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PU BL|CAçOeS DISPONÍVelS
Para além dos inúmeros livros e revistas que poderão ser consultados na nossa biblioteca, enviaremos pelo
coneio, a todos os interessados as seguintes publicaçoes:
Com excepção desta última publicação as restantes serão enviadas gratuitamente aos associados com as
quotas em dia, bibliotecas, escolas e outras instituições sem fins lucrativos.
Pâ9.2
ASFLORESTASEOSEU a Ílorestação, numa polÍtica de in- dos. A sua maior parle encon-
PAPEL NA REGIÃO DOS centivo que ultrapasse a de produ-
tra-se entre as Gimnosoérmi-
AçORES ção rápida de madeira (de má qua-
lidade necessáriamente), cas (ConíÍeras) e as Angios-
mas
como um biossistema com efeitos pérmicas (árvores com Ílor),
Numa região insular, em que caracterizando-se por possui-
eficazes na regularizaÉo e salva-
o acentuado relevo, solos jovens e guarda do meio Íísico. rem um único caule lenhoso e
desiqulilibrados se reunem a um
regime de ventos e chuvas, que fre- uma copa de ramos, também
lenhosos. Podem ter aoenas
quentemente atingem proporções
preocupantes, a Íloresta apfesen- a Ánvone um metro de altura ou serem
ta-se como o cobeÍto por excelên- muito altas. A madeira, um
cia já que, exemplos como porto A árvore, símbolo da tecido secundário constituido
Santo e Cabo Verde constituem um vida, não tem impofiância porcélulas com paredes lenhi-
alerta dos perigos potenciais da
apenas como o organismo em Íicadas, aparece apenas nas
desf lorestação em áreas insutares.
Para que não se pense que a
si, mas pelas consequências e Gimnospérmicas e Dicotiledó-
comparação é desprpporcional, eÍeitos que determina. Da sua neas, produzindo-se em anéis
âtente-se que os primeiros sinais longevidade (como recorde de concêntricos anuais. Os ex-
começam quando as virtudes se 5.000 anos) perpetua um ternos, mais novos e claros
transferem para defeitos, que aos constânte equilíbrio das con- (alburno) correspondem a
anÍgos se reunem.
,
i Pluviosidade média anuai
diçÕes ecológicas. Das suas células vivas e acÌivas, e o
Í.300 mm. Clima temperado húmi- dimensÕes e grande biomas- cerne, mais escuro. a células
do chuvoso. Que se entenda as sa (chegando aos 1 00 metros monas.
enxurradas (causadoras de estra- de altura) torna-as nos seres Em algumas árvores de
gos, Íenómeno aliás Íácil de contor- dominantes e determinantes, clima húmido, a taxa de cres-
nar numa orografia como esta), sempre que estão presentes. cimento é contínua todo o ano,
mas já não é coerente a situação
Sendo as áruores ópti- pelo que não se diferenciam
problemática das águas de consu-
mas produtoras, na maioria de os anéis, atingindo esta espé-
mo, com reÍlexos na saúde pública,
e as declaradas carências de água 25 a 35 llha/ano, não poucas cies um elevado crescimento
em algumas áreas, reflexo da irre- vezes ultrapassam, em renta- em volume do tronco. como o
gularização do regime hídrrco re- bilidade da área ocupada, caso do Eucalipto globulus.
gional, que já atingiu a catástrofe qualquer outra actividade Mas, em consequência, pro-
civil. agrária (entre 16 a 42 ï/ha/ duzem madeira de baixa oua-
Do solo somos pobres. pou-
cos anos nos separam da
ano), sem necessidade de lidade, por se dar uma limitada
lava
estéril, não raros apenas algumas emprego de adubos, pestici- lenhiÍicação, por vezes acom-
centenas, numaescalaque se rege das ou mão de obra. para panhada de uma insuÍiciente
por milhares. Corpo vivo. o solo além de contribuirem, mais do deposiçáp de celulose, como
precisa de tempo para se formar e, que quatquer outra espécie, na Cr ipto me ri a j apo n ica.
