoureiro: Lúcia Ventura
Jornadas Atlânticas de Protecçáo do Meio Ambiente, Suplentes: George Hayes
reunindo técnicos e especialistas dos AÇores, Ma_ Paulo Monteiro
deira, Canárias e Cabo Verde, nas qúais foram Assembleia Geral:
apresentadas três comunicações de membros dos Presidente José Contente
AMIGOS DA TERRfuAÇORES. Vice-Presidente Gualter Cordeiro
A organização de passeios a pé a locais pra_ Secretário Paula Almeida
ticamente desconhecidos do grande público, soLre_ Suplentes Maria do C. Botelho
tudo no verão, é uma das principais actividades dos Eduardo Santos
AMIGOS DA TERRA/AçORES. Esra iniciariva para Gonselho Fiscal:
além de ser uma prática saudável tem como obiec_ Presidente Humberto Costa
tivos principais a apreciaçâo das belezas naturais e Secretário José Manuel Santos
a observação da flora e Íauna características da ilha Vogal Pedro Figueiredo
de S. MÍguel. Suplentos. Gilberto Bernardo
Maria de L. Ventura
9t ENDEREçOS úTEIS
ü AMIGOS DA TERRÂ/AçORES GUALTER CORDEIRO
0 Apartado 29 - 95oo Ponta Detgada
Telef. 27245 (casa)
E (Ìoda a correspondência)
e 27221 ext.323 (serviço)

TEOFILO BRAGA HUMBERTO COSTA


R. Capitão CoÍdeiro, pico da pedra ou
Telefone 31990
Esmla Secundária AnÌero de euental

FRANCISCO BOTELHO
MONTANHEIROS
Rua das Almas, 3-
pico da pedra
Rua da Rocha,6 - 9700 Angra do Heroísmo
GEORGE HAYES
CENTRO DE JOVENS NATURALISTAS
Telef. 31820
Aeroporto de Santa Maria
(espeleologia e passeios a pé)
9580 Vila do Porto

OS CONSUMIDORES DA ARCA VENDIDA


Tudo se vênde, compra, agiota de Deve e Haver
Tudo se negoceia Ìodas as acçÕes
e alcança roubos e favores
Tudo se Ìroca na lota boas e más intençÕes
de Sancho pança. trocai ludo na bolsa de valores

Consumí. Consumi ó geração de plástico pra tudo Tudo se vende, compra, agiota
Automóveis, pratos, sapatos, patos Tudo se negoceia
Consumi embalagens sem conteüdo.
e alcança
Adorai o bezerro, altivo, lá no nicho Tudo se Íoca na lota
De joelhos consumi
de Sancho pança
e arrotai tudo pró lixo.
Sede bons cidadãos
Tudo se vende, compra, agiota
de votar
Tudo se negoceia
e alcança kabalhar
Tudo se Íoca na lota
dormtr
de Sancho pança Acorïai os medos na resposta imediata aos assobios dos
chefes,
Correi Íura-vidas, açambarcai ó formigas Dalel com a mão no peiÌo do consumo de sentido nehum,
agarradas ao chão adorai a bossa inchada da mÌira, da farda e do patráo,
Sancho venceu mas sobretudo consumi
D. Quixote perdeu consumi,
a eÍeição.contabi lizai tudo a_na_li-ti_ca-men_Ìe
J,,17
assim manoa a c,viizaçáo.
1^
h*rL,-, 4 JÂn,,,s ^. _
Ìodos os sonhos e equaçÕes

r1 raQ. /
BREVES Passeios naturais para Quercus nos Açores
aproveitamento turístico
Explorações A Quercus, Associa-
Espeleológicas A Associação Espe- ção Nacional de Conserva-
em Julho leológica "Os Montanhei- ção da Natureza é já uma
ros" entregou ao Secretário realidade nos Açores. No
Uma equipa de 5 cien- Regional do Turismo e passado dia24 de Feverei-
tiStas da Universiade de La Ambiente dossiers sobre ro realizou-se uma Assem-
Laguna desloca-se no pró- passeios naturais da llha bleia Gerala Íim dos cerca
ximo mês deJulho aos Aço- Terceira com aproveita- de trinta sócios existentes
res a Íim de estudar as mento turístico. elegerem a sua direcçáo.
grutas naturais destas il- Os passeios propos- Contacto: Eng.q Luis
has. Serão visitadas as il- tos dividem-se em cinco Monteiro, Dep. de Oceano-
has de S. Miguel, Graciosa, áreas e abrangem todas as graÍia, Universidade dos
Faial e provavelmente S. zonas de interesse quer no Açores - 9900 Horta.
Jorge. Está também previs- que toca a zonas privilegia-
ta uma visita aos ilhéus das das em relação à flora en- Liechtenstein:
Formigas. démica quer no que diz Proteccão dos animais

O governo submeteu
ao Parlamento um projecto
de lei destinado a substituir
o direito em vigor e que data
de 1936. Este projecto tem
em conta a participação em
acordos internacionais
como as Conven@es de
Washington ede Berna. No
artigo 12, encontra-se esta
nova disposição: as expe-
respeito a paisagens. riências nos animais são
Governo vaiadquirir
Contacto: Os Mon- proibidas, o que será único
llhéu de Vila Franca
tanheiros, Rua da Rocha,6 na Europa.
O llhéu de Vila Franca - 9700 Angra do Heroís- Fonte: Factos novos-nature-
do Campo é resultante da mo. za, caixa postal 431R6-F 67006
lava de um pequeno vulcão Strasbourg.

que surgiu no meio do mar


e cuja cratera em comuni-
cação com o exterior está O ILHËU DE
inundada.
Reserva Natural cria- \'ILA FRANCA
da através do Decreto Le-
gislativo Regional nq3/83/
A, de 3 de Março, o ilhéu de
Vila Franca vai ser, em
parte, adquirido pelo Go-
verno Regional dos Aço-
res.
Pá9. 8

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