onde o não houver, não se poderá
exigir muito do menos que um pal-
no melhoramento da qualida- E pelo tronco que é
de do solo (umcarvalhalíorne- transportada a água, neces-
mo de terra. Há eue acarinhá-lo e
tirar-lhe apenas o que pode dar ce ao solo 5 Vhalano de Íolhas sária á vida da árvore. O pre-
pois, mais que isso, leva apercas e ramos mortos QUe são trans- cesso é complexo, e em pade,
irremediáveis do património mais formados em húmus), quanoo devido à pressão de sucção
sensÍvel e irrecuperável dos Aço- utilizados correctamente, de- das Íolhas, por onde se dá a
res: o próprio solo. terminam a existencia de va- quase total perca de água da
A Íloresta, no seu signiÍicado
mais amplo, é o coberto menos
riados habitats, que abrigam planta - Transpiração. Uma
exigente, com maior capacidade de
numerosos seres vivos, con- árvore pode transpirar vários
protecção e renovaçáo dos solos e tribuindo para o enriqueci- litros de água numa hora, de-
com elevadas propf iedades tampo- mento e protecção da Íauna e pendendo da temperatura,
rizantes no ciclo hidrológico, sem Ílora locais, com amplos oene- humidade e vento. No enran-
deixar de comportar taxas de pro- ÍÍcios cinegéticos e de conlro- Ìo, a taxa de transpiração é
dução iguais ou superiores a qual- lo de pragas, por exemplo.
quer cultura agrÍcola.
sempre dependenÌe da sua
tr, pots, permente replanear
As árvores são organis- productividade: irreversível-
mos altamente especializa- mente, um grande crescimen-
Pá9. 3
to é sempre acomPanhado de me e caracteristicas da folha-
grande consumo de água. Por gem mofta deÍinem as linhas
exemplo, t ha de eucalìPÌal de evolução do solo subjacen-
poderá consumir 8.400.000 | te. As conÍÍeras, com Íolhas
por ano, para uma Produção que podem durarvários anos,
de 16.81. Aeficiência resultan- dão um contributo muito Pe-
te, abaixo da média (2 gll) é a queno para o solo. Para além
habitualem esPécie de cresci- do que, da decomPosição re-
menÌo rápido. EsPécies com sultam ácidos Íúlvicos agres-
taxas de crescimento mais sivos, acentuando a acidifica-
moderadas corresPondem a çáo do solo e dimunuindo a
uma maioreÍiciência no uso da taxa de húmif içã0, os microor-
água e á produção de madei- ganismos saproÍitas, acom-
ras de maior qualidade. oanhado da baixa da Íauna do
As Íolhas, Por serem as solo, como por exemplo, as
principais responsáveis Pela minhocas. Por outro lado, as
transpiraçáo, Poderão cair Íolhosas não tendem a acen-
durante os perÍodos em que tuar a acidez do solo, Possuin-
esta escasseia. Neste caso, a do uma comunidade rica de
árvore desig na-se caduciÍolia decompositores, com um in-
e entra em letargia durante a put de matéria orgânica que
éooca desÍavorável. A Íolha- oode ir até 6 t/ha/ano, aumen-
gem persistente corresPonde tando constantemente a ri-
a uma constante substituiçáo oueza do solo.
das Íolhas que caem (cada A estrutura radicular é o
Íolha du ra 3 a 4 anos, ou vários Íactor determinante na caPa- de declive acentuado Por, com
em resinosas). cidade de "orocura e colecta" o seu peso, aumentarem o
AÍolhagemde uma árvo- de água e na e na de retenção risco de deslocamento de te-
re, directamente resPonsável dos solos. Longe da vista e de rras. Nãotendo acesso ààgua
pela sua produção de matéria diÍÍcil estudo, as raízes consti- proÍunda, sáo no entanto,
orgânica, determina o grau de tUem 367o e consomem cerca muito eficazes na retenção e
penetraçáo da radiação até ao de 60% da produçáo da árvo- absorção de àgua do solo,
solo, por um lado, e o tiPo de re, em grande ParÌe Para a diminuindo, por isso, a àgua
solo, por outro. renovação de raízes Íinas, as
gravitacional e, quando asso-
No primeiro caso, a coPa principais na assimilação de ciadas a transPirações signiÍi-
em cone das conÍÍeras leva a minerais e nutrientes. cativas, têm um eÍeito directo
uma elevada intersecção da As espécies de raízes na redução da àgua exPoÌ1á-
radiação, criando condições proÍundantes, com grande vel das bacias de recePção'
de inexistência de sub-bosque capacidade de retençáo do Destes dois eÍeitos, é bem
ou vegetação junto ao solo, do solo, em zonas de declive exemplo a CriPtomeria nos
que resulta Povoamentos es- acentuado, chegam Íácilmen- Açores, cuja Plantação em
truturalmente Pouco ricos. A te aos nÍveis Íreáticos, Poden- declives acentuados constitui
Íenologia das caducif olias, Por do ter consequências graves um grave perigo, conhecen-
outro lado, leva ao desapare- quando implantadas em ba- do-se hoje adiminuição coìec-
cimento, uma paÍ1e do ano, da cias de recepção ou lençóis tada em algumas bacias de
intersecção da luz, o que Per- importantes, podendo levar, recepção, recobertas com
mite um sub-bosque e uma como o Eucalipto quando a esta espécìe.
comunidade herlcácea rnuito oluviosidade não é suÍiciente,
ricos, resultando Ílorestas à baixa considerável da água
Eduardo Dìas (assistente da
com grande diversidade biolÓ- disponível. As esPécies de lJ niversidade dos Açores)
gica. raízes supediciais, Por outro (Continua)
Nosegundocaso, ovolu' lado, são perigosas em zonas
Pâ9.4
RESERVAS nível dos 400m e o seu
NATURATS (1) prolongamento em linha LAGOA do FOGO
recta até ao encontro da
curva de nível dos B00m;
LAGOA DO FOGO curva de nível d o s
"situada entreAgua de B00m até ao limite dos
Pau, Ribeira Grande e Vila concelhos de Lagoa e Vila
Franca do Campo numa Franca do Campo.
altitude de 567 metros.
Cobre uma superÍícìe de SUL Linha rec-
149 hectares e a sua maior ta, partindo do limite dos
proÍundidade é de 27,15m. concelhos de Lagoa e Vila
As águas são duma limpi- Franca do Campo, da curva
movimentos de lerras ou
dez notável, as mais puras de nível dos B00m até ao
alterações ao relevo e ao
talvez das lagoas Açorea- encontro com a ribeira das
coberto vegetal; a navega-
nas". (in "Os Açores", Se- Três Voltas com a curva
de níveldos 500m;curva de ção a motor na lagoa; a
tembro de 1922). prática de campismo fora
I níveldos 500m até ao limi-
A urgência de uma in- dos locais para esse Íim
tervençáo tendente a disci- te das íreguesias de Agua
expressamente indicados;
plinar as actividades no d'Alto e Vila Franca do
Campo;
a realizaçáo de quaisquer
complexo Íormado pela activiades que perturbem o
Lagoa do Fogo e terrenos equilibrio natural ou as
que a marginam levou aque ESTE Limite das
condições de calma e silên-
por Decreto ne 152174, de Íreguesias de Agua d'Alto e
cio da Reserva.
15 de Abril, Íosse criada a Vila Franca do Camoo coin-
cidente com a ribeira de
O plano director da
Reserva da Lagoa do Fogo. reserva é inexistente (a lei
Em 1982, por Decreto Agua d'Alto e vereda da
previa oprazo de 12 meses
Regional nq 10/82/A, Íoi Cumieìra até ao sinal geo-
para a sua elaboração) e
criada a Reserva Naturalda désico do monte Escuro.
não Íoi aprovado o regula-
Lagoa do Fogo, cujos limi- mento que deÍine os orgãos
tes são os seguinles: De acordo com o arti-
e o modo de Íuncionamento
go 5q do Decreto que cria a
deÍinitivo da Reserva Natu-
NORTE Vereda do reserva são proibidas as
ral. Náo é exercida qual-
Mulato, desde o sinal geo- seguintes actividades: a quer vig ilância e assisÌimos
désico do Monte Escuro até caça; a introdução de plan-
diáriamente à violação da
ao seu encontro com a es- tas e animais exóticos; a
lei. Até ouando?
trada das Lombadas ; estra- realização de quaisquer
da das Lombadas até ao
seu encontro com a curva
de nível dos 400m: curva de
níveldos 400 m, desde a
reÍerida estrada até ao en-
contro com a ribeira da
Barrosa;
OESTE Ribeira da
Barrosa, desde a curva de
Pá9. s
EM DEFESA DAS AVES
FRANCISCO BOTELHO
MONTANHEIROS
Rua das Almas, 3-
pico da pedra
Rua da Rocha,6 - 9700 Angra do Heroísmo
GEORGE HAYES
CENTRO DE JOVENS NATURALISTAS
Telef. 31820
Aeroporto de Santa Maria
(espeleologia e passeios a pé)
9580 Vila do Porto
Consumí. Consumi ó geração de plástico pra tudo Tudo se vende, compra, agiota
Automóveis, pratos, sapatos, patos Tudo se negoceia
Consumi embalagens sem conteüdo.
e alcança
Adorai o bezerro, altivo, lá no nicho Tudo se Íoca na lota
De joelhos consumi
de Sancho pança
e arrotai tudo pró lixo.
Sede bons cidadãos
Tudo se vende, compra, agiota
de votar
Tudo se negoceia
e alcança kabalhar
Tudo se Íoca na lota
dormtr
de Sancho pança Acorïai os medos na resposta imediata aos assobios dos
chefes,
Correi Íura-vidas, açambarcai ó formigas Dalel com a mão no peiÌo do consumo de sentido nehum,
agarradas ao chão adorai a bossa inchada da mÌira, da farda e do patráo,
Sancho venceu mas sobretudo consumi
D. Quixote perdeu consumi,
a eÍeição.contabi lizai tudo a_na_li-ti_ca-men_Ìe
J,,17
assim manoa a c,viizaçáo.
1^
h*rL,-, 4 JÂn,,,s ^. _
Ìodos os sonhos e equaçÕes
r1 raQ. /
BREVES Passeios naturais para Quercus nos Açores
aproveitamento turístico
Explorações A Quercus, Associa-
Espeleológicas A Associação Espe- ção Nacional de Conserva-
em Julho leológica "Os Montanhei- ção da Natureza é já uma
ros" entregou ao Secretário realidade nos Açores. No
Uma equipa de 5 cien- Regional do Turismo e passado dia24 de Feverei-
tiStas da Universiade de La Ambiente dossiers sobre ro realizou-se uma Assem-
Laguna desloca-se no pró- passeios naturais da llha bleia Gerala Íim dos cerca
ximo mês deJulho aos Aço- Terceira com aproveita- de trinta sócios existentes
res a Íim de estudar as mento turístico. elegerem a sua direcçáo.
grutas naturais destas il- Os passeios propos- Contacto: Eng.q Luis
has. Serão visitadas as il- tos dividem-se em cinco Monteiro, Dep. de Oceano-
has de S. Miguel, Graciosa, áreas e abrangem todas as graÍia, Universidade dos
Faial e provavelmente S. zonas de interesse quer no Açores - 9900 Horta.
Jorge. Está também previs- que toca a zonas privilegia-
ta uma visita aos ilhéus das das em relação à flora en- Liechtenstein:
Formigas. démica quer no que diz Proteccão dos animais
O governo submeteu
ao Parlamento um projecto
de lei destinado a substituir
o direito em vigor e que data
de 1936. Este projecto tem
em conta a participação em
acordos internacionais
como as Conven@es de
Washington ede Berna. No
artigo 12, encontra-se esta
nova disposição: as expe-
respeito a paisagens. riências nos animais são
Governo vaiadquirir
Contacto: Os Mon- proibidas, o que será único
llhéu de Vila Franca
tanheiros, Rua da Rocha,6 na Europa.
O llhéu de Vila Franca - 9700 Angra do Heroís- Fonte: Factos novos-nature-
do Campo é resultante da mo. za, caixa postal 431R6-F 67006
lava de um pequeno vulcão Strasbourg